Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

Planalto ignora ato convocado por Bolsonaro na Paulista para desviar holofotes de adversário


Paulo Pimenta disse que estava assistindo a jogo de futebol na hora da manifestação; ministro do STF vê ‘ato de desespero’ do ex-presidente

Por Vera Rosa
Atualização:

O ato político convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 25, na Avenida Paulista, reuniu mais público do que o previsto pelo governo Lula, mas a ordem no Palácio do Planalto é minimizar o impacto do apoio à manifestação. Em público, ministros procuraram ignorar ou menosprezar o protesto, embora admitam, em avaliações reservadas, que o bolsonarismo continua forte e tem cada vez mais a simpatia de evangélicos.

Questionado pela Coluna do Estadão sobre o que achou do discurso de Bolsonaro no ato, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse não ter assistido a nada pela TV.

“Não vi. Estou vendo jogo. Hoje tem muitos jogos bons: Fla-Flu, Gre-Nal...”, respondeu. Na prática, a estratégia do governo é desviar os holofotes do adversário.

continua após a publicidade

Alvo de investigações que apontam sua participação numa tentativa de golpe no País, em 8 de janeiro do ano passado, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e se queixou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o julgou inelegível, mas nada foi comparável a seus outros pronunciamentos.

Coube ao pastor Silas Malafaia recorrer à retórica mais dura. Financiador do protesto, Malafaia disse haver uma “engenharia do mal” para prender Bolsonaro, enquanto o ex-presidente negou a existência de plano para dar um golpe e, mais uma vez, se apresentou como vítima de “perseguição”.

Embora sem mencionar o ministro do STF Alexandre de Moraes – relator dos inquéritos que tramitam contra ele –, o ex-presidente citou “abuso por parte de alguns”, reclamou das penas impostas a quem participou dos ataques de 8 de janeiro do ano passado, na Praça dos Três Poderes, pediu anistia a eles e pregou “pacificação”. Usou um tom bem mais moderado do que em outras ocasiões, quando chamou Moraes de “canalha” e cobrou sua saída do Supremo.

continua após a publicidade

“Essa manifestação nada mais é do que um ato de desespero, sobretudo diante de provas”, disse à Coluna um ministro do Supremo. “Esta semana vai ser rica. Vamos aguardar o que virá”, completou ele, fazendo mistério.

Tamanho de manifestação pró-Bolsonaro na Paulista surpreende Planalto. Foto: Tiago Queiroz/Estadão Foto: Tiago Queiroz

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), também minimizou a importância do apoio demonstrado a Bolsonaro na Paulista. “Isso não preocupa. Qualquer número de pessoas é menor do que 204 milhões de brasileiros”, disse Randolfe. “Foi um ato para justificar o injustificável: a tentativa de golpe de Estado que Bolsonaro promoveu.”

continua após a publicidade

Ministros também lamentaram a presença de prefeitos e governadores, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina) no protesto, sob o argumento de que essa movimentação não apresenta alternativas para os desafios enfrentados pelo País.

“A manifestação da Av. Paulista está com cara de velório, abençoado por um pastor, com muitos candidatos a herdeiros do patrimônio do ‘de cujus’”, ironizou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), em seu perfil no X (antigo Twitter). “Sem anistia! A melhor resposta à manifestação da Av. Paulista. Quem pede anistia é que já sabe que será condenado”, escreveu ele depois, em outro post.

Até agora, porém, o Planalto não sabe como se aproximar dos evangélicos, segmento que responde por 30% do eleitorado e dá cada vez mais demonstrações de apoio a Bolsonaro. Como mostrou a Coluna, uma reunião de líderes religiosos com Lula vinha sendo planejada para o início deste mês, mas a ideia não foi adiante. A declaração do presidente comparando o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto jogou por água abaixo a tentativa do governo de conquistar evangélicos. No ato pró-Bolsonaro, neste domingo, havia muitas bandeiras de Israel ao lado das do Brasil, em verde e amarelo.

O ato político convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 25, na Avenida Paulista, reuniu mais público do que o previsto pelo governo Lula, mas a ordem no Palácio do Planalto é minimizar o impacto do apoio à manifestação. Em público, ministros procuraram ignorar ou menosprezar o protesto, embora admitam, em avaliações reservadas, que o bolsonarismo continua forte e tem cada vez mais a simpatia de evangélicos.

Questionado pela Coluna do Estadão sobre o que achou do discurso de Bolsonaro no ato, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse não ter assistido a nada pela TV.

“Não vi. Estou vendo jogo. Hoje tem muitos jogos bons: Fla-Flu, Gre-Nal...”, respondeu. Na prática, a estratégia do governo é desviar os holofotes do adversário.

Alvo de investigações que apontam sua participação numa tentativa de golpe no País, em 8 de janeiro do ano passado, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e se queixou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o julgou inelegível, mas nada foi comparável a seus outros pronunciamentos.

