Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Movimentação de contêineres em portos privados deve superar os públicos em até quatro anos


Resultado dependerá de crescimento da economia brasileira, afirma presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa

Por Roseann Kennedy
Atualização:

A movimentação de contêineres em portos privados do Brasil avançou 7,2% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período de 2023, e o setor aposta que deve superar os portos públicos em até quatro anos. O resultado dependerá do crescimento da própria economia brasileira, na avaliação do presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa.

“Se forem mantidas as médias das taxas de crescimento dos últimos dez anos, a previsão é que os terminais privados ultrapassem os públicos em três ou quatro anos na movimentação de contêineres. Mas o Brasil tem que crescer. Porque os portos não geram carga, são apenas ponto de transbordo do modal terrestre para aquaviário e vice-versa. Então, o crescimento da economia do Brasil impacta muito”, afirmou Barbosa à Coluna do Estadão.

Levantamento da ATP obtido pela Coluna, com base no Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), mostra que, nos seis primeiros meses deste ano, esse perfil de carga totalizou 2,4 milhões de TEUs — equivalentes a um contêiner de 20 pés. Destacaram-se no crescimento porcentual o Porto Itapoá 25,3%, o DP World Santos (19,8%) e o Porto de Pecém (7,6%).

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Já as maiores movimentações em volume absoluto em terminais privados foram registradas no Marítimo Ponta da Madeira (MA), no terminal de Tubarão (ES) e no Aquaviário de Angra dos Reis (RJ) Juntos, eles movimentaram 144,8 milhões de toneladas entre janeiro e junho, quase 23% de toda a movimentação portuária do país, somando-se portos organizados e terminais autorizados.

“Isso traduz a significativa participação que iniciativa privada tem no mercado. Do ponto de vista de projetos novos, em relação aos arrendados, está vindo o terminal STS10 (na região de Saboó) que vai ser um grande terminal em Santos. E um terminal em Santos tem um potencial enorme porque São Paulo é o nosso maior estado produtor e consumidor”, ressaltou Murillo Barbosa.

Porto do Pecém. Caucaia - CE Foto: Ricardo Stuckert / Presidencia da Republica
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Governo adia investimento em novo terminal no porto de Santos

Em relação a um novo terminal de contêiner no porto de Santos para desafogar a movimentação de cargas no loca, o governo decidiu adiar os investimentos públicos e encomendou um estudo para avaliar alternativas ao projeto. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) havia solicitado que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Autoridade do Porto de Santos (APS) retomassem a licitação do terminal STS10, na região do Saboó, em até 30 dias.

Em março, o governo Lula anunciou que espera leiloar, ainda neste ano, 16 áreas em portos pelo País, com valor total de R$ 8 bilhões em investimentos.

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“Dos terminais privados, há dois projetos para virem aí, o da APM Terminals, em Suape (PE), de carga geral e contêiner; e o da Imetame, em Aracruz (ES), de contêiner. E, claro, não podemos desprezar ampliações que estão sendo feitas em todos os terminais, porque estão atingindo um nível de saturação. Então, os TUPs estão no limite e daqui a pouco não têm mais como crescer”, concluiu. Murillo.

Murillo Barbosa, diretor-presidente da ATP Foto: Andressa Andressa

A movimentação de contêineres em portos privados do Brasil avançou 7,2% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período de 2023, e o setor aposta que deve superar os portos públicos em até quatro anos. O resultado dependerá do crescimento da própria economia brasileira, na avaliação do presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa.

“Se forem mantidas as médias das taxas de crescimento dos últimos dez anos, a previsão é que os terminais privados ultrapassem os públicos em três ou quatro anos na movimentação de contêineres. Mas o Brasil tem que crescer. Porque os portos não geram carga, são apenas ponto de transbordo do modal terrestre para aquaviário e vice-versa. Então, o crescimento da economia do Brasil impacta muito”, afirmou Barbosa à Coluna do Estadão.

Levantamento da ATP obtido pela Coluna, com base no Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), mostra que, nos seis primeiros meses deste ano, esse perfil de carga totalizou 2,4 milhões de TEUs — equivalentes a um contêiner de 20 pés. Destacaram-se no crescimento porcentual o Porto Itapoá 25,3%, o DP World Santos (19,8%) e o Porto de Pecém (7,6%).

Já as maiores movimentações em volume absoluto em terminais privados foram registradas no Marítimo Ponta da Madeira (MA), no terminal de Tubarão (ES) e no Aquaviário de Angra dos Reis (RJ) Juntos, eles movimentaram 144,8 milhões de toneladas entre janeiro e junho, quase 23% de toda a movimentação portuária do país, somando-se portos organizados e terminais autorizados.

