Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Planalto muda critérios para Lula participar de ato público, e sindicalismo vai ao divã


Centrais estão rachadas e a pauta do governo não acompanha demanda do novo mercado de trabalho, na avaliação de sindicalistas e economistas

Por Roseann Kennedy e Eduardo Gayer
Atualização:

O fiasco de público no ato de 1º de Maio causou desdobramentos no Palácio do Planalto. Daqui para frente, garantem interlocutores, haverá um filtro mais rigoroso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcar presença em eventos. Auxiliares reconhecem que o petista ficou com a imagem política fragilizada ao ser fotografado ao lado do vazio, e reclamam que ele deveria ter sido orientado a não comparecer à comemoração do Dia do Trabalhador.

O alerta, de acordo com essa avaliação interna. caberia ao ministro da Secretaria-geral da Presidência, Márcio Macêdo, que não o fez. Por isso Lula reclamou publicamente, principalmente porque os recados dos sindicalistas já tinham sido enviados ao Planalto, inclusive em declarações públicas.

“Eu falei que Lula ia passar vergonha. O fracasso da manifestação mostrou o ápice da falência do sindicalismo, que se afastou do povo e o governo também”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado Paulinho da Força, nome histórico da Força Sindical.

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Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, o foto do esvaziamento do ato é “ótima”. “Expõe a realidade e obriga o movimento a repensar sua forma de agir”, provocou. A declaração revela que o sindicalismo foi para o divã e precisa se guiar por novas vozes. “O movimento sindical tem que ser amplo, mas não consegue porque os radicais acham que é só discurso ideológico”, avaliou.

Juruna defende ações atrativas. “Precisamos conversar com todos os trabalhadores e não só com a esquerda. Antigamente fazíamos sorteios, eventos variados. É como na igreja: tem quermesse, tem quadrilha junina, tem aproximação. Às vezes, a pessoa comparece sem ser uma seguidora, mas se identifica e passa a fazer parte”.

Pelo menos em uma análise, sindicalistas e auxiliares de Lula concordam, após o fiasco da quarta-feira: o presidente ainda vê os trabalhadores como os via na década de 1980. Ou seja, está desconectado das novas demandas da classe.

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Vista aérea de ato das Centrais Sindicais para marcar as celebrações pelo Dia do Trabalhador na Neo Química Arena, em Itaquera, na zona leste da cidade, no dia 1º de maio de 2024.  Foto: Edi Sousa/Ato Press

Para o economista Hélio Zylberstajn, o insucesso da manifestação organizada pelas centrais sindicais aponta dois ângulos da crise: “Primeiro vemos a crise do movimento sindical distante das bases e dos trabalhadores; e segundo observamos o sindicalismo em crise com o governo Lula, porque a base do movimento é o setor público, que está em greve e insatisfeito com a atual gestão”.

Zylberstajn critica a desconexão dos sindicatos e do governo com o atual mercado de trabalho. Como exemplo, cita o projeto enviado ao Congresso para regulamentar o trabalho de motorista de aplicativo. Mas ele torce por uma renovação e pela sobrevivência dos sindicatos. “Espero que essa desconexão não leve à morte. Precisamos de um movimento sindical, mas não este aí”, concluiu.

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Ato de 1º de Maio com Lula em SP reuniu menos de 2 mil pessoas, diz monitor da USP

O ato das centrais sindicais no Dia do Trabalho, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, reuniu menos de duas mil pessoas. A estimativa é do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), que também calculou a presença de apoiadores nas manifestações convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, na capital paulista, e na Praia de Copacabana, no Rio.

O fiasco de público no ato de 1º de Maio causou desdobramentos no Palácio do Planalto. Daqui para frente, garantem interlocutores, haverá um filtro mais rigoroso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcar presença em eventos. Auxiliares reconhecem que o petista ficou com a imagem política fragilizada ao ser fotografado ao lado do vazio, e reclamam que ele deveria ter sido orientado a não comparecer à comemoração do Dia do Trabalhador.

O alerta, de acordo com essa avaliação interna. caberia ao ministro da Secretaria-geral da Presidência, Márcio Macêdo, que não o fez. Por isso Lula reclamou publicamente, principalmente porque os recados dos sindicalistas já tinham sido enviados ao Planalto, inclusive em declarações públicas.

