Contra acusações, Bolsonaro diz que parlamentares presos querem 'desviar foco'


Movimentações financeiras que envolvem Michelle e Flávio Bolsonaro foram colocadas sob suspeita

Por Renata Batista
Atualização:

O presidente eleito Jair Bolsonaro reafirmou neste sábado, 8, que o valor de R$ 24 mil depositado pelo policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz na conta de sua mulher e futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é parte de uma dívida do PM com ele. Ele disse que não declarou o empréstimo ao Imposto de Renda (IR) porque os repasses foram "se avolumando".

Segundo o presidente eleito, Queiroz tinha uma dívida de R$ 40 mil com ele. "O empréstimo foi se avolumando e eu não posso, de um ano para o outro, (colocar) mais R$ 10 mil, mais R$ 15 mil. Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Não tem problema nenhum."

Presidente eleito deu coletiva após acompanhar solenidade na Escola Naval, no Rio Foto: Fabio Motta/Estadão
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O Estado revelou que relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta de Queiroz quando ele era assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual - e hoje senador eleito - Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito.

O montante foi movimentado no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. O documento do Coaf lista dados financeiros e patrimoniais de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio, alvo da Operação Furna da Onça. Nela, foram presos dez deputados estaduais. Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação.

Bolsonaro disse que os depósitos foram feitos na conta de sua mulher e não na própria conta porque não costuma ir a banco. "Foi na (conta) da minha esposa, pode considerar na minha. Só não foi na minha por uma questão de mobilidade", disse Bolsonaro. "Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal", completou. "Na conta do Queiroz não tenho nada a falar."

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Para Bolsonaro, advogados dos parlamentares fluminenses presos vazaram informações do Coaf sobrea movimentação de Queiroz. "Pente fino do Coaf foi feito no início do ano. Foram advogados que vazaram isso agora para tentar desviar o foco da atenção, deles para o meu filho", afirmou.

O presidente eleito declarou que ainda não conversou nem com o filho nem com Queiroz sobre o caso, mas afirmou que Flávio não está sendo investigado e que o Coaf fez apuração de todos os funcionários da Alerj.

Crise interna

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Bolsonaro confirmou que se reunirá com o PSL na próxima semana e disse que irá acalmar o partido. “PSL é um partido bastante novo. Dos 52 deputados, 48 são novos e estão brigando por espaço. Eu lamento e vou tentar acalmá-los. Se nós começarmos desunidos, fica difícil conseguir maioria no parlamento para aprovar o que interessa ao Brasil”, afirmou

Bolsonaro lembrou que já teve reuniões com quatro partidos. Afirmou que semana que vem estão previstos encontros com as mais duas ou três bancadas. Questionado sobre as possíveis indicações, já que uma das razões para a briga entre os parlamentares é a vaga de líder do partido, o presidente eleito afirmou que precisa conciliar os interesses partidários com as bancadas temáticas.

“Tem muitos nomes bons. Temos que casar com os interesses também da agropecuária, da infraestrutura”, completou.

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Na manhã de hoje, Bolsonaro participou da Cerimônia de Declaração de Guardas-Marinha de 2018, na Escola Naval. O evento marca a formatura dos oficiais da Marinha. Agora à tarde, de acordo com sua assessoria, ele não tem nenhuma agenda prevista. 

O presidente eleito Jair Bolsonaro reafirmou neste sábado, 8, que o valor de R$ 24 mil depositado pelo policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz na conta de sua mulher e futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é parte de uma dívida do PM com ele. Ele disse que não declarou o empréstimo ao Imposto de Renda (IR) porque os repasses foram "se avolumando".

Segundo o presidente eleito, Queiroz tinha uma dívida de R$ 40 mil com ele. "O empréstimo foi se avolumando e eu não posso, de um ano para o outro, (colocar) mais R$ 10 mil, mais R$ 15 mil. Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Não tem problema nenhum."

Presidente eleito deu coletiva após acompanhar solenidade na Escola Naval, no Rio Foto: Fabio Motta/Estadão

O Estado revelou que relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta de Queiroz quando ele era assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual - e hoje senador eleito - Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito.

O montante foi movimentado no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. O documento do Coaf lista dados financeiros e patrimoniais de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio, alvo da Operação Furna da Onça. Nela, foram presos dez deputados estaduais. Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação.

Bolsonaro disse que os depósitos foram feitos na conta de sua mulher e não na própria conta porque não costuma ir a banco. "Foi na (conta) da minha esposa, pode considerar na minha. Só não foi na minha por uma questão de mobilidade", disse Bolsonaro. "Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal", completou. "Na conta do Queiroz não tenho nada a falar."

