Quais partidos que ganharam e quais perderam com as trocas partidárias em São Paulo?


MDB do prefeito Ricardo Nunes se torna o partido com mais vereadores na cidade de São Paulo, enquanto PSDB amarga abandonos em série na capital e nos grandes municípios do interior paulista

Por Samuel Lima
Atualização:

O MDB do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ampliou a representação parlamentar antes das eleições de 2024 e, agora, responde pela maior bancada da Câmara Municipal de São Paulo. A janela partidária, como é conhecido o prazo de 30 dias que autoriza os vereadores a trocarem de legenda sem risco de perda de mandato em ano eleitoral, fechou na sexta-feira, 5. Foram 17 trocas ao todo, além do retorno de três ex-secretários ao cargo.

Os emedebistas ganharam o reforço de seis parlamentares e perderam a companhia de apenas uma, ampliando de seis para 11 o número de cadeiras. Com isso, superaram o PT, que tinha oito vereadores e passou para nove. As mudanças não afetam o equilíbrio de forças entre governo e oposição na Casa, que continua amplamente favorável ao atual prefeito, na ordem de 70% do total de membros.

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara; sigla passa a ter maior bancada após janela partidária de 2024. Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo
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O desafio do MDB agora é eleger ao menos essa mesma quantidade de vereadores em outubro, o que demandaria em torno de 1 milhão de votos em seus candidatos ou na legenda (quando o eleitor escolhe apenas os dois primeiros números no momento de votar para vereador), em um cálculo raso que leva em conta o quociente eleitoral de 2020. Os 11 membros atuais fizeram pouco mais de 238 mil votos no pleito passado.

Presidente do diretório municipal do partido, Enrico Misasi, entende ser possível chegar a 9 ou 10 cadeiras e relata que os parlamentares de dentro da base foram atraídos pelo protagonismo nas eleições. “O MDB é a linha de frente da campanha majoritária, por ser o partido do prefeito. Essa atratividade é pela centralidade no projeto político”, avalia. A sigla deve ser reforçada nas urnas ainda pelas ex-secretárias municipais Aline Torres, de Cultura, e Elza Paulina, de Segurança Urbana, dispensadas dos cargos para cumprir as regras eleitorais e viabilizar as candidaturas.

Em um cenário inverso, o período ficará marcado negativamente na história do PSDB como aquele em que a sigla — que detinha a maior bancada ao lado do PT, com oito vereadores — perdeu todos os seus representantes no Legislativo paulistano de uma só vez. Os tucanos entraram em confronto aberto com a direção nacional do partido, cobrando apoio à reeleição de Nunes, posição descartada ao longo das semanas. A falta de acordo resultou em uma debandada dos integrantes para siglas como MDB, PSD, PL e União Brasil.

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Em entrevista ao Estadão, o ex-líder da bancada do PSDB, Gilson Barreto, agora no MDB, criticou as decisões tomadas de “cima para baixo” e afirmou que o partido será entregue “vazio” para a pré-candidata Tabata Amaral (PSB), referindo-se a uma preferência da militância por Nunes. José Aníbal, líder do diretório municipal, rebateu acusando a bancada de não querer “assumir a relevância e o protagonismo” do partido na cidade e justificando a rejeição ao prefeito pela sua aliança com o “golpismo” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Além do MDB, outro partido que conseguiu atrair vereadores foi o PSD. A sigla comandada pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente secretário na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), dobrou a bancada, de três para seis parlamentares. Entre eles está Carlos Bezerra Júnior, ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social que estava há mais de 30 anos no PSDB. E outro que não está mais presente na Câmara é o Solidariedade, com a saída de Sidney Cruz. A sigla, no entanto, fechou apoio a Nunes e permanece administrando cargos na prefeitura.

