A mais de um ano das eleições municipais, o PT já mobiliza esforços para lançar todos os seus pré-candidatos a prefeito ainda este ano. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, tem feito uma série de viagens pelo País para coletar os cenários e as perspectivas de vitória.
A disputa em cada capital será analisada no chamado GTE, grupo de trabalho eleitoral, colegiado do PT que se reunirá virtualmente a cada 15 dias, sob a coordenação do senador Humberto Costa (PT-PE).
O PT reconhece que o ex-presidente Jair Bolsonaro, agora inelegível, será um cabo eleitoral de peso na corrida eleitoral do ano que vem - e até por isso a sigla quer se colocar de forma mais incisiva no jogo político municipal o quanto antes. Ainda assim, a cúpula petista entende que o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estar no poder dá um “clima” mais positivo na busca por prefeituras.
Apesar da resistência do secretário nacional de comunicação do PT, Jilmar Tatto, em São Paulo a sigla vai apoiar o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), em um acordo para levar a vice. Entre os nomes cotados está a secretária de saúde digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, professora da USP e esposa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A avaliação do PT é que a chapa, ainda que puramente de esquerda e sem a amplitude de frente ampla que elegeu Lula em 2022, pode ter sucesso. Isso porque Boulos ficou em segundo lugar na última disputa municipal e Haddad venceu, na capital, Tarcísio de Freitas (Republicanos) na queda de braço pelo governo do Estado. Foi o desempenho no interior que deu a Tarcísio, hoje governador, a vitória eleitoral.