Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Lula vive impasse com PP e trava reforma ministerial de novo


Negociação com Republicanos pelo Ministério de Portos e Aeroportos, porém, está mais azeitada; leia bastidores

Por Eduardo Gayer, Roseann Kennedy e Augusto Tenório
Atualização:

A incompatibilidade entre a demanda do PP para entrar no governo Lula e a disposição do presidente em ceder pastas de destaque travou, mais uma vez, a reforma ministerial. Diante do impasse, interlocutores do Palácio do Planalto já avaliam que a dança nas cadeiras da Esplanada pode ficar para depois da votação do arcabouço fiscal na Câmara, prevista para a semana que vem.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta negociar uma reforma ministerial.  Foto: CanalGOV

A reforma ministerial, assim, seria deflagrada somente após o presidente Lula retornar da África do Sul. Ele embarca para o país africano neste domingo para participar da cúpula dos Brics e só volta no sábado seguinte. Ainda assim, a tramitação do arcabouço não correria risco vital, avaliam interlocutores do Executivo, porque a pauta põe fim ao teto de gastos, uma demanda dos deputados. O que não significa vida fácil para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negociar os pormenores do texto.

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PP não aceita oferta do Planalto e insiste em MDS

Segundo apurou a Coluna, Lula mandou avisar que não vai entregar o Ministério do Desenvolvimento Social ao deputado André Fufuca (PP-MA), nem mesmo sem o controle do Bolsa Família. Ou seja: o presidente não está disposto a dividir a pasta, nem demitir o amigo de décadas Wellington Dias (PT) para abrigar um correligionário de seu adversário político no Piauí, o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. Ontem, Lula recebeu Dias no Palácio do Planalto e aprovou o programa Brasil Sem Fome, a ser tocado pelo ministro.

Diante da negativa sobre o MDS, o sonho de consumo do Centrão neste momento, uma contraproposta ventilada foi entregar a Fufuca o Ministério de Ciência e Tecnologia, hoje nas mãos de Luciana Santos (PCdoB). O acordo teria ainda o comando da Caixa Econômica Federal com todas as vice-presidências - o que, na avaliação do governo, vale mais que muito ministério.

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Nesse desenho, Luciana Santos seguiria para o Ministério das Mulheres e Cida Gonçalves, hoje à frente da Pasta, perderia o cargo. A primeira-dama Janja da Silva resiste fortemente à saída, que diminui ainda mais a participação feminina no primeiro escalão.

Republicanos encaminhado para assumir Portos e Aeroportos

Já a outra ponta da reforma ministerial - o embarque do Republicanos no governo - está mais azeitada. O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) deve assumir o Ministério de Portos e Aeroportos, com o ministro Márcio França deslocado ou para Ciência e Tecnologia, caso o PP de fato não queira a pasta, ou para o Ministério da Micro e Pequena Empresa - que teria de ser criado. Hoje, a pasta é uma secretaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

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O Republicanos está satisfeito com a pasta, que vai dar ao grupo político do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ascendência sobre o Porto de Santos, uma das obras mais importantes para entregas “na ponta” em solo paulista.

A incompatibilidade entre a demanda do PP para entrar no governo Lula e a disposição do presidente em ceder pastas de destaque travou, mais uma vez, a reforma ministerial. Diante do impasse, interlocutores do Palácio do Planalto já avaliam que a dança nas cadeiras da Esplanada pode ficar para depois da votação do arcabouço fiscal na Câmara, prevista para a semana que vem.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta negociar uma reforma ministerial.  Foto: CanalGOV

A reforma ministerial, assim, seria deflagrada somente após o presidente Lula retornar da África do Sul. Ele embarca para o país africano neste domingo para participar da cúpula dos Brics e só volta no sábado seguinte. Ainda assim, a tramitação do arcabouço não correria risco vital, avaliam interlocutores do Executivo, porque a pauta põe fim ao teto de gastos, uma demanda dos deputados. O que não significa vida fácil para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negociar os pormenores do texto.

PP não aceita oferta do Planalto e insiste em MDS

Segundo apurou a Coluna, Lula mandou avisar que não vai entregar o Ministério do Desenvolvimento Social ao deputado André Fufuca (PP-MA), nem mesmo sem o controle do Bolsa Família. Ou seja: o presidente não está disposto a dividir a pasta, nem demitir o amigo de décadas Wellington Dias (PT) para abrigar um correligionário de seu adversário político no Piauí, o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. Ontem, Lula recebeu Dias no Palácio do Planalto e aprovou o programa Brasil Sem Fome, a ser tocado pelo ministro.

