Comandante do Exército: ‘Democracia transpôs obstáculo e percepção de ameaça não pode existir’


General Tomás Paiva afirma que trabalho da Força é sujeito aos ditames constitucionais e defende reaparelhamento e comemora índice de confiança da população após eventos do dia 8 de janeiro

Por Marcelo Godoy
Atualização:

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva reafirmou nesta quinta-feira, dia 20, que o Exército é força apartidária e apolitica. “Isso significa que nossa população pode ficar tranquila. Não houve nada este ano,. Nossa democracia foi preservada; ela transpôs um obstáculo”, referindo-se aos eventos de 8 de janeiro.

O general afirmou que, agora, é necessário “tirar do imaginário das pessoas a percepção de ameaça”, referindo-se a possíveis atentados contra o Estado Democrático de Direito.

Transmissão sobre os seis meses do general Tomás no comando do Exército Foto: REPRODUÇÃO / ESTADÃO
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“A percepção de ameaça não pode existir, pois a nossa concepção de trabalho é a sujeição completa aos ditames constitucionais”, afirmou Tomás. A declaração do comandante aconteceu durante live do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), que marcou os seis meses de Tomás a frente da Força Terrestre.

O general assumiu o comando do Exército depois da crise deflagrada pelos ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília e com a resistência do general Julio Cesar Arruda de afastar o antigo chefe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, do comando do Batalhão de Ações do Comando. A posição de Arruda levou à sua demissão em 21 de janeiro. Tomás foi então convidado a assumir o comando.

A transmissão do IREE durou 1 hora e 18 minutos e teve a participação dos ex-ministros da Defesa Nelson Jobim, Raul Jungmann, Fernando Azevedo e Silva e do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Ao lado de Tomás, estava na sala de reuniões do Alto Comando do Exército o chefe do Estado-Maior da Força, o general Fernando José Soares.

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Tomás começou o balanço de seus seis meses de comando comemorando o que chamou de crescente procura pela carreira militar. De acordo com ele, os cursos da Escola de Sargentos das Armas e da Academia de Oficiais das Agulhas Negras passaram a ter em média cem candidatos por vaga. Em seguida, o general relatou o ambiente geopolítico atual, com a volta da guerra na Europa, fazendo um relato de sua recente visita à Alemanha.

“O mundo está vivendo um incremento da competição entre as potências, uma espécie de paz relativa.” Descreveu então a decisão da Alemanha de gastar 2% de seu PIB na Defesa para garantir robustez, resiliência e sustentatbilidade de suas Forças Armadas.

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O general destacou em seguida seis dos 13 programas estratégicos do Exército como prioritários: o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), o reaparelhamento das forças blindadas, o Sistema Astros de artilharia, a Aviação do Exército e o sistema de guerra antiáérea. E listou deficiências, como o fato de apenas 20% do Sisfron ter sido concluído.

“Ele devia estar concluído em 2022 ou 2023.″ Tomás defendeu a compra de novos helicópteros pois 12 das 94 aeronaves do Exército terão de ser aposentadas em 2024. “Além de enxergar o que está acontecendo, precisamos ter capacidade de chegar lá”, afirmou o chefe do Estado-Maior em resposta ao ex-ministro Jobim.

O ex-ministro Fernando Azevedo indagou o comandante sobre a pesquisa do IPEC (ex-Ibope), divulgada na terça-feira, dia 18, que mostrava que o índice de confiança da população nas Forças Armadas oscilara um ponto porcentual, de 2022 para 2023, caindo de 67% para 66%. Fernando também questionou sobre o relacionamento do comando do Exército com o Ministério da Defesa e com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Fernando foi o primeiro ministro de Jair Bolsonaro e acabou demitido em 2021.

