Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Sarney, 94 anos: festa tem PT ‘amigo’ do PSDB e desencontro entre Lira e Padilha; veja bastidores


Ex-presidente comemora aniversário com os três Poderes; Flávio Dino, Rodrigo Pacheco e Fernando Haddad prestigiaram um dos mais experientes observadores da política nacional

Por Eduardo Gayer
Atualização:

Longe dos mandatos eletivos desde 2014, mas sem nunca deixar a vida pública, José Sarney mostrou que seu prestígio entre os políticos segue resistente ao tempo e às intempéries do poder. Para comemorar os 94 anos, o ex-presidente abriu nesta quarta-feira, 24, as portas de sua mansão no Lago Sul, em Brasília, a ministros do governo Lula, integrantes do Supremo, governadores, deputados e senadores, que nas rodinhas de conversa analisavam o estremecimento entre o Palácio do Planalto e o Centrão, bem como os próximos passos da reforma tributária.

A música era discreta, propícia para as conversas ao pé do ouvido. Uma delas, em clima bem humorado, foi entre o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). “Que saudades eu tenho do PSDB!”, confessava, ao lado da dupla, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele se referia ao desafio de enfrentar o bolsonarismo, que suplantou os tucanos na polarização com o PT. Presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR) riu como quem concordasse.

Padilha representou a tropa palaciana no aniversário. Ao cumprimentar Sarney, prometeu a ele uma visita, na semana que vem, ao “seu Amapá”. Será mais uma parada da “caranava federativa”, o giro de Padilha pelo Brasil para aproximar o governo federal dos Estados e municípios. Da velha guarda petista estava o ex-ministro José Dirceu (PT), que nesta semana irritou aliados ao dizer que o governo Lula é de centro-direita. Depois da repercussão, a assessoria de Dirceu enviou um comunicado com um reparo: “Governo de centro-esquerda, apoiado por partidos de direita”.

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O ministro Alexandre Padilha cumprimentando o ex-presidente José Sarney, que completou 94 anos. Foto: Eduardo Gayer

Evitando qualquer constrangimento, Padilha deixou a festa pouco antes da chegada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os dois são desafetos pessoais, nas palavras do alagoano. O líder do Centrão ouviu diagnósticos sobre a relação conflituosa com o governo, e foi questionado sobre a sua avaliação. Preferiu, contudo, mais ouvir do que falar.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma rápida passagem após entregar o projeto de regulamentação da reforma tributária ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Relator ideal para o texto - aos olhos da equipe econômica -, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também estava na residência dos Sarney. A aliados, o parlamentar expôs a descrença sobre ganhar a relatoria, a ser definida por Lira nos próximos dias. Como mostrou a Coluna do Estadão, a escolha dos novos relatores será termômetro da relação entre o presidente da Câmara e o governo.

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O presidente da Câmara, Arthur Lira, compareceu à festa de 94 anos do ex-presidente José Sarney. Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Adversário político do clã Sarney no passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciou que a toga não mudou seu estilo brincalhão. “Hoje você é ministro”, brincou ao apertar as mãos do secretário executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, que já foi cotado para a mais alta Corte do País. O titular da pasta, Ricardo Lewandowski, está em Londres para o 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, deixando o “vice-ministro” Almeida Neto no comando.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em casa, para não roubar os holofotes do aniversariante. Mas não se furtou de desejar os parabéns, ainda que pelo telefone, ao amigo de décadas. O fotógrafo pessoal do presidente, Ricardo Stuckert, fez questão de comparecer à festa. “Não tem como faltar”, comentou, em tom de respeito à figura do presidente que consolidou a redemocratização brasileira após 21 anos de ditadura militar.

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O ex-presidente José Sarney, no seu aniversário de 94 anos, com a mulher, Marly. Foto: Eduardo Gayer

Entre outros ministros do governo, passaram pela mansão José Múcio (Defesa), Esther Dweck (Gestão), Jader Filho (Cidades), Waldez Góes (Integração Nacional) e os maranhenses, como Sarney, Juscelino Filho (Comunicações) e André Fufuca (Esportes). O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ex-senadora Katia Abreu igualmente marcaram presença.

O grande bolo com as iniciais JS foi partido após as 22 horas, e sem o tradicional Parabéns a você. Sarney preferiu aproveitar os minutos finais da festa com fotos de família. Posou para retratos ao lado da esposa, d. Marly. “Tome cuidado com o ombro, meu pai”, alertou a filha Roseana, deputada federal (MDB-MA) e ex-governadora. O ex-presidente ainda se recupera, com fisioterapia diária, de uma queda em casa durante o carnaval deste ano que custou uma fratura no braço e outra na clavícula.

