A Executiva Nacional do União Brasil aprovou nesta quarta-feira, 13, o recebimento de uma representação que pede expulsão do presidente da legenda, deputado federal Luciano Bivar (PE). Ele tem 72h para responder, prazo mínimo para a direção partidária se reunir novamente para confirmar se afasta o parlamentar da presidência do partido e se o expulsará cautelarmente.
O parlamentar disse à Coluna que já esperava o resultado desfavorável porque foi alvo de “uma traição” promovida pelo vice-presidente, o advogado Antônio Rueda. Também afirmou que não deve tentar reverter a decisão pela via partidária. “Não adianta brigar internamente. Vou judicializar, na Justiça comum”, disse Bivar.
Rueda foi eleito no dia 29 de fevereiro o novo presidente do União Brasil, após uma tentativa de “virada de mesa” de Bivar, que deveria seguir no cargo até maio. O partido foi criado em 2022 como resultado da fusão entre o DEM e o PSL, mas as duas alas nunca se acertaram
A representação para afastar Bivar da presidência e expulsá-lo contou com os votos de 17 integrantes da Executiva Nacional. A reunião extraordinária teve 15 abstenções.
O ápice do conflito foi o incêndio supostamente criminoso de casas de Rueda, que alega ter sido ameaçado por Bivar quando se colocou como candidato à presidência do União. O parlamentar nega participação No ato contra os imóveis do adversário político.
Um ex-deputado do União, durante a reunião desta quarta, chegou a sugerir que tanto Bivar quanto Rueda se afastassem da direção para que fosse feita uma nova eleição, como forma de pacificar a disputa entre os dois. Mas a proposta foi rechaçada por quase todos os presentes.
Após a eleição realizada em fevereiro, Rueda e seus aliados falaram em unidade e pacificação, mas Bivar disse ao Broadcast Político/Estadão que a eleição foi “viciada” e “está nula de pleno direito”. “Como a convenção foi viciada, ela não surte nenhum efeito, nem bancário, nem administrativo, nem coisa nenhuma. Esse é o fato”, disse o deputado. Ele não confirmou, contudo, se levará a disputa ao Judiciário.
ACM Neto, na ocasião, rebateu as acusações de Bivar. “É bom lembrar que foi o próprio presidente Bivar que convocou essa convenção. Ela foi homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral e respeitou, rigorosamente, todas as exigências do nosso Estatuto”, disse o ex-prefeito de Salvador. “O produto do respaldo jurídico com a força política é o que a gente pode oferecer”, emendou.