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“A gente recebeu com muita satisfação (o resultado da pesquisa)”, afirmou Tomás. Ele seguiu lembrando que o Exército “teve um final de ano conturbado e muita exposição midiática”, referindo-se às manifestações em frente aos quartéis, após a vitória de Lula nas eleições. “Os valores são percebidos pela população. A Força é respeitada. Este ano começou com a calamidade (das chuvas) em São Sebastião. Quem estava lá em quatro horas?”

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro, participa da cerimônia em homenagem ao dia do Exército, no Quartel General em Brasília Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O comandante usou ainda a pesquisa para refutar os ataques que o Exército tem sofrido nas redes sociais, principalmente, de bolsonaristas radicais. Durante a transmissão, dezenas de comentários foram postados por usuários da internet com críticas à atuação legalista do Exército. “Há uma diferença entre a percepção real e a virtual. A virtual é potencializada por um grupo pequeno que critica, que produz um conteúdo negativo – e às vezes falso – que incomoda. A melhor resposta é cumprir nossa missão constitucional.”

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Em seguida, o general elogiou a atuação do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. “Fazemos questão de delimitar que somos instituição de Estado, apolítica e apartidária. Isso não significa que não podemos assessorar em questões de política de Defesa.” Foi nesse momento que o comandante fez a declaração de que a população podia ficar tranquila, pois “nossa democracia foi preservada”.

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva reafirmou nesta quinta-feira, dia 20, que o Exército é força apartidária e apolitica. “Isso significa que nossa população pode ficar tranquila. Não houve nada este ano,. Nossa democracia foi preservada; ela transpôs um obstáculo”, referindo-se aos eventos de 8 de janeiro.

O general afirmou que, agora, é necessário “tirar do imaginário das pessoas a percepção de ameaça”, referindo-se a possíveis atentados contra o Estado Democrático de Direito.

Transmissão sobre os seis meses do general Tomás no comando do Exército Foto: REPRODUÇÃO / ESTADÃO

“A percepção de ameaça não pode existir, pois a nossa concepção de trabalho é a sujeição completa aos ditames constitucionais”, afirmou Tomás. A declaração do comandante aconteceu durante live do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), que marcou os seis meses de Tomás a frente da Força Terrestre.

O general assumiu o comando do Exército depois da crise deflagrada pelos ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília e com a resistência do general Julio Cesar Arruda de afastar o antigo chefe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, do comando do Batalhão de Ações do Comando. A posição de Arruda levou à sua demissão em 21 de janeiro. Tomás foi então convidado a assumir o comando.

A transmissão do IREE durou 1 hora e 18 minutos e teve a participação dos ex-ministros da Defesa Nelson Jobim, Raul Jungmann, Fernando Azevedo e Silva e do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Ao lado de Tomás, estava na sala de reuniões do Alto Comando do Exército o chefe do Estado-Maior da Força, o general Fernando José Soares.

Tomás começou o balanço de seus seis meses de comando comemorando o que chamou de crescente procura pela carreira militar. De acordo com ele, os cursos da Escola de Sargentos das Armas e da Academia de Oficiais das Agulhas Negras passaram a ter em média cem candidatos por vaga. Em seguida, o general relatou o ambiente geopolítico atual, com a volta da guerra na Europa, fazendo um relato de sua recente visita à Alemanha.

“O mundo está vivendo um incremento da competição entre as potências, uma espécie de paz relativa.” Descreveu então a decisão da Alemanha de gastar 2% de seu PIB na Defesa para garantir robustez, resiliência e sustentatbilidade de suas Forças Armadas.

O general destacou em seguida seis dos 13 programas estratégicos do Exército como prioritários: o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), o reaparelhamento das forças blindadas, o Sistema Astros de artilharia, a Aviação do Exército e o sistema de guerra antiáérea. E listou deficiências, como o fato de apenas 20% do Sisfron ter sido concluído.

