O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) uma auditoria na compra de móveis para o Palácio da Alvorada. O governo Lula adquiriu as peças sem licitação, alegando urgência porque os bens teriam sumido com a saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP) protocolou requerimento na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara para apurar o caso junto à Corte de Contas.
O movimento ocorre após a revelação de que os móveis que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dizia terem “sumido” da residência oficial da Presidência foram encontrados e sempre estiveram em posse da Presidência. “A informação errônea de que os bens estavam perdidos impactou na definição do requisito da pronta entrega, que, por sua vez, provocou a majoração indevida dos preços praticados”, argumenta a congressista.
Entre as compras feitas pelo governo federal de forma emergencial para o Palácio da Alvorada, estão uma cama de R$ 42.230,00 e um sofá de R$ 65.140,00.
Em nota, a Secretaria de Comunicação (Secom) afirmou que os móveis foram encontrados após 10 meses de buscas, ainda no ano passado. “Só no segundo semestre de 2023 o atual governo concluiu a busca por todos os itens que não foram localizados durante a gestão Bolsonaro em diversas dependências diferentes da Presidência da República – não só no Alvorada”, diz o texto.
A representação de Rogério Marinho foi encaminhada ao presidente do TCU, Bruno Dantas, que fará o sorteio de um ministro-relator para o caso.