Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

PEC que limita decisões individuais do STF é ‘pleonasmo constitucional’, diz Ives Gandra


Aprovação da proposta no Senado provocou crise entre os Poderes

Por Gustavo Côrtes e Roseann Kennedy

A aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre leis do Congresso somente ratificou norma prevista na Constituição. É o que diz o jurista Ives Gandra Martins.

“Nossos constituintes, no artigo 97, determinavam que a declaração de inconstitucionalidade só pode ser feita pelo STF pelo voto da maioria absoluta de seus membros”, afirmou ele.

Segundo Ives, a medida consiste em “pleonasmo constitucional”. “A repetição é para que fique ainda mais claro o direito do Legislativo de legislar e do STF de decidir, em matéria de constitucionalidade de lei, somente por maioria absoluta para declarar sua inconstitucionalidade.”

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Para Ives Gandra, a proposta aprovada pelo Senado apenas ratifica o que já está na Constituição. Foto: Andreia Tarelow

O texto, que ainda depende de aprovação da Câmara, deflagrou uma crise institucional entre os Poderes. Os magistrados veem na proposta uma resposta a decisões da Corte que desagradaram ao Legislativo. “Não se sacrificam instituições no altar das conveniências políticas”, disse o presidente do STF, ministro Roberto Barroso.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou de “desproporcional” a reação de ministros contra a lei.

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“Não me permito fazer um debate político, tampouco receber agressões que gratuitamente eu recebi de membros do Supremo Tribunal Federal, em razão do papel constitucional que eu cumpri de buscar aprimorar a Justiça do nosso País”, observou Pacheco.

BRASILIA DF 21-11-2023 NACIONAL RODRIGO PACHECO SENADO Presidência do Senado Presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concede entrevista coletiva e fala sobre a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (21). Durante o encontro, Pacheco apresentou uma proposta para solucionar as dívidas do estado de Minas Gerais. FOTO Roque de Sá/Agencia Senado  Foto: Roque de Sá/Agencia Senado

Sobrou até para o Executivo, que, na visão dos magistrados, não atuou para desarticular a PEC. Pesou, ainda, o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, a favor da medida. Ministros do Supremo dizem que Wagner cometeu uma “traição” ao se aliar aos bolsonaristas, que apoiaram a proposta.

A aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre leis do Congresso somente ratificou norma prevista na Constituição. É o que diz o jurista Ives Gandra Martins.

“Nossos constituintes, no artigo 97, determinavam que a declaração de inconstitucionalidade só pode ser feita pelo STF pelo voto da maioria absoluta de seus membros”, afirmou ele.

Segundo Ives, a medida consiste em “pleonasmo constitucional”. “A repetição é para que fique ainda mais claro o direito do Legislativo de legislar e do STF de decidir, em matéria de constitucionalidade de lei, somente por maioria absoluta para declarar sua inconstitucionalidade.”

Para Ives Gandra, a proposta aprovada pelo Senado apenas ratifica o que já está na Constituição. Foto: Andreia Tarelow

O texto, que ainda depende de aprovação da Câmara, deflagrou uma crise institucional entre os Poderes. Os magistrados veem na proposta uma resposta a decisões da Corte que desagradaram ao Legislativo. “Não se sacrificam instituições no altar das conveniências políticas”, disse o presidente do STF, ministro Roberto Barroso.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou de “desproporcional” a reação de ministros contra a lei.

“Não me permito fazer um debate político, tampouco receber agressões que gratuitamente eu recebi de membros do Supremo Tribunal Federal, em razão do papel constitucional que eu cumpri de buscar aprimorar a Justiça do nosso País”, observou Pacheco.

BRASILIA DF 21-11-2023 NACIONAL RODRIGO PACHECO SENADO Presidência do Senado Presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concede entrevista coletiva e fala sobre a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (21). Durante o encontro, Pacheco apresentou uma proposta para solucionar as dívidas do estado de Minas Gerais. FOTO Roque de Sá/Agencia Senado  Foto: Roque de Sá/Agencia Senado

Sobrou até para o Executivo, que, na visão dos magistrados, não atuou para desarticular a PEC. Pesou, ainda, o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, a favor da medida. Ministros do Supremo dizem que Wagner cometeu uma “traição” ao se aliar aos bolsonaristas, que apoiaram a proposta.

A aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita as decisões individuais de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre leis do Congresso somente ratificou norma prevista na Constituição. É o que diz o jurista Ives Gandra Martins.

“Nossos constituintes, no artigo 97, determinavam que a declaração de inconstitucionalidade só pode ser feita pelo STF pelo voto da maioria absoluta de seus membros”, afirmou ele.

Segundo Ives, a medida consiste em “pleonasmo constitucional”. “A repetição é para que fique ainda mais claro o direito do Legislativo de legislar e do STF de decidir, em matéria de constitucionalidade de lei, somente por maioria absoluta para declarar sua inconstitucionalidade.”

Para Ives Gandra, a proposta aprovada pelo Senado apenas ratifica o que já está na Constituição. Foto: Andreia Tarelow

O texto, que ainda depende de aprovação da Câmara, deflagrou uma crise institucional entre os Poderes. Os magistrados veem na proposta uma resposta a decisões da Corte que desagradaram ao Legislativo. “Não se sacrificam instituições no altar das conveniências políticas”, disse o presidente do STF, ministro Roberto Barroso.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chamou de “desproporcional” a reação de ministros contra a lei.

“Não me permito fazer um debate político, tampouco receber agressões que gratuitamente eu recebi de membros do Supremo Tribunal Federal, em razão do papel constitucional que eu cumpri de buscar aprimorar a Justiça do nosso País”, observou Pacheco.

BRASILIA DF 21-11-2023 NACIONAL RODRIGO PACHECO SENADO Presidência do Senado Presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), concede entrevista coletiva e fala sobre a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (21). Durante o encontro, Pacheco apresentou uma proposta para solucionar as dívidas do estado de Minas Gerais. FOTO Roque de Sá/Agencia Senado  Foto: Roque de Sá/Agencia Senado

Sobrou até para o Executivo, que, na visão dos magistrados, não atuou para desarticular a PEC. Pesou, ainda, o voto do líder do governo no Senado, Jaques Wagner, a favor da medida. Ministros do Supremo dizem que Wagner cometeu uma “traição” ao se aliar aos bolsonaristas, que apoiaram a proposta.

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