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Festa de José Sarney tem bolo com as iniciais do ex-presidente Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Longe dos mandatos eletivos desde 2014, mas sem nunca deixar a vida pública, José Sarney mostrou que seu prestígio entre os políticos segue resistente ao tempo e às intempéries do poder. Para comemorar os 94 anos, o ex-presidente abriu nesta quarta-feira, 24, as portas de sua mansão no Lago Sul, em Brasília, a ministros do governo Lula, integrantes do Supremo, governadores, deputados e senadores, que nas rodinhas de conversa analisavam o estremecimento entre o Palácio do Planalto e o Centrão, bem como os próximos passos da reforma tributária.

A música era discreta, propícia para as conversas ao pé do ouvido. Uma delas, em clima bem humorado, foi entre o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). “Que saudades eu tenho do PSDB!”, confessava, ao lado da dupla, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele se referia ao desafio de enfrentar o bolsonarismo, que suplantou os tucanos na polarização com o PT. Presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR) riu como quem concordasse.

Padilha representou a tropa palaciana no aniversário. Ao cumprimentar Sarney, prometeu a ele uma visita, na semana que vem, ao “seu Amapá”. Será mais uma parada da “caranava federativa”, o giro de Padilha pelo Brasil para aproximar o governo federal dos Estados e municípios. Da velha guarda petista estava o ex-ministro José Dirceu (PT), que nesta semana irritou aliados ao dizer que o governo Lula é de centro-direita. Depois da repercussão, a assessoria de Dirceu enviou um comunicado com um reparo: “Governo de centro-esquerda, apoiado por partidos de direita”.

O ministro Alexandre Padilha cumprimentando o ex-presidente José Sarney, que completou 94 anos. Foto: Eduardo Gayer

Evitando qualquer constrangimento, Padilha deixou a festa pouco antes da chegada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os dois são desafetos pessoais, nas palavras do alagoano. O líder do Centrão ouviu diagnósticos sobre a relação conflituosa com o governo, e foi questionado sobre a sua avaliação. Preferiu, contudo, mais ouvir do que falar.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma rápida passagem após entregar o projeto de regulamentação da reforma tributária ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Relator ideal para o texto - aos olhos da equipe econômica -, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também estava na residência dos Sarney. A aliados, o parlamentar expôs a descrença sobre ganhar a relatoria, a ser definida por Lira nos próximos dias. Como mostrou a Coluna do Estadão, a escolha dos novos relatores será termômetro da relação entre o presidente da Câmara e o governo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, compareceu à festa de 94 anos do ex-presidente José Sarney. Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Adversário político do clã Sarney no passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciou que a toga não mudou seu estilo brincalhão. “Hoje você é ministro”, brincou ao apertar as mãos do secretário executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, que já foi cotado para a mais alta Corte do País. O titular da pasta, Ricardo Lewandowski, está em Londres para o 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, deixando o “vice-ministro” Almeida Neto no comando.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em casa, para não roubar os holofotes do aniversariante. Mas não se furtou de desejar os parabéns, ainda que pelo telefone, ao amigo de décadas. O fotógrafo pessoal do presidente, Ricardo Stuckert, fez questão de comparecer à festa. “Não tem como faltar”, comentou, em tom de respeito à figura do presidente que consolidou a redemocratização brasileira após 21 anos de ditadura militar.

O ex-presidente José Sarney, no seu aniversário de 94 anos, com a mulher, Marly. Foto: Eduardo Gayer

Entre outros ministros do governo, passaram pela mansão José Múcio (Defesa), Esther Dweck (Gestão), Jader Filho (Cidades), Waldez Góes (Integração Nacional) e os maranhenses, como Sarney, Juscelino Filho (Comunicações) e André Fufuca (Esportes). O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ex-senadora Katia Abreu igualmente marcaram presença.

O grande bolo com as iniciais JS foi partido após as 22 horas, e sem o tradicional Parabéns a você. Sarney preferiu aproveitar os minutos finais da festa com fotos de família. Posou para retratos ao lado da esposa, d. Marly. “Tome cuidado com o ombro, meu pai”, alertou a filha Roseana, deputada federal (MDB-MA) e ex-governadora. O ex-presidente ainda se recupera, com fisioterapia diária, de uma queda em casa durante o carnaval deste ano que custou uma fratura no braço e outra na clavícula.

