Veja quem apadrinha os mais cotados para substituir Augusto Aras no comando da PGR


Nomes que estão no páreo para escolha de Lula têm como padrinhos quadros históricos do PT, ministros do Supremo e ex-presidente da República

Por Isabella Alonso Panho
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se encontrado com os cotados para a vaga de procurador-geral da República, cargo que está vago desde o fim da segunda gestão de Augusto Aras, encerrada no dia 26 de setembro. Os candidatos que estão no páreo são avalizados por nomes próximos do petista e que têm influência no cenário político nacional.

Entre os padrinhos, há nomes históricos do PT, como os fundadores da sigla José Dirceu e José Genoíno; os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes; o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e o emedebista José Sarney, ex-presidente da República.

Na última sexta-feira, 3, o presidente esteve com o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios, último a entrar na disputa. O nome dele foi antecipado pela Coluna do Estadão. O encontro ocorreu com a participação do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, um dos favoritos para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.

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Aurélio Virgílio Veiga Rios, Luiz Augusto Santos Lima, Antonio Carlos Bigonha e Paulo Gustavo Gonet Branco são cotados para assumir a PGR  Foto: Acervo Pessoal, Pedro França/Agência Senado, Acervo Pessoal, Antonio Augusto/TSE

Rios é apoiado por uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), que também avaliza o nome do subprocurador Antonio Carlos Bigonha.

Além deles, há mais dois nomes no páreo: os subprocuradores Luiz Augusto dos Santos Lima e Paulo Gonet. A procuradora-geral da República interina, Elizeta Maria de Paiva Ramos, tem perfil discreto, mas, no último dia 31, liberou o processo de troca das chefias do Ministério Público Federal (MPF) nos Estados.

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No final do mandato, Aras fez vários acenos a Lula em busca de uma segunda recondução ao cargo de PGR. A Constituição não autoriza nem veda a prática, embora não seja usual. O ex-procurador-geral foi um aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL) e a gestão dele engavetou várias investigações que envolviam o ex-presidente, como o relatório final da CPI da Covid.

Augusto Aras (esq.) fez vários acenos a Lula (dir.), mas não foi reconduzido ao cargo Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Nos últimos meses, Aras assumiu o mérito de sepultar a força-tarefa da Operação Lava Jato e foi publicamente elogiado por Jaques Wagner (PT-BA), líder do Partido dos Trabalhadores no Senado. Apesar desses movimentos, Lula não propôs uma nova recondução de Aras.

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A escolha do próximo PGR rompe com uma tradição que o próprio PT inaugurou: escolher um dos indicados pela lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). No primeiro mandato como presidente, em 2003, Lula atendeu a essa reivindicação da categoria ao escolher o nome de Claudio Lemos Fonteles.

Claudio Fonteles foi escolhido, em 2003, para ser o procurador-geral da República por Lula, o que inaugurou a indicação a partir de nomes da lista tríplice definida pela categoria  Foto: Celso Junior/AE

A primeira ruptura ocorreu com Michel Temer (MDB), que escolheu a segunda colocada da lista tríplice, Raquel Dodge, para o cargo. No governo seguinte, Jair Bolsonaro escolheu Aras, que não estava na lista da categoria. Desde o começo da atual gestão, Lula já sinalizou que faria o mesmo. A lista que a ANPR fez neste ano não foi considerada pelo presidente.

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Veja a seguir quem são os cotados para a PGR hoje e quem são os padrinhos:

Aurélio Virgílio Veiga Rios

Último a entrar no páreo para o comando da PGR, o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios é o nome mais próximo das alas progressistas do PT – e também o mais anti-Lava Jato dos candidatos. Ele atua pela PGR no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em ações que envolvem direitos difusos e coletivos.