Para Bolsonaro, advogados dos parlamentares fluminenses presos vazaram informações do Coaf sobrea movimentação de Queiroz. "Pente fino do Coaf foi feito no início do ano. Foram advogados que vazaram isso agora para tentar desviar o foco da atenção, deles para o meu filho", afirmou.

O presidente eleito declarou que ainda não conversou nem com o filho nem com Queiroz sobre o caso, mas afirmou que Flávio não está sendo investigado e que o Coaf fez apuração de todos os funcionários da Alerj.

Crise interna

Bolsonaro confirmou que se reunirá com o PSL na próxima semana e disse que irá acalmar o partido. “PSL é um partido bastante novo. Dos 52 deputados, 48 são novos e estão brigando por espaço. Eu lamento e vou tentar acalmá-los. Se nós começarmos desunidos, fica difícil conseguir maioria no parlamento para aprovar o que interessa ao Brasil”, afirmou

Bolsonaro lembrou que já teve reuniões com quatro partidos. Afirmou que semana que vem estão previstos encontros com as mais duas ou três bancadas. Questionado sobre as possíveis indicações, já que uma das razões para a briga entre os parlamentares é a vaga de líder do partido, o presidente eleito afirmou que precisa conciliar os interesses partidários com as bancadas temáticas.

“Tem muitos nomes bons. Temos que casar com os interesses também da agropecuária, da infraestrutura”, completou.

Na manhã de hoje, Bolsonaro participou da Cerimônia de Declaração de Guardas-Marinha de 2018, na Escola Naval. O evento marca a formatura dos oficiais da Marinha. Agora à tarde, de acordo com sua assessoria, ele não tem nenhuma agenda prevista. 

O presidente eleito Jair Bolsonaro reafirmou neste sábado, 8, que o valor de R$ 24 mil depositado pelo policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz na conta de sua mulher e futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é parte de uma dívida do PM com ele. Ele disse que não declarou o empréstimo ao Imposto de Renda (IR) porque os repasses foram "se avolumando".

Segundo o presidente eleito, Queiroz tinha uma dívida de R$ 40 mil com ele. "O empréstimo foi se avolumando e eu não posso, de um ano para o outro, (colocar) mais R$ 10 mil, mais R$ 15 mil. Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Não tem problema nenhum."

Presidente eleito deu coletiva após acompanhar solenidade na Escola Naval, no Rio Foto: Fabio Motta/Estadão

O Estado revelou que relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta de Queiroz quando ele era assessor parlamentar no gabinete do deputado estadual - e hoje senador eleito - Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito.

O montante foi movimentado no período de janeiro de 2016 a janeiro de 2017. O documento do Coaf lista dados financeiros e patrimoniais de funcionários da Assembleia Legislativa do Rio, alvo da Operação Furna da Onça. Nela, foram presos dez deputados estaduais. Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação.

Bolsonaro disse que os depósitos foram feitos na conta de sua mulher e não na própria conta porque não costuma ir a banco. "Foi na (conta) da minha esposa, pode considerar na minha. Só não foi na minha por uma questão de mobilidade", disse Bolsonaro. "Ninguém recebe ou dá dinheiro sujo com cheque nominal", completou. "Na conta do Queiroz não tenho nada a falar."

Para Bolsonaro, advogados dos parlamentares fluminenses presos vazaram informações do Coaf sobrea movimentação de Queiroz. "Pente fino do Coaf foi feito no início do ano. Foram advogados que vazaram isso agora para tentar desviar o foco da atenção, deles para o meu filho", afirmou.

O presidente eleito declarou que ainda não conversou nem com o filho nem com Queiroz sobre o caso, mas afirmou que Flávio não está sendo investigado e que o Coaf fez apuração de todos os funcionários da Alerj.

Crise interna

Bolsonaro confirmou que se reunirá com o PSL na próxima semana e disse que irá acalmar o partido. “PSL é um partido bastante novo. Dos 52 deputados, 48 são novos e estão brigando por espaço. Eu lamento e vou tentar acalmá-los. Se nós começarmos desunidos, fica difícil conseguir maioria no parlamento para aprovar o que interessa ao Brasil”, afirmou

Bolsonaro lembrou que já teve reuniões com quatro partidos. Afirmou que semana que vem estão previstos encontros com as mais duas ou três bancadas. Questionado sobre as possíveis indicações, já que uma das razões para a briga entre os parlamentares é a vaga de líder do partido, o presidente eleito afirmou que precisa conciliar os interesses partidários com as bancadas temáticas.

“Tem muitos nomes bons. Temos que casar com os interesses também da agropecuária, da infraestrutura”, completou.

Na manhã de hoje, Bolsonaro participou da Cerimônia de Declaração de Guardas-Marinha de 2018, na Escola Naval. O evento marca a formatura dos oficiais da Marinha. Agora à tarde, de acordo com sua assessoria, ele não tem nenhuma agenda prevista. 

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