“Isso traduz a significativa participação que iniciativa privada tem no mercado. Do ponto de vista de projetos novos, em relação aos arrendados, está vindo o terminal STS10 (na região de Saboó) que vai ser um grande terminal em Santos. E um terminal em Santos tem um potencial enorme porque São Paulo é o nosso maior estado produtor e consumidor”, ressaltou Murillo Barbosa.

Porto do Pecém. Caucaia - CE Foto: Ricardo Stuckert / Presidencia da Republica

Governo adia investimento em novo terminal no porto de Santos

Em relação a um novo terminal de contêiner no porto de Santos para desafogar a movimentação de cargas no loca, o governo decidiu adiar os investimentos públicos e encomendou um estudo para avaliar alternativas ao projeto. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) havia solicitado que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Autoridade do Porto de Santos (APS) retomassem a licitação do terminal STS10, na região do Saboó, em até 30 dias.

Em março, o governo Lula anunciou que espera leiloar, ainda neste ano, 16 áreas em portos pelo País, com valor total de R$ 8 bilhões em investimentos.

“Dos terminais privados, há dois projetos para virem aí, o da APM Terminals, em Suape (PE), de carga geral e contêiner; e o da Imetame, em Aracruz (ES), de contêiner. E, claro, não podemos desprezar ampliações que estão sendo feitas em todos os terminais, porque estão atingindo um nível de saturação. Então, os TUPs estão no limite e daqui a pouco não têm mais como crescer”, concluiu. Murillo.

Murillo Barbosa, diretor-presidente da ATP Foto: Andressa Andressa

A movimentação de contêineres em portos privados do Brasil avançou 7,2% no primeiro semestre deste ano, na comparação com igual período de 2023, e o setor aposta que deve superar os portos públicos em até quatro anos. O resultado dependerá do crescimento da própria economia brasileira, na avaliação do presidente da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP), Murillo Barbosa.

“Se forem mantidas as médias das taxas de crescimento dos últimos dez anos, a previsão é que os terminais privados ultrapassem os públicos em três ou quatro anos na movimentação de contêineres. Mas o Brasil tem que crescer. Porque os portos não geram carga, são apenas ponto de transbordo do modal terrestre para aquaviário e vice-versa. Então, o crescimento da economia do Brasil impacta muito”, afirmou Barbosa à Coluna do Estadão.

Levantamento da ATP obtido pela Coluna, com base no Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), mostra que, nos seis primeiros meses deste ano, esse perfil de carga totalizou 2,4 milhões de TEUs — equivalentes a um contêiner de 20 pés. Destacaram-se no crescimento porcentual o Porto Itapoá 25,3%, o DP World Santos (19,8%) e o Porto de Pecém (7,6%).

Já as maiores movimentações em volume absoluto em terminais privados foram registradas no Marítimo Ponta da Madeira (MA), no terminal de Tubarão (ES) e no Aquaviário de Angra dos Reis (RJ) Juntos, eles movimentaram 144,8 milhões de toneladas entre janeiro e junho, quase 23% de toda a movimentação portuária do país, somando-se portos organizados e terminais autorizados.

“Isso traduz a significativa participação que iniciativa privada tem no mercado. Do ponto de vista de projetos novos, em relação aos arrendados, está vindo o terminal STS10 (na região de Saboó) que vai ser um grande terminal em Santos. E um terminal em Santos tem um potencial enorme porque São Paulo é o nosso maior estado produtor e consumidor”, ressaltou Murillo Barbosa.

Porto do Pecém. Caucaia - CE Foto: Ricardo Stuckert / Presidencia da Republica

Governo adia investimento em novo terminal no porto de Santos

Em relação a um novo terminal de contêiner no porto de Santos para desafogar a movimentação de cargas no loca, o governo decidiu adiar os investimentos públicos e encomendou um estudo para avaliar alternativas ao projeto. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) havia solicitado que o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e a Autoridade do Porto de Santos (APS) retomassem a licitação do terminal STS10, na região do Saboó, em até 30 dias.

Em março, o governo Lula anunciou que espera leiloar, ainda neste ano, 16 áreas em portos pelo País, com valor total de R$ 8 bilhões em investimentos.

“Dos terminais privados, há dois projetos para virem aí, o da APM Terminals, em Suape (PE), de carga geral e contêiner; e o da Imetame, em Aracruz (ES), de contêiner. E, claro, não podemos desprezar ampliações que estão sendo feitas em todos os terminais, porque estão atingindo um nível de saturação. Então, os TUPs estão no limite e daqui a pouco não têm mais como crescer”, concluiu. Murillo.

Murillo Barbosa, diretor-presidente da ATP Foto: Andressa Andressa

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