No mesmo dia em que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi preso em operação da Polícia Federal, o partido pode perder dois assentos na Câmara. Nesta quinta-feira (08), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga três ações de sobras eleitorais, que podem tirar o mandato de sete deputados, dois deles da legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também foi alvo da PF. Aliados de oposição reclamam e classificam o episódio como uma “estranha coincidência”.
As ações para recontagem das sobras eleitorais foram apresentadas pela Rede Sustentabilidade e estavam paradas desde o ano passado. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que autorizou a operação da PF contra Valdemar, Bolsonaro e mais lideranças bolsonaristas, votou a favor da perda do mandato dos parlamentares eleitos em 2022.
Se o voto for seguido pelos demais ministros, as deputadas Silvia Waiãpi (PL-AL) e Sonize Barbosa (PL-AP) perdem suas vagas na Câmara. A decisão afeta também: Gilvan Máximo (Republicanos-DF), Lebrão (União-RO), Lázaro Botelho (PP-TO) e Professora Goreth (PDT-AP).
“É tudo uma incrível coincidência. É zombar da inteligência do povo fazer essa operação no mesmo dia do julgamento das sobras eleitorais. Além disso, houve a condenação de réu do 8 de janeiro a 17 anos de prisão, número de Bolsonaro na eleição de 2018, e multa de 22 milhões ao PL, em referência ao número usado pelo ex-presidente na eleição de 2022”, reclama o vice-líder da minoria na Câmara, Rodrigo Valadares (União-SE), à Coluna do Estadão.
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