Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Militares que aparecem em imagens acompanharam Bolsonaro em compromisso eleitoral e motociatas


Oficiais do GSI que estavam no Planalto com Gonçalves Dias na invasão do dia 8 de janeiro atuara, como seguranças do ex-presidente

Por Gustavo Côrtes e Mariana Carneiro
Atualização:

Sete dos nove militares que trabalhavam para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e foram identificados nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro atuaram diretamente na segurança de Jair Bolsonaro em viagens presidenciais. O capitão José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores golpistas, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora para o lançamento da campanha eleitoral dele, em agosto do ano passado. Ele também viajou à Rússia com o ex-presidente em fevereiro de 2022. Na ocasião, Bolsonaro disse a Vladimir Putin que o Brasil era solidário à Rússia a poucos dias da invasão na Ucrânia. Responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão golpista – o que reduziu o efetivo de defesa no Planalto –, o general Carlos Feitosa Rodrigues também estava na comitiva que foi a Moscou.

Oficial do GSI conversa com golpistas no terceiro andar do Planalto em 8 de janeiro Foto: Reprodução/Estadão

As informações constam do Portal da Transparência, que registra as viagens a serviço de funcionários públicos. O coronel Wanderli Baptista da Silva Júnior estava entre os seguranças enviados a Nova York para acompanhar Bolsonaro na ONU, em setembro de 2022, quando o ex-presidente fez o discurso na Assembleia Geral mirando a campanha eleitoral brasileira.

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No depoimento à PF, o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias disse ter dado ao coronel Wanderli a ordem para prender os invasores orientados a deixar o andar presidencial. G Dias foi demitido após as imagens sugerirem que ele não repreendeu os vândalos golpistas como deveria.

Alexandre Santos de Amorim, André Luiz Garcia Furtado, Alex Marcos Barbosa Santos e Laércio da Costa Júnior também serviram como seguranças em viagens de Bolsonaro. O coronel André Furtado acompanhou Bolsonaro em motociata em São José do Rio Preto em 24 de fevereiro do ano passado. O tenente Alex Marcos Barbosa seguiu Bolsonaro na viagem que ele fez a Recife em 6 de agosto de 2022, também com direito a motociata.

Além da água aos invasores, José Eduardo Natale de Paula Pereira abre a primeira porta por onde os invasores escoltados por GDias vão sair do 3º andar, onde fica o gabinete de Lula. Atrás dele, Alex Marcos Barbosa Santos e Marcus Vinicius Braz de Camargo indicam a segunda porta pela qual os invasores precisam passar para sair do Planalto. Wanderli Baptista da Silva Júnior também está no local, falando no celular.

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Natale também conversa com os golpistas ao lado relógio Balthazar Martinot, uma obra do século 17 trazida ao Brasil por dom João VI em 1808 e quebrada pelos invasores.

Sete dos nove militares que trabalhavam para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e foram identificados nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro atuaram diretamente na segurança de Jair Bolsonaro em viagens presidenciais. O capitão José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores golpistas, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora para o lançamento da campanha eleitoral dele, em agosto do ano passado. Ele também viajou à Rússia com o ex-presidente em fevereiro de 2022. Na ocasião, Bolsonaro disse a Vladimir Putin que o Brasil era solidário à Rússia a poucos dias da invasão na Ucrânia. Responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão golpista – o que reduziu o efetivo de defesa no Planalto –, o general Carlos Feitosa Rodrigues também estava na comitiva que foi a Moscou.

Oficial do GSI conversa com golpistas no terceiro andar do Planalto em 8 de janeiro Foto: Reprodução/Estadão

As informações constam do Portal da Transparência, que registra as viagens a serviço de funcionários públicos. O coronel Wanderli Baptista da Silva Júnior estava entre os seguranças enviados a Nova York para acompanhar Bolsonaro na ONU, em setembro de 2022, quando o ex-presidente fez o discurso na Assembleia Geral mirando a campanha eleitoral brasileira.