“Eu falei que Lula ia passar vergonha. O fracasso da manifestação mostrou o ápice da falência do sindicalismo, que se afastou do povo e o governo também”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado Paulinho da Força, nome histórico da Força Sindical.

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, o foto do esvaziamento do ato é “ótima”. “Expõe a realidade e obriga o movimento a repensar sua forma de agir”, provocou. A declaração revela que o sindicalismo foi para o divã e precisa se guiar por novas vozes. “O movimento sindical tem que ser amplo, mas não consegue porque os radicais acham que é só discurso ideológico”, avaliou.

Juruna defende ações atrativas. “Precisamos conversar com todos os trabalhadores e não só com a esquerda. Antigamente fazíamos sorteios, eventos variados. É como na igreja: tem quermesse, tem quadrilha junina, tem aproximação. Às vezes, a pessoa comparece sem ser uma seguidora, mas se identifica e passa a fazer parte”.

Pelo menos em uma análise, sindicalistas e auxiliares de Lula concordam, após o fiasco da quarta-feira: o presidente ainda vê os trabalhadores como os via na década de 1980. Ou seja, está desconectado das novas demandas da classe.

Vista aérea de ato das Centrais Sindicais para marcar as celebrações pelo Dia do Trabalhador na Neo Química Arena, em Itaquera, na zona leste da cidade, no dia 1º de maio de 2024.  Foto: Edi Sousa/Ato Press

Para o economista Hélio Zylberstajn, o insucesso da manifestação organizada pelas centrais sindicais aponta dois ângulos da crise: “Primeiro vemos a crise do movimento sindical distante das bases e dos trabalhadores; e segundo observamos o sindicalismo em crise com o governo Lula, porque a base do movimento é o setor público, que está em greve e insatisfeito com a atual gestão”.

Zylberstajn critica a desconexão dos sindicatos e do governo com o atual mercado de trabalho. Como exemplo, cita o projeto enviado ao Congresso para regulamentar o trabalho de motorista de aplicativo. Mas ele torce por uma renovação e pela sobrevivência dos sindicatos. “Espero que essa desconexão não leve à morte. Precisamos de um movimento sindical, mas não este aí”, concluiu.

Ato de 1º de Maio com Lula em SP reuniu menos de 2 mil pessoas, diz monitor da USP

O ato das centrais sindicais no Dia do Trabalho, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, reuniu menos de duas mil pessoas. A estimativa é do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), que também calculou a presença de apoiadores nas manifestações convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, na capital paulista, e na Praia de Copacabana, no Rio.

O fiasco de público no ato de 1º de Maio causou desdobramentos no Palácio do Planalto. Daqui para frente, garantem interlocutores, haverá um filtro mais rigoroso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcar presença em eventos. Auxiliares reconhecem que o petista ficou com a imagem política fragilizada ao ser fotografado ao lado do vazio, e reclamam que ele deveria ter sido orientado a não comparecer à comemoração do Dia do Trabalhador.

O alerta, de acordo com essa avaliação interna. caberia ao ministro da Secretaria-geral da Presidência, Márcio Macêdo, que não o fez. Por isso Lula reclamou publicamente, principalmente porque os recados dos sindicalistas já tinham sido enviados ao Planalto, inclusive em declarações públicas.

“Eu falei que Lula ia passar vergonha. O fracasso da manifestação mostrou o ápice da falência do sindicalismo, que se afastou do povo e o governo também”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado Paulinho da Força, nome histórico da Força Sindical.

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, o foto do esvaziamento do ato é “ótima”. “Expõe a realidade e obriga o movimento a repensar sua forma de agir”, provocou. A declaração revela que o sindicalismo foi para o divã e precisa se guiar por novas vozes. “O movimento sindical tem que ser amplo, mas não consegue porque os radicais acham que é só discurso ideológico”, avaliou.

Juruna defende ações atrativas. “Precisamos conversar com todos os trabalhadores e não só com a esquerda. Antigamente fazíamos sorteios, eventos variados. É como na igreja: tem quermesse, tem quadrilha junina, tem aproximação. Às vezes, a pessoa comparece sem ser uma seguidora, mas se identifica e passa a fazer parte”.

