Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Quatro governadores do Sul e Sudeste se unem contra decreto federal do uso da força policial


Tarcísio de Freitas, Cláudio Castro, Romeu Zema e Ratinho Júnior dizem que as medidas do governo Lula são uma tentativa “sem precedentes” de interferir na política de segurança dos Estados

Por Roseann Kennedy e Iander Porcella

Quatro governadores que integram o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), e fazem oposição ao governo Lula, se uniram para pedir a revogação do decreto federal que estabelece limites para o uso da força policial. Em nota conjunta enviada no grupo do Cosud, à qual a Coluna do Estadão teve acesso, os representantes de alguns dos principais Estados do País dizem que a medida é “arbitrária” e uma tentativa “sem precedentes” de interferir na política de segurança dos entes da Federação.

A suspensão das regras, de acordo com eles, é “urgente”. “O decreto 12.341 publicado nesta semana pela União beneficia o crime organizado e, na prática, bloqueia a autonomia dos estados, num claro sinal de violação da Constituição brasileira”, diz o documento, assinado por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR). Os outros governadores que fazem parte do Cosud - Eduardo Leite (PSDB-RS), Jorginho Mello (PL-SC) e Renato Casagrande (PSB-ES) - não subscreveram a nota.

“A medida é arbitraria e uma tentativa, sem precedentes, de interferir na política de segurança dos Estados”, afirmam os governadores, em outro trecho. Segundo eles, as novas normas punem os policiais que arriscam a vida diariamente no combate ao crime. Eles afirmam que a segurança das famílias brasileiras está garantida com investimento e endurencimento das leis e não como “decretos evasivos” para limitar o poder das polícias.

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A segurança das famílias brasileiras não será garantida com decretos evasivos que limitam o poder das polícias, mas sim com investimento coordenado e o endurecimento das leis.

Tarcísio de Freitas, governador de SP, Ratinho Júnior, governador do PR, Cláudio Castro, governador do RJ, e Romeu Zema, governador de MG Foto: Célio Messias

Como mostrou a Coluna do Estadão, apesar das críticas iniciais de governadores, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, descartou mudanças no texto do decreto e vai, inclusive, antecipar para o mês de janeiro a regulamentação das medidas. O ministério tem prazo de 90 dias para publicar a portaria com os detalhes dos procedimentos, mas o titular da pasta quer acelerar a implementação.

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O decreto condiciona repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) aos estados que seguirem as regras do uso de força pelas polícias, como antecipou a Coluna, no dia 20 de dezembro. Governadores acusam o governo federal de enfraquecer a autonomia estadual na segurança pública. Pelas normas atuais, o governo só tem a obrigação de “considerar a observância das diretrizes” para fazer os repasses. Pelas novas regras, o Estado que não seguir a cartilha poderá ficar sem os recursos.

Quatro governadores que integram o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), e fazem oposição ao governo Lula, se uniram para pedir a revogação do decreto federal que estabelece limites para o uso da força policial. Em nota conjunta enviada no grupo do Cosud, à qual a Coluna do Estadão teve acesso, os representantes de alguns dos principais Estados do País dizem que a medida é “arbitrária” e uma tentativa “sem precedentes” de interferir na política de segurança dos entes da Federação.

A suspensão das regras, de acordo com eles, é “urgente”. “O decreto 12.341 publicado nesta semana pela União beneficia o crime organizado e, na prática, bloqueia a autonomia dos estados, num claro sinal de violação da Constituição brasileira”, diz o documento, assinado por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR). Os outros governadores que fazem parte do Cosud - Eduardo Leite (PSDB-RS), Jorginho Mello (PL-SC) e Renato Casagrande (PSB-ES) - não subscreveram a nota.

“A medida é arbitraria e uma tentativa, sem precedentes, de interferir na política de segurança dos Estados”, afirmam os governadores, em outro trecho. Segundo eles, as novas normas punem os policiais que arriscam a vida diariamente no combate ao crime. Eles afirmam que a segurança das famílias brasileiras está garantida com investimento e endurencimento das leis e não como “decretos evasivos” para limitar o poder das polícias.

A segurança das famílias brasileiras não será garantida com decretos evasivos que limitam o poder das polícias, mas sim com investimento coordenado e o endurecimento das leis.

Tarcísio de Freitas, governador de SP, Ratinho Júnior, governador do PR, Cláudio Castro, governador do RJ, e Romeu Zema, governador de MG Foto: Célio Messias

Como mostrou a Coluna do Estadão, apesar das críticas iniciais de governadores, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, descartou mudanças no texto do decreto e vai, inclusive, antecipar para o mês de janeiro a regulamentação das medidas. O ministério tem prazo de 90 dias para publicar a portaria com os detalhes dos procedimentos, mas o titular da pasta quer acelerar a implementação.

O decreto condiciona repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) aos estados que seguirem as regras do uso de força pelas polícias, como antecipou a Coluna, no dia 20 de dezembro. Governadores acusam o governo federal de enfraquecer a autonomia estadual na segurança pública. Pelas normas atuais, o governo só tem a obrigação de “considerar a observância das diretrizes” para fazer os repasses. Pelas novas regras, o Estado que não seguir a cartilha poderá ficar sem os recursos.

Quatro governadores que integram o Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud), e fazem oposição ao governo Lula, se uniram para pedir a revogação do decreto federal que estabelece limites para o uso da força policial. Em nota conjunta enviada no grupo do Cosud, à qual a Coluna do Estadão teve acesso, os representantes de alguns dos principais Estados do País dizem que a medida é “arbitrária” e uma tentativa “sem precedentes” de interferir na política de segurança dos entes da Federação.

A suspensão das regras, de acordo com eles, é “urgente”. “O decreto 12.341 publicado nesta semana pela União beneficia o crime organizado e, na prática, bloqueia a autonomia dos estados, num claro sinal de violação da Constituição brasileira”, diz o documento, assinado por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG) e Ratinho Júnior (PSD-PR). Os outros governadores que fazem parte do Cosud - Eduardo Leite (PSDB-RS), Jorginho Mello (PL-SC) e Renato Casagrande (PSB-ES) - não subscreveram a nota.

“A medida é arbitraria e uma tentativa, sem precedentes, de interferir na política de segurança dos Estados”, afirmam os governadores, em outro trecho. Segundo eles, as novas normas punem os policiais que arriscam a vida diariamente no combate ao crime. Eles afirmam que a segurança das famílias brasileiras está garantida com investimento e endurencimento das leis e não como “decretos evasivos” para limitar o poder das polícias.

A segurança das famílias brasileiras não será garantida com decretos evasivos que limitam o poder das polícias, mas sim com investimento coordenado e o endurecimento das leis.

Tarcísio de Freitas, governador de SP, Ratinho Júnior, governador do PR, Cláudio Castro, governador do RJ, e Romeu Zema, governador de MG Foto: Célio Messias

Como mostrou a Coluna do Estadão, apesar das críticas iniciais de governadores, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, descartou mudanças no texto do decreto e vai, inclusive, antecipar para o mês de janeiro a regulamentação das medidas. O ministério tem prazo de 90 dias para publicar a portaria com os detalhes dos procedimentos, mas o titular da pasta quer acelerar a implementação.

O decreto condiciona repasses do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) aos estados que seguirem as regras do uso de força pelas polícias, como antecipou a Coluna, no dia 20 de dezembro. Governadores acusam o governo federal de enfraquecer a autonomia estadual na segurança pública. Pelas normas atuais, o governo só tem a obrigação de “considerar a observância das diretrizes” para fazer os repasses. Pelas novas regras, o Estado que não seguir a cartilha poderá ficar sem os recursos.

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