Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

PT versus Campos Neto: Gleisi vai à Justiça, Tatto pede renúncia e Pochmann fará live


Partido ampliou a ofensiva sobre o presidente do Banco Central frente à sinalização de que o Copom vai manter a taxa básica de juros em 10,50%; até diretores indicados por Lula devem votar nesse sentido

Por Eduardo Gayer e Augusto Tenório
Atualização:

A artilharia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi a senha para o PT também ampliar sua ofensiva. Após articulação da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, toda a bancada do partido na Câmara protocolou uma ação popular na Justiça do Distrito Federal contra o banqueiro central. Gleisi fará, logo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, uma live nas redes sociais com o presidente do IBGE, Marcio Pochmann. O secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto, pede a saída antecipada de Campos Neto. “Ele está politizando demais o Banco Central. Nós vamos para cima”, afirmou à Coluna do Estadão.

A expectativa no mercado financeiro é que o Copom mantenha a Selic em 10,50%. O PT sabe que até diretores indicados por Lula votarão nesse sentido, mas as críticas no partido vão seguir apenas sobre Campos Neto. Para integrantes da legenda, o economista rachou o Copom de propósito em maio, quando articulou a desaceleração do ritmo de cortes de juros em contraposição aos indicados por Lula, justamente para forçar uma unidade do colegiado agora.

Ex-presidente do PT, o deputado federal Rui Falcão (SP) lembra que Campos Neto, em 2022, foi votar com uma camiseta da seleção brasileira. “Ele é partidário, bolsonarista e um lambe-botas do Tarcísio”, declarou. A participação do presidente do Banco Central em um jantar promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), irritou Lula e seu entorno, assim como a percepção de que o Copom vai manter a Selic.

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A presidente do PT, Gleisi Hofmann. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Na ação popular protocolada na Justiça, a bancada do PT na Câmara pede que Campos Neto se “abstenha de ostentar motivação e realizar pronunciamentos de natureza político-partidárias”, e seja obrigado a “total abstenção de realização de pronunciamentos que denotem possível interferência na independência e imparcialidade impostas ao presidente do Banco Central”.

Com amplo acesso ao gabinete presidencial, a presidente do PT fará live em dobradinha com Marcio Pochmann para tentar convencer a população de que a atual política monetária prejudica a economia brasileira, e não precisa ser adotada nessa rigidez para conter a inflação. Em outra frente, o partido de Lula tenta até jogar o agronegócio brasileiro, costumeiramente associado ao bolsonarismo, contra Campos Neto.

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“A manutenção dos juros altos prejudica a agricultura, porque com isso o governo precisa entrar com uma subvenção alta. Então, precisamos deixar claro como esses juros prejudicam o Plano Safra e os agricultores”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado federal Bohn Gass (PT-RS).

A artilharia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi a senha para o PT também ampliar sua ofensiva. Após articulação da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, toda a bancada do partido na Câmara protocolou uma ação popular na Justiça do Distrito Federal contra o banqueiro central. Gleisi fará, logo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, uma live nas redes sociais com o presidente do IBGE, Marcio Pochmann. O secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto, pede a saída antecipada de Campos Neto. “Ele está politizando demais o Banco Central. Nós vamos para cima”, afirmou à Coluna do Estadão.

A expectativa no mercado financeiro é que o Copom mantenha a Selic em 10,50%. O PT sabe que até diretores indicados por Lula votarão nesse sentido, mas as críticas no partido vão seguir apenas sobre Campos Neto. Para integrantes da legenda, o economista rachou o Copom de propósito em maio, quando articulou a desaceleração do ritmo de cortes de juros em contraposição aos indicados por Lula, justamente para forçar uma unidade do colegiado agora.

Ex-presidente do PT, o deputado federal Rui Falcão (SP) lembra que Campos Neto, em 2022, foi votar com uma camiseta da seleção brasileira. “Ele é partidário, bolsonarista e um lambe-botas do Tarcísio”, declarou. A participação do presidente do Banco Central em um jantar promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), irritou Lula e seu entorno, assim como a percepção de que o Copom vai manter a Selic.

A presidente do PT, Gleisi Hofmann. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Na ação popular protocolada na Justiça, a bancada do PT na Câmara pede que Campos Neto se “abstenha de ostentar motivação e realizar pronunciamentos de natureza político-partidárias”, e seja obrigado a “total abstenção de realização de pronunciamentos que denotem possível interferência na independência e imparcialidade impostas ao presidente do Banco Central”.

Com amplo acesso ao gabinete presidencial, a presidente do PT fará live em dobradinha com Marcio Pochmann para tentar convencer a população de que a atual política monetária prejudica a economia brasileira, e não precisa ser adotada nessa rigidez para conter a inflação. Em outra frente, o partido de Lula tenta até jogar o agronegócio brasileiro, costumeiramente associado ao bolsonarismo, contra Campos Neto.

“A manutenção dos juros altos prejudica a agricultura, porque com isso o governo precisa entrar com uma subvenção alta. Então, precisamos deixar claro como esses juros prejudicam o Plano Safra e os agricultores”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado federal Bohn Gass (PT-RS).

A artilharia do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi a senha para o PT também ampliar sua ofensiva. Após articulação da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, toda a bancada do partido na Câmara protocolou uma ação popular na Justiça do Distrito Federal contra o banqueiro central. Gleisi fará, logo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa básica de juros, uma live nas redes sociais com o presidente do IBGE, Marcio Pochmann. O secretário de Comunicação do partido, Jilmar Tatto, pede a saída antecipada de Campos Neto. “Ele está politizando demais o Banco Central. Nós vamos para cima”, afirmou à Coluna do Estadão.

A expectativa no mercado financeiro é que o Copom mantenha a Selic em 10,50%. O PT sabe que até diretores indicados por Lula votarão nesse sentido, mas as críticas no partido vão seguir apenas sobre Campos Neto. Para integrantes da legenda, o economista rachou o Copom de propósito em maio, quando articulou a desaceleração do ritmo de cortes de juros em contraposição aos indicados por Lula, justamente para forçar uma unidade do colegiado agora.

Ex-presidente do PT, o deputado federal Rui Falcão (SP) lembra que Campos Neto, em 2022, foi votar com uma camiseta da seleção brasileira. “Ele é partidário, bolsonarista e um lambe-botas do Tarcísio”, declarou. A participação do presidente do Banco Central em um jantar promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), irritou Lula e seu entorno, assim como a percepção de que o Copom vai manter a Selic.

A presidente do PT, Gleisi Hofmann. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Na ação popular protocolada na Justiça, a bancada do PT na Câmara pede que Campos Neto se “abstenha de ostentar motivação e realizar pronunciamentos de natureza político-partidárias”, e seja obrigado a “total abstenção de realização de pronunciamentos que denotem possível interferência na independência e imparcialidade impostas ao presidente do Banco Central”.

Com amplo acesso ao gabinete presidencial, a presidente do PT fará live em dobradinha com Marcio Pochmann para tentar convencer a população de que a atual política monetária prejudica a economia brasileira, e não precisa ser adotada nessa rigidez para conter a inflação. Em outra frente, o partido de Lula tenta até jogar o agronegócio brasileiro, costumeiramente associado ao bolsonarismo, contra Campos Neto.

“A manutenção dos juros altos prejudica a agricultura, porque com isso o governo precisa entrar com uma subvenção alta. Então, precisamos deixar claro como esses juros prejudicam o Plano Safra e os agricultores”, afirmou à Coluna do Estadão o deputado federal Bohn Gass (PT-RS).

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