Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

PL quer se mostrar inabalável em ato de Ramagem com Bolsonaro, mas Moraes tira figurões do palanque


Valdemar Costa Neto, presidente do partido, e Walter Braga Netto não poderão comparecer ao evento pois estão impedidos pela Justiça de se comunicar com investigados no inquérito sobre tentativa de golpe

Por Weslley Galzo
Atualização:

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o PL querem se mostrar inabaláveis no evento de lançamento da pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio neste sábado, 16. No entanto, o palanque expõe as atribulações causadas pelas investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Figurões da legenda não poderão comparecer ao ato, pois estão impedidos pela Justiça de se comunicar.

O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, é um dos medalhões que não estarão presentes na quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. O ministro do STF Alexandre de Moraes proibiu os investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe de se comunicarem. Como Bolsonaro estará no ato, Valdemar não poderá participar. O mesmo vale para o general Walter Braga Netto, que chegou a ser cotado para disputar a prefeito do Rio e busca fincar o seu nome entre eleitores da cidade.

O único político do PL que não deve participar do evento por escolha própria é o senador Romário. Ele teve atritos durante as negociações para escolha do candidato à Prefeitura neste ano. O partido espera que todos os senadores, deputados estaduais e a maioria de seus deputados federais compareçam ao evento. O lançamento da candidatura de Ramagem deve unir o clima de comício eleitoral com o de manifestação “em defesa da liberdade”, como ocorreu há três semanas na Avenida Paulista.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem, que lançará a pré-candidatura a prefeito do Rio neste sábado, 16. Foto: Marcos Correa/PR

As divergências internas e o cerco cada vez mais intenso da PF em relação a Bolsonaro e seus aliados é minimizado por integrantes do partido. “Amanhã é o lançamento da pré-candidatura do nosso querido Ramagem. O PL está unido, está forte e a gente vai vencer porque é exatamente isso que é o principal: a gente estar unido”, disse o senador Carlos Portinho à Coluna do Estadão.

“Esse lançamento da candidatura do Ramagem é justamente uma tentativa de ignorar o que está acontecendo e manter a militância bolsonarista engajada. Querem mostrar que está tudo bem e que vão chegar fortes para as eleições municipais deste ano. Mas a realidade é diferente”, avaliou Caio Barbosa, que é cientista político e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

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Bolsonaro desembarcou nesta sexta-feira no Rio e fez uma peregrinação por cidades na Região dos Lagos, onde arrastou multidões. Uma das intenções era mostrar que o partido e o ex-presidente seguem mobilizando as massas, mesmo diante das investidas da PF.

Lideranças do PL também apostam em transferir a polarização nacional entre Lula e Bolsonaro para a disputa municipal e, com isso, mobilizar pautas caras ao eleitor bolsonarista.

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Militares de alta patente reforçam delação de Cid e PF fecha cerco a Bolsonaro

Nesta sexta, os investigados no Supremo ficaram mais expostos. Moraes derrubou o sigilo dos depoimentos concedidos por 27 civis e militares ligados ao governo Bolsonaro.

Os depoimentos divulgados por Moraes mostram, por exemplo, que Valdemar relatou à Polícia Federal (PF) ter sido pressionado por Bolsonaro e deputados do partido a entrar com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar o resultado do segundo turno das eleições de 2022. “Nunca foi apresentado nada consistente”, reconheceu o político.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o PL querem se mostrar inabaláveis no evento de lançamento da pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio neste sábado, 16. No entanto, o palanque expõe as atribulações causadas pelas investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Figurões da legenda não poderão comparecer ao ato, pois estão impedidos pela Justiça de se comunicar.

O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, é um dos medalhões que não estarão presentes na quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. O ministro do STF Alexandre de Moraes proibiu os investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe de se comunicarem. Como Bolsonaro estará no ato, Valdemar não poderá participar. O mesmo vale para o general Walter Braga Netto, que chegou a ser cotado para disputar a prefeito do Rio e busca fincar o seu nome entre eleitores da cidade.

O único político do PL que não deve participar do evento por escolha própria é o senador Romário. Ele teve atritos durante as negociações para escolha do candidato à Prefeitura neste ano. O partido espera que todos os senadores, deputados estaduais e a maioria de seus deputados federais compareçam ao evento. O lançamento da candidatura de Ramagem deve unir o clima de comício eleitoral com o de manifestação “em defesa da liberdade”, como ocorreu há três semanas na Avenida Paulista.

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem, que lançará a pré-candidatura a prefeito do Rio neste sábado, 16. Foto: Marcos Correa/PR

As divergências internas e o cerco cada vez mais intenso da PF em relação a Bolsonaro e seus aliados é minimizado por integrantes do partido. “Amanhã é o lançamento da pré-candidatura do nosso querido Ramagem. O PL está unido, está forte e a gente vai vencer porque é exatamente isso que é o principal: a gente estar unido”, disse o senador Carlos Portinho à Coluna do Estadão.

“Esse lançamento da candidatura do Ramagem é justamente uma tentativa de ignorar o que está acontecendo e manter a militância bolsonarista engajada. Querem mostrar que está tudo bem e que vão chegar fortes para as eleições municipais deste ano. Mas a realidade é diferente”, avaliou Caio Barbosa, que é cientista político e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

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O ex-presidente Jair Bolsonaro e o PL querem se mostrar inabaláveis no evento de lançamento da pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à Prefeitura do Rio neste sábado, 16. No entanto, o palanque expõe as atribulações causadas pelas investigações que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF). Figurões da legenda não poderão comparecer ao ato, pois estão impedidos pela Justiça de se comunicar.

O presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, é um dos medalhões que não estarão presentes na quadra da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. O ministro do STF Alexandre de Moraes proibiu os investigados no inquérito sobre a tentativa de golpe de se comunicarem. Como Bolsonaro estará no ato, Valdemar não poderá participar. O mesmo vale para o general Walter Braga Netto, que chegou a ser cotado para disputar a prefeito do Rio e busca fincar o seu nome entre eleitores da cidade.

O único político do PL que não deve participar do evento por escolha própria é o senador Romário. Ele teve atritos durante as negociações para escolha do candidato à Prefeitura neste ano. O partido espera que todos os senadores, deputados estaduais e a maioria de seus deputados federais compareçam ao evento. O lançamento da candidatura de Ramagem deve unir o clima de comício eleitoral com o de manifestação “em defesa da liberdade”, como ocorreu há três semanas na Avenida Paulista.

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“Esse lançamento da candidatura do Ramagem é justamente uma tentativa de ignorar o que está acontecendo e manter a militância bolsonarista engajada. Querem mostrar que está tudo bem e que vão chegar fortes para as eleições municipais deste ano. Mas a realidade é diferente”, avaliou Caio Barbosa, que é cientista político e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP).

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Lideranças do PL também apostam em transferir a polarização nacional entre Lula e Bolsonaro para a disputa municipal e, com isso, mobilizar pautas caras ao eleitor bolsonarista.

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Os depoimentos divulgados por Moraes mostram, por exemplo, que Valdemar relatou à Polícia Federal (PF) ter sido pressionado por Bolsonaro e deputados do partido a entrar com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para questionar o resultado do segundo turno das eleições de 2022. “Nunca foi apresentado nada consistente”, reconheceu o político.

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