Cúpula do PSDB quer Tabata Amaral na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024


Integrantes da Executiva Nacional do partido avaliam convite para filiar parlamentar ou para formar chapa com o PSB; deputada se diz honrada, mas afirma que não tem planos de trocar de legenda

Por Gustavo Queiroz e Adriana Ferraz
Atualização:

A cúpula nacional do PSDB abriu diálogo com a deputada federal Tabata Amaral (PSB) para fazer da parlamentar eventual candidata da legenda à Prefeitura de São Paulo em 2024. A negociação tem o aval do atual presidente da sigla, Eduardo Leite, e de aliados preocupados com o potencial eleitoral do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Há duas possibilidades colocadas à mesa: ou Tabata se filia ao PSDB, conforme desejo antigo do partido, ou apoiaria a candidatura da deputada pelo PSB. Neste caso, os tucanos indicariam o vice. O convite à deputada, porém, ainda não foi feito por dirigentes do PSDB.

Deputada Tabata Amaral é vista como opção para prefeitura de São Paulo pelo PSDB Foto: Alex Silva/Estadão
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A avaliação é de que a eventual candidatura de Tabata poderia romper a polarização que se desenha na capital entre os também deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Salles (PL) – que representam, respectivamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A movimentação é semelhante a de outros partidos, que também procuram um “plano B” a Nunes, caso o prefeito não se mostre competitivo. A lista já inclui o nome do ex-governador paulista Rodrigo Garcia, ainda no PSDB, mas com malas pronta para voltar ao União Brasil.

A possibilidade de filiação de Tabata segue em negociação, com conversas cada vez mais frequentes. A aproximação ficou facilitada em abril, quando o PSDB contratou uma espécie de “CEO” para reformular a sigla. A escolhida, Irina Bullara, é ex-diretora do grupo RenovaBR, do qual Tabata faz parte, assim como Leite. A pedido do governador do Rio Grande do Sul, a administradora tem procurado lideranças políticas de dentro e de fora da legenda com a intenção de atualizar o partido.

Com Boulos praticamente fechado com os partidos de esquerda – o parlamentar diz ter confiança de que PT e Lula vão cumprir a promessa de apoiá-lo – e Salles disputando as siglas do Centrão com Nunes, o caminho do PSB, de Tabata, passa pela aliança com a federação PSDB-Cidadania e pela busca de apoios do PSD e União Brasil.

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Em nota, a deputada afirmou ter “muito orgulho de ser filiada ao PSB, um partido com tamanho, história e conquistas no campo progressista”. De acordo com a parlamentar, o partido está alinhado às suas ideias e é a legenda que escolheu para construir sua trajetória política.

“Nesse caminho, tenho a honra de contar com o apoio firme de dirigentes e lideranças que admiro, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, Márcio França, Flávio Dino e todos os outros colegas. Não está nos meus planos me filiar a um outro partido. De toda forma, fico honrada ao saber sobre essas conversas no PSDB, partido pelo qual nutro respeito e reconhecimento por sua importância na política brasileira”, afirmou ao Estadão.

Resistência

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Ainda inicial, as negociações por um eventual embarque de Tabata no partido e na disputa municipal precisam contornar resistências locais. O diálogo, por enquanto, ocorre fora da capital, comandado pela Executiva Nacional do PSDB. Em São Paulo, o Diretório Municipal segue oficialmente fechado com a reeleição de Nunes, que chegou ao cargo por ter sido vice na chapa da Bruno Covas. Nesta terça-feira, 16, fez dois anos que o tucano morreu.

O presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, tem dito que não há movimento contrário a Nunes e que o nome do prefeito passará a ser mais viável do ponto de vista eleitoral com o passar dos meses. A atual gestão aposta em um grande programa de recapeamento nas vias da cidade para se tornar mais popular. Do mesmo modo, a bancada tucana na Câmara Municipal declara publicamente apoio à reeleição.

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Ao mesmo tempo, há dúvidas sobre o potencial de Tabata entre os paulistanos. Em seu segundo mandato na Câmara, a parlamentar recebeu 337 mil votos na eleição de 2022, ficando atrás de Boulos (1 milhão) e Salles (640 mil) no Estado. Na capital, no entanto, onde concentrou 42% do seu eleitorado, ela supera o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.