No depoimento à PF, o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias disse ter dado ao coronel Wanderli a ordem para prender os invasores orientados a deixar o andar presidencial. G Dias foi demitido após as imagens sugerirem que ele não repreendeu os vândalos golpistas como deveria.

Alexandre Santos de Amorim, André Luiz Garcia Furtado, Alex Marcos Barbosa Santos e Laércio da Costa Júnior também serviram como seguranças em viagens de Bolsonaro. O coronel André Furtado acompanhou Bolsonaro em motociata em São José do Rio Preto em 24 de fevereiro do ano passado. O tenente Alex Marcos Barbosa seguiu Bolsonaro na viagem que ele fez a Recife em 6 de agosto de 2022, também com direito a motociata.

Além da água aos invasores, José Eduardo Natale de Paula Pereira abre a primeira porta por onde os invasores escoltados por GDias vão sair do 3º andar, onde fica o gabinete de Lula. Atrás dele, Alex Marcos Barbosa Santos e Marcus Vinicius Braz de Camargo indicam a segunda porta pela qual os invasores precisam passar para sair do Planalto. Wanderli Baptista da Silva Júnior também está no local, falando no celular.

Natale também conversa com os golpistas ao lado relógio Balthazar Martinot, uma obra do século 17 trazida ao Brasil por dom João VI em 1808 e quebrada pelos invasores.

Sete dos nove militares que trabalhavam para o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e foram identificados nas imagens gravadas pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro atuaram diretamente na segurança de Jair Bolsonaro em viagens presidenciais. O capitão José Eduardo Natale, que aparece dando água aos invasores golpistas, acompanhou Bolsonaro na viagem a Juiz de Fora para o lançamento da campanha eleitoral dele, em agosto do ano passado. Ele também viajou à Rússia com o ex-presidente em fevereiro de 2022. Na ocasião, Bolsonaro disse a Vladimir Putin que o Brasil era solidário à Rússia a poucos dias da invasão na Ucrânia. Responsável pelo “alerta laranja” na véspera da invasão golpista – o que reduziu o efetivo de defesa no Planalto –, o general Carlos Feitosa Rodrigues também estava na comitiva que foi a Moscou.

Oficial do GSI conversa com golpistas no terceiro andar do Planalto em 8 de janeiro Foto: Reprodução/Estadão

As informações constam do Portal da Transparência, que registra as viagens a serviço de funcionários públicos. O coronel Wanderli Baptista da Silva Júnior estava entre os seguranças enviados a Nova York para acompanhar Bolsonaro na ONU, em setembro de 2022, quando o ex-presidente fez o discurso na Assembleia Geral mirando a campanha eleitoral brasileira.

No depoimento à PF, o ex-ministro do GSI Gonçalves Dias disse ter dado ao coronel Wanderli a ordem para prender os invasores orientados a deixar o andar presidencial. G Dias foi demitido após as imagens sugerirem que ele não repreendeu os vândalos golpistas como deveria.

Alexandre Santos de Amorim, André Luiz Garcia Furtado, Alex Marcos Barbosa Santos e Laércio da Costa Júnior também serviram como seguranças em viagens de Bolsonaro. O coronel André Furtado acompanhou Bolsonaro em motociata em São José do Rio Preto em 24 de fevereiro do ano passado. O tenente Alex Marcos Barbosa seguiu Bolsonaro na viagem que ele fez a Recife em 6 de agosto de 2022, também com direito a motociata.

Além da água aos invasores, José Eduardo Natale de Paula Pereira abre a primeira porta por onde os invasores escoltados por GDias vão sair do 3º andar, onde fica o gabinete de Lula. Atrás dele, Alex Marcos Barbosa Santos e Marcus Vinicius Braz de Camargo indicam a segunda porta pela qual os invasores precisam passar para sair do Planalto. Wanderli Baptista da Silva Júnior também está no local, falando no celular.

Natale também conversa com os golpistas ao lado relógio Balthazar Martinot, uma obra do século 17 trazida ao Brasil por dom João VI em 1808 e quebrada pelos invasores.

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