O crescimento de Pablo Marçal (PRTB) na pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 22, deu uma pancada na campanha à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), mas a ordem interna é não desesperar, focar que o prefeito ainda garante vitória nos cenários de segundo turno, e tentar reconquistar o eleitorado bolsonarista.
Uma das avaliações entre os aliados de Nunes foi de que os dados dos levantamentos publicados nesta semana ainda não refletem a “lavação de roupa suja” em público entre Marçal e Jair Bolsonaro (PL), tampouco a ofensiva do ex-presidente para deixar claro que o ex-coach não o representa.
Além da troca de farpas por meio das redes sociais, nesta quinta-feira o ex-presidente compartilhou em seu canal no WhatsApp, com 1,2 milhão de seguidores, um vídeo reunindo diversos momentos em que Marçal o critica. Na visão de aliados, a postura do ex-presidente pode indicar um maior envolvimento na campanha eleitoral da capital paulista, onde ele apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes. o (MDB).
“Infelizmente as pesquisas desta semana não mostram o reflexo das últimas 36 horas. A militância já percebeu que Marçal não representa o ex-presidente. O derretimento de Marçal virá na próxima”, afirmou Fábio Wajngarten, assessor e advogado de Bolsonaro, à Coluna do Estadão.
A pesquisa Datafolha apontou empate técnico triplo entre o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), o empresário Pablo Marçal e o prefeito Ricardo Nunes na primeira posição da corrida eleitoral. Boulos tem 23%, o empresário tem 21% e o prefeito aparece com 19%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.
O apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) figura com 10%. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) aparece com 8%. Já a economista Marina Helena, do Novo, registrou 4% de menções.
Marçal cresceu 7 pontos porcentuais desde a última pesquisa do instituto, divulgada em 8 de agosto. Esta é a primeira pesquisa do Instituto divulgada após o início oficial das campanhas e da realização dos primeiros debates entre os principais candidatos a prefeito de São Paulo.
O Datafolha ouviu 1.204 eleitores paulistanos entre os dias 21 e 22 de agosto. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-08344/2024.