Coube ao pastor Silas Malafaia recorrer à retórica mais dura. Financiador do protesto, Malafaia disse haver uma “engenharia do mal” para prender Bolsonaro, enquanto o ex-presidente negou a existência de plano para dar um golpe e, mais uma vez, se apresentou como vítima de “perseguição”.

Embora sem mencionar o ministro do STF Alexandre de Moraes – relator dos inquéritos que tramitam contra ele –, o ex-presidente citou “abuso por parte de alguns”, reclamou das penas impostas a quem participou dos ataques de 8 de janeiro do ano passado, na Praça dos Três Poderes, pediu anistia a eles e pregou “pacificação”. Usou um tom bem mais moderado do que em outras ocasiões, quando chamou Moraes de “canalha” e cobrou sua saída do Supremo.

“Essa manifestação nada mais é do que um ato de desespero, sobretudo diante de provas”, disse à Coluna um ministro do Supremo. “Esta semana vai ser rica. Vamos aguardar o que virá”, completou ele, fazendo mistério.

Tamanho de manifestação pró-Bolsonaro na Paulista surpreende Planalto. Foto: Tiago Queiroz/Estadão Foto: Tiago Queiroz

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), também minimizou a importância do apoio demonstrado a Bolsonaro na Paulista. “Isso não preocupa. Qualquer número de pessoas é menor do que 204 milhões de brasileiros”, disse Randolfe. “Foi um ato para justificar o injustificável: a tentativa de golpe de Estado que Bolsonaro promoveu.”

Ministros também lamentaram a presença de prefeitos e governadores, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina) no protesto, sob o argumento de que essa movimentação não apresenta alternativas para os desafios enfrentados pelo País.

“A manifestação da Av. Paulista está com cara de velório, abençoado por um pastor, com muitos candidatos a herdeiros do patrimônio do ‘de cujus’”, ironizou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), em seu perfil no X (antigo Twitter). “Sem anistia! A melhor resposta à manifestação da Av. Paulista. Quem pede anistia é que já sabe que será condenado”, escreveu ele depois, em outro post.

Até agora, porém, o Planalto não sabe como se aproximar dos evangélicos, segmento que responde por 30% do eleitorado e dá cada vez mais demonstrações de apoio a Bolsonaro. Como mostrou a Coluna, uma reunião de líderes religiosos com Lula vinha sendo planejada para o início deste mês, mas a ideia não foi adiante. A declaração do presidente comparando o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto jogou por água abaixo a tentativa do governo de conquistar evangélicos. No ato pró-Bolsonaro, neste domingo, havia muitas bandeiras de Israel ao lado das do Brasil, em verde e amarelo.

O ato político convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 25, na Avenida Paulista, reuniu mais público do que o previsto pelo governo Lula, mas a ordem no Palácio do Planalto é minimizar o impacto do apoio à manifestação. Em público, ministros procuraram ignorar ou menosprezar o protesto, embora admitam, em avaliações reservadas, que o bolsonarismo continua forte e tem cada vez mais a simpatia de evangélicos.

Questionado pela Coluna do Estadão sobre o que achou do discurso de Bolsonaro no ato, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse não ter assistido a nada pela TV.

“Não vi. Estou vendo jogo. Hoje tem muitos jogos bons: Fla-Flu, Gre-Nal...”, respondeu. Na prática, a estratégia do governo é desviar os holofotes do adversário.

Alvo de investigações que apontam sua participação numa tentativa de golpe no País, em 8 de janeiro do ano passado, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e se queixou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o julgou inelegível, mas nada foi comparável a seus outros pronunciamentos.

Coube ao pastor Silas Malafaia recorrer à retórica mais dura. Financiador do protesto, Malafaia disse haver uma “engenharia do mal” para prender Bolsonaro, enquanto o ex-presidente negou a existência de plano para dar um golpe e, mais uma vez, se apresentou como vítima de “perseguição”.

Embora sem mencionar o ministro do STF Alexandre de Moraes – relator dos inquéritos que tramitam contra ele –, o ex-presidente citou “abuso por parte de alguns”, reclamou das penas impostas a quem participou dos ataques de 8 de janeiro do ano passado, na Praça dos Três Poderes, pediu anistia a eles e pregou “pacificação”. Usou um tom bem mais moderado do que em outras ocasiões, quando chamou Moraes de “canalha” e cobrou sua saída do Supremo.

“Essa manifestação nada mais é do que um ato de desespero, sobretudo diante de provas”, disse à Coluna um ministro do Supremo. “Esta semana vai ser rica. Vamos aguardar o que virá”, completou ele, fazendo mistério.

Tamanho de manifestação pró-Bolsonaro na Paulista surpreende Planalto. Foto: Tiago Queiroz/Estadão Foto: Tiago Queiroz

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), também minimizou a importância do apoio demonstrado a Bolsonaro na Paulista. “Isso não preocupa. Qualquer número de pessoas é menor do que 204 milhões de brasileiros”, disse Randolfe. “Foi um ato para justificar o injustificável: a tentativa de golpe de Estado que Bolsonaro promoveu.”