Festa de José Sarney tem bolo com as iniciais do ex-presidente Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Longe dos mandatos eletivos desde 2014, mas sem nunca deixar a vida pública, José Sarney mostrou que seu prestígio entre os políticos segue resistente ao tempo e às intempéries do poder. Para comemorar os 94 anos, o ex-presidente abriu nesta quarta-feira, 24, as portas de sua mansão no Lago Sul, em Brasília, a ministros do governo Lula, integrantes do Supremo, governadores, deputados e senadores, que nas rodinhas de conversa analisavam o estremecimento entre o Palácio do Planalto e o Centrão, bem como os próximos passos da reforma tributária.

A música era discreta, propícia para as conversas ao pé do ouvido. Uma delas, em clima bem humorado, foi entre o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). “Que saudades eu tenho do PSDB!”, confessava, ao lado da dupla, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele se referia ao desafio de enfrentar o bolsonarismo, que suplantou os tucanos na polarização com o PT. Presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR) riu como quem concordasse.

Padilha representou a tropa palaciana no aniversário. Ao cumprimentar Sarney, prometeu a ele uma visita, na semana que vem, ao “seu Amapá”. Será mais uma parada da “caranava federativa”, o giro de Padilha pelo Brasil para aproximar o governo federal dos Estados e municípios. Da velha guarda petista estava o ex-ministro José Dirceu (PT), que nesta semana irritou aliados ao dizer que o governo Lula é de centro-direita. Depois da repercussão, a assessoria de Dirceu enviou um comunicado com um reparo: “Governo de centro-esquerda, apoiado por partidos de direita”.

O ministro Alexandre Padilha cumprimentando o ex-presidente José Sarney, que completou 94 anos. Foto: Eduardo Gayer

Evitando qualquer constrangimento, Padilha deixou a festa pouco antes da chegada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os dois são desafetos pessoais, nas palavras do alagoano. O líder do Centrão ouviu diagnósticos sobre a relação conflituosa com o governo, e foi questionado sobre a sua avaliação. Preferiu, contudo, mais ouvir do que falar.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma rápida passagem após entregar o projeto de regulamentação da reforma tributária ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Relator ideal para o texto - aos olhos da equipe econômica -, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também estava na residência dos Sarney. A aliados, o parlamentar expôs a descrença sobre ganhar a relatoria, a ser definida por Lira nos próximos dias. Como mostrou a Coluna do Estadão, a escolha dos novos relatores será termômetro da relação entre o presidente da Câmara e o governo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, compareceu à festa de 94 anos do ex-presidente José Sarney. Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Adversário político do clã Sarney no passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciou que a toga não mudou seu estilo brincalhão. “Hoje você é ministro”, brincou ao apertar as mãos do secretário executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, que já foi cotado para a mais alta Corte do País. O titular da pasta, Ricardo Lewandowski, está em Londres para o 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, deixando o “vice-ministro” Almeida Neto no comando.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em casa, para não roubar os holofotes do aniversariante. Mas não se furtou de desejar os parabéns, ainda que pelo telefone, ao amigo de décadas. O fotógrafo pessoal do presidente, Ricardo Stuckert, fez questão de comparecer à festa. “Não tem como faltar”, comentou, em tom de respeito à figura do presidente que consolidou a redemocratização brasileira após 21 anos de ditadura militar.

O ex-presidente José Sarney, no seu aniversário de 94 anos, com a mulher, Marly. Foto: Eduardo Gayer

Entre outros ministros do governo, passaram pela mansão José Múcio (Defesa), Esther Dweck (Gestão), Jader Filho (Cidades), Waldez Góes (Integração Nacional) e os maranhenses, como Sarney, Juscelino Filho (Comunicações) e André Fufuca (Esportes). O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ex-senadora Katia Abreu igualmente marcaram presença.

O grande bolo com as iniciais JS foi partido após as 22 horas, e sem o tradicional Parabéns a você. Sarney preferiu aproveitar os minutos finais da festa com fotos de família. Posou para retratos ao lado da esposa, d. Marly. “Tome cuidado com o ombro, meu pai”, alertou a filha Roseana, deputada federal (MDB-MA) e ex-governadora. O ex-presidente ainda se recupera, com fisioterapia diária, de uma queda em casa durante o carnaval deste ano que custou uma fratura no braço e outra na clavícula.