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Luiz Augusto dos Santos Lima

A sugestão do ex-presidente José Sarney é o subprocurador Luiz Augusto dos Santos Lima, que chegou a ser designado para cobrir a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo no final de agosto deste ano, quando ela ficou afastada para uma licença médica. Internamente, ele é visto como um nome mais conservador, próximo do agronegócio e já elogiou publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Lima tem mais de três décadas de Ministério Público.

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Antonio Carlos Bigonha

Amigo de José Dirceu e José Genoíno, dois quadros históricos do PT, Antonio Carlos Bigonha é o nome preferido da alta cúpula da sigla. Ele é subprocurador-geral da República desde 2015, mas está na carreira há 31 anos, desde 1992. Bigonha é pianista e compositor e já teve canções gravadas na voz de Nana Caymmi.

Paulo Gustavo Gonet Branco

O procurador-geral Eleitoral interino, Paulo Gustavo Gonet Branco, é o nome defendido pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Na ação que julgou Jair Bolsonaro inelegível pela primeira vez, Gonet opinou pela condenação do ex-presidente. Ele disse, no julgamento, que o ex-presidente tentou “degradar ardilosamente” a democracia quando, em uma reunião com embaixadores do mundo todo, criticou o sistema eleitoral e questionou a veracidade das urnas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se encontrado com os cotados para a vaga de procurador-geral da República, cargo que está vago desde o fim da segunda gestão de Augusto Aras, encerrada no dia 26 de setembro. Os candidatos que estão no páreo são avalizados por nomes próximos do petista e que têm influência no cenário político nacional.

Entre os padrinhos, há nomes históricos do PT, como os fundadores da sigla José Dirceu e José Genoíno; os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes; o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e o emedebista José Sarney, ex-presidente da República.

Na última sexta-feira, 3, o presidente esteve com o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios, último a entrar na disputa. O nome dele foi antecipado pela Coluna do Estadão. O encontro ocorreu com a participação do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, um dos favoritos para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Aurélio Virgílio Veiga Rios, Luiz Augusto Santos Lima, Antonio Carlos Bigonha e Paulo Gustavo Gonet Branco são cotados para assumir a PGR  Foto: Acervo Pessoal, Pedro França/Agência Senado, Acervo Pessoal, Antonio Augusto/TSE

Rios é apoiado por uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), que também avaliza o nome do subprocurador Antonio Carlos Bigonha.

Além deles, há mais dois nomes no páreo: os subprocuradores Luiz Augusto dos Santos Lima e Paulo Gonet. A procuradora-geral da República interina, Elizeta Maria de Paiva Ramos, tem perfil discreto, mas, no último dia 31, liberou o processo de troca das chefias do Ministério Público Federal (MPF) nos Estados.

No final do mandato, Aras fez vários acenos a Lula em busca de uma segunda recondução ao cargo de PGR. A Constituição não autoriza nem veda a prática, embora não seja usual. O ex-procurador-geral foi um aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL) e a gestão dele engavetou várias investigações que envolviam o ex-presidente, como o relatório final da CPI da Covid.

Augusto Aras (esq.) fez vários acenos a Lula (dir.), mas não foi reconduzido ao cargo Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Nos últimos meses, Aras assumiu o mérito de sepultar a força-tarefa da Operação Lava Jato e foi publicamente elogiado por Jaques Wagner (PT-BA), líder do Partido dos Trabalhadores no Senado. Apesar desses movimentos, Lula não propôs uma nova recondução de Aras.

A escolha do próximo PGR rompe com uma tradição que o próprio PT inaugurou: escolher um dos indicados pela lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). No primeiro mandato como presidente, em 2003, Lula atendeu a essa reivindicação da categoria ao escolher o nome de Claudio Lemos Fonteles.