PT e PL, partidos que rivalizam no plano federal, ampliaram os seus membros em uma e três cadeiras, respectivamente. Os petistas ganharam o reforço de Adriano Santos, antes no PSB. A outra troca na esquerda envolveu Jussara Basso, que deixou o PSOL rumo ao partido de Tabata. O PL perdeu Thammy Miranda, crítico de Bolsonaro, mas recebeu a ex-tucana Rute Costa, a vereadora Sandra Tadeu, do União Brasil, o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Social Gilberto Nascimento Júnior, que estava sem partido, e a bolsonarista Sonaira Fernandes, ex-secretária de Políticas para a Mulher do Estado, antes no Republicanos. Sonaira é uma das cotadas para vice na chapa de Nunes.

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A expectativa é que a ampla maioria dos 55 vereadores de São Paulo disputem um novo mandato em 2024. Apenas dois parlamentares negaram essa intenção até o momento: o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), que faz jogo duro pela vaga de vice de Nunes, e Fernando Holiday (PL), ex-membro do MBL, que aderiu ao bolsonarismo; ele afirmou à CNN, em fevereiro, que pretende disputar as eleições apenas daqui a dois anos, para a Câmara dos Deputados.

Prévia das grandes cidades mostra tendência parecida

Nas cidades mais populosas de São Paulo, houve uma tendência similar à observada na capital. O Estadão solicitou a prévia da lista de trocas aos Legislativos dos nove maiores municípios da região metropolitana e do interior do Estado na tarde de sexta-feira, 5. Até aquele momento, estavam consolidadas 34 trocas em seis municípios (Campinas, Osasco, Santo André, São José dos Campos, Sorocaba e São José do Rio Preto), que possuem juntos 133 vereadores. As mudanças atingem, portanto, ao menos 25% dos mandatos.

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O PSDB e o Cidadania lideram a lista de baixas nas grandes cidades da região metropolitana e do interior. Somando os dois, foram nove desfiliações e dois novos membros. A situação da capital, ainda que em menor grau, com a bancada reduzida a zero, se repete em Campinas (2), Sorocaba (2) e São José do Rio Preto (1), onde os filiados sofreram assédio de Podemos, PSD, PRD, União Brasil e Avante.

As outras quatro baixas da federação ocorreram em São José dos Campos, onde o PSDB e o Cidadania tinham sete cadeiras antes da janela partidária. A lista inclui o presidente da Câmara, Roberto do Eleven, que escolheu disputar a nova eleição pelo PSD. Os tucanos diminuíram o prejuízo filiando um vereador na cidade, fato que também ocorreu em Osasco, nesse caso, com saldo até então positivo.

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Por outro lado, a bancada dos partidos em Santo André, composta por seis parlamentares, permanecia intacta na prévia enviada ao Estadão. A cidade é governada por Paulo Serra, presidente estadual do PSDB-Cidadania. Com isso, a dupla segue tendo a maior representação entre todos os partidos.

A “dança das cadeiras” nas grandes cidades do interior paulista favoreceu partidos como Podemos, União Brasil e PSD e trouxe prejuízos para PDT e PV, duas siglas de esquerda. Nesse campo, quem mais ganhou adeptos foi o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, com dois novos filiados e nenhuma baixa detectada no levantamento.

O PV perdeu, por exemplo, o presidente da Câmara de Campinas, Luiz Rossini, para o Republicanos. O partido de Tarcísio, por sua vez, foi trocado pelo líder do Legislativo de Santo André, Carlos Ferreira, agora no MDB. Não houve mudanças no PT. Já o PL ganhou dois novos membros, mas perdeu Cláudio Sorocaba, que preside os trabalhos no município, para o PSD.

Atualização (8/4): após a publicação da reportagem, foram constatadas outras duas trocas de partido, envolvendo as vereadoras Sandra Tadeu (PL) e Ely Teruel (MDB). Os dados foram corrigidos.

O MDB do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ampliou a representação parlamentar antes das eleições de 2024 e, agora, responde pela maior bancada da Câmara Municipal de São Paulo. A janela partidária, como é conhecido o prazo de 30 dias que autoriza os vereadores a trocarem de legenda sem risco de perda de mandato em ano eleitoral, fechou na sexta-feira, 5. Foram 17 trocas ao todo, além do retorno de três ex-secretários ao cargo.

