Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Lula pediu a Haddad solução política para impasse da desoneração; via jurídica fica para último caso


Presidente quer evitar confronto com Congresso com agenda econômica extensa para aprovar, mas tem argumento pronto se não houver alternativa ao STF

Por Roseann Kennedy e Eduardo Gayer

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tentasse encontrar uma solução política para o impasse entre governo e Congresso em torno da reoneração da folha de pagamento, antes de apelar para o Supremo Tribunal Federal (STF). A saída jurídica, porém, ainda não foi descartada e será utilizada em último caso, se parlamentares e equipe econômica não chegarem a um meio-termo sobre o assunto.

O entorno de Haddad acredita que, se a Fazenda recorrer ao Supremo, sairá vitoriosa e conseguirá impedir a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, como querem deputados e senadores. O motivo é a falta de previsão orçamentária para o benefício. Auxiliares do ministro têm um argumento pronto: lembram que, em 2020, ainda no governo Jair Bolsonaro, a Corte suspendeu a lei promulgada pelo Congresso que, sem fonte de custeio, elevava piso para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, que negociam junto ao Congresso uma forma de manter a reoneração da folha de pagamento. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO
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Fica no radar, ainda, a boa relação construída entre o Palácio do Planalto e o STF, principalmente após a indicação de Flávio Dino para assumir uma cadeira na Corte, como queriam os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

O cálculo político feito por Lula é que ir diretamente ao STF passaria a mensagem de confronto ao Congresso, e azedaria ainda mais o clima do governo com deputados e senadores. Um mau humor entre parlamentares seria prejudicial ao Executivo, que ainda tem uma extensa agenda econômica para aprovar em pleno ano eleitoral, como as leis complementares para regulamentar a reforma tributária.

Lula editou MP para mudar lei mantida pelo Congresso

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O Congresso aprovou uma lei para prorrogar o benefício para 17 setores da economia, depois vetada pelo presidente, fato antecipado pela Coluna. O veto, então, foi derrubado pelo Parlamento, e a lei voltou a valer. No apagar das luzes de 2023, Lula editou uma Medida Provisória para reonerar a folha, em um ato que irritou o Congresso.

Como revelou a Coluna, para evitar a devolução da MP, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se com Haddad em busca de um meio-termo. O governo deve editar uma nova MP com a reoneração gradual da folha de pagamento, e não mais imediata; e apresentar um projeto para manter a revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o limite da compensação de créditos para pagamento de impostos.

A saída acordada com Pacheco poderia garantir a arrecadação e reduzir o impacto tributário sobre as empresas. Haddad vai conversar sobre o tema nesta quarta-feira com o presidente Lula e, posteriormente, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Como também revelou a Coluna, o líder do Centrão avisou o ministro da Fazenda por meio de interlocutores que só vai negociar o impasse com uma alternativa concreta à MP da reoneração, e após aferir a temperatura no colégio de líderes da Casa.

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O fim da desoneração da folha de pagamento, de maneira integral ou parcial, interessa à Fazenda para tentar entregar a meta de um déficit fiscal zero em 2024. Nos bastidores da pasta, auxiliares de Haddad estudam que a extinção total do benefício pode até ficar para 2029, mas é preciso haver uma reoneração parcial desde já. O Senado, porém, quer manter a desoneração até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tentasse encontrar uma solução política para o impasse entre governo e Congresso em torno da reoneração da folha de pagamento, antes de apelar para o Supremo Tribunal Federal (STF). A saída jurídica, porém, ainda não foi descartada e será utilizada em último caso, se parlamentares e equipe econômica não chegarem a um meio-termo sobre o assunto.

O entorno de Haddad acredita que, se a Fazenda recorrer ao Supremo, sairá vitoriosa e conseguirá impedir a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, como querem deputados e senadores. O motivo é a falta de previsão orçamentária para o benefício. Auxiliares do ministro têm um argumento pronto: lembram que, em 2020, ainda no governo Jair Bolsonaro, a Corte suspendeu a lei promulgada pelo Congresso que, sem fonte de custeio, elevava piso para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, que negociam junto ao Congresso uma forma de manter a reoneração da folha de pagamento. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

Fica no radar, ainda, a boa relação construída entre o Palácio do Planalto e o STF, principalmente após a indicação de Flávio Dino para assumir uma cadeira na Corte, como queriam os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

O cálculo político feito por Lula é que ir diretamente ao STF passaria a mensagem de confronto ao Congresso, e azedaria ainda mais o clima do governo com deputados e senadores. Um mau humor entre parlamentares seria prejudicial ao Executivo, que ainda tem uma extensa agenda econômica para aprovar em pleno ano eleitoral, como as leis complementares para regulamentar a reforma tributária.

Lula editou MP para mudar lei mantida pelo Congresso

O Congresso aprovou uma lei para prorrogar o benefício para 17 setores da economia, depois vetada pelo presidente, fato antecipado pela Coluna. O veto, então, foi derrubado pelo Parlamento, e a lei voltou a valer. No apagar das luzes de 2023, Lula editou uma Medida Provisória para reonerar a folha, em um ato que irritou o Congresso.