Claudio Fonteles foi escolhido, em 2003, para ser o procurador-geral da República por Lula, o que inaugurou a indicação a partir de nomes da lista tríplice definida pela categoria  Foto: Celso Junior/AE

A primeira ruptura ocorreu com Michel Temer (MDB), que escolheu a segunda colocada da lista tríplice, Raquel Dodge, para o cargo. No governo seguinte, Jair Bolsonaro escolheu Aras, que não estava na lista da categoria. Desde o começo da atual gestão, Lula já sinalizou que faria o mesmo. A lista que a ANPR fez neste ano não foi considerada pelo presidente.

Veja a seguir quem são os cotados para a PGR hoje e quem são os padrinhos:

Aurélio Virgílio Veiga Rios

Último a entrar no páreo para o comando da PGR, o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios é o nome mais próximo das alas progressistas do PT – e também o mais anti-Lava Jato dos candidatos. Ele atua pela PGR no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em ações que envolvem direitos difusos e coletivos.

Luiz Augusto dos Santos Lima

A sugestão do ex-presidente José Sarney é o subprocurador Luiz Augusto dos Santos Lima, que chegou a ser designado para cobrir a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo no final de agosto deste ano, quando ela ficou afastada para uma licença médica. Internamente, ele é visto como um nome mais conservador, próximo do agronegócio e já elogiou publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Lima tem mais de três décadas de Ministério Público.

Antonio Carlos Bigonha

Amigo de José Dirceu e José Genoíno, dois quadros históricos do PT, Antonio Carlos Bigonha é o nome preferido da alta cúpula da sigla. Ele é subprocurador-geral da República desde 2015, mas está na carreira há 31 anos, desde 1992. Bigonha é pianista e compositor e já teve canções gravadas na voz de Nana Caymmi.

Paulo Gustavo Gonet Branco

O procurador-geral Eleitoral interino, Paulo Gustavo Gonet Branco, é o nome defendido pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Na ação que julgou Jair Bolsonaro inelegível pela primeira vez, Gonet opinou pela condenação do ex-presidente. Ele disse, no julgamento, que o ex-presidente tentou “degradar ardilosamente” a democracia quando, em uma reunião com embaixadores do mundo todo, criticou o sistema eleitoral e questionou a veracidade das urnas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se encontrado com os cotados para a vaga de procurador-geral da República, cargo que está vago desde o fim da segunda gestão de Augusto Aras, encerrada no dia 26 de setembro. Os candidatos que estão no páreo são avalizados por nomes próximos do petista e que têm influência no cenário político nacional.

Entre os padrinhos, há nomes históricos do PT, como os fundadores da sigla José Dirceu e José Genoíno; os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes; o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e o emedebista José Sarney, ex-presidente da República.

Na última sexta-feira, 3, o presidente esteve com o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios, último a entrar na disputa. O nome dele foi antecipado pela Coluna do Estadão. O encontro ocorreu com a participação do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, um dos favoritos para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Aurélio Virgílio Veiga Rios, Luiz Augusto Santos Lima, Antonio Carlos Bigonha e Paulo Gustavo Gonet Branco são cotados para assumir a PGR  Foto: Acervo Pessoal, Pedro França/Agência Senado, Acervo Pessoal, Antonio Augusto/TSE

Rios é apoiado por uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), que também avaliza o nome do subprocurador Antonio Carlos Bigonha.

Além deles, há mais dois nomes no páreo: os subprocuradores Luiz Augusto dos Santos Lima e Paulo Gonet. A procuradora-geral da República interina, Elizeta Maria de Paiva Ramos, tem perfil discreto, mas, no último dia 31, liberou o processo de troca das chefias do Ministério Público Federal (MPF) nos Estados.

No final do mandato, Aras fez vários acenos a Lula em busca de uma segunda recondução ao cargo de PGR. A Constituição não autoriza nem veda a prática, embora não seja usual. O ex-procurador-geral foi um aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL) e a gestão dele engavetou várias investigações que envolviam o ex-presidente, como o relatório final da CPI da Covid.