Pelo menos em uma análise, sindicalistas e auxiliares de Lula concordam, após o fiasco da quarta-feira: o presidente ainda vê os trabalhadores como os via na década de 1980. Ou seja, está desconectado das novas demandas da classe.

Vista aérea de ato das Centrais Sindicais para marcar as celebrações pelo Dia do Trabalhador na Neo Química Arena, em Itaquera, na zona leste da cidade, no dia 1º de maio de 2024.  Foto: Edi Sousa/Ato Press

Para o economista Hélio Zylberstajn, o insucesso da manifestação organizada pelas centrais sindicais aponta dois ângulos da crise: “Primeiro vemos a crise do movimento sindical distante das bases e dos trabalhadores; e segundo observamos o sindicalismo em crise com o governo Lula, porque a base do movimento é o setor público, que está em greve e insatisfeito com a atual gestão”.

Zylberstajn critica a desconexão dos sindicatos e do governo com o atual mercado de trabalho. Como exemplo, cita o projeto enviado ao Congresso para regulamentar o trabalho de motorista de aplicativo. Mas ele torce por uma renovação e pela sobrevivência dos sindicatos. “Espero que essa desconexão não leve à morte. Precisamos de um movimento sindical, mas não este aí”, concluiu.

Ato de 1º de Maio com Lula em SP reuniu menos de 2 mil pessoas, diz monitor da USP

O ato das centrais sindicais no Dia do Trabalho, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, reuniu menos de duas mil pessoas. A estimativa é do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), que também calculou a presença de apoiadores nas manifestações convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, na capital paulista, e na Praia de Copacabana, no Rio.

O fiasco de público no ato de 1º de Maio causou desdobramentos no Palácio do Planalto. Daqui para frente, garantem interlocutores, haverá um filtro mais rigoroso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcar presença em eventos. Auxiliares reconhecem que o petista ficou com a imagem política fragilizada ao ser fotografado ao lado do vazio, e reclamam que ele deveria ter sido orientado a não comparecer à comemoração do Dia do Trabalhador.

O alerta, de acordo com essa avaliação interna. caberia ao ministro da Secretaria-geral da Presidência, Márcio Macêdo, que não o fez. Por isso Lula reclamou publicamente, principalmente porque os recados dos sindicalistas já tinham sido enviados ao Planalto, inclusive em declarações públicas.

“Eu falei que Lula ia passar vergonha. O fracasso da manifestação mostrou o ápice da falência do sindicalismo, que se afastou do povo e o governo também”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado Paulinho da Força, nome histórico da Força Sindical.

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, o foto do esvaziamento do ato é “ótima”. “Expõe a realidade e obriga o movimento a repensar sua forma de agir”, provocou. A declaração revela que o sindicalismo foi para o divã e precisa se guiar por novas vozes. “O movimento sindical tem que ser amplo, mas não consegue porque os radicais acham que é só discurso ideológico”, avaliou.

Juruna defende ações atrativas. “Precisamos conversar com todos os trabalhadores e não só com a esquerda. Antigamente fazíamos sorteios, eventos variados. É como na igreja: tem quermesse, tem quadrilha junina, tem aproximação. Às vezes, a pessoa comparece sem ser uma seguidora, mas se identifica e passa a fazer parte”.

Pelo menos em uma análise, sindicalistas e auxiliares de Lula concordam, após o fiasco da quarta-feira: o presidente ainda vê os trabalhadores como os via na década de 1980. Ou seja, está desconectado das novas demandas da classe.

Vista aérea de ato das Centrais Sindicais para marcar as celebrações pelo Dia do Trabalhador na Neo Química Arena, em Itaquera, na zona leste da cidade, no dia 1º de maio de 2024.  Foto: Edi Sousa/Ato Press

Para o economista Hélio Zylberstajn, o insucesso da manifestação organizada pelas centrais sindicais aponta dois ângulos da crise: “Primeiro vemos a crise do movimento sindical distante das bases e dos trabalhadores; e segundo observamos o sindicalismo em crise com o governo Lula, porque a base do movimento é o setor público, que está em greve e insatisfeito com a atual gestão”.