“Ele devia estar concluído em 2022 ou 2023.″ Tomás defendeu a compra de novos helicópteros pois 12 das 94 aeronaves do Exército terão de ser aposentadas em 2024. “Além de enxergar o que está acontecendo, precisamos ter capacidade de chegar lá”, afirmou o chefe do Estado-Maior em resposta ao ex-ministro Jobim.

O ex-ministro Fernando Azevedo indagou o comandante sobre a pesquisa do IPEC (ex-Ibope), divulgada na terça-feira, dia 18, que mostrava que o índice de confiança da população nas Forças Armadas oscilara um ponto porcentual, de 2022 para 2023, caindo de 67% para 66%. Fernando também questionou sobre o relacionamento do comando do Exército com o Ministério da Defesa e com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Fernando foi o primeiro ministro de Jair Bolsonaro e acabou demitido em 2021.

“A gente recebeu com muita satisfação (o resultado da pesquisa)”, afirmou Tomás. Ele seguiu lembrando que o Exército “teve um final de ano conturbado e muita exposição midiática”, referindo-se às manifestações em frente aos quartéis, após a vitória de Lula nas eleições. “Os valores são percebidos pela população. A Força é respeitada. Este ano começou com a calamidade (das chuvas) em São Sebastião. Quem estava lá em quatro horas?”

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro, participa da cerimônia em homenagem ao dia do Exército, no Quartel General em Brasília Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O comandante usou ainda a pesquisa para refutar os ataques que o Exército tem sofrido nas redes sociais, principalmente, de bolsonaristas radicais. Durante a transmissão, dezenas de comentários foram postados por usuários da internet com críticas à atuação legalista do Exército. “Há uma diferença entre a percepção real e a virtual. A virtual é potencializada por um grupo pequeno que critica, que produz um conteúdo negativo – e às vezes falso – que incomoda. A melhor resposta é cumprir nossa missão constitucional.”

Em seguida, o general elogiou a atuação do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. “Fazemos questão de delimitar que somos instituição de Estado, apolítica e apartidária. Isso não significa que não podemos assessorar em questões de política de Defesa.” Foi nesse momento que o comandante fez a declaração de que a população podia ficar tranquila, pois “nossa democracia foi preservada”.

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva reafirmou nesta quinta-feira, dia 20, que o Exército é força apartidária e apolitica. “Isso significa que nossa população pode ficar tranquila. Não houve nada este ano,. Nossa democracia foi preservada; ela transpôs um obstáculo”, referindo-se aos eventos de 8 de janeiro.

O general afirmou que, agora, é necessário “tirar do imaginário das pessoas a percepção de ameaça”, referindo-se a possíveis atentados contra o Estado Democrático de Direito.

Transmissão sobre os seis meses do general Tomás no comando do Exército Foto: REPRODUÇÃO / ESTADÃO

“A percepção de ameaça não pode existir, pois a nossa concepção de trabalho é a sujeição completa aos ditames constitucionais”, afirmou Tomás. A declaração do comandante aconteceu durante live do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), que marcou os seis meses de Tomás a frente da Força Terrestre.

O general assumiu o comando do Exército depois da crise deflagrada pelos ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília e com a resistência do general Julio Cesar Arruda de afastar o antigo chefe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, do comando do Batalhão de Ações do Comando. A posição de Arruda levou à sua demissão em 21 de janeiro. Tomás foi então convidado a assumir o comando.

A transmissão do IREE durou 1 hora e 18 minutos e teve a participação dos ex-ministros da Defesa Nelson Jobim, Raul Jungmann, Fernando Azevedo e Silva e do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Ao lado de Tomás, estava na sala de reuniões do Alto Comando do Exército o chefe do Estado-Maior da Força, o general Fernando José Soares.

Tomás começou o balanço de seus seis meses de comando comemorando o que chamou de crescente procura pela carreira militar. De acordo com ele, os cursos da Escola de Sargentos das Armas e da Academia de Oficiais das Agulhas Negras passaram a ter em média cem candidatos por vaga. Em seguida, o general relatou o ambiente geopolítico atual, com a volta da guerra na Europa, fazendo um relato de sua recente visita à Alemanha.