Festa de José Sarney tem bolo com as iniciais do ex-presidente Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Longe dos mandatos eletivos desde 2014, mas sem nunca deixar a vida pública, José Sarney mostrou que seu prestígio entre os políticos segue resistente ao tempo e às intempéries do poder. Para comemorar os 94 anos, o ex-presidente abriu nesta quarta-feira, 24, as portas de sua mansão no Lago Sul, em Brasília, a ministros do governo Lula, integrantes do Supremo, governadores, deputados e senadores, que nas rodinhas de conversa analisavam o estremecimento entre o Palácio do Planalto e o Centrão, bem como os próximos passos da reforma tributária.

A música era discreta, propícia para as conversas ao pé do ouvido. Uma delas, em clima bem humorado, foi entre o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). “Que saudades eu tenho do PSDB!”, confessava, ao lado da dupla, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele se referia ao desafio de enfrentar o bolsonarismo, que suplantou os tucanos na polarização com o PT. Presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR) riu como quem concordasse.

Padilha representou a tropa palaciana no aniversário. Ao cumprimentar Sarney, prometeu a ele uma visita, na semana que vem, ao “seu Amapá”. Será mais uma parada da “caranava federativa”, o giro de Padilha pelo Brasil para aproximar o governo federal dos Estados e municípios. Da velha guarda petista estava o ex-ministro José Dirceu (PT), que nesta semana irritou aliados ao dizer que o governo Lula é de centro-direita. Depois da repercussão, a assessoria de Dirceu enviou um comunicado com um reparo: “Governo de centro-esquerda, apoiado por partidos de direita”.

O ministro Alexandre Padilha cumprimentando o ex-presidente José Sarney, que completou 94 anos. Foto: Eduardo Gayer

Evitando qualquer constrangimento, Padilha deixou a festa pouco antes da chegada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os dois são desafetos pessoais, nas palavras do alagoano. O líder do Centrão ouviu diagnósticos sobre a relação conflituosa com o governo, e foi questionado sobre a sua avaliação. Preferiu, contudo, mais ouvir do que falar.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma rápida passagem após entregar o projeto de regulamentação da reforma tributária ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Relator ideal para o texto - aos olhos da equipe econômica -, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também estava na residência dos Sarney. A aliados, o parlamentar expôs a descrença sobre ganhar a relatoria, a ser definida por Lira nos próximos dias. Como mostrou a Coluna do Estadão, a escolha dos novos relatores será termômetro da relação entre o presidente da Câmara e o governo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, compareceu à festa de 94 anos do ex-presidente José Sarney. Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Adversário político do clã Sarney no passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciou que a toga não mudou seu estilo brincalhão. “Hoje você é ministro”, brincou ao apertar as mãos do secretário executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, que já foi cotado para a mais alta Corte do País. O titular da pasta, Ricardo Lewandowski, está em Londres para o 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, deixando o “vice-ministro” Almeida Neto no comando.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em casa, para não roubar os holofotes do aniversariante. Mas não se furtou de desejar os parabéns, ainda que pelo telefone, ao amigo de décadas. O fotógrafo pessoal do presidente, Ricardo Stuckert, fez questão de comparecer à festa. “Não tem como faltar”, comentou, em tom de respeito à figura do presidente que consolidou a redemocratização brasileira após 21 anos de ditadura militar.

O ex-presidente José Sarney, no seu aniversário de 94 anos, com a mulher, Marly. Foto: Eduardo Gayer

Entre outros ministros do governo, passaram pela mansão José Múcio (Defesa), Esther Dweck (Gestão), Jader Filho (Cidades), Waldez Góes (Integração Nacional) e os maranhenses, como Sarney, Juscelino Filho (Comunicações) e André Fufuca (Esportes). O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ex-senadora Katia Abreu igualmente marcaram presença.

O grande bolo com as iniciais JS foi partido após as 22 horas, e sem o tradicional Parabéns a você. Sarney preferiu aproveitar os minutos finais da festa com fotos de família. Posou para retratos ao lado da esposa, d. Marly. “Tome cuidado com o ombro, meu pai”, alertou a filha Roseana, deputada federal (MDB-MA) e ex-governadora. O ex-presidente ainda se recupera, com fisioterapia diária, de uma queda em casa durante o carnaval deste ano que custou uma fratura no braço e outra na clavícula.

