Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Lula oferece cabeça de ministros para garantir votos do União


Presidente conversou com líder do partido na Câmara e reconheceu erros nas escolhas

Por Julia Lindner e Roseann Kennedy
Atualização:

Ao entrar em campo para resolver o impasse com o União Brasil, o presidente Lula procurou o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), para aparar as arestas e prometer mudanças na relação entre eles — inclusive com a possibilidade de trocas em pastas comandadas pela legenda. Agora, o entendimento político é de que ministros indicados pela própria sigla estão com a cabeça a prêmio, para que as vagas sejam ocupadas por nomes que garantam ao Governo votações mais seguras.

Elmar e Lula conversaram em reunião no Palácio do Planalto a poucas horas da votação da MP da reestruturação. Antes de falar com o presidente, o líder do União chegou a orientar a bancada a votar contra a medida provisória, mas depois recuou e pediu “mais uma chance” ao governo.

Na transição, Elmar foi cotado para assumir um ministério na Esplanada, mas depois foi vetado por integrantes do PT da Bahia. No encontro, Lula reconheceu que o episódio foi um erro e que quer repará-lo.

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Nesta quinta, Lula recebe o senador Davi Alcolumbre (AP), que foi o responsável pelas indicações do partido para os ministérios.

Desde a semana passada, emissários do presidente ofereceram à legenda também a possibilidade de mudar o comando dos seus ministérios, mas não houve acordo sobre isso.

O partido considera que a única pasta que poderia ter alguma alteração no momento seria a do Turismo, que não é vista como forte o suficiente para compensar o desgaste de aderir formalmente à base.

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Há reclamações, também, sobre Waldez Goes na Integração, que não estaria atendendo às demandas dos deputados. Waldez não é filiado ao partido. Ainda assim, ninguém está disposto a enfrentar Davi Alcolumbre, padrinho da indicação.

O que Lula tem dito sobre Alcolumbre

Em conversa com parlamentares nas últimas semanas, o presidente Lula fazia a seguinte observação sobre Alcolumbre: “Ele pediu três ministérios (para o União), mas só entregou um”, ironizou. O presidente considera na cota do partido apenas Juscelino Filho (Comunicações), que está enfraquecido, mas correu à Câmara para ajudar o presidente e segurar a própria vaga. Pelo cálculo de Lula, a ministra Daniela Carneiro, que pediu desfiliação do União, já é dada como alguém fora do partido. Ela quer ir para o Republicanos, que ensaia uma aproximação com o Planalto. E nem sequer entrou para o União. Ele era do PDT e está sem partido até hoje.

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Como mostrou a Coluna, o União está dividido. Enquanto o ministro Juscelino Filho para defender a MP da reestruturação, a cúpula do partido queria que a medida fosse derrubada.

O vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, e o secretário-geral, ACM Neto, defenderam que esta seria a última chance de dar um recado ao governo. Depois disso, o Planalto não precisaria mais das legendas “para nada”.

A postura dúbia do partido tem colocado em cheque a presença do partido no governo, que foi responsável por indicar três ministros, mas se considera independente.

Ao entrar em campo para resolver o impasse com o União Brasil, o presidente Lula procurou o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), para aparar as arestas e prometer mudanças na relação entre eles — inclusive com a possibilidade de trocas em pastas comandadas pela legenda. Agora, o entendimento político é de que ministros indicados pela própria sigla estão com a cabeça a prêmio, para que as vagas sejam ocupadas por nomes que garantam ao Governo votações mais seguras.

Elmar e Lula conversaram em reunião no Palácio do Planalto a poucas horas da votação da MP da reestruturação. Antes de falar com o presidente, o líder do União chegou a orientar a bancada a votar contra a medida provisória, mas depois recuou e pediu “mais uma chance” ao governo.

Na transição, Elmar foi cotado para assumir um ministério na Esplanada, mas depois foi vetado por integrantes do PT da Bahia. No encontro, Lula reconheceu que o episódio foi um erro e que quer repará-lo.

Nesta quinta, Lula recebe o senador Davi Alcolumbre (AP), que foi o responsável pelas indicações do partido para os ministérios.

Desde a semana passada, emissários do presidente ofereceram à legenda também a possibilidade de mudar o comando dos seus ministérios, mas não houve acordo sobre isso.

O partido considera que a única pasta que poderia ter alguma alteração no momento seria a do Turismo, que não é vista como forte o suficiente para compensar o desgaste de aderir formalmente à base.

