O presidente da CPMI do 8 de janeiro, Arthur Maia (União Brasil-BA), impôs condições para pautar a acareação de Jair Bolsonaro (PL) e o tenente-coronel Mauro Cid. Como antecipou a Coluna do Estadão, a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) protocolou o pedido para pôr, frente a frente, o ex-presidente e o militar que foi seu ajudante de ordens.
Maia disse à Coluna que só vai apreciar o requerimento da relatora se houver acordo para convocar o comandante da Força Nacional, Fernando Alencar Medeiros. A contrapartida é uma forma de aumentar a pressão dos bolsonaristas na CPMI que apostam que a oitiva de Medeiros poderia comprometer o ministro da Justiça, Flávio Dino.
Entenda como a oposição espera atingir Flávio Dino
Os bolsonaristas dizem que o governo Lula deixou a Força Nacional sem comando no início de janeiro e questiona se houve o devido uso do efetivo durante os ataques às sedes dos Três Poderes.
A oposição destaca o calendário. O ex-diretor da Força Nacional José Américo de Souza deixou o cargo no dia 3. No dia 7, véspera dos ataques golpistas, o ministro da Justiça, Flávio Dino autorizou o uso da Força. Mas, o novo diretor, Fernando Alencar Medeiros, só viria a ser nomeado pelo presidente Lula da Silva no dia 11, após os ataques golpistas.
O requerimento para convocar Medeiros foi apresentado pelo deputado Aluisio Mendes (Republicanos-MA).
“A Força Nacional ficou de braços cruzados, dando risadinha e mexendo no WhatsApp, debaixo do Palácio da Justiça, sob responsabilidade do atual ministro da Justiça”, comentou o senador Jorge Seif (PL-SC), durante reunião da CPMI na última terça, 12.