Enquanto avançam as negociações entre os partidos, Tabata marca cada vez mais sua posição contrária à gestão de Nunes na Prefeitura, com críticas públicas recorrentes. “Enquanto o prefeito seguir investindo R$ 10 milhões em festa no metaverso e fechar os olhos para essa crise humanitária, que é visível para qualquer paulistano, a população de rua vai continuar aumentando e tendo os seus direitos violados! Isso é cruel e inaceitável”, escreveu, em rede social, sobre a atuação de Nunes.

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Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, no começo de abril, o presidente do PSDB e governador gaúcho disse que Tabata é uma pessoa “verdadeiramente interessada em fazer uma política diferente”. “Vejo ela com verdadeiro interesse sobre os temas do município, (mas) não avançamos em conversa nenhuma nessa direção (de filiá-la)”, afirmou.

“Ela tem tempo de demonstrar essa capacidade de agregar pessoas para formar um time e governar”, disse. Segundo ele, porém, a decisão de levá-la ao PSDB dependeria de uma construção com a base municipal.

A cúpula nacional do PSDB abriu diálogo com a deputada federal Tabata Amaral (PSB) para fazer da parlamentar eventual candidata da legenda à Prefeitura de São Paulo em 2024. A negociação tem o aval do atual presidente da sigla, Eduardo Leite, e de aliados preocupados com o potencial eleitoral do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Há duas possibilidades colocadas à mesa: ou Tabata se filia ao PSDB, conforme desejo antigo do partido, ou apoiaria a candidatura da deputada pelo PSB. Neste caso, os tucanos indicariam o vice. O convite à deputada, porém, ainda não foi feito por dirigentes do PSDB.

Deputada Tabata Amaral é vista como opção para prefeitura de São Paulo pelo PSDB Foto: Alex Silva/Estadão

A avaliação é de que a eventual candidatura de Tabata poderia romper a polarização que se desenha na capital entre os também deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Salles (PL) – que representam, respectivamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A movimentação é semelhante a de outros partidos, que também procuram um “plano B” a Nunes, caso o prefeito não se mostre competitivo. A lista já inclui o nome do ex-governador paulista Rodrigo Garcia, ainda no PSDB, mas com malas pronta para voltar ao União Brasil.

A possibilidade de filiação de Tabata segue em negociação, com conversas cada vez mais frequentes. A aproximação ficou facilitada em abril, quando o PSDB contratou uma espécie de “CEO” para reformular a sigla. A escolhida, Irina Bullara, é ex-diretora do grupo RenovaBR, do qual Tabata faz parte, assim como Leite. A pedido do governador do Rio Grande do Sul, a administradora tem procurado lideranças políticas de dentro e de fora da legenda com a intenção de atualizar o partido.

Com Boulos praticamente fechado com os partidos de esquerda – o parlamentar diz ter confiança de que PT e Lula vão cumprir a promessa de apoiá-lo – e Salles disputando as siglas do Centrão com Nunes, o caminho do PSB, de Tabata, passa pela aliança com a federação PSDB-Cidadania e pela busca de apoios do PSD e União Brasil.

Em nota, a deputada afirmou ter “muito orgulho de ser filiada ao PSB, um partido com tamanho, história e conquistas no campo progressista”. De acordo com a parlamentar, o partido está alinhado às suas ideias e é a legenda que escolheu para construir sua trajetória política.

“Nesse caminho, tenho a honra de contar com o apoio firme de dirigentes e lideranças que admiro, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, Márcio França, Flávio Dino e todos os outros colegas. Não está nos meus planos me filiar a um outro partido. De toda forma, fico honrada ao saber sobre essas conversas no PSDB, partido pelo qual nutro respeito e reconhecimento por sua importância na política brasileira”, afirmou ao Estadão.

Resistência

Ainda inicial, as negociações por um eventual embarque de Tabata no partido e na disputa municipal precisam contornar resistências locais. O diálogo, por enquanto, ocorre fora da capital, comandado pela Executiva Nacional do PSDB. Em São Paulo, o Diretório Municipal segue oficialmente fechado com a reeleição de Nunes, que chegou ao cargo por ter sido vice na chapa da Bruno Covas. Nesta terça-feira, 16, fez dois anos que o tucano morreu.

O presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, tem dito que não há movimento contrário a Nunes e que o nome do prefeito passará a ser mais viável do ponto de vista eleitoral com o passar dos meses. A atual gestão aposta em um grande programa de recapeamento nas vias da cidade para se tornar mais popular. Do mesmo modo, a bancada tucana na Câmara Municipal declara publicamente apoio à reeleição.

Ao mesmo tempo, há dúvidas sobre o potencial de Tabata entre os paulistanos. Em seu segundo mandato na Câmara, a parlamentar recebeu 337 mil votos na eleição de 2022, ficando atrás de Boulos (1 milhão) e Salles (640 mil) no Estado. Na capital, no entanto, onde concentrou 42% do seu eleitorado, ela supera o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.

Enquanto avançam as negociações entre os partidos, Tabata marca cada vez mais sua posição contrária à gestão de Nunes na Prefeitura, com críticas públicas recorrentes. “Enquanto o prefeito seguir investindo R$ 10 milhões em festa no metaverso e fechar os olhos para essa crise humanitária, que é visível para qualquer paulistano, a população de rua vai continuar aumentando e tendo os seus direitos violados! Isso é cruel e inaceitável”, escreveu, em rede social, sobre a atuação de Nunes.

Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, no começo de abril, o presidente do PSDB e governador gaúcho disse que Tabata é uma pessoa “verdadeiramente interessada em fazer uma política diferente”. “Vejo ela com verdadeiro interesse sobre os temas do município, (mas) não avançamos em conversa nenhuma nessa direção (de filiá-la)”, afirmou.

“Ela tem tempo de demonstrar essa capacidade de agregar pessoas para formar um time e governar”, disse. Segundo ele, porém, a decisão de levá-la ao PSDB dependeria de uma construção com a base municipal.

A cúpula nacional do PSDB abriu diálogo com a deputada federal Tabata Amaral (PSB) para fazer da parlamentar eventual candidata da legenda à Prefeitura de São Paulo em 2024. A negociação tem o aval do atual presidente da sigla, Eduardo Leite, e de aliados preocupados com o potencial eleitoral do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Há duas possibilidades colocadas à mesa: ou Tabata se filia ao PSDB, conforme desejo antigo do partido, ou apoiaria a candidatura da deputada pelo PSB. Neste caso, os tucanos indicariam o vice. O convite à deputada, porém, ainda não foi feito por dirigentes do PSDB.

Deputada Tabata Amaral é vista como opção para prefeitura de São Paulo pelo PSDB Foto: Alex Silva/Estadão

A avaliação é de que a eventual candidatura de Tabata poderia romper a polarização que se desenha na capital entre os também deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Salles (PL) – que representam, respectivamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A movimentação é semelhante a de outros partidos, que também procuram um “plano B” a Nunes, caso o prefeito não se mostre competitivo. A lista já inclui o nome do ex-governador paulista Rodrigo Garcia, ainda no PSDB, mas com malas pronta para voltar ao União Brasil.

A possibilidade de filiação de Tabata segue em negociação, com conversas cada vez mais frequentes. A aproximação ficou facilitada em abril, quando o PSDB contratou uma espécie de “CEO” para reformular a sigla. A escolhida, Irina Bullara, é ex-diretora do grupo RenovaBR, do qual Tabata faz parte, assim como Leite. A pedido do governador do Rio Grande do Sul, a administradora tem procurado lideranças políticas de dentro e de fora da legenda com a intenção de atualizar o partido.

Com Boulos praticamente fechado com os partidos de esquerda – o parlamentar diz ter confiança de que PT e Lula vão cumprir a promessa de apoiá-lo – e Salles disputando as siglas do Centrão com Nunes, o caminho do PSB, de Tabata, passa pela aliança com a federação PSDB-Cidadania e pela busca de apoios do PSD e União Brasil.

Em nota, a deputada afirmou ter “muito orgulho de ser filiada ao PSB, um partido com tamanho, história e conquistas no campo progressista”. De acordo com a parlamentar, o partido está alinhado às suas ideias e é a legenda que escolheu para construir sua trajetória política.