Ministros também lamentaram a presença de prefeitos e governadores, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina) no protesto, sob o argumento de que essa movimentação não apresenta alternativas para os desafios enfrentados pelo País.

“A manifestação da Av. Paulista está com cara de velório, abençoado por um pastor, com muitos candidatos a herdeiros do patrimônio do ‘de cujus’”, ironizou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), em seu perfil no X (antigo Twitter). “Sem anistia! A melhor resposta à manifestação da Av. Paulista. Quem pede anistia é que já sabe que será condenado”, escreveu ele depois, em outro post.

Até agora, porém, o Planalto não sabe como se aproximar dos evangélicos, segmento que responde por 30% do eleitorado e dá cada vez mais demonstrações de apoio a Bolsonaro. Como mostrou a Coluna, uma reunião de líderes religiosos com Lula vinha sendo planejada para o início deste mês, mas a ideia não foi adiante. A declaração do presidente comparando o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto jogou por água abaixo a tentativa do governo de conquistar evangélicos. No ato pró-Bolsonaro, neste domingo, havia muitas bandeiras de Israel ao lado das do Brasil, em verde e amarelo.

O ato político convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo, 25, na Avenida Paulista, reuniu mais público do que o previsto pelo governo Lula, mas a ordem no Palácio do Planalto é minimizar o impacto do apoio à manifestação. Em público, ministros procuraram ignorar ou menosprezar o protesto, embora admitam, em avaliações reservadas, que o bolsonarismo continua forte e tem cada vez mais a simpatia de evangélicos.

Questionado pela Coluna do Estadão sobre o que achou do discurso de Bolsonaro no ato, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta, disse não ter assistido a nada pela TV.

“Não vi. Estou vendo jogo. Hoje tem muitos jogos bons: Fla-Flu, Gre-Nal...”, respondeu. Na prática, a estratégia do governo é desviar os holofotes do adversário.

Alvo de investigações que apontam sua participação numa tentativa de golpe no País, em 8 de janeiro do ano passado, Bolsonaro criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e se queixou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o julgou inelegível, mas nada foi comparável a seus outros pronunciamentos.

Coube ao pastor Silas Malafaia recorrer à retórica mais dura. Financiador do protesto, Malafaia disse haver uma “engenharia do mal” para prender Bolsonaro, enquanto o ex-presidente negou a existência de plano para dar um golpe e, mais uma vez, se apresentou como vítima de “perseguição”.

Embora sem mencionar o ministro do STF Alexandre de Moraes – relator dos inquéritos que tramitam contra ele –, o ex-presidente citou “abuso por parte de alguns”, reclamou das penas impostas a quem participou dos ataques de 8 de janeiro do ano passado, na Praça dos Três Poderes, pediu anistia a eles e pregou “pacificação”. Usou um tom bem mais moderado do que em outras ocasiões, quando chamou Moraes de “canalha” e cobrou sua saída do Supremo.

“Essa manifestação nada mais é do que um ato de desespero, sobretudo diante de provas”, disse à Coluna um ministro do Supremo. “Esta semana vai ser rica. Vamos aguardar o que virá”, completou ele, fazendo mistério.

Tamanho de manifestação pró-Bolsonaro na Paulista surpreende Planalto. Foto: Tiago Queiroz/Estadão Foto: Tiago Queiroz

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), também minimizou a importância do apoio demonstrado a Bolsonaro na Paulista. “Isso não preocupa. Qualquer número de pessoas é menor do que 204 milhões de brasileiros”, disse Randolfe. “Foi um ato para justificar o injustificável: a tentativa de golpe de Estado que Bolsonaro promoveu.”

Ministros também lamentaram a presença de prefeitos e governadores, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás) e Jorginho Mello (Santa Catarina) no protesto, sob o argumento de que essa movimentação não apresenta alternativas para os desafios enfrentados pelo País.

“A manifestação da Av. Paulista está com cara de velório, abençoado por um pastor, com muitos candidatos a herdeiros do patrimônio do ‘de cujus’”, ironizou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), em seu perfil no X (antigo Twitter). “Sem anistia! A melhor resposta à manifestação da Av. Paulista. Quem pede anistia é que já sabe que será condenado”, escreveu ele depois, em outro post.

Até agora, porém, o Planalto não sabe como se aproximar dos evangélicos, segmento que responde por 30% do eleitorado e dá cada vez mais demonstrações de apoio a Bolsonaro. Como mostrou a Coluna, uma reunião de líderes religiosos com Lula vinha sendo planejada para o início deste mês, mas a ideia não foi adiante. A declaração do presidente comparando o ataque de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto jogou por água abaixo a tentativa do governo de conquistar evangélicos. No ato pró-Bolsonaro, neste domingo, havia muitas bandeiras de Israel ao lado das do Brasil, em verde e amarelo.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.