Os emedebistas ganharam o reforço de seis parlamentares e perderam a companhia de apenas uma, ampliando de seis para 11 o número de cadeiras. Com isso, superaram o PT, que tinha oito vereadores e passou para nove. As mudanças não afetam o equilíbrio de forças entre governo e oposição na Casa, que continua amplamente favorável ao atual prefeito, na ordem de 70% do total de membros.

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara; sigla passa a ter maior bancada após janela partidária de 2024. Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo

O desafio do MDB agora é eleger ao menos essa mesma quantidade de vereadores em outubro, o que demandaria em torno de 1 milhão de votos em seus candidatos ou na legenda (quando o eleitor escolhe apenas os dois primeiros números no momento de votar para vereador), em um cálculo raso que leva em conta o quociente eleitoral de 2020. Os 11 membros atuais fizeram pouco mais de 238 mil votos no pleito passado.

Presidente do diretório municipal do partido, Enrico Misasi, entende ser possível chegar a 9 ou 10 cadeiras e relata que os parlamentares de dentro da base foram atraídos pelo protagonismo nas eleições. “O MDB é a linha de frente da campanha majoritária, por ser o partido do prefeito. Essa atratividade é pela centralidade no projeto político”, avalia. A sigla deve ser reforçada nas urnas ainda pelas ex-secretárias municipais Aline Torres, de Cultura, e Elza Paulina, de Segurança Urbana, dispensadas dos cargos para cumprir as regras eleitorais e viabilizar as candidaturas.

Em um cenário inverso, o período ficará marcado negativamente na história do PSDB como aquele em que a sigla — que detinha a maior bancada ao lado do PT, com oito vereadores — perdeu todos os seus representantes no Legislativo paulistano de uma só vez. Os tucanos entraram em confronto aberto com a direção nacional do partido, cobrando apoio à reeleição de Nunes, posição descartada ao longo das semanas. A falta de acordo resultou em uma debandada dos integrantes para siglas como MDB, PSD, PL e União Brasil.

Em entrevista ao Estadão, o ex-líder da bancada do PSDB, Gilson Barreto, agora no MDB, criticou as decisões tomadas de “cima para baixo” e afirmou que o partido será entregue “vazio” para a pré-candidata Tabata Amaral (PSB), referindo-se a uma preferência da militância por Nunes. José Aníbal, líder do diretório municipal, rebateu acusando a bancada de não querer “assumir a relevância e o protagonismo” do partido na cidade e justificando a rejeição ao prefeito pela sua aliança com o “golpismo” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além do MDB, outro partido que conseguiu atrair vereadores foi o PSD. A sigla comandada pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente secretário na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), dobrou a bancada, de três para seis parlamentares. Entre eles está Carlos Bezerra Júnior, ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social que estava há mais de 30 anos no PSDB. E outro que não está mais presente na Câmara é o Solidariedade, com a saída de Sidney Cruz. A sigla, no entanto, fechou apoio a Nunes e permanece administrando cargos na prefeitura.

PT e PL, partidos que rivalizam no plano federal, ampliaram os seus membros em uma e três cadeiras, respectivamente. Os petistas ganharam o reforço de Adriano Santos, antes no PSB. A outra troca na esquerda envolveu Jussara Basso, que deixou o PSOL rumo ao partido de Tabata. O PL perdeu Thammy Miranda, crítico de Bolsonaro, mas recebeu a ex-tucana Rute Costa, a vereadora Sandra Tadeu, do União Brasil, o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Social Gilberto Nascimento Júnior, que estava sem partido, e a bolsonarista Sonaira Fernandes, ex-secretária de Políticas para a Mulher do Estado, antes no Republicanos. Sonaira é uma das cotadas para vice na chapa de Nunes.