Diante da negativa sobre o MDS, o sonho de consumo do Centrão neste momento, uma contraproposta ventilada foi entregar a Fufuca o Ministério de Ciência e Tecnologia, hoje nas mãos de Luciana Santos (PCdoB). O acordo teria ainda o comando da Caixa Econômica Federal com todas as vice-presidências - o que, na avaliação do governo, vale mais que muito ministério.

Nesse desenho, Luciana Santos seguiria para o Ministério das Mulheres e Cida Gonçalves, hoje à frente da Pasta, perderia o cargo. A primeira-dama Janja da Silva resiste fortemente à saída, que diminui ainda mais a participação feminina no primeiro escalão.

Republicanos encaminhado para assumir Portos e Aeroportos

Já a outra ponta da reforma ministerial - o embarque do Republicanos no governo - está mais azeitada. O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) deve assumir o Ministério de Portos e Aeroportos, com o ministro Márcio França deslocado ou para Ciência e Tecnologia, caso o PP de fato não queira a pasta, ou para o Ministério da Micro e Pequena Empresa - que teria de ser criado. Hoje, a pasta é uma secretaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

O Republicanos está satisfeito com a pasta, que vai dar ao grupo político do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ascendência sobre o Porto de Santos, uma das obras mais importantes para entregas “na ponta” em solo paulista.

A incompatibilidade entre a demanda do PP para entrar no governo Lula e a disposição do presidente em ceder pastas de destaque travou, mais uma vez, a reforma ministerial. Diante do impasse, interlocutores do Palácio do Planalto já avaliam que a dança nas cadeiras da Esplanada pode ficar para depois da votação do arcabouço fiscal na Câmara, prevista para a semana que vem.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tenta negociar uma reforma ministerial.  Foto: CanalGOV

A reforma ministerial, assim, seria deflagrada somente após o presidente Lula retornar da África do Sul. Ele embarca para o país africano neste domingo para participar da cúpula dos Brics e só volta no sábado seguinte. Ainda assim, a tramitação do arcabouço não correria risco vital, avaliam interlocutores do Executivo, porque a pauta põe fim ao teto de gastos, uma demanda dos deputados. O que não significa vida fácil para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negociar os pormenores do texto.

PP não aceita oferta do Planalto e insiste em MDS

Segundo apurou a Coluna, Lula mandou avisar que não vai entregar o Ministério do Desenvolvimento Social ao deputado André Fufuca (PP-MA), nem mesmo sem o controle do Bolsa Família. Ou seja: o presidente não está disposto a dividir a pasta, nem demitir o amigo de décadas Wellington Dias (PT) para abrigar um correligionário de seu adversário político no Piauí, o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. Ontem, Lula recebeu Dias no Palácio do Planalto e aprovou o programa Brasil Sem Fome, a ser tocado pelo ministro.

Diante da negativa sobre o MDS, o sonho de consumo do Centrão neste momento, uma contraproposta ventilada foi entregar a Fufuca o Ministério de Ciência e Tecnologia, hoje nas mãos de Luciana Santos (PCdoB). O acordo teria ainda o comando da Caixa Econômica Federal com todas as vice-presidências - o que, na avaliação do governo, vale mais que muito ministério.

Nesse desenho, Luciana Santos seguiria para o Ministério das Mulheres e Cida Gonçalves, hoje à frente da Pasta, perderia o cargo. A primeira-dama Janja da Silva resiste fortemente à saída, que diminui ainda mais a participação feminina no primeiro escalão.

Republicanos encaminhado para assumir Portos e Aeroportos

Já a outra ponta da reforma ministerial - o embarque do Republicanos no governo - está mais azeitada. O deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) deve assumir o Ministério de Portos e Aeroportos, com o ministro Márcio França deslocado ou para Ciência e Tecnologia, caso o PP de fato não queira a pasta, ou para o Ministério da Micro e Pequena Empresa - que teria de ser criado. Hoje, a pasta é uma secretaria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

O Republicanos está satisfeito com a pasta, que vai dar ao grupo político do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ascendência sobre o Porto de Santos, uma das obras mais importantes para entregas “na ponta” em solo paulista.

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