Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Lula liga para Silveira, que sugere ‘quatro mudanças’ se Prates for mantido na Petrobras


Presidente e ministro conversaram ao telefone após reunião no Alvorada ser cancelada; veja bastidores

Por Eduardo Gayer

Depois de desmarcar a reunião — convocada por ele mesmo — para debater a crise na Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na noite deste domingo, 08, para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, o petista não revelou se vai demitir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Ao longo da conversa, Silveira sugeriu a Lula “quatro mudanças de comportamento” para o dirigente da estatal se comprometer caso ganhe uma sobrevida do presidente.

Os quatro pontos sugeridos por Silveira a Lula foram os seguintes:

  1. Prates ser “menos subserviente ao mercado financeiro”;
  2. Prates defender as pautas de interesse do governo Lula no Conselho de Administração da Petrobras (o que, na visão do ministro de Minas e Energia, não acontece);
  3. Prates cumprir o plano de investimentos da Petrobras aprovado pelo presidente (para Silveira, a Petrobras “segura” avanços no refino e na oferta de gás e fertilizantes)
  4. Prates “deixar de sabotar” a pauta do biocombustível no Congresso (Prates é publicamente contrário ao texto em discussão).
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o presidente Lula e o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, antes da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de 19 de dezembro. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Articulado por Alexandre Silveira e pelo ministro Rui Costa (Casa Civil), rivais de Prates no governo, o projeto de lei “Combustível do futuro” virou mais um cabo de guerra entre a Petrobras e a Esplanada. O texto determina a elevação gradual da mistura de biodiesel ao diesel tradicional, hoje em 14%, chegando a 20% em 2030.

A medida é defendida pelo agronegócio, já que a soja é matéria prima do biodiesel. Mas Prates defende que também haja um porcentual mínimo para o diesel coprocessado, produzido pela estatal.

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A crise na Petrobras escalou na semana passada. Segundo auxiliares de Lula, ele considera substituir Jean Paul Prates na presidência da estatal e nomear, em seu lugar, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Nesse desenho, o diretor de Planejamento do BNDES, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, assumiria o banco de fomento, como antecipou a Coluna do Estadão.

Lula chegou a convocar uma reunião no Palácio da Alvorada, na noite deste domingo, às 20 horas, com os ministros Alexandre Silveira, Paulo Pimenta (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Fazenda). O vazamento do encontro para a imprensa, porém, irritou o presidente, que cancelou os planos.

Depois de desmarcar a reunião — convocada por ele mesmo — para debater a crise na Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na noite deste domingo, 08, para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, o petista não revelou se vai demitir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Ao longo da conversa, Silveira sugeriu a Lula “quatro mudanças de comportamento” para o dirigente da estatal se comprometer caso ganhe uma sobrevida do presidente.

Os quatro pontos sugeridos por Silveira a Lula foram os seguintes:

  1. Prates ser “menos subserviente ao mercado financeiro”;
  2. Prates defender as pautas de interesse do governo Lula no Conselho de Administração da Petrobras (o que, na visão do ministro de Minas e Energia, não acontece);
  3. Prates cumprir o plano de investimentos da Petrobras aprovado pelo presidente (para Silveira, a Petrobras “segura” avanços no refino e na oferta de gás e fertilizantes)
  4. Prates “deixar de sabotar” a pauta do biocombustível no Congresso (Prates é publicamente contrário ao texto em discussão).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o presidente Lula e o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, antes da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de 19 de dezembro. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Articulado por Alexandre Silveira e pelo ministro Rui Costa (Casa Civil), rivais de Prates no governo, o projeto de lei “Combustível do futuro” virou mais um cabo de guerra entre a Petrobras e a Esplanada. O texto determina a elevação gradual da mistura de biodiesel ao diesel tradicional, hoje em 14%, chegando a 20% em 2030.

A medida é defendida pelo agronegócio, já que a soja é matéria prima do biodiesel. Mas Prates defende que também haja um porcentual mínimo para o diesel coprocessado, produzido pela estatal.

A crise na Petrobras escalou na semana passada. Segundo auxiliares de Lula, ele considera substituir Jean Paul Prates na presidência da estatal e nomear, em seu lugar, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Nesse desenho, o diretor de Planejamento do BNDES, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, assumiria o banco de fomento, como antecipou a Coluna do Estadão.

Lula chegou a convocar uma reunião no Palácio da Alvorada, na noite deste domingo, às 20 horas, com os ministros Alexandre Silveira, Paulo Pimenta (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Fazenda). O vazamento do encontro para a imprensa, porém, irritou o presidente, que cancelou os planos.

Depois de desmarcar a reunião — convocada por ele mesmo — para debater a crise na Petrobras, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) telefonou na noite deste domingo, 08, para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, o petista não revelou se vai demitir o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Ao longo da conversa, Silveira sugeriu a Lula “quatro mudanças de comportamento” para o dirigente da estatal se comprometer caso ganhe uma sobrevida do presidente.

Os quatro pontos sugeridos por Silveira a Lula foram os seguintes:

  1. Prates ser “menos subserviente ao mercado financeiro”;
  2. Prates defender as pautas de interesse do governo Lula no Conselho de Administração da Petrobras (o que, na visão do ministro de Minas e Energia, não acontece);
  3. Prates cumprir o plano de investimentos da Petrobras aprovado pelo presidente (para Silveira, a Petrobras “segura” avanços no refino e na oferta de gás e fertilizantes)
  4. Prates “deixar de sabotar” a pauta do biocombustível no Congresso (Prates é publicamente contrário ao texto em discussão).
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, com o presidente Lula e o ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Paulo Pimenta, antes da reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de 19 de dezembro. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Articulado por Alexandre Silveira e pelo ministro Rui Costa (Casa Civil), rivais de Prates no governo, o projeto de lei “Combustível do futuro” virou mais um cabo de guerra entre a Petrobras e a Esplanada. O texto determina a elevação gradual da mistura de biodiesel ao diesel tradicional, hoje em 14%, chegando a 20% em 2030.

A medida é defendida pelo agronegócio, já que a soja é matéria prima do biodiesel. Mas Prates defende que também haja um porcentual mínimo para o diesel coprocessado, produzido pela estatal.

A crise na Petrobras escalou na semana passada. Segundo auxiliares de Lula, ele considera substituir Jean Paul Prates na presidência da estatal e nomear, em seu lugar, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. Nesse desenho, o diretor de Planejamento do BNDES, o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, assumiria o banco de fomento, como antecipou a Coluna do Estadão.

Lula chegou a convocar uma reunião no Palácio da Alvorada, na noite deste domingo, às 20 horas, com os ministros Alexandre Silveira, Paulo Pimenta (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Fazenda). O vazamento do encontro para a imprensa, porém, irritou o presidente, que cancelou os planos.

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