Como revelou a Coluna, para evitar a devolução da MP, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se com Haddad em busca de um meio-termo. O governo deve editar uma nova MP com a reoneração gradual da folha de pagamento, e não mais imediata; e apresentar um projeto para manter a revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o limite da compensação de créditos para pagamento de impostos.

A saída acordada com Pacheco poderia garantir a arrecadação e reduzir o impacto tributário sobre as empresas. Haddad vai conversar sobre o tema nesta quarta-feira com o presidente Lula e, posteriormente, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Como também revelou a Coluna, o líder do Centrão avisou o ministro da Fazenda por meio de interlocutores que só vai negociar o impasse com uma alternativa concreta à MP da reoneração, e após aferir a temperatura no colégio de líderes da Casa.

O fim da desoneração da folha de pagamento, de maneira integral ou parcial, interessa à Fazenda para tentar entregar a meta de um déficit fiscal zero em 2024. Nos bastidores da pasta, auxiliares de Haddad estudam que a extinção total do benefício pode até ficar para 2029, mas é preciso haver uma reoneração parcial desde já. O Senado, porém, quer manter a desoneração até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tentasse encontrar uma solução política para o impasse entre governo e Congresso em torno da reoneração da folha de pagamento, antes de apelar para o Supremo Tribunal Federal (STF). A saída jurídica, porém, ainda não foi descartada e será utilizada em último caso, se parlamentares e equipe econômica não chegarem a um meio-termo sobre o assunto.

O entorno de Haddad acredita que, se a Fazenda recorrer ao Supremo, sairá vitoriosa e conseguirá impedir a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, como querem deputados e senadores. O motivo é a falta de previsão orçamentária para o benefício. Auxiliares do ministro têm um argumento pronto: lembram que, em 2020, ainda no governo Jair Bolsonaro, a Corte suspendeu a lei promulgada pelo Congresso que, sem fonte de custeio, elevava piso para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, que negociam junto ao Congresso uma forma de manter a reoneração da folha de pagamento. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

Fica no radar, ainda, a boa relação construída entre o Palácio do Planalto e o STF, principalmente após a indicação de Flávio Dino para assumir uma cadeira na Corte, como queriam os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

O cálculo político feito por Lula é que ir diretamente ao STF passaria a mensagem de confronto ao Congresso, e azedaria ainda mais o clima do governo com deputados e senadores. Um mau humor entre parlamentares seria prejudicial ao Executivo, que ainda tem uma extensa agenda econômica para aprovar em pleno ano eleitoral, como as leis complementares para regulamentar a reforma tributária.

Lula editou MP para mudar lei mantida pelo Congresso

O Congresso aprovou uma lei para prorrogar o benefício para 17 setores da economia, depois vetada pelo presidente, fato antecipado pela Coluna. O veto, então, foi derrubado pelo Parlamento, e a lei voltou a valer. No apagar das luzes de 2023, Lula editou uma Medida Provisória para reonerar a folha, em um ato que irritou o Congresso.

Como revelou a Coluna, para evitar a devolução da MP, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se com Haddad em busca de um meio-termo. O governo deve editar uma nova MP com a reoneração gradual da folha de pagamento, e não mais imediata; e apresentar um projeto para manter a revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o limite da compensação de créditos para pagamento de impostos.

A saída acordada com Pacheco poderia garantir a arrecadação e reduzir o impacto tributário sobre as empresas. Haddad vai conversar sobre o tema nesta quarta-feira com o presidente Lula e, posteriormente, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Como também revelou a Coluna, o líder do Centrão avisou o ministro da Fazenda por meio de interlocutores que só vai negociar o impasse com uma alternativa concreta à MP da reoneração, e após aferir a temperatura no colégio de líderes da Casa.

O fim da desoneração da folha de pagamento, de maneira integral ou parcial, interessa à Fazenda para tentar entregar a meta de um déficit fiscal zero em 2024. Nos bastidores da pasta, auxiliares de Haddad estudam que a extinção total do benefício pode até ficar para 2029, mas é preciso haver uma reoneração parcial desde já. O Senado, porém, quer manter a desoneração até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tentasse encontrar uma solução política para o impasse entre governo e Congresso em torno da reoneração da folha de pagamento, antes de apelar para o Supremo Tribunal Federal (STF). A saída jurídica, porém, ainda não foi descartada e será utilizada em último caso, se parlamentares e equipe econômica não chegarem a um meio-termo sobre o assunto.

O entorno de Haddad acredita que, se a Fazenda recorrer ao Supremo, sairá vitoriosa e conseguirá impedir a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, como querem deputados e senadores. O motivo é a falta de previsão orçamentária para o benefício. Auxiliares do ministro têm um argumento pronto: lembram que, em 2020, ainda no governo Jair Bolsonaro, a Corte suspendeu a lei promulgada pelo Congresso que, sem fonte de custeio, elevava piso para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, que negociam junto ao Congresso uma forma de manter a reoneração da folha de pagamento. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

Fica no radar, ainda, a boa relação construída entre o Palácio do Planalto e o STF, principalmente após a indicação de Flávio Dino para assumir uma cadeira na Corte, como queriam os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

O cálculo político feito por Lula é que ir diretamente ao STF passaria a mensagem de confronto ao Congresso, e azedaria ainda mais o clima do governo com deputados e senadores. Um mau humor entre parlamentares seria prejudicial ao Executivo, que ainda tem uma extensa agenda econômica para aprovar em pleno ano eleitoral, como as leis complementares para regulamentar a reforma tributária.

