Cunha recebe ‘romaria’ de advogados na prisão


Maior número de visitas dos profissionais foi registrado entre 17 e 18 de maio, quando foi deflagrada Operação Patmos, que atingiu Michel Temer

Por Julia Affonso

O deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, recebeu uma “romaria” de advogados que não constam do rol de sua defesa e a visita da mulher de um operador de propina do partido já condenado na Lava Jato. Os registros foram obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação. 

Entre janeiro e o dia 23 de maio, Cunha recebeu 36 visitantes em 71 encontros. Do total, 29 entraram no CMP como advogados. Os dias mais movimentados foram 17 e 18 de maio, quando O Globo revelou partes da delação de Joesley Batista e a Procuradoria-Geral da República deflagrou a Operação Patmos, respectivamente, que teve como um dos alvos o presidente Michel Temer. Sete advogados visitaram Cunha nesses dias.

Cunha foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão em março deste ano por receber propina entre 2010 e 2011. Luciana Henriques, mulher de João Augusto Henriques, condenado como operador de propinas para o PMDB, foi recebida no dia 10 de janeiro. Ela usou o cadastro de advogada para visitar Cunha.

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Os registros apontam a entrada e saída de quatro advogados em 17 de maio e cinco no dia seguinte. A portaria do CMP registrou, porém, apenas duas entradas de um dos advogados de Cunha em maio. Até 17 e 18 de maio, no máximo três defensores haviam visitado Cunha. 

Um desses encontros ocorreu em 2 de março, data em que o juiz Vallisney de Souza Oliveira, 10.ª Vara Federal de Brasília, autorizou o envio de 19 perguntas para Temer em ação penal sobre a liberação de recursos do FI-FGTS em troca de pagamento de propina. A outra visita foi em 29 de março, quando a Operação O Quinto do Ouro prendeu cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio. O conselheiro afastado Jonas Lopes apontou, em delação, acerto de propina com Cunha.

O advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, criticou a divulgação das informações. “Absurdo, criminoso o vazamento dos advogados que visitam Eduardo Cunha. Espanta a Ordem dos Advogados do Brasil não tomar qualquer tipo de providência”, afirmou, em nota. Segundo ele, “é prerrogativa de qualquer advogado” contatar uma parte do processo.

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Família e pastor. Além da mulher de Henriques, Cunha recebeu a mulher, a jornalista Cláudia Cruz, os filhos e um pastor. Davi Secundo de Souza, da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, em Curitiba, visitou o ex-deputado em quatro oportunidades. A filial da igreja em Campinas foi citada na Lava Jato. Souza não foi localizado.

O deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, recebeu uma “romaria” de advogados que não constam do rol de sua defesa e a visita da mulher de um operador de propina do partido já condenado na Lava Jato. Os registros foram obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação. 

Entre janeiro e o dia 23 de maio, Cunha recebeu 36 visitantes em 71 encontros. Do total, 29 entraram no CMP como advogados. Os dias mais movimentados foram 17 e 18 de maio, quando O Globo revelou partes da delação de Joesley Batista e a Procuradoria-Geral da República deflagrou a Operação Patmos, respectivamente, que teve como um dos alvos o presidente Michel Temer. Sete advogados visitaram Cunha nesses dias.

Cunha foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão em março deste ano por receber propina entre 2010 e 2011. Luciana Henriques, mulher de João Augusto Henriques, condenado como operador de propinas para o PMDB, foi recebida no dia 10 de janeiro. Ela usou o cadastro de advogada para visitar Cunha.

Os registros apontam a entrada e saída de quatro advogados em 17 de maio e cinco no dia seguinte. A portaria do CMP registrou, porém, apenas duas entradas de um dos advogados de Cunha em maio. Até 17 e 18 de maio, no máximo três defensores haviam visitado Cunha. 

Um desses encontros ocorreu em 2 de março, data em que o juiz Vallisney de Souza Oliveira, 10.ª Vara Federal de Brasília, autorizou o envio de 19 perguntas para Temer em ação penal sobre a liberação de recursos do FI-FGTS em troca de pagamento de propina. A outra visita foi em 29 de março, quando a Operação O Quinto do Ouro prendeu cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio. O conselheiro afastado Jonas Lopes apontou, em delação, acerto de propina com Cunha.

O advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, criticou a divulgação das informações. “Absurdo, criminoso o vazamento dos advogados que visitam Eduardo Cunha. Espanta a Ordem dos Advogados do Brasil não tomar qualquer tipo de providência”, afirmou, em nota. Segundo ele, “é prerrogativa de qualquer advogado” contatar uma parte do processo.

Família e pastor. Além da mulher de Henriques, Cunha recebeu a mulher, a jornalista Cláudia Cruz, os filhos e um pastor. Davi Secundo de Souza, da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, em Curitiba, visitou o ex-deputado em quatro oportunidades. A filial da igreja em Campinas foi citada na Lava Jato. Souza não foi localizado.

O deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, recebeu uma “romaria” de advogados que não constam do rol de sua defesa e a visita da mulher de um operador de propina do partido já condenado na Lava Jato. Os registros foram obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação. 

Entre janeiro e o dia 23 de maio, Cunha recebeu 36 visitantes em 71 encontros. Do total, 29 entraram no CMP como advogados. Os dias mais movimentados foram 17 e 18 de maio, quando O Globo revelou partes da delação de Joesley Batista e a Procuradoria-Geral da República deflagrou a Operação Patmos, respectivamente, que teve como um dos alvos o presidente Michel Temer. Sete advogados visitaram Cunha nesses dias.

Cunha foi condenado pelo juiz federal Sérgio Moro a 15 anos e 4 meses de prisão em março deste ano por receber propina entre 2010 e 2011. Luciana Henriques, mulher de João Augusto Henriques, condenado como operador de propinas para o PMDB, foi recebida no dia 10 de janeiro. Ela usou o cadastro de advogada para visitar Cunha.

Os registros apontam a entrada e saída de quatro advogados em 17 de maio e cinco no dia seguinte. A portaria do CMP registrou, porém, apenas duas entradas de um dos advogados de Cunha em maio. Até 17 e 18 de maio, no máximo três defensores haviam visitado Cunha. 

Um desses encontros ocorreu em 2 de março, data em que o juiz Vallisney de Souza Oliveira, 10.ª Vara Federal de Brasília, autorizou o envio de 19 perguntas para Temer em ação penal sobre a liberação de recursos do FI-FGTS em troca de pagamento de propina. A outra visita foi em 29 de março, quando a Operação O Quinto do Ouro prendeu cinco dos sete conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Rio. O conselheiro afastado Jonas Lopes apontou, em delação, acerto de propina com Cunha.

O advogado de Cunha, Ticiano Figueiredo, criticou a divulgação das informações. “Absurdo, criminoso o vazamento dos advogados que visitam Eduardo Cunha. Espanta a Ordem dos Advogados do Brasil não tomar qualquer tipo de providência”, afirmou, em nota. Segundo ele, “é prerrogativa de qualquer advogado” contatar uma parte do processo.

Família e pastor. Além da mulher de Henriques, Cunha recebeu a mulher, a jornalista Cláudia Cruz, os filhos e um pastor. Davi Secundo de Souza, da Assembleia de Deus Ministério de Madureira, em Curitiba, visitou o ex-deputado em quatro oportunidades. A filial da igreja em Campinas foi citada na Lava Jato. Souza não foi localizado.

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