O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, afirmou ao Broadcast Político/Coluna do Estadão que o Bolsa Família precisará de um incremento de R$ 700 milhões no orçamento de 2024 para atender mais famílias no Rio Grande do Sul, Estado assolado pelas enchentes. O pedido por reforço de verbas foi enviado ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Nas contas do governo Lula, aproximadamente 80 mil novas famílias gaúchas vão ingressar no Bolsa Família. Wellington Dias afirmou ser necessário reajustar o orçamento do programa para “não ter problema de ordem fiscal”.
“Como nós estamos tratando de vulnerabilidade que é de médio e longo prazo, há necessidade de ter um recurso extra para essa despesa não prevista. A nossa preocupação é que famílias que nunca estiveram no Bolsa Família entraram em vulnerabilidade”, disse o ministro.
Entre as medidas de socorro ao Rio Grande do Sul, o governo Lula estuda aumentar as parcelas do Auxílio Abrigamento às famílias que tiveram suas casas destruídas. Hoje, está autorizado o pagamento de duas parcelas de R$ 400 a cada pessoa nessa situação. Os recursos são repassados às prefeituras.
De acordo com Wellington Dias, o Executivo também avalia um incentivo a quem ajudar na reconstrução do Estado, como na limpeza das cidades e recuperação de áreas públicas. Esse programa, se sair do papel, deve exigir um investimento de R$ 8,1 bilhões.
“A proposta é de que a gente o aproveitamento de toda mão de obra do próprio Rio Grande do Sul. Ou seja, a ideia é que as empresas que venham a ser contratadas aproveitem a mão de obra do Estado, para viabilizar oportunidades para quem foi prejudicado com a própria enchente”, afirmou o chefe da pasta do Desenvolvimento Social.