“Nesse caminho, tenho a honra de contar com o apoio firme de dirigentes e lideranças que admiro, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, Márcio França, Flávio Dino e todos os outros colegas. Não está nos meus planos me filiar a um outro partido. De toda forma, fico honrada ao saber sobre essas conversas no PSDB, partido pelo qual nutro respeito e reconhecimento por sua importância na política brasileira”, afirmou ao Estadão.

Resistência

Ainda inicial, as negociações por um eventual embarque de Tabata no partido e na disputa municipal precisam contornar resistências locais. O diálogo, por enquanto, ocorre fora da capital, comandado pela Executiva Nacional do PSDB. Em São Paulo, o Diretório Municipal segue oficialmente fechado com a reeleição de Nunes, que chegou ao cargo por ter sido vice na chapa da Bruno Covas. Nesta terça-feira, 16, fez dois anos que o tucano morreu.

O presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, tem dito que não há movimento contrário a Nunes e que o nome do prefeito passará a ser mais viável do ponto de vista eleitoral com o passar dos meses. A atual gestão aposta em um grande programa de recapeamento nas vias da cidade para se tornar mais popular. Do mesmo modo, a bancada tucana na Câmara Municipal declara publicamente apoio à reeleição.

Ao mesmo tempo, há dúvidas sobre o potencial de Tabata entre os paulistanos. Em seu segundo mandato na Câmara, a parlamentar recebeu 337 mil votos na eleição de 2022, ficando atrás de Boulos (1 milhão) e Salles (640 mil) no Estado. Na capital, no entanto, onde concentrou 42% do seu eleitorado, ela supera o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.

Enquanto avançam as negociações entre os partidos, Tabata marca cada vez mais sua posição contrária à gestão de Nunes na Prefeitura, com críticas públicas recorrentes. “Enquanto o prefeito seguir investindo R$ 10 milhões em festa no metaverso e fechar os olhos para essa crise humanitária, que é visível para qualquer paulistano, a população de rua vai continuar aumentando e tendo os seus direitos violados! Isso é cruel e inaceitável”, escreveu, em rede social, sobre a atuação de Nunes.

Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, no começo de abril, o presidente do PSDB e governador gaúcho disse que Tabata é uma pessoa “verdadeiramente interessada em fazer uma política diferente”. “Vejo ela com verdadeiro interesse sobre os temas do município, (mas) não avançamos em conversa nenhuma nessa direção (de filiá-la)”, afirmou.

“Ela tem tempo de demonstrar essa capacidade de agregar pessoas para formar um time e governar”, disse. Segundo ele, porém, a decisão de levá-la ao PSDB dependeria de uma construção com a base municipal.

A cúpula nacional do PSDB abriu diálogo com a deputada federal Tabata Amaral (PSB) para fazer da parlamentar eventual candidata da legenda à Prefeitura de São Paulo em 2024. A negociação tem o aval do atual presidente da sigla, Eduardo Leite, e de aliados preocupados com o potencial eleitoral do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Há duas possibilidades colocadas à mesa: ou Tabata se filia ao PSDB, conforme desejo antigo do partido, ou apoiaria a candidatura da deputada pelo PSB. Neste caso, os tucanos indicariam o vice. O convite à deputada, porém, ainda não foi feito por dirigentes do PSDB.

Deputada Tabata Amaral é vista como opção para prefeitura de São Paulo pelo PSDB Foto: Alex Silva/Estadão

A avaliação é de que a eventual candidatura de Tabata poderia romper a polarização que se desenha na capital entre os também deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Salles (PL) – que representam, respectivamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A movimentação é semelhante a de outros partidos, que também procuram um “plano B” a Nunes, caso o prefeito não se mostre competitivo. A lista já inclui o nome do ex-governador paulista Rodrigo Garcia, ainda no PSDB, mas com malas pronta para voltar ao União Brasil.

A possibilidade de filiação de Tabata segue em negociação, com conversas cada vez mais frequentes. A aproximação ficou facilitada em abril, quando o PSDB contratou uma espécie de “CEO” para reformular a sigla. A escolhida, Irina Bullara, é ex-diretora do grupo RenovaBR, do qual Tabata faz parte, assim como Leite. A pedido do governador do Rio Grande do Sul, a administradora tem procurado lideranças políticas de dentro e de fora da legenda com a intenção de atualizar o partido.