A expectativa é que a ampla maioria dos 55 vereadores de São Paulo disputem um novo mandato em 2024. Apenas dois parlamentares negaram essa intenção até o momento: o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), que faz jogo duro pela vaga de vice de Nunes, e Fernando Holiday (PL), ex-membro do MBL, que aderiu ao bolsonarismo; ele afirmou à CNN, em fevereiro, que pretende disputar as eleições apenas daqui a dois anos, para a Câmara dos Deputados.

Prévia das grandes cidades mostra tendência parecida

Nas cidades mais populosas de São Paulo, houve uma tendência similar à observada na capital. O Estadão solicitou a prévia da lista de trocas aos Legislativos dos nove maiores municípios da região metropolitana e do interior do Estado na tarde de sexta-feira, 5. Até aquele momento, estavam consolidadas 34 trocas em seis municípios (Campinas, Osasco, Santo André, São José dos Campos, Sorocaba e São José do Rio Preto), que possuem juntos 133 vereadores. As mudanças atingem, portanto, ao menos 25% dos mandatos.

O PSDB e o Cidadania lideram a lista de baixas nas grandes cidades da região metropolitana e do interior. Somando os dois, foram nove desfiliações e dois novos membros. A situação da capital, ainda que em menor grau, com a bancada reduzida a zero, se repete em Campinas (2), Sorocaba (2) e São José do Rio Preto (1), onde os filiados sofreram assédio de Podemos, PSD, PRD, União Brasil e Avante.

As outras quatro baixas da federação ocorreram em São José dos Campos, onde o PSDB e o Cidadania tinham sete cadeiras antes da janela partidária. A lista inclui o presidente da Câmara, Roberto do Eleven, que escolheu disputar a nova eleição pelo PSD. Os tucanos diminuíram o prejuízo filiando um vereador na cidade, fato que também ocorreu em Osasco, nesse caso, com saldo até então positivo.

Por outro lado, a bancada dos partidos em Santo André, composta por seis parlamentares, permanecia intacta na prévia enviada ao Estadão. A cidade é governada por Paulo Serra, presidente estadual do PSDB-Cidadania. Com isso, a dupla segue tendo a maior representação entre todos os partidos.

A “dança das cadeiras” nas grandes cidades do interior paulista favoreceu partidos como Podemos, União Brasil e PSD e trouxe prejuízos para PDT e PV, duas siglas de esquerda. Nesse campo, quem mais ganhou adeptos foi o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, com dois novos filiados e nenhuma baixa detectada no levantamento.

O PV perdeu, por exemplo, o presidente da Câmara de Campinas, Luiz Rossini, para o Republicanos. O partido de Tarcísio, por sua vez, foi trocado pelo líder do Legislativo de Santo André, Carlos Ferreira, agora no MDB. Não houve mudanças no PT. Já o PL ganhou dois novos membros, mas perdeu Cláudio Sorocaba, que preside os trabalhos no município, para o PSD.

Atualização (8/4): após a publicação da reportagem, foram constatadas outras duas trocas de partido, envolvendo as vereadoras Sandra Tadeu (PL) e Ely Teruel (MDB). Os dados foram corrigidos.

O MDB do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ampliou a representação parlamentar antes das eleições de 2024 e, agora, responde pela maior bancada da Câmara Municipal de São Paulo. A janela partidária, como é conhecido o prazo de 30 dias que autoriza os vereadores a trocarem de legenda sem risco de perda de mandato em ano eleitoral, fechou na sexta-feira, 5. Foram 17 trocas ao todo, além do retorno de três ex-secretários ao cargo.

Os emedebistas ganharam o reforço de seis parlamentares e perderam a companhia de apenas uma, ampliando de seis para 11 o número de cadeiras. Com isso, superaram o PT, que tinha oito vereadores e passou para nove. As mudanças não afetam o equilíbrio de forças entre governo e oposição na Casa, que continua amplamente favorável ao atual prefeito, na ordem de 70% do total de membros.

