Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Pedido por armas pode azedar reunião de Lula e Zelenski? Veja bastidores


Comitiva brasileira minimiza hipótese, mas tema gera cuidados adicionais para eventual abordagem

Por Roseann Kennedy e Eduardo Gayer
Atualização:

A poucas horas do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, o governo brasileiro vive um clima de cautela com a conversa, considerada delicada. Entre integrantes do Palácio do Planalto, comenta-se que o clima na reunião poderia azedar se o líder ucraniano fizer um pedido tácito a Lula por armamento para enfrentar a Rússia. Mas a comitiva brasileira minimiza essa hipótese.

Interlocutores do Itamaraty apontam que a posição do Brasil é conhecida por Zelenski e contrária a qualquer ajuda bélica. Portanto, não acreditam que ocorra algum constrangimento. O Brasil já negou pelo menos dois pedidos da Ucrânia para compra de armamento.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante poderia acabar por criar uma saia-justa para o petista, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

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O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE

Lula, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra Rússia-Ucrânia, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - passou por treinamento. Se preparou em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira.

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O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

A poucas horas do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, o governo brasileiro vive um clima de cautela com a conversa, considerada delicada. Entre integrantes do Palácio do Planalto, comenta-se que o clima na reunião poderia azedar se o líder ucraniano fizer um pedido tácito a Lula por armamento para enfrentar a Rússia. Mas a comitiva brasileira minimiza essa hipótese.

Interlocutores do Itamaraty apontam que a posição do Brasil é conhecida por Zelenski e contrária a qualquer ajuda bélica. Portanto, não acreditam que ocorra algum constrangimento. O Brasil já negou pelo menos dois pedidos da Ucrânia para compra de armamento.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante poderia acabar por criar uma saia-justa para o petista, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE

Lula, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra Rússia-Ucrânia, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - passou por treinamento. Se preparou em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

A poucas horas do encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, o governo brasileiro vive um clima de cautela com a conversa, considerada delicada. Entre integrantes do Palácio do Planalto, comenta-se que o clima na reunião poderia azedar se o líder ucraniano fizer um pedido tácito a Lula por armamento para enfrentar a Rússia. Mas a comitiva brasileira minimiza essa hipótese.

Interlocutores do Itamaraty apontam que a posição do Brasil é conhecida por Zelenski e contrária a qualquer ajuda bélica. Portanto, não acreditam que ocorra algum constrangimento. O Brasil já negou pelo menos dois pedidos da Ucrânia para compra de armamento.

Não que Zelenski nutra esperança de que Lula ajudaria a Ucrânia com armas. Mas o ex-comediante poderia acabar por criar uma saia-justa para o petista, que - reconhecem até mesmo integrantes do Itamaraty - costuma derrapar ao defender a posição de “neutralidade” e “não-alinhamento” do Brasil.

O presidente do Brasil, Luiz Ignácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE Foto: Ricardo Stuckert/PR e Oleg Petrasyuk/EPA/EFE

Lula, desinteressado em qualquer participação bélica na guerra Rússia-Ucrânia, costuma dizer a aliados que vê o contraparte mais interessado em rodar o mundo atrás de armas e recursos do que propriamente em buscar um caminho diplomático rumo a um cessar-fogo.

Para a primeira reunião bilateral entre Lula e Zelenski, o presidente brasileiro - entre um compromisso e outro em Nova York - passou por treinamento. Se preparou em conversas reservadas com o chefe da assessoria internacional da Presidência, Celso Amorim, e com o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), articulou a confirmação da agenda junto ao cerimonial do presidente, e pode participar do encontro com Zelenski.

Integrantes da comitiva brasileira em Nova York nutrem boa expectativa para a agenda, combinada informalmente na ligação de vídeo entre os presidentes em março. Na semana passada, o chanceler ucraniano Dmytro Kuleba, telefonou para Mauro Vieira para reiterar o interesse na conversa, que então foi marcada após um quebra-cabeça de horários nesta semana entre os dois governos.

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