Coronel tenta livrar policiais flagrados tomando água de coco no 8/1 e mente sobre a foto em CPI


Subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF disse que foto tirada pelo Estadão foi feita antes da invasão aos Três Poderes; os metadados da fotografia mostram que registro foi feito às 15h50, ponto alto dos ataques golpistas

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA - Uma das pessoas responsáveis por elaborar planos de contenção para o protesto organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro, a coronel Cíntia Queiroz tentou livrar os policiais flagrados pelo Estadão bebendo água de coco enquanto os prédios dos Três Poderes eram invadidos.

A policial militar, que também atua como subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), apresentou essa versão em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF que investiga os responsáveis pelos ataques golpistas ocorridos na capital federal.

Metadados da foto mostram que imagem foi tirada às 15h50 de 8 de janeiro Foto: Weslley Galzo / Estadão
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“A gente tem que tomar muito cuidado. Por exemplo, a imprensa muitas vezes divulga uma imagem fora de contexto. Por exemplo a Polícia Militar, foi divulgada uma imagem de três policiais no dia 8 de dezembro (sic) tomando água de coco, como se aquilo tivesse acontecido às 15 horas da tarde, no horário da invasão, mas isso aconteceu às 8 horas da manhã”, disse Cíntia.

Ao contrário do alegado pela subsecretária, a foto foi tirada pela reportagem do Estadão às 15h50, conforme registrado nos metadados dos dispositivo usado para fazer o registro. A captura foi feita logo na chegada da reportagem à Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro. No momento em que a fotografia foi feita o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto já se encontravam depredados pelos golpistas.

A declaração de Cíntia à CPI do DF foi feita em resposta a uma pergunta do deputado distrital Fábio Feliz (PSOL) a respeito da ausência de prisões imediatas dos extremistas que tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) e cometeram atos de vandalismo no centro de Brasília no dia 12 de dezembro do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Para embasar a perguntar, o deputado mostrou um vídeo em que os manifestantes aparecem sentados no chão cercados por policiais. Na resposta, Cíntia alegou que o grupo não foi preso porque não havia flagrante dos ataques ao patrimônio público. Na sequência, a coronel argumentou que a imprensa teria publicado conteúdos descontextualizados e citou o caso da água de coco como exemplo.

A coronel foi alvo de uma proposta de indiciamento por prevaricação no dia 8 de janeiro proposta pela Corregedoria da Polícia Militar do DF. Ela foi responsável por um dos planos de contenção e controle de multidões elaborado pela Secretaria de Segurança Pública da capital para lidar com as manifestações convocada para aquele dia. Cíntia alega em sua defesa que nunca prevaricou e que o plano elaborado seguiu os atos normativos previstos pela legislação e pelo regramento do governo do DF.

BRASÍLIA - Uma das pessoas responsáveis por elaborar planos de contenção para o protesto organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro, a coronel Cíntia Queiroz tentou livrar os policiais flagrados pelo Estadão bebendo água de coco enquanto os prédios dos Três Poderes eram invadidos.

A policial militar, que também atua como subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), apresentou essa versão em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF que investiga os responsáveis pelos ataques golpistas ocorridos na capital federal.

Metadados da foto mostram que imagem foi tirada às 15h50 de 8 de janeiro Foto: Weslley Galzo / Estadão

“A gente tem que tomar muito cuidado. Por exemplo, a imprensa muitas vezes divulga uma imagem fora de contexto. Por exemplo a Polícia Militar, foi divulgada uma imagem de três policiais no dia 8 de dezembro (sic) tomando água de coco, como se aquilo tivesse acontecido às 15 horas da tarde, no horário da invasão, mas isso aconteceu às 8 horas da manhã”, disse Cíntia.