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara; sigla passa a ter maior bancada após janela partidária de 2024. Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo

O desafio do MDB agora é eleger ao menos essa mesma quantidade de vereadores em outubro, o que demandaria em torno de 1 milhão de votos em seus candidatos ou na legenda (quando o eleitor escolhe apenas os dois primeiros números no momento de votar para vereador), em um cálculo raso que leva em conta o quociente eleitoral de 2020. Os 11 membros atuais fizeram pouco mais de 238 mil votos no pleito passado.

Presidente do diretório municipal do partido, Enrico Misasi, entende ser possível chegar a 9 ou 10 cadeiras e relata que os parlamentares de dentro da base foram atraídos pelo protagonismo nas eleições. “O MDB é a linha de frente da campanha majoritária, por ser o partido do prefeito. Essa atratividade é pela centralidade no projeto político”, avalia. A sigla deve ser reforçada nas urnas ainda pelas ex-secretárias municipais Aline Torres, de Cultura, e Elza Paulina, de Segurança Urbana, dispensadas dos cargos para cumprir as regras eleitorais e viabilizar as candidaturas.

Em um cenário inverso, o período ficará marcado negativamente na história do PSDB como aquele em que a sigla — que detinha a maior bancada ao lado do PT, com oito vereadores — perdeu todos os seus representantes no Legislativo paulistano de uma só vez. Os tucanos entraram em confronto aberto com a direção nacional do partido, cobrando apoio à reeleição de Nunes, posição descartada ao longo das semanas. A falta de acordo resultou em uma debandada dos integrantes para siglas como MDB, PSD, PL e União Brasil.

Em entrevista ao Estadão, o ex-líder da bancada do PSDB, Gilson Barreto, agora no MDB, criticou as decisões tomadas de “cima para baixo” e afirmou que o partido será entregue “vazio” para a pré-candidata Tabata Amaral (PSB), referindo-se a uma preferência da militância por Nunes. José Aníbal, líder do diretório municipal, rebateu acusando a bancada de não querer “assumir a relevância e o protagonismo” do partido na cidade e justificando a rejeição ao prefeito pela sua aliança com o “golpismo” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além do MDB, outro partido que conseguiu atrair vereadores foi o PSD. A sigla comandada pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente secretário na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), dobrou a bancada, de três para seis parlamentares. Entre eles está Carlos Bezerra Júnior, ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social que estava há mais de 30 anos no PSDB. E outro que não está mais presente na Câmara é o Solidariedade, com a saída de Sidney Cruz. A sigla, no entanto, fechou apoio a Nunes e permanece administrando cargos na prefeitura.

PT e PL, partidos que rivalizam no plano federal, ampliaram os seus membros em uma e três cadeiras, respectivamente. Os petistas ganharam o reforço de Adriano Santos, antes no PSB. A outra troca na esquerda envolveu Jussara Basso, que deixou o PSOL rumo ao partido de Tabata. O PL perdeu Thammy Miranda, crítico de Bolsonaro, mas recebeu a ex-tucana Rute Costa, a vereadora Sandra Tadeu, do União Brasil, o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Social Gilberto Nascimento Júnior, que estava sem partido, e a bolsonarista Sonaira Fernandes, ex-secretária de Políticas para a Mulher do Estado, antes no Republicanos. Sonaira é uma das cotadas para vice na chapa de Nunes.

A expectativa é que a ampla maioria dos 55 vereadores de São Paulo disputem um novo mandato em 2024. Apenas dois parlamentares negaram essa intenção até o momento: o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), que faz jogo duro pela vaga de vice de Nunes, e Fernando Holiday (PL), ex-membro do MBL, que aderiu ao bolsonarismo; ele afirmou à CNN, em fevereiro, que pretende disputar as eleições apenas daqui a dois anos, para a Câmara dos Deputados.

Prévia das grandes cidades mostra tendência parecida

Nas cidades mais populosas