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Análise|Ofensiva do Judiciário sobre emendas gera rara união entre os presidentes da Câmara e do Senado


Diálogo entre os dois líderes seria impensável meses atrás, quando os dois políticos sequer dirigiam a palavra um ao outro

Por Iander Porcella
Atualização:

Foi o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quem pediu para sentar ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no jantar das Santas Casas que ocorreu em Brasília no último dia 13, segundo apurou o Broadcast/Coluna do Estadão. Ao saber que o senador também estaria presente no evento, o deputado quis garantir que os dois teriam uma oportunidade de conversar. Esse arranjo seria impensável meses atrás, quando eles nem sequer dirigiam a palavra um ao outro. O que mudou foi a necessidade de união do Congresso em meio à ofensiva do Judiciário - em aliança com o governo - sobre as emendas parlamentares.

Lira é canceriano - faz aniversário em 25 de junho - e conhecido por guardar mágoas até mesmo de aliados. Dada essa característica do presidente da Câmara, a reaproximação dele com Pacheco não foi vista como algo trivial. Uma semana depois do evento das Santas Casas, o deputado alagoano foi recebido por Pacheco na residência oficial do Senado - lugar que não frequentava havia muito tempo - antes do almoço oferecido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para costurar o acordo entre os três Poderes sobre as emendas. No jantar, Lira chegou a sorrir para Pacheco e os dois saíram do local juntos.

Só uma disputa do Congresso com os outros Poderes para selar uma trégua entre Lira e Pacheco - e não é qualquer disputa, já que o avanço sobre o Orçamento, com as emendas, é o cerne do aumento de poder do Congresso nos últimos anos. Quando se trata de assuntos internos do Legislativo, deputado e senador discordam com frequência, muitas vezes de forma irreversível. No ano passado, o impasse foi sobre o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MP). Lira queria acabar com a análise em comissões mistas, mas Pacheco resistiu. Não houve acordo, e o presidente da Câmara passou a pedir que o governo priorizasse projetos de lei em vez de enviar MPs.

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Durante o imbróglio da tramitação das MPs, Lira chegou a questionar a autoridade de Pacheco como presidente do Senado e sugeriu, nas entrelinhas, que quem comandava a Casa era o senador Davi Alcolumbre (União-AP), padrinho de Pacheco. Na ocasião, Lira disse que o Senado não poderia ser “refém” do Amapá, Estado de Alcolumbre, e de Alagoas, em referência à atuação do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu adversário na política local, para travar a mudança no rito das MPs. Diante de tantas divergências, os presidentes da Câmara e do Senado romperam e ficaram um bom tempo sem conversar.

O espírito de corpo agora falou mais alto. O Palácio do Planalto chegou a cogitar o fim das emendas de comissão, que hoje são a principal moeda de negociação política no Congresso. Lira, que depende desses recursos para articular sua sucessão, queria o respaldo de Pacheco para uma resposta institucional do Legislativo. O resultado foi a ação conjunta de Câmara, Senado e 11 partidos contra a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de suspender todas as emendas impositivas. Após a Câmara sinalizar retaliações ao Judiciário, um acordo foi firmado entre os três Poderes, mas os presidentes das duas Casas, que deixarão os respectivos cargos em fevereiro, ainda tentam reduzir danos.

Ofensiva do Judiciário sobre emendas gera rara união entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

Foi o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quem pediu para sentar ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no jantar das Santas Casas que ocorreu em Brasília no último dia 13, segundo apurou o Broadcast/Coluna do Estadão. Ao saber que o senador também estaria presente no evento, o deputado quis garantir que os dois teriam uma oportunidade de conversar. Esse arranjo seria impensável meses atrás, quando eles nem sequer dirigiam a palavra um ao outro. O que mudou foi a necessidade de união do Congresso em meio à ofensiva do Judiciário - em aliança com o governo - sobre as emendas parlamentares.

Lira é canceriano - faz aniversário em 25 de junho - e conhecido por guardar mágoas até mesmo de aliados. Dada essa característica do presidente da Câmara, a reaproximação dele com Pacheco não foi vista como algo trivial. Uma semana depois do evento das Santas Casas, o deputado alagoano foi recebido por Pacheco na residência oficial do Senado - lugar que não frequentava havia muito tempo - antes do almoço oferecido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para costurar o acordo entre os três Poderes sobre as emendas. No jantar, Lira chegou a sorrir para Pacheco e os dois saíram do local juntos.

