A despeito de críticas de alguns setores da sociedade, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), avalia ter o respaldo popular para adotar medidas mais duras na área de segurança pública, como a reativação da Operação Escudo. E, para além da reação dos próprios eleitores, Tarcísio invoca o sucesso de popularidade de outro governador para justificar a avaliação.
“A população quer uma política mais dura. Não aguenta mais bandidagem. Veja o Caiado (Ronaldo Caiado, governador de Goiás). A política de tolerância zero de lá fez dele o governador mais bem avaliado do Brasil”, afirmou à Coluna do Estadão. De acordo com pesquisa AtlasIntel, divulgada em dezembro, Ronaldo Caiado (União Brasil), é o gestor estadual com a melhor avaliação no Brasil. Tarcísio aparece em décimo.
Curiosamente, os dois governadores - Tarcísio e Caiado - têm os nomes cotados para a corrida presidencial de 2026 e o tema segurança pública é o calcanhar de Aquiles do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em conversa com a Coluna, Tarcísio deixou claro que a operação Escudo será acionada sempre que houver agressão a policiais. “A Escudo sempre é deflagrada quando há agressão a policiais, é praxe nesses nesses casos. A ideia é capturar quem atenta contra a integridade física dos agentes da lei. Lógico que não vamos tolerar isso”, ressaltou.
O governo do Estado de São Paulo desencadeou nova Operação Escudo em quatro diferentes regiões paulistas após cinco ataques cometidos contra policiais militares. Na noite de quinta-feira, 18, a soldado PM Sabrina Freire Romão Franklin, de 30 anos, foi assassinada após tentativa de assalto na Estrada Ecoturística de Parelheiros, na zona sul da capital paulista.
O modelo de Operação Escudo ganhou notoriedade em julho e agosto do ano passado, quando, após a morte de um policial da Rota, a ação desencadeada pelas forças policiais deixou 28 mortos na Baixada Santista em um mês. Na ocasião, segundo apurou a Coluna do Estadão, pesquisas internas no governo Tarcísio apontaram que a medida ampliava sua popularidade do governador.