Apenas 3,5% dos jovens brasileiros de baixa renda têm acesso ao direito previsto em lei que garante transporte interestadual gratuito e meia entrada em eventos culturais e esportivos. Lançado há dez anos pelo Palácio do Planalto, o programa ID Jovem, que prevê esses benefícios, nunca alcançou uma parcela relevante do público planejado. Procurada, a Secretaria-Geral da Presidência afirmou que aumentou o número de jovens atendidos em 30% desde 2023.
O ID Jovem pode ser emitido por 16,7 milhões de pessoas, mas só 584 mil têm o benefício ativo. O programa é destinado aos brasileiros de 15 a 29 anos com renda familiar de até dois salários mínimos e inscritos no Cadastro Único, o registro do governo federal para programas sociais. A emissão da carteirinha do ID Jovem é gratuita e feita pela internet.
Em um ano, o governo Lula só conseguiu aumentar em um ponto percentual o número de carteirinhas ativas do ID Jovem: de 2,5% para 3,5%. Responsável pelo programa, a Secretaria Nacional de Juventude é subordinada à Secretaria-Geral da Presidência, ministério do Planalto comandado por Márcio Macêdo.
Procurada, a Secretaria-Geral da Presidência afirmou que pretende aumentar o número de atendidos em 50% neste ano.
“Nos últimos dois anos, a emissão do ID Jovem teve um aumento de cerca de 30%. Até o fim de 2025, o trabalho do governo é para que o número aumente cerca de 50%. A Secretaria Nacional de Juventude está desenvolvendo normas em conjunto com os Ministérios dos Transportes, da Cultura e do Esporte, estados, municípios e iniciativa privada para ampliar os benefícios e a capacidade do programa”.