Após a investida para conquistar a simpatia da bancada de evangélicos no Congresso, o advogado Cristiano Zanin Martins fará mais um movimento pragmático em busca de votos que confirmem sua nomeação para o Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin vai se apresentar pessoalmente à maior bancada do Senado, a do PSD.
A reunião está marcada para a próxima terça-feira, na liderança do partido. O PSD tem 14 senadores e dez deles integram, como titulares ou suplentes, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde o indicado do presidente Lula para o STF terá de ser sabatinado.
O périplo de Zanin em busca de apoio já incluiu, por exemplo, almoço e café da manhã com representantes dos evangélicos no Congresso. Do grupo ele conseguiu ganhar a simpatia. E já chegou aos encontros passando a seguinte mensagem: “sou católico, casado com a mesma esposa, pai de três filhos”. Também fez questão de informar que na pauta de costumes - tema que é caro à bancada evangélica - entende que há decisões que têm de ser dos parlamentares.
O advogado ainda teve jantar com senadores ligados à base do governo Lula e ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele vai continuar o beija-mão na próxima semana.
Mas, a movimentação dele havia começado, inclusive, antes mesmo da indicação formal pelo presidente Lula na quinta-feira (01), como antecipou a Coluna.
O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União-AP) ainda não marcou a data da reunião para sabatina e também não informou quem será o relator. Um nome cotado é o do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que já relatou outras indicações ao Supremo. Foi ele quem fez os pareceres aprovando as escolhas de Kassio Nunes Marques, em 2020, e de Alexandre de Moraes, em 2017.