Só uma disputa do Congresso com os outros Poderes para selar uma trégua entre Lira e Pacheco - e não é qualquer disputa, já que o avanço sobre o Orçamento, com as emendas, é o cerne do aumento de poder do Congresso nos últimos anos. Quando se trata de assuntos internos do Legislativo, deputado e senador discordam com frequência, muitas vezes de forma irreversível. No ano passado, o impasse foi sobre o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MP). Lira queria acabar com a análise em comissões mistas, mas Pacheco resistiu. Não houve acordo, e o presidente da Câmara passou a pedir que o governo priorizasse projetos de lei em vez de enviar MPs.

Durante o imbróglio da tramitação das MPs, Lira chegou a questionar a autoridade de Pacheco como presidente do Senado e sugeriu, nas entrelinhas, que quem comandava a Casa era o senador Davi Alcolumbre (União-AP), padrinho de Pacheco. Na ocasião, Lira disse que o Senado não poderia ser “refém” do Amapá, Estado de Alcolumbre, e de Alagoas, em referência à atuação do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu adversário na política local, para travar a mudança no rito das MPs. Diante de tantas divergências, os presidentes da Câmara e do Senado romperam e ficaram um bom tempo sem conversar.

O espírito de corpo agora falou mais alto. O Palácio do Planalto chegou a cogitar o fim das emendas de comissão, que hoje são a principal moeda de negociação política no Congresso. Lira, que depende desses recursos para articular sua sucessão, queria o respaldo de Pacheco para uma resposta institucional do Legislativo. O resultado foi a ação conjunta de Câmara, Senado e 11 partidos contra a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de suspender todas as emendas impositivas. Após a Câmara sinalizar retaliações ao Judiciário, um acordo foi firmado entre os três Poderes, mas os presidentes das duas Casas, que deixarão os respectivos cargos em fevereiro, ainda tentam reduzir danos.

Ofensiva do Judiciário sobre emendas gera rara união entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

Foi o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quem pediu para sentar ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no jantar das Santas Casas que ocorreu em Brasília no último dia 13, segundo apurou o Broadcast/Coluna do Estadão. Ao saber que o senador também estaria presente no evento, o deputado quis garantir que os dois teriam uma oportunidade de conversar. Esse arranjo seria impensável meses atrás, quando eles nem sequer dirigiam a palavra um ao outro. O que mudou foi a necessidade de união do Congresso em meio à ofensiva do Judiciário - em aliança com o governo - sobre as emendas parlamentares.

Lira é canceriano - faz aniversário em 25 de junho - e conhecido por guardar mágoas até mesmo de aliados. Dada essa característica do presidente da Câmara, a reaproximação dele com Pacheco não foi vista como algo trivial. Uma semana depois do evento das Santas Casas, o deputado alagoano foi recebido por Pacheco na residência oficial do Senado - lugar que não frequentava havia muito tempo - antes do almoço oferecido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para costurar o acordo entre os três Poderes sobre as emendas. No jantar, Lira chegou a sorrir para Pacheco e os dois saíram do local juntos.

Só uma disputa do Congresso com os outros Poderes para selar uma trégua entre Lira e Pacheco - e não é qualquer disputa, já que o avanço sobre o Orçamento, com as emendas, é o cerne do aumento de poder do Congresso nos últimos anos. Quando se trata de assuntos internos do Legislativo, deputado e senador discordam com frequência, muitas vezes de forma irreversível. No ano passado, o impasse foi sobre o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MP). Lira queria acabar com a análise em comissões mistas, mas Pacheco resistiu. Não houve acordo, e o presidente da Câmara passou a pedir que o governo priorizasse projetos de lei em vez de enviar MPs.

Durante o imbróglio da tramitação das MPs, Lira chegou a questionar a autoridade de Pacheco como presidente do Senado e sugeriu, nas entrelinhas, que quem comandava a Casa era o senador Davi Alcolumbre (União-AP), padrinho de Pacheco. Na ocasião, Lira disse que o Senado não poderia ser “refém” do Amapá, Estado de Alcolumbre, e de Alagoas, em referência à atuação do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu adversário na política local, para travar a mudança no rito das MPs. Diante de tantas divergências, os presidentes da Câmara e do Senado romperam e ficaram um bom tempo sem conversar.