Lula editou MP para mudar lei mantida pelo Congresso

O Congresso aprovou uma lei para prorrogar o benefício para 17 setores da economia, depois vetada pelo presidente, fato antecipado pela Coluna. O veto, então, foi derrubado pelo Parlamento, e a lei voltou a valer. No apagar das luzes de 2023, Lula editou uma Medida Provisória para reonerar a folha, em um ato que irritou o Congresso.

Como revelou a Coluna, para evitar a devolução da MP, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se com Haddad em busca de um meio-termo. O governo deve editar uma nova MP com a reoneração gradual da folha de pagamento, e não mais imediata; e apresentar um projeto para manter a revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o limite da compensação de créditos para pagamento de impostos.

A saída acordada com Pacheco poderia garantir a arrecadação e reduzir o impacto tributário sobre as empresas. Haddad vai conversar sobre o tema nesta quarta-feira com o presidente Lula e, posteriormente, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Como também revelou a Coluna, o líder do Centrão avisou o ministro da Fazenda por meio de interlocutores que só vai negociar o impasse com uma alternativa concreta à MP da reoneração, e após aferir a temperatura no colégio de líderes da Casa.

O fim da desoneração da folha de pagamento, de maneira integral ou parcial, interessa à Fazenda para tentar entregar a meta de um déficit fiscal zero em 2024. Nos bastidores da pasta, auxiliares de Haddad estudam que a extinção total do benefício pode até ficar para 2029, mas é preciso haver uma reoneração parcial desde já. O Senado, porém, quer manter a desoneração até 2027.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tentasse encontrar uma solução política para o impasse entre governo e Congresso em torno da reoneração da folha de pagamento, antes de apelar para o Supremo Tribunal Federal (STF). A saída jurídica, porém, ainda não foi descartada e será utilizada em último caso, se parlamentares e equipe econômica não chegarem a um meio-termo sobre o assunto.

O entorno de Haddad acredita que, se a Fazenda recorrer ao Supremo, sairá vitoriosa e conseguirá impedir a prorrogação da desoneração da folha de pagamento, como querem deputados e senadores. O motivo é a falta de previsão orçamentária para o benefício. Auxiliares do ministro têm um argumento pronto: lembram que, em 2020, ainda no governo Jair Bolsonaro, a Corte suspendeu a lei promulgada pelo Congresso que, sem fonte de custeio, elevava piso para concessão do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

O presidente Lula e o ministro Fernando Haddad, que negociam junto ao Congresso uma forma de manter a reoneração da folha de pagamento. Foto: FOTO: WILTON JUNIOR/ ESTADÃO

Fica no radar, ainda, a boa relação construída entre o Palácio do Planalto e o STF, principalmente após a indicação de Flávio Dino para assumir uma cadeira na Corte, como queriam os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes.

O cálculo político feito por Lula é que ir diretamente ao STF passaria a mensagem de confronto ao Congresso, e azedaria ainda mais o clima do governo com deputados e senadores. Um mau humor entre parlamentares seria prejudicial ao Executivo, que ainda tem uma extensa agenda econômica para aprovar em pleno ano eleitoral, como as leis complementares para regulamentar a reforma tributária.

Lula editou MP para mudar lei mantida pelo Congresso

O Congresso aprovou uma lei para prorrogar o benefício para 17 setores da economia, depois vetada pelo presidente, fato antecipado pela Coluna. O veto, então, foi derrubado pelo Parlamento, e a lei voltou a valer. No apagar das luzes de 2023, Lula editou uma Medida Provisória para reonerar a folha, em um ato que irritou o Congresso.

Como revelou a Coluna, para evitar a devolução da MP, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reuniu-se com Haddad em busca de um meio-termo. O governo deve editar uma nova MP com a reoneração gradual da folha de pagamento, e não mais imediata; e apresentar um projeto para manter a revogação do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e o limite da compensação de créditos para pagamento de impostos.

A saída acordada com Pacheco poderia garantir a arrecadação e reduzir o impacto tributário sobre as empresas. Haddad vai conversar sobre o tema nesta quarta-feira com o presidente Lula e, posteriormente, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Como também revelou a Coluna, o líder do Centrão avisou o ministro da Fazenda por meio de interlocutores que só vai negociar o impasse com uma alternativa concreta à MP da reoneração, e após aferir a temperatura no colégio de líderes da Casa.

O fim da desoneração da folha de pagamento, de maneira integral ou parcial, interessa à Fazenda para tentar entregar a meta de um déficit fiscal zero em 2024. Nos bastidores da pasta, auxiliares de Haddad estudam que a extinção total do benefício pode até ficar para 2029, mas é preciso haver uma reoneração parcial desde já. O Senado, porém, quer manter a desoneração até 2027.

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