O ministro Paulo Pimenta não será o único a deixar o cargo na Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo. A chegada do publicitário Sidônio Palmeira, marqueteiro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha de 2022, no lugar no petista prenuncia uma série de mudanças. Já dado como certo no posto, ele deverá ter “carta branca” na pasta e uma das exigências foi ter autonomia para escolher sua equipe. Procurado, ele não respondeu.
O atual secretário de Imprensa da Presidência, José Chrispiniano, é outro que também deverá ser substituído, apesar da proximidade com Lula, disseram aliados de petista à Coluna do Estadão. Ele acompanha o presidente desde 2011.
A dúvida entre interlocutores do presidente é sobre a permanência na Secom de pessoas próximas à primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, como Brunna Rosa, secretária de Estratégia e Redes. Mas a força de Sidônio já foi percebida na sexta-feira, 20: mesmo sem assumir o cargo no lugar de Pimenta, ele participou do almoço de confraternização de fim de ano de Lula com os ministros, no Palácio do Alvorada.
Como mostrou a Coluna do Estadão, o alerta no Planalto acendeu após pesquisa Datafolha apontar que Lula se equipara ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em avaliação negativa de sua gestão.
O sinal amarelo coloca ainda mais pressão na estratégia governista para a segunda metade do mandato e serão adotadas duas frentes de reação. Primeiro, correr para fazer as mudanças necessárias na comunicação do governo. Em segundo lugar, aumentar a combatividade das bancadas no Congresso Nacional, principalmente no plenário da Câmara.