Com Boulos praticamente fechado com os partidos de esquerda – o parlamentar diz ter confiança de que PT e Lula vão cumprir a promessa de apoiá-lo – e Salles disputando as siglas do Centrão com Nunes, o caminho do PSB, de Tabata, passa pela aliança com a federação PSDB-Cidadania e pela busca de apoios do PSD e União Brasil.

Em nota, a deputada afirmou ter “muito orgulho de ser filiada ao PSB, um partido com tamanho, história e conquistas no campo progressista”. De acordo com a parlamentar, o partido está alinhado às suas ideias e é a legenda que escolheu para construir sua trajetória política.

“Nesse caminho, tenho a honra de contar com o apoio firme de dirigentes e lideranças que admiro, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, Márcio França, Flávio Dino e todos os outros colegas. Não está nos meus planos me filiar a um outro partido. De toda forma, fico honrada ao saber sobre essas conversas no PSDB, partido pelo qual nutro respeito e reconhecimento por sua importância na política brasileira”, afirmou ao Estadão.

Resistência

Ainda inicial, as negociações por um eventual embarque de Tabata no partido e na disputa municipal precisam contornar resistências locais. O diálogo, por enquanto, ocorre fora da capital, comandado pela Executiva Nacional do PSDB. Em São Paulo, o Diretório Municipal segue oficialmente fechado com a reeleição de Nunes, que chegou ao cargo por ter sido vice na chapa da Bruno Covas. Nesta terça-feira, 16, fez dois anos que o tucano morreu.

O presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, tem dito que não há movimento contrário a Nunes e que o nome do prefeito passará a ser mais viável do ponto de vista eleitoral com o passar dos meses. A atual gestão aposta em um grande programa de recapeamento nas vias da cidade para se tornar mais popular. Do mesmo modo, a bancada tucana na Câmara Municipal declara publicamente apoio à reeleição.

Ao mesmo tempo, há dúvidas sobre o potencial de Tabata entre os paulistanos. Em seu segundo mandato na Câmara, a parlamentar recebeu 337 mil votos na eleição de 2022, ficando atrás de Boulos (1 milhão) e Salles (640 mil) no Estado. Na capital, no entanto, onde concentrou 42% do seu eleitorado, ela supera o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.

Enquanto avançam as negociações entre os partidos, Tabata marca cada vez mais sua posição contrária à gestão de Nunes na Prefeitura, com críticas públicas recorrentes. “Enquanto o prefeito seguir investindo R$ 10 milhões em festa no metaverso e fechar os olhos para essa crise humanitária, que é visível para qualquer paulistano, a população de rua vai continuar aumentando e tendo os seus direitos violados! Isso é cruel e inaceitável”, escreveu, em rede social, sobre a atuação de Nunes.

Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, no começo de abril, o presidente do PSDB e governador gaúcho disse que Tabata é uma pessoa “verdadeiramente interessada em fazer uma política diferente”. “Vejo ela com verdadeiro interesse sobre os temas do município, (mas) não avançamos em conversa nenhuma nessa direção (de filiá-la)”, afirmou.

“Ela tem tempo de demonstrar essa capacidade de agregar pessoas para formar um time e governar”, disse. Segundo ele, porém, a decisão de levá-la ao PSDB dependeria de uma construção com a base municipal.

A cúpula nacional do PSDB abriu diálogo com a deputada federal Tabata Amaral (PSB) para fazer da parlamentar eventual candidata da legenda à Prefeitura de São Paulo em 2024. A negociação tem o aval do atual presidente da sigla, Eduardo Leite, e de aliados preocupados com o potencial eleitoral do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). Há duas possibilidades colocadas à mesa: ou Tabata se filia ao PSDB, conforme desejo antigo do partido, ou apoiaria a candidatura da deputada pelo PSB. Neste caso, os tucanos indicariam o vice. O convite à deputada, porém, ainda não foi feito por dirigentes do PSDB.

