Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Análise|Petrobras: ciúmes do PT e interesses de Rui impedem Silveira de ser o vitorioso na queda de Prates


PT da Bahia retomou influência na Petrobras 12 anos após saída de Sergio Gabrielli e fortalece Rui Costa no governo Lula

Por Roseann Kennedy e Iander Porcella

Engana-se quem pensa que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é o grande vitorioso na queda de Jean Paul Prates do comando da Petrobras. Apesar de ele ter protagonizado os maiores embates públicos com o ex-presidente da estatal, os atritos também envolviam o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que é o mais fortalecido nessa disputa, garantem interlocutores do governo Lula.

É fato que a troca no comando da Petrobras interessava aos dois ministros, mas há uma avaliação de que o Planalto e o PT dificilmente permitirão que o mineiro do PSD amplie sua influência na estatal, com indicações para a diretoria, por exemplo. Pelo menos dois motivos contribuem para esse diagnóstico: os interesses políticos de Rui com a retomada do poder do PT baiano na empresa, 12 anos após a saída de Sérgio Gabrielli, e os ciúmes petistas com a crescente influência do ministro de Minas e Energia no governo Lula.

Como mostrou a Coluna do Estadão, petistas de Minas Gerais estão irritadas com essa aproximação. Na avaliação desses interlocutores, o ex-senador mineiro, presidente do PSD no Estado, conquistou uma força “desproporcional” e já fez movimentos políticos que vão na contramão dos interesses petistas. Eles lembram que Silveira foi cotado para ser líder de Jair Bolsonaro no Senado e que o PSD lançará à reeleição o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, enquanto o PT tem o deputado federal Rogério Correia como pré-candidato.

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Ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e da Casa Civil, Rui Costa (PT) Foto: Wagner Lopes/CC

A força de Rui Costa tampouco está imune a disputas internas no próprio PT. Integrantes do Congresso ressaltam que o ministro da Casa Civil é um dos cotados para a sucessão de Lula e dizem que “avançar seus tentáculos” sobre a Petrobras é uma estratégia para ganhar mais influência. Porém, há outros nomes cotados como possíveis sucessores do presidente da República. Um deles é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Embora o chefe da equipe econômica não tenha o perfil de entrar em briga do partido para se cacifar como eventual candidato à Presidência, o PT da Bahia e a ala paulista do partido são rivais históricos, e Rui e Haddad têm posições divergentes dentro do governo, o que reforça o componente político da disputa na empresa.

Engana-se quem pensa que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é o grande vitorioso na queda de Jean Paul Prates do comando da Petrobras. Apesar de ele ter protagonizado os maiores embates públicos com o ex-presidente da estatal, os atritos também envolviam o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que é o mais fortalecido nessa disputa, garantem interlocutores do governo Lula.

É fato que a troca no comando da Petrobras interessava aos dois ministros, mas há uma avaliação de que o Planalto e o PT dificilmente permitirão que o mineiro do PSD amplie sua influência na estatal, com indicações para a diretoria, por exemplo. Pelo menos dois motivos contribuem para esse diagnóstico: os interesses políticos de Rui com a retomada do poder do PT baiano na empresa, 12 anos após a saída de Sérgio Gabrielli, e os ciúmes petistas com a crescente influência do ministro de Minas e Energia no governo Lula.

Como mostrou a Coluna do Estadão, petistas de Minas Gerais estão irritadas com essa aproximação. Na avaliação desses interlocutores, o ex-senador mineiro, presidente do PSD no Estado, conquistou uma força “desproporcional” e já fez movimentos políticos que vão na contramão dos interesses petistas. Eles lembram que Silveira foi cotado para ser líder de Jair Bolsonaro no Senado e que o PSD lançará à reeleição o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, enquanto o PT tem o deputado federal Rogério Correia como pré-candidato.

Ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e da Casa Civil, Rui Costa (PT) Foto: Wagner Lopes/CC

A força de Rui Costa tampouco está imune a disputas internas no próprio PT. Integrantes do Congresso ressaltam que o ministro da Casa Civil é um dos cotados para a sucessão de Lula e dizem que “avançar seus tentáculos” sobre a Petrobras é uma estratégia para ganhar mais influência. Porém, há outros nomes cotados como possíveis sucessores do presidente da República. Um deles é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Embora o chefe da equipe econômica não tenha o perfil de entrar em briga do partido para se cacifar como eventual candidato à Presidência, o PT da Bahia e a ala paulista do partido são rivais históricos, e Rui e Haddad têm posições divergentes dentro do governo, o que reforça o componente político da disputa na empresa.

Engana-se quem pensa que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é o grande vitorioso na queda de Jean Paul Prates do comando da Petrobras. Apesar de ele ter protagonizado os maiores embates públicos com o ex-presidente da estatal, os atritos também envolviam o ministro da Casa Civil, Rui Costa, que é o mais fortalecido nessa disputa, garantem interlocutores do governo Lula.

É fato que a troca no comando da Petrobras interessava aos dois ministros, mas há uma avaliação de que o Planalto e o PT dificilmente permitirão que o mineiro do PSD amplie sua influência na estatal, com indicações para a diretoria, por exemplo. Pelo menos dois motivos contribuem para esse diagnóstico: os interesses políticos de Rui com a retomada do poder do PT baiano na empresa, 12 anos após a saída de Sérgio Gabrielli, e os ciúmes petistas com a crescente influência do ministro de Minas e Energia no governo Lula.

Como mostrou a Coluna do Estadão, petistas de Minas Gerais estão irritadas com essa aproximação. Na avaliação desses interlocutores, o ex-senador mineiro, presidente do PSD no Estado, conquistou uma força “desproporcional” e já fez movimentos políticos que vão na contramão dos interesses petistas. Eles lembram que Silveira foi cotado para ser líder de Jair Bolsonaro no Senado e que o PSD lançará à reeleição o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, enquanto o PT tem o deputado federal Rogério Correia como pré-candidato.

Ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), e da Casa Civil, Rui Costa (PT) Foto: Wagner Lopes/CC

A força de Rui Costa tampouco está imune a disputas internas no próprio PT. Integrantes do Congresso ressaltam que o ministro da Casa Civil é um dos cotados para a sucessão de Lula e dizem que “avançar seus tentáculos” sobre a Petrobras é uma estratégia para ganhar mais influência. Porém, há outros nomes cotados como possíveis sucessores do presidente da República. Um deles é o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Embora o chefe da equipe econômica não tenha o perfil de entrar em briga do partido para se cacifar como eventual candidato à Presidência, o PT da Bahia e a ala paulista do partido são rivais históricos, e Rui e Haddad têm posições divergentes dentro do governo, o que reforça o componente político da disputa na empresa.

Análise por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy é jornalista pós-graduada em Ciência Política e Economia. Há mais de 20 anos em Brasília, cobre as relações entre os poderes e os bastidores da política. Foi colunista política na CBN e Globo News, editora-chefe e âncora no SBT e SBT News. Pernambucana, torcedora do Náutico, mas também apaixonada pelo Palmeiras.

Iander Porcella

Repórter da Coluna do Estadão. Formado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com extensão em jornalismo econômico na Fundação Getulio Vargas (FGV). Em Brasília desde o fim de 2021, atuou pelo Broadcast na cobertura do Congresso, com foco na Câmara. Em São Paulo, cobriu mercados financeiros internacionais.

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