Augusto Aras (esq.) fez vários acenos a Lula (dir.), mas não foi reconduzido ao cargo Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Nos últimos meses, Aras assumiu o mérito de sepultar a força-tarefa da Operação Lava Jato e foi publicamente elogiado por Jaques Wagner (PT-BA), líder do Partido dos Trabalhadores no Senado. Apesar desses movimentos, Lula não propôs uma nova recondução de Aras.

A escolha do próximo PGR rompe com uma tradição que o próprio PT inaugurou: escolher um dos indicados pela lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). No primeiro mandato como presidente, em 2003, Lula atendeu a essa reivindicação da categoria ao escolher o nome de Claudio Lemos Fonteles.

Claudio Fonteles foi escolhido, em 2003, para ser o procurador-geral da República por Lula, o que inaugurou a indicação a partir de nomes da lista tríplice definida pela categoria  Foto: Celso Junior/AE

A primeira ruptura ocorreu com Michel Temer (MDB), que escolheu a segunda colocada da lista tríplice, Raquel Dodge, para o cargo. No governo seguinte, Jair Bolsonaro escolheu Aras, que não estava na lista da categoria. Desde o começo da atual gestão, Lula já sinalizou que faria o mesmo. A lista que a ANPR fez neste ano não foi considerada pelo presidente.

Veja a seguir quem são os cotados para a PGR hoje e quem são os padrinhos:

Aurélio Virgílio Veiga Rios

Último a entrar no páreo para o comando da PGR, o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios é o nome mais próximo das alas progressistas do PT – e também o mais anti-Lava Jato dos candidatos. Ele atua pela PGR no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em ações que envolvem direitos difusos e coletivos.

Luiz Augusto dos Santos Lima

A sugestão do ex-presidente José Sarney é o subprocurador Luiz Augusto dos Santos Lima, que chegou a ser designado para cobrir a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo no final de agosto deste ano, quando ela ficou afastada para uma licença médica. Internamente, ele é visto como um nome mais conservador, próximo do agronegócio e já elogiou publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Lima tem mais de três décadas de Ministério Público.

Antonio Carlos Bigonha

Amigo de José Dirceu e José Genoíno, dois quadros históricos do PT, Antonio Carlos Bigonha é o nome preferido da alta cúpula da sigla. Ele é subprocurador-geral da República desde 2015, mas está na carreira há 31 anos, desde 1992. Bigonha é pianista e compositor e já teve canções gravadas na voz de Nana Caymmi.

Paulo Gustavo Gonet Branco

O procurador-geral Eleitoral interino, Paulo Gustavo Gonet Branco, é o nome defendido pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Na ação que julgou Jair Bolsonaro inelegível pela primeira vez, Gonet opinou pela condenação do ex-presidente. Ele disse, no julgamento, que o ex-presidente tentou “degradar ardilosamente” a democracia quando, em uma reunião com embaixadores do mundo todo, criticou o sistema eleitoral e questionou a veracidade das urnas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se encontrado com os cotados para a vaga de procurador-geral da República, cargo que está vago desde o fim da segunda gestão de Augusto Aras, encerrada no dia 26 de setembro. Os candidatos que estão no páreo são avalizados por nomes próximos do petista e que têm influência no cenário político nacional.

Entre os padrinhos, há nomes históricos do PT, como os fundadores da sigla José Dirceu e José Genoíno; os ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes; o ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) e o emedebista José Sarney, ex-presidente da República.

Na última sexta-feira, 3, o presidente esteve com o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios, último a entrar na disputa. O nome dele foi antecipado pela Coluna do Estadão. O encontro ocorreu com a participação do ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, um dos favoritos para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), deixada pela aposentadoria da ministra Rosa Weber.

Aurélio Virgílio Veiga Rios, Luiz Augusto Santos Lima, Antonio Carlos Bigonha e Paulo Gustavo Gonet Branco são cotados para assumir a PGR  Foto: Acervo Pessoal, Pedro França/Agência Senado, Acervo Pessoal, Antonio Augusto/TSE

Rios é apoiado por uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT), que também avaliza o nome do subprocurador Antonio Carlos Bigonha.