Deputada Tabata Amaral é vista como opção para prefeitura de São Paulo pelo PSDB Foto: Alex Silva/Estadão

A avaliação é de que a eventual candidatura de Tabata poderia romper a polarização que se desenha na capital entre os também deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Salles (PL) – que representam, respectivamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro. A movimentação é semelhante a de outros partidos, que também procuram um “plano B” a Nunes, caso o prefeito não se mostre competitivo. A lista já inclui o nome do ex-governador paulista Rodrigo Garcia, ainda no PSDB, mas com malas pronta para voltar ao União Brasil.

A possibilidade de filiação de Tabata segue em negociação, com conversas cada vez mais frequentes. A aproximação ficou facilitada em abril, quando o PSDB contratou uma espécie de “CEO” para reformular a sigla. A escolhida, Irina Bullara, é ex-diretora do grupo RenovaBR, do qual Tabata faz parte, assim como Leite. A pedido do governador do Rio Grande do Sul, a administradora tem procurado lideranças políticas de dentro e de fora da legenda com a intenção de atualizar o partido.

Com Boulos praticamente fechado com os partidos de esquerda – o parlamentar diz ter confiança de que PT e Lula vão cumprir a promessa de apoiá-lo – e Salles disputando as siglas do Centrão com Nunes, o caminho do PSB, de Tabata, passa pela aliança com a federação PSDB-Cidadania e pela busca de apoios do PSD e União Brasil.

Em nota, a deputada afirmou ter “muito orgulho de ser filiada ao PSB, um partido com tamanho, história e conquistas no campo progressista”. De acordo com a parlamentar, o partido está alinhado às suas ideias e é a legenda que escolheu para construir sua trajetória política.

“Nesse caminho, tenho a honra de contar com o apoio firme de dirigentes e lideranças que admiro, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, Márcio França, Flávio Dino e todos os outros colegas. Não está nos meus planos me filiar a um outro partido. De toda forma, fico honrada ao saber sobre essas conversas no PSDB, partido pelo qual nutro respeito e reconhecimento por sua importância na política brasileira”, afirmou ao Estadão.

Resistência

Ainda inicial, as negociações por um eventual embarque de Tabata no partido e na disputa municipal precisam contornar resistências locais. O diálogo, por enquanto, ocorre fora da capital, comandado pela Executiva Nacional do PSDB. Em São Paulo, o Diretório Municipal segue oficialmente fechado com a reeleição de Nunes, que chegou ao cargo por ter sido vice na chapa da Bruno Covas. Nesta terça-feira, 16, fez dois anos que o tucano morreu.

O presidente municipal do PSDB, Fernando Alfredo, tem dito que não há movimento contrário a Nunes e que o nome do prefeito passará a ser mais viável do ponto de vista eleitoral com o passar dos meses. A atual gestão aposta em um grande programa de recapeamento nas vias da cidade para se tornar mais popular. Do mesmo modo, a bancada tucana na Câmara Municipal declara publicamente apoio à reeleição.

Ao mesmo tempo, há dúvidas sobre o potencial de Tabata entre os paulistanos. Em seu segundo mandato na Câmara, a parlamentar recebeu 337 mil votos na eleição de 2022, ficando atrás de Boulos (1 milhão) e Salles (640 mil) no Estado. Na capital, no entanto, onde concentrou 42% do seu eleitorado, ela supera o ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro.

Enquanto avançam as negociações entre os partidos, Tabata marca cada vez mais sua posição contrária à gestão de Nunes na Prefeitura, com críticas públicas recorrentes. “Enquanto o prefeito seguir investindo R$ 10 milhões em festa no metaverso e fechar os olhos para essa crise humanitária, que é visível para qualquer paulistano, a população de rua vai continuar aumentando e tendo os seus direitos violados! Isso é cruel e inaceitável”, escreveu, em rede social, sobre a atuação de Nunes.

Em entrevista ao programa Morning Show, da Jovem Pan, no começo de abril, o presidente do PSDB e governador gaúcho disse que Tabata é uma pessoa “verdadeiramente interessada em fazer uma política diferente”. “Vejo ela com verdadeiro interesse sobre os temas do município, (mas) não avançamos em conversa nenhuma nessa direção (de filiá-la)”, afirmou.

“Ela tem tempo de demonstrar essa capacidade de agregar pessoas para formar um time e governar”, disse. Segundo ele, porém, a decisão de levá-la ao PSDB dependeria de uma construção com a base municipal.

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