O MDB do Senado, terceira maior bancada com 10 parlamentares, tenta engrossar suas fileiras para chegar perto do PL (12) e do PSD (15), do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. Essa expansão fortaleceria os emedebistas para a próxima composição do comando do Senado. A sigla mira principalmente o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que deixou a Rede Sustentabilidade no começo de maio, e Alessandro Vieira (PSDB-SE).
Em conversa com a Coluna do Estadão, Randolfe disse que só vai decidir seu novo partido depois do recesso parlamentar, no segundo semestre. Mas o senador já indicou que tem aval de Lula para escolher qualquer sigla.
“Minha cabeça está voltada para as tarefas do governo Lula. Não quero distrações”, afirmou Randolfe à Coluna do Estadão.
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O líder do governo no Congresso tenta garantir em tempo hábil a aprovação de medidas provisórias, ameaçadas de caducar por uma disputa entre o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e Pacheco. Randolfe também tenta ganhar vantagem na linha de frente do governo na CPI Mista dos atos golpistas de 8 de janeiro, em que é suplente.
Outro foco de Randolfe é a aprovação do arcabouço fiscal no Senado, que deve ir à votação na próxima terça-feira, 20.
Os emedebistas trataram da expansão da bancada no Senado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e indicaram que, com mais nomes, conseguirão melhorar a consistência da base de apoio do governo no Senado. Hoje, a articulação política de Lula confia que tem maioria simples (41 votos) para aprovar matérias no Senado, em uma situação mais confortável do que na Câmara dos Deputados, mas ainda não há base consistente para a aprovação de emendas constitucionais (49 votos).