Zylberstajn critica a desconexão dos sindicatos e do governo com o atual mercado de trabalho. Como exemplo, cita o projeto enviado ao Congresso para regulamentar o trabalho de motorista de aplicativo. Mas ele torce por uma renovação e pela sobrevivência dos sindicatos. “Espero que essa desconexão não leve à morte. Precisamos de um movimento sindical, mas não este aí”, concluiu.

Ato de 1º de Maio com Lula em SP reuniu menos de 2 mil pessoas, diz monitor da USP

O ato das centrais sindicais no Dia do Trabalho, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, reuniu menos de duas mil pessoas. A estimativa é do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), que também calculou a presença de apoiadores nas manifestações convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, na capital paulista, e na Praia de Copacabana, no Rio.

O fiasco de público no ato de 1º de Maio causou desdobramentos no Palácio do Planalto. Daqui para frente, garantem interlocutores, haverá um filtro mais rigoroso para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcar presença em eventos. Auxiliares reconhecem que o petista ficou com a imagem política fragilizada ao ser fotografado ao lado do vazio, e reclamam que ele deveria ter sido orientado a não comparecer à comemoração do Dia do Trabalhador.

O alerta, de acordo com essa avaliação interna. caberia ao ministro da Secretaria-geral da Presidência, Márcio Macêdo, que não o fez. Por isso Lula reclamou publicamente, principalmente porque os recados dos sindicalistas já tinham sido enviados ao Planalto, inclusive em declarações públicas.

“Eu falei que Lula ia passar vergonha. O fracasso da manifestação mostrou o ápice da falência do sindicalismo, que se afastou do povo e o governo também”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado Paulinho da Força, nome histórico da Força Sindical.

Para o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Juruna, o foto do esvaziamento do ato é “ótima”. “Expõe a realidade e obriga o movimento a repensar sua forma de agir”, provocou. A declaração revela que o sindicalismo foi para o divã e precisa se guiar por novas vozes. “O movimento sindical tem que ser amplo, mas não consegue porque os radicais acham que é só discurso ideológico”, avaliou.

Juruna defende ações atrativas. “Precisamos conversar com todos os trabalhadores e não só com a esquerda. Antigamente fazíamos sorteios, eventos variados. É como na igreja: tem quermesse, tem quadrilha junina, tem aproximação. Às vezes, a pessoa comparece sem ser uma seguidora, mas se identifica e passa a fazer parte”.

Pelo menos em uma análise, sindicalistas e auxiliares de Lula concordam, após o fiasco da quarta-feira: o presidente ainda vê os trabalhadores como os via na década de 1980. Ou seja, está desconectado das novas demandas da classe.

Vista aérea de ato das Centrais Sindicais para marcar as celebrações pelo Dia do Trabalhador na Neo Química Arena, em Itaquera, na zona leste da cidade, no dia 1º de maio de 2024.  Foto: Edi Sousa/Ato Press

Para o economista Hélio Zylberstajn, o insucesso da manifestação organizada pelas centrais sindicais aponta dois ângulos da crise: “Primeiro vemos a crise do movimento sindical distante das bases e dos trabalhadores; e segundo observamos o sindicalismo em crise com o governo Lula, porque a base do movimento é o setor público, que está em greve e insatisfeito com a atual gestão”.

Zylberstajn critica a desconexão dos sindicatos e do governo com o atual mercado de trabalho. Como exemplo, cita o projeto enviado ao Congresso para regulamentar o trabalho de motorista de aplicativo. Mas ele torce por uma renovação e pela sobrevivência dos sindicatos. “Espero que essa desconexão não leve à morte. Precisamos de um movimento sindical, mas não este aí”, concluiu.

Ato de 1º de Maio com Lula em SP reuniu menos de 2 mil pessoas, diz monitor da USP

O ato das centrais sindicais no Dia do Trabalho, que contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no estacionamento da Neo Química Arena, em Itaquera, reuniu menos de duas mil pessoas. A estimativa é do Monitor do Debate Político da Universidade de São Paulo (USP), que também calculou a presença de apoiadores nas manifestações convocadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, na capital paulista, e na Praia de Copacabana, no Rio.

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