O pastor Silas Malafaia, organizador dos atos bolsonaristas de 7 de Setembro na Avenida Paulista, chamou de “vergonha” a presença de bandeiras do grupo terrorista islâmico Hamas no Grito dos Excluídos, ato organizado por movimentos sociais realizado na Praça da Sé também neste sábado, 7. “Eles (a esquerda) podem tudo, e nós nem o que a Constituição garante. Se fosse do outro lado, (seria) ato antidemocrático”, afirmou o religioso à Coluna do Estadão.
“Apoiar grupo terrorista que massacra mulheres grávidas, crianças, idosos. Isso é uma vergonha”, seguiu o pastor. À Coluna, um dos organizadores do Grito negou que o movimento seja favorável ao Hamas ou a qualquer outra organização terrorista. Além das bandeiras, uma barraca montada pelo Partido da Causa Operária (PCO) vendia camisetas e outros itens com referências ao grupo terrorista na Sé. Uma faixa verde com os dizeres “1000% Hamas” era um dos adereços comercializados pela legenda no local.
“Temos um grande acordo no que se refere a denunciar o genocídio na Palestina e na defesa do Estado da Palestina. Se havia grupos independentes, que inclusive não faziam parte e apareceram com símbolos do Hamas, quero deixar claro que não tem a ver com o Grito”, rebateu Paulo Pedrini, coordenador da Pastoral Operária, uma das entidades organizadoras do ato progressista.