Compra de caminhões de lixo no governo Bolsonaro põe política pública de ponta cabeça; leia análise


Esquema revelado pelo ‘Estadão’ mostra disparada na aquisição de veículos com suspeita de sobrepreço de R$ 109 milhões

Por Francisco Leali
Atualização:

A compra e distribuição de caminhões coletores de lixo pôs de ponta cabeça a lógica das políticas públicas. Como revelou o Estadão, a proliferação de veículos adquiridos por estatais controladas pelo Centrão no governo Bolsonaro expõe que os critérios pouco ou nada têm de técnicos. O que parece valer é a política paroquial. Nas redes sociais, o caso já foi batizado de “Bolsolão do lixo”.

Esquema envolve veículos comprados com preços diferentes no intervalo de apenas um mês, além de cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum. Foto: Wilton Junior/Estadão
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Na nova modalidade de despejar recursos do orçamento federal em compactadores de lixo, os movimentos são desconexos: veículos comprados com preços diferentes pelo mesmo órgão público no intervalo de apenas um mês; cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum.

Nesse jogo em que quem apadrinha o dono da caneta oficial pode indicar onde e como gastar os recursos, ganha quem pode mais. E poder mais, como mostra a reportagem do Estadão, é estar ligado aos aliados do governo Bolsonaro. De preferência, os do Centrão.

Assim, a cidade alagoana de Barra de São Miguel, comandada pelo pai do presidente da Câmara Arthur Lira (Progressista), foi agraciada com três caminhões novos. O município tem menos de 9 mil habitantes. Levando em conta que cada morador de zona urbana de pequenas cidades brasileiras produz em média 0,6 kg de lixo por dia, a frota nova que Lira assegurou para seu pai tem capacidade de coleta 4,6 vezes maior do que produção local de resíduos. E parece não importar se a 80 quilômetros dali, a cidade de Marimbondo, não tenha nenhum.

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Ter o lixo recolhido na porta de casa é benefício que todo mundo quer. E a universalização do serviço está registrada nos planos de melhoria das condições de vida mundo afora. Mas, pelo que se vê das compras públicas, a farra com veículos compactadores apenas se escuda na aparência de que toda cidade merece ter seu caminhãozinho de lixo. Já no mundo real das estatais do Centrão, política pública tem novo significado. Ao invés de se avaliar primeiro quem realmente precisa e qual a melhor forma de se aplicar os recursos públicos, o que parece contar é apenas a promoção política.

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O governo de Jair Bolsonaro passou a comprar centenas de caminhões por meio de pregões duvidosos realizados por órgãos controlados pelo Centrão.

A compra e distribuição de caminhões coletores de lixo pôs de ponta cabeça a lógica das políticas públicas. Como revelou o Estadão, a proliferação de veículos adquiridos por estatais controladas pelo Centrão no governo Bolsonaro expõe que os critérios pouco ou nada têm de técnicos. O que parece valer é a política paroquial. Nas redes sociais, o caso já foi batizado de “Bolsolão do lixo”.

Esquema envolve veículos comprados com preços diferentes no intervalo de apenas um mês, além de cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum. Foto: Wilton Junior/Estadão

Na nova modalidade de despejar recursos do orçamento federal em compactadores de lixo, os movimentos são desconexos: veículos comprados com preços diferentes pelo mesmo órgão público no intervalo de apenas um mês; cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum.

Nesse jogo em que quem apadrinha o dono da caneta oficial pode indicar onde e como gastar os recursos, ganha quem pode mais. E poder mais, como mostra a reportagem do Estadão, é estar ligado aos aliados do governo Bolsonaro. De preferência, os do Centrão.

Assim, a cidade alagoana de Barra de São Miguel, comandada pelo pai do presidente da Câmara Arthur Lira (Progressista), foi agraciada com três caminhões novos. O município tem menos de 9 mil habitantes. Levando em conta que cada morador de zona urbana de pequenas cidades brasileiras produz em média 0,6 kg de lixo por dia, a frota nova que Lira assegurou para seu pai tem capacidade de coleta 4,6 vezes maior do que produção local de resíduos. E parece não importar se a 80 quilômetros dali, a cidade de Marimbondo, não tenha nenhum.

Ter o lixo recolhido na porta de casa é benefício que todo mundo quer. E a universalização do serviço está registrada nos planos de melhoria das condições de vida mundo afora. Mas, pelo que se vê das compras públicas, a farra com veículos compactadores apenas se escuda na aparência de que toda cidade merece ter seu caminhãozinho de lixo. Já no mundo real das estatais do Centrão, política pública tem novo significado. Ao invés de se avaliar primeiro quem realmente precisa e qual a melhor forma de se aplicar os recursos públicos, o que parece contar é apenas a promoção política.

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O governo de Jair Bolsonaro passou a comprar centenas de caminhões por meio de pregões duvidosos realizados por órgãos controlados pelo Centrão.

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Esquema envolve veículos comprados com preços diferentes no intervalo de apenas um mês, além de cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum. Foto: Wilton Junior/Estadão

Na nova modalidade de despejar recursos do orçamento federal em compactadores de lixo, os movimentos são desconexos: veículos comprados com preços diferentes pelo mesmo órgão público no intervalo de apenas um mês; cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum.

Nesse jogo em que quem apadrinha o dono da caneta oficial pode indicar onde e como gastar os recursos, ganha quem pode mais. E poder mais, como mostra a reportagem do Estadão, é estar ligado aos aliados do governo Bolsonaro. De preferência, os do Centrão.