Ao contrário do alegado pela subsecretária, a foto foi tirada pela reportagem do Estadão às 15h50, conforme registrado nos metadados dos dispositivo usado para fazer o registro. A captura foi feita logo na chegada da reportagem à Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro. No momento em que a fotografia foi feita o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto já se encontravam depredados pelos golpistas.

A declaração de Cíntia à CPI do DF foi feita em resposta a uma pergunta do deputado distrital Fábio Feliz (PSOL) a respeito da ausência de prisões imediatas dos extremistas que tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) e cometeram atos de vandalismo no centro de Brasília no dia 12 de dezembro do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para embasar a perguntar, o deputado mostrou um vídeo em que os manifestantes aparecem sentados no chão cercados por policiais. Na resposta, Cíntia alegou que o grupo não foi preso porque não havia flagrante dos ataques ao patrimônio público. Na sequência, a coronel argumentou que a imprensa teria publicado conteúdos descontextualizados e citou o caso da água de coco como exemplo.

A coronel foi alvo de uma proposta de indiciamento por prevaricação no dia 8 de janeiro proposta pela Corregedoria da Polícia Militar do DF. Ela foi responsável por um dos planos de contenção e controle de multidões elaborado pela Secretaria de Segurança Pública da capital para lidar com as manifestações convocada para aquele dia. Cíntia alega em sua defesa que nunca prevaricou e que o plano elaborado seguiu os atos normativos previstos pela legislação e pelo regramento do governo do DF.

BRASÍLIA - Uma das pessoas responsáveis por elaborar planos de contenção para o protesto organizado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no dia 8 de janeiro, a coronel Cíntia Queiroz tentou livrar os policiais flagrados pelo Estadão bebendo água de coco enquanto os prédios dos Três Poderes eram invadidos.

A policial militar, que também atua como subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), apresentou essa versão em seu depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF que investiga os responsáveis pelos ataques golpistas ocorridos na capital federal.

Metadados da foto mostram que imagem foi tirada às 15h50 de 8 de janeiro Foto: Weslley Galzo / Estadão

“A gente tem que tomar muito cuidado. Por exemplo, a imprensa muitas vezes divulga uma imagem fora de contexto. Por exemplo a Polícia Militar, foi divulgada uma imagem de três policiais no dia 8 de dezembro (sic) tomando água de coco, como se aquilo tivesse acontecido às 15 horas da tarde, no horário da invasão, mas isso aconteceu às 8 horas da manhã”, disse Cíntia.

Ao contrário do alegado pela subsecretária, a foto foi tirada pela reportagem do Estadão às 15h50, conforme registrado nos metadados dos dispositivo usado para fazer o registro. A captura foi feita logo na chegada da reportagem à Esplanada dos Ministérios no dia 8 de janeiro. No momento em que a fotografia foi feita o Congresso, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto já se encontravam depredados pelos golpistas.

A declaração de Cíntia à CPI do DF foi feita em resposta a uma pergunta do deputado distrital Fábio Feliz (PSOL) a respeito da ausência de prisões imediatas dos extremistas que tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF) e cometeram atos de vandalismo no centro de Brasília no dia 12 de dezembro do ano passado, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Para embasar a perguntar, o deputado mostrou um vídeo em que os manifestantes aparecem sentados no chão cercados por policiais. Na resposta, Cíntia alegou que o grupo não foi preso porque não havia flagrante dos ataques ao patrimônio público. Na sequência, a coronel argumentou que a imprensa teria publicado conteúdos descontextualizados e citou o caso da água de coco como exemplo.

A coronel foi alvo de uma proposta de indiciamento por prevaricação no dia 8 de janeiro proposta pela Corregedoria da Polícia Militar do DF. Ela foi responsável por um dos planos de contenção e controle de multidões elaborado pela Secretaria de Segurança Pública da capital para lidar com as manifestações convocada para aquele dia. Cíntia alega em sua defesa que nunca prevaricou e que o plano elaborado seguiu os atos normativos previstos pela legislação e pelo regramento do governo do DF.

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