O PSD deve expulsar o filiado Roberto Mantovani Filho, empresário acusado de ter agredido o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto internacional de Roma, na Itália, durante um episódio de hostilização do magistrado. Ele e o genro, o corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto, responderão pelo episódio a um inquérito na Polícia Federal.
Mantovani é acusado de proferir palavras de baixo calão contra Alexandre de Moraes e dar um tapa no rosto do filho do ministro, advogado de 27 anos que o acompanhava na viagem à Itália.
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À Coluna, o PSD diz repudiar o ato “independentemente da condição da filiação partidária”. “Caso confirmada a filiação ao partido, acionará a Comissão de Ética da legenda para que sejam tomadas as medidas punitivas cabíveis, que devem culminar em sua expulsão”, afirma o partido.
Atualmente no PSD, o empresário foi candidato derrotado a prefeito de Santa Bárbara D’Oeste (SP) em 2004 pelo PL, hoje sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas que na época era aliada do PT, inclusive no município paulista. O vice de Mantovani, à época, era do PT.
Em conversa com a Coluna, Mantovani disse “não ter certeza” e “não lembrar” se era filiado ao PSD ou não. Mas a filiação consta do sistema do TSE. Ele também destacou que “tem foto com Lula”, na tentativa de se afastar da pecha de bolsonarista radical.
Com três ministérios no governo Lula, o PSD tem como um de seus principais expoentes o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), que igualmente repudiou a agressão ao filho de Alexandre de Moraes. “Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem, são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade”, declarou o senador.