“O mundo está vivendo um incremento da competição entre as potências, uma espécie de paz relativa.” Descreveu então a decisão da Alemanha de gastar 2% de seu PIB na Defesa para garantir robustez, resiliência e sustentatbilidade de suas Forças Armadas.

O general destacou em seguida seis dos 13 programas estratégicos do Exército como prioritários: o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), o reaparelhamento das forças blindadas, o Sistema Astros de artilharia, a Aviação do Exército e o sistema de guerra antiáérea. E listou deficiências, como o fato de apenas 20% do Sisfron ter sido concluído.

“Ele devia estar concluído em 2022 ou 2023.″ Tomás defendeu a compra de novos helicópteros pois 12 das 94 aeronaves do Exército terão de ser aposentadas em 2024. “Além de enxergar o que está acontecendo, precisamos ter capacidade de chegar lá”, afirmou o chefe do Estado-Maior em resposta ao ex-ministro Jobim.

O ex-ministro Fernando Azevedo indagou o comandante sobre a pesquisa do IPEC (ex-Ibope), divulgada na terça-feira, dia 18, que mostrava que o índice de confiança da população nas Forças Armadas oscilara um ponto porcentual, de 2022 para 2023, caindo de 67% para 66%. Fernando também questionou sobre o relacionamento do comando do Exército com o Ministério da Defesa e com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Fernando foi o primeiro ministro de Jair Bolsonaro e acabou demitido em 2021.

“A gente recebeu com muita satisfação (o resultado da pesquisa)”, afirmou Tomás. Ele seguiu lembrando que o Exército “teve um final de ano conturbado e muita exposição midiática”, referindo-se às manifestações em frente aos quartéis, após a vitória de Lula nas eleições. “Os valores são percebidos pela população. A Força é respeitada. Este ano começou com a calamidade (das chuvas) em São Sebastião. Quem estava lá em quatro horas?”

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro, participa da cerimônia em homenagem ao dia do Exército, no Quartel General em Brasília Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O comandante usou ainda a pesquisa para refutar os ataques que o Exército tem sofrido nas redes sociais, principalmente, de bolsonaristas radicais. Durante a transmissão, dezenas de comentários foram postados por usuários da internet com críticas à atuação legalista do Exército. “Há uma diferença entre a percepção real e a virtual. A virtual é potencializada por um grupo pequeno que critica, que produz um conteúdo negativo – e às vezes falso – que incomoda. A melhor resposta é cumprir nossa missão constitucional.”

Em seguida, o general elogiou a atuação do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. “Fazemos questão de delimitar que somos instituição de Estado, apolítica e apartidária. Isso não significa que não podemos assessorar em questões de política de Defesa.” Foi nesse momento que o comandante fez a declaração de que a população podia ficar tranquila, pois “nossa democracia foi preservada”.

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva reafirmou nesta quinta-feira, dia 20, que o Exército é força apartidária e apolitica. “Isso significa que nossa população pode ficar tranquila. Não houve nada este ano,. Nossa democracia foi preservada; ela transpôs um obstáculo”, referindo-se aos eventos de 8 de janeiro.

O general afirmou que, agora, é necessário “tirar do imaginário das pessoas a percepção de ameaça”, referindo-se a possíveis atentados contra o Estado Democrático de Direito.

Transmissão sobre os seis meses do general Tomás no comando do Exército Foto: REPRODUÇÃO / ESTADÃO

“A percepção de ameaça não pode existir, pois a nossa concepção de trabalho é a sujeição completa aos ditames constitucionais”, afirmou Tomás. A declaração do comandante aconteceu durante live do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), que marcou os seis meses de Tomás a frente da Força Terrestre.