Além deles, há mais dois nomes no páreo: os subprocuradores Luiz Augusto dos Santos Lima e Paulo Gonet. A procuradora-geral da República interina, Elizeta Maria de Paiva Ramos, tem perfil discreto, mas, no último dia 31, liberou o processo de troca das chefias do Ministério Público Federal (MPF) nos Estados.

No final do mandato, Aras fez vários acenos a Lula em busca de uma segunda recondução ao cargo de PGR. A Constituição não autoriza nem veda a prática, embora não seja usual. O ex-procurador-geral foi um aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL) e a gestão dele engavetou várias investigações que envolviam o ex-presidente, como o relatório final da CPI da Covid.

Augusto Aras (esq.) fez vários acenos a Lula (dir.), mas não foi reconduzido ao cargo Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Nos últimos meses, Aras assumiu o mérito de sepultar a força-tarefa da Operação Lava Jato e foi publicamente elogiado por Jaques Wagner (PT-BA), líder do Partido dos Trabalhadores no Senado. Apesar desses movimentos, Lula não propôs uma nova recondução de Aras.

A escolha do próximo PGR rompe com uma tradição que o próprio PT inaugurou: escolher um dos indicados pela lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). No primeiro mandato como presidente, em 2003, Lula atendeu a essa reivindicação da categoria ao escolher o nome de Claudio Lemos Fonteles.

Claudio Fonteles foi escolhido, em 2003, para ser o procurador-geral da República por Lula, o que inaugurou a indicação a partir de nomes da lista tríplice definida pela categoria  Foto: Celso Junior/AE

A primeira ruptura ocorreu com Michel Temer (MDB), que escolheu a segunda colocada da lista tríplice, Raquel Dodge, para o cargo. No governo seguinte, Jair Bolsonaro escolheu Aras, que não estava na lista da categoria. Desde o começo da atual gestão, Lula já sinalizou que faria o mesmo. A lista que a ANPR fez neste ano não foi considerada pelo presidente.

Veja a seguir quem são os cotados para a PGR hoje e quem são os padrinhos:

Aurélio Virgílio Veiga Rios

Último a entrar no páreo para o comando da PGR, o subprocurador Aurélio Virgílio Veiga Rios é o nome mais próximo das alas progressistas do PT – e também o mais anti-Lava Jato dos candidatos. Ele atua pela PGR no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em ações que envolvem direitos difusos e coletivos.

Luiz Augusto dos Santos Lima

A sugestão do ex-presidente José Sarney é o subprocurador Luiz Augusto dos Santos Lima, que chegou a ser designado para cobrir a vice-procuradora-geral Lindôra Araújo no final de agosto deste ano, quando ela ficou afastada para uma licença médica. Internamente, ele é visto como um nome mais conservador, próximo do agronegócio e já elogiou publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Lima tem mais de três décadas de Ministério Público.

Antonio Carlos Bigonha

Amigo de José Dirceu e José Genoíno, dois quadros históricos do PT, Antonio Carlos Bigonha é o nome preferido da alta cúpula da sigla. Ele é subprocurador-geral da República desde 2015, mas está na carreira há 31 anos, desde 1992. Bigonha é pianista e compositor e já teve canções gravadas na voz de Nana Caymmi.

Paulo Gustavo Gonet Branco

O procurador-geral Eleitoral interino, Paulo Gustavo Gonet Branco, é o nome defendido pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, e pelos ministros do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Na ação que julgou Jair Bolsonaro inelegível pela primeira vez, Gonet opinou pela condenação do ex-presidente. Ele disse, no julgamento, que o ex-presidente tentou “degradar ardilosamente” a democracia quando, em uma reunião com embaixadores do mundo todo, criticou o sistema eleitoral e questionou a veracidade das urnas.

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