Festa de José Sarney tem bolo com as iniciais do ex-presidente Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Longe dos mandatos eletivos desde 2014, mas sem nunca deixar a vida pública, José Sarney mostrou que seu prestígio entre os políticos segue resistente ao tempo e às intempéries do poder. Para comemorar os 94 anos, o ex-presidente abriu nesta quarta-feira, 24, as portas de sua mansão no Lago Sul, em Brasília, a ministros do governo Lula, integrantes do Supremo, governadores, deputados e senadores, que nas rodinhas de conversa analisavam o estremecimento entre o Palácio do Planalto e o Centrão, bem como os próximos passos da reforma tributária.

A música era discreta, propícia para as conversas ao pé do ouvido. Uma delas, em clima bem humorado, foi entre o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG). “Que saudades eu tenho do PSDB!”, confessava, ao lado da dupla, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Ele se referia ao desafio de enfrentar o bolsonarismo, que suplantou os tucanos na polarização com o PT. Presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann (PT-PR) riu como quem concordasse.

Padilha representou a tropa palaciana no aniversário. Ao cumprimentar Sarney, prometeu a ele uma visita, na semana que vem, ao “seu Amapá”. Será mais uma parada da “caranava federativa”, o giro de Padilha pelo Brasil para aproximar o governo federal dos Estados e municípios. Da velha guarda petista estava o ex-ministro José Dirceu (PT), que nesta semana irritou aliados ao dizer que o governo Lula é de centro-direita. Depois da repercussão, a assessoria de Dirceu enviou um comunicado com um reparo: “Governo de centro-esquerda, apoiado por partidos de direita”.

O ministro Alexandre Padilha cumprimentando o ex-presidente José Sarney, que completou 94 anos. Foto: Eduardo Gayer

Evitando qualquer constrangimento, Padilha deixou a festa pouco antes da chegada do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Os dois são desafetos pessoais, nas palavras do alagoano. O líder do Centrão ouviu diagnósticos sobre a relação conflituosa com o governo, e foi questionado sobre a sua avaliação. Preferiu, contudo, mais ouvir do que falar.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma rápida passagem após entregar o projeto de regulamentação da reforma tributária ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Relator ideal para o texto - aos olhos da equipe econômica -, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) também estava na residência dos Sarney. A aliados, o parlamentar expôs a descrença sobre ganhar a relatoria, a ser definida por Lira nos próximos dias. Como mostrou a Coluna do Estadão, a escolha dos novos relatores será termômetro da relação entre o presidente da Câmara e o governo.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, compareceu à festa de 94 anos do ex-presidente José Sarney. Foto: Eduardo Gayer/Estadão

Adversário político do clã Sarney no passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), evidenciou que a toga não mudou seu estilo brincalhão. “Hoje você é ministro”, brincou ao apertar as mãos do secretário executivo do Ministério da Justiça, Manoel Carlos de Almeida Neto, que já foi cotado para a mais alta Corte do País. O titular da pasta, Ricardo Lewandowski, está em Londres para o 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideias, deixando o “vice-ministro” Almeida Neto no comando.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ficou em casa, para não roubar os holofotes do aniversariante. Mas não se furtou de desejar os parabéns, ainda que pelo telefone, ao amigo de décadas. O fotógrafo pessoal do presidente, Ricardo Stuckert, fez questão de comparecer à festa. “Não tem como faltar”, comentou, em tom de respeito à figura do presidente que consolidou a redemocratização brasileira após 21 anos de ditadura militar.

O ex-presidente José Sarney, no seu aniversário de 94 anos, com a mulher, Marly. Foto: Eduardo Gayer

Entre outros ministros do governo, passaram pela mansão José Múcio (Defesa), Esther Dweck (Gestão), Jader Filho (Cidades), Waldez Góes (Integração Nacional) e os maranhenses, como Sarney, Juscelino Filho (Comunicações) e André Fufuca (Esportes). O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin e a ex-senadora Katia Abreu igualmente marcaram presença.

O grande bolo com as iniciais JS foi partido após as 22 horas, e sem o tradicional Parabéns a você. Sarney preferiu aproveitar os minutos finais da festa com fotos de família. Posou para retratos ao lado da esposa, d. Marly. “Tome cuidado com o ombro, meu pai”, alertou a filha Roseana, deputada federal (MDB-MA) e ex-governadora. O ex-presidente ainda se recupera, com fisioterapia diária, de uma queda em casa durante o carnaval deste ano que custou uma fratura no braço e outra na clavícula.

Festa de José Sarney tem bolo com as iniciais do ex-presidente Foto: Eduardo Gayer/Estadão
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