O espírito de corpo agora falou mais alto. O Palácio do Planalto chegou a cogitar o fim das emendas de comissão, que hoje são a principal moeda de negociação política no Congresso. Lira, que depende desses recursos para articular sua sucessão, queria o respaldo de Pacheco para uma resposta institucional do Legislativo. O resultado foi a ação conjunta de Câmara, Senado e 11 partidos contra a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de suspender todas as emendas impositivas. Após a Câmara sinalizar retaliações ao Judiciário, um acordo foi firmado entre os três Poderes, mas os presidentes das duas Casas, que deixarão os respectivos cargos em fevereiro, ainda tentam reduzir danos.

Ofensiva do Judiciário sobre emendas gera rara união entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

Foi o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quem pediu para sentar ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no jantar das Santas Casas que ocorreu em Brasília no último dia 13, segundo apurou o Broadcast/Coluna do Estadão. Ao saber que o senador também estaria presente no evento, o deputado quis garantir que os dois teriam uma oportunidade de conversar. Esse arranjo seria impensável meses atrás, quando eles nem sequer dirigiam a palavra um ao outro. O que mudou foi a necessidade de união do Congresso em meio à ofensiva do Judiciário - em aliança com o governo - sobre as emendas parlamentares.

Lira é canceriano - faz aniversário em 25 de junho - e conhecido por guardar mágoas até mesmo de aliados. Dada essa característica do presidente da Câmara, a reaproximação dele com Pacheco não foi vista como algo trivial. Uma semana depois do evento das Santas Casas, o deputado alagoano foi recebido por Pacheco na residência oficial do Senado - lugar que não frequentava havia muito tempo - antes do almoço oferecido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, para costurar o acordo entre os três Poderes sobre as emendas. No jantar, Lira chegou a sorrir para Pacheco e os dois saíram do local juntos.

Só uma disputa do Congresso com os outros Poderes para selar uma trégua entre Lira e Pacheco - e não é qualquer disputa, já que o avanço sobre o Orçamento, com as emendas, é o cerne do aumento de poder do Congresso nos últimos anos. Quando se trata de assuntos internos do Legislativo, deputado e senador discordam com frequência, muitas vezes de forma irreversível. No ano passado, o impasse foi sobre o rito de tramitação das Medidas Provisórias (MP). Lira queria acabar com a análise em comissões mistas, mas Pacheco resistiu. Não houve acordo, e o presidente da Câmara passou a pedir que o governo priorizasse projetos de lei em vez de enviar MPs.

Durante o imbróglio da tramitação das MPs, Lira chegou a questionar a autoridade de Pacheco como presidente do Senado e sugeriu, nas entrelinhas, que quem comandava a Casa era o senador Davi Alcolumbre (União-AP), padrinho de Pacheco. Na ocasião, Lira disse que o Senado não poderia ser “refém” do Amapá, Estado de Alcolumbre, e de Alagoas, em referência à atuação do senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu adversário na política local, para travar a mudança no rito das MPs. Diante de tantas divergências, os presidentes da Câmara e do Senado romperam e ficaram um bom tempo sem conversar.

O espírito de corpo agora falou mais alto. O Palácio do Planalto chegou a cogitar o fim das emendas de comissão, que hoje são a principal moeda de negociação política no Congresso. Lira, que depende desses recursos para articular sua sucessão, queria o respaldo de Pacheco para uma resposta institucional do Legislativo. O resultado foi a ação conjunta de Câmara, Senado e 11 partidos contra a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de suspender todas as emendas impositivas. Após a Câmara sinalizar retaliações ao Judiciário, um acordo foi firmado entre os três Poderes, mas os presidentes das duas Casas, que deixarão os respectivos cargos em fevereiro, ainda tentam reduzir danos.

Ofensiva do Judiciário sobre emendas gera rara união entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 
Análise por Iander Porcella

Repórter do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com extensão em jornalismo econômico na Fundação Getulio Vargas (FGV). Em Brasília desde o fim de 2021, escreve sobre Congresso, com foco na Câmara. Em São Paulo, cobriu mercados financeiros internacionais.

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