O general assumiu o comando do Exército depois da crise deflagrada pelos ataques à sede dos Três Poderes, em Brasília e com a resistência do general Julio Cesar Arruda de afastar o antigo chefe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid, do comando do Batalhão de Ações do Comando. A posição de Arruda levou à sua demissão em 21 de janeiro. Tomás foi então convidado a assumir o comando.

A transmissão do IREE durou 1 hora e 18 minutos e teve a participação dos ex-ministros da Defesa Nelson Jobim, Raul Jungmann, Fernando Azevedo e Silva e do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Ao lado de Tomás, estava na sala de reuniões do Alto Comando do Exército o chefe do Estado-Maior da Força, o general Fernando José Soares.

Tomás começou o balanço de seus seis meses de comando comemorando o que chamou de crescente procura pela carreira militar. De acordo com ele, os cursos da Escola de Sargentos das Armas e da Academia de Oficiais das Agulhas Negras passaram a ter em média cem candidatos por vaga. Em seguida, o general relatou o ambiente geopolítico atual, com a volta da guerra na Europa, fazendo um relato de sua recente visita à Alemanha.

“O mundo está vivendo um incremento da competição entre as potências, uma espécie de paz relativa.” Descreveu então a decisão da Alemanha de gastar 2% de seu PIB na Defesa para garantir robustez, resiliência e sustentatbilidade de suas Forças Armadas.

O general destacou em seguida seis dos 13 programas estratégicos do Exército como prioritários: o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira), o reaparelhamento das forças blindadas, o Sistema Astros de artilharia, a Aviação do Exército e o sistema de guerra antiáérea. E listou deficiências, como o fato de apenas 20% do Sisfron ter sido concluído.

“Ele devia estar concluído em 2022 ou 2023.″ Tomás defendeu a compra de novos helicópteros pois 12 das 94 aeronaves do Exército terão de ser aposentadas em 2024. “Além de enxergar o que está acontecendo, precisamos ter capacidade de chegar lá”, afirmou o chefe do Estado-Maior em resposta ao ex-ministro Jobim.

O ex-ministro Fernando Azevedo indagou o comandante sobre a pesquisa do IPEC (ex-Ibope), divulgada na terça-feira, dia 18, que mostrava que o índice de confiança da população nas Forças Armadas oscilara um ponto porcentual, de 2022 para 2023, caindo de 67% para 66%. Fernando também questionou sobre o relacionamento do comando do Exército com o Ministério da Defesa e com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Fernando foi o primeiro ministro de Jair Bolsonaro e acabou demitido em 2021.

“A gente recebeu com muita satisfação (o resultado da pesquisa)”, afirmou Tomás. Ele seguiu lembrando que o Exército “teve um final de ano conturbado e muita exposição midiática”, referindo-se às manifestações em frente aos quartéis, após a vitória de Lula nas eleições. “Os valores são percebidos pela população. A Força é respeitada. Este ano começou com a calamidade (das chuvas) em São Sebastião. Quem estava lá em quatro horas?”

O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante do Exército Brasileiro, participa da cerimônia em homenagem ao dia do Exército, no Quartel General em Brasília Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O comandante usou ainda a pesquisa para refutar os ataques que o Exército tem sofrido nas redes sociais, principalmente, de bolsonaristas radicais. Durante a transmissão, dezenas de comentários foram postados por usuários da internet com críticas à atuação legalista do Exército. “Há uma diferença entre a percepção real e a virtual. A virtual é potencializada por um grupo pequeno que critica, que produz um conteúdo negativo – e às vezes falso – que incomoda. A melhor resposta é cumprir nossa missão constitucional.”

Em seguida, o general elogiou a atuação do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho. “Fazemos questão de delimitar que somos instituição de Estado, apolítica e apartidária. Isso não significa que não podemos assessorar em questões de política de Defesa.” Foi nesse momento que o comandante fez a declaração de que a população podia ficar tranquila, pois “nossa democracia foi preservada”.

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