Assim, a cidade alagoana de Barra de São Miguel, comandada pelo pai do presidente da Câmara Arthur Lira (Progressista), foi agraciada com três caminhões novos. O município tem menos de 9 mil habitantes. Levando em conta que cada morador de zona urbana de pequenas cidades brasileiras produz em média 0,6 kg de lixo por dia, a frota nova que Lira assegurou para seu pai tem capacidade de coleta 4,6 vezes maior do que produção local de resíduos. E parece não importar se a 80 quilômetros dali, a cidade de Marimbondo, não tenha nenhum.

Ter o lixo recolhido na porta de casa é benefício que todo mundo quer. E a universalização do serviço está registrada nos planos de melhoria das condições de vida mundo afora. Mas, pelo que se vê das compras públicas, a farra com veículos compactadores apenas se escuda na aparência de que toda cidade merece ter seu caminhãozinho de lixo. Já no mundo real das estatais do Centrão, política pública tem novo significado. Ao invés de se avaliar primeiro quem realmente precisa e qual a melhor forma de se aplicar os recursos públicos, o que parece contar é apenas a promoção política.

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O governo de Jair Bolsonaro passou a comprar centenas de caminhões por meio de pregões duvidosos realizados por órgãos controlados pelo Centrão.

A compra e distribuição de caminhões coletores de lixo pôs de ponta cabeça a lógica das políticas públicas. Como revelou o Estadão, a proliferação de veículos adquiridos por estatais controladas pelo Centrão no governo Bolsonaro expõe que os critérios pouco ou nada têm de técnicos. O que parece valer é a política paroquial. Nas redes sociais, o caso já foi batizado de “Bolsolão do lixo”.

Esquema envolve veículos comprados com preços diferentes no intervalo de apenas um mês, além de cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum. Foto: Wilton Junior/Estadão

Na nova modalidade de despejar recursos do orçamento federal em compactadores de lixo, os movimentos são desconexos: veículos comprados com preços diferentes pelo mesmo órgão público no intervalo de apenas um mês; cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum.

Nesse jogo em que quem apadrinha o dono da caneta oficial pode indicar onde e como gastar os recursos, ganha quem pode mais. E poder mais, como mostra a reportagem do Estadão, é estar ligado aos aliados do governo Bolsonaro. De preferência, os do Centrão.

Assim, a cidade alagoana de Barra de São Miguel, comandada pelo pai do presidente da Câmara Arthur Lira (Progressista), foi agraciada com três caminhões novos. O município tem menos de 9 mil habitantes. Levando em conta que cada morador de zona urbana de pequenas cidades brasileiras produz em média 0,6 kg de lixo por dia, a frota nova que Lira assegurou para seu pai tem capacidade de coleta 4,6 vezes maior do que produção local de resíduos. E parece não importar se a 80 quilômetros dali, a cidade de Marimbondo, não tenha nenhum.

Ter o lixo recolhido na porta de casa é benefício que todo mundo quer. E a universalização do serviço está registrada nos planos de melhoria das condições de vida mundo afora. Mas, pelo que se vê das compras públicas, a farra com veículos compactadores apenas se escuda na aparência de que toda cidade merece ter seu caminhãozinho de lixo. Já no mundo real das estatais do Centrão, política pública tem novo significado. Ao invés de se avaliar primeiro quem realmente precisa e qual a melhor forma de se aplicar os recursos públicos, o que parece contar é apenas a promoção política.

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Esquema envolve veículos comprados com preços diferentes no intervalo de apenas um mês, além de cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum. Foto: Wilton Junior/Estadão

Na nova modalidade de despejar recursos do orçamento federal em compactadores de lixo, os movimentos são desconexos: veículos comprados com preços diferentes pelo mesmo órgão público no intervalo de apenas um mês; cidades que precisam de um caminhão e recebem dois, enquanto municípios sem padrinho político não recebem nenhum.

Nesse jogo em que quem apadrinha o dono da caneta oficial pode indicar onde e como gastar os recursos, ganha quem pode mais. E poder mais, como mostra a reportagem do Estadão, é estar ligado aos aliados do governo Bolsonaro. De preferência, os do Centrão.

Assim, a cidade alagoana de Barra de São Miguel, comandada pelo pai do presidente da Câmara Arthur Lira (Progressista), foi agraciada com três caminhões novos. O município tem menos de 9 mil habitantes. Levando em conta que cada morador de zona urbana de pequenas cidades brasileiras produz em média 0,6 kg de lixo por dia, a frota nova que Lira assegurou para seu pai tem capacidade de coleta 4,6 vezes maior do que produção local de resíduos. E parece não importar se a 80 quilômetros dali, a cidade de Marimbondo, não tenha nenhum.

Ter o lixo recolhido na porta de casa é benefício que todo mundo quer. E a universalização do serviço está registrada nos planos de melhoria das condições de vida mundo afora. Mas, pelo que se vê das compras públicas, a farra com veículos compactadores apenas se escuda na aparência de que toda cidade merece ter seu caminhãozinho de lixo. Já no mundo real das estatais do Centrão, política pública tem novo significado. Ao invés de se avaliar primeiro quem realmente precisa e qual a melhor forma de se aplicar os recursos públicos, o que parece contar é apenas a promoção política.

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