Há reclamações, também, sobre Waldez Goes na Integração, que não estaria atendendo às demandas dos deputados. Waldez não é filiado ao partido. Ainda assim, ninguém está disposto a enfrentar Davi Alcolumbre, padrinho da indicação.

O que Lula tem dito sobre Alcolumbre

Em conversa com parlamentares nas últimas semanas, o presidente Lula fazia a seguinte observação sobre Alcolumbre: “Ele pediu três ministérios (para o União), mas só entregou um”, ironizou. O presidente considera na cota do partido apenas Juscelino Filho (Comunicações), que está enfraquecido, mas correu à Câmara para ajudar o presidente e segurar a própria vaga. Pelo cálculo de Lula, a ministra Daniela Carneiro, que pediu desfiliação do União, já é dada como alguém fora do partido. Ela quer ir para o Republicanos, que ensaia uma aproximação com o Planalto. E nem sequer entrou para o União. Ele era do PDT e está sem partido até hoje.

Como mostrou a Coluna, o União está dividido. Enquanto o ministro Juscelino Filho para defender a MP da reestruturação, a cúpula do partido queria que a medida fosse derrubada.

O vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, e o secretário-geral, ACM Neto, defenderam que esta seria a última chance de dar um recado ao governo. Depois disso, o Planalto não precisaria mais das legendas “para nada”.

A postura dúbia do partido tem colocado em cheque a presença do partido no governo, que foi responsável por indicar três ministros, mas se considera independente.

Ao entrar em campo para resolver o impasse com o União Brasil, o presidente Lula procurou o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA), para aparar as arestas e prometer mudanças na relação entre eles — inclusive com a possibilidade de trocas em pastas comandadas pela legenda. Agora, o entendimento político é de que ministros indicados pela própria sigla estão com a cabeça a prêmio, para que as vagas sejam ocupadas por nomes que garantam ao Governo votações mais seguras.

Elmar e Lula conversaram em reunião no Palácio do Planalto a poucas horas da votação da MP da reestruturação. Antes de falar com o presidente, o líder do União chegou a orientar a bancada a votar contra a medida provisória, mas depois recuou e pediu “mais uma chance” ao governo.

Na transição, Elmar foi cotado para assumir um ministério na Esplanada, mas depois foi vetado por integrantes do PT da Bahia. No encontro, Lula reconheceu que o episódio foi um erro e que quer repará-lo.

Nesta quinta, Lula recebe o senador Davi Alcolumbre (AP), que foi o responsável pelas indicações do partido para os ministérios.

Desde a semana passada, emissários do presidente ofereceram à legenda também a possibilidade de mudar o comando dos seus ministérios, mas não houve acordo sobre isso.

O partido considera que a única pasta que poderia ter alguma alteração no momento seria a do Turismo, que não é vista como forte o suficiente para compensar o desgaste de aderir formalmente à base.

Há reclamações, também, sobre Waldez Goes na Integração, que não estaria atendendo às demandas dos deputados. Waldez não é filiado ao partido. Ainda assim, ninguém está disposto a enfrentar Davi Alcolumbre, padrinho da indicação.

O que Lula tem dito sobre Alcolumbre

Em conversa com parlamentares nas últimas semanas, o presidente Lula fazia a seguinte observação sobre Alcolumbre: “Ele pediu três ministérios (para o União), mas só entregou um”, ironizou. O presidente considera na cota do partido apenas Juscelino Filho (Comunicações), que está enfraquecido, mas correu à Câmara para ajudar o presidente e segurar a própria vaga. Pelo cálculo de Lula, a ministra Daniela Carneiro, que pediu desfiliação do União, já é dada como alguém fora do partido. Ela quer ir para o Republicanos, que ensaia uma aproximação com o Planalto. E nem sequer entrou para o União. Ele era do PDT e está sem partido até hoje.

Como mostrou a Coluna, o União está dividido. Enquanto o ministro Juscelino Filho para defender a MP da reestruturação, a cúpula do partido queria que a medida fosse derrubada.

O vice-presidente da legenda, Antonio Rueda, e o secretário-geral, ACM Neto, defenderam que esta seria a última chance de dar um recado ao governo. Depois disso, o Planalto não precisaria mais das legendas “para nada”.

A postura dúbia do partido tem colocado em cheque a presença do partido no governo, que foi responsável por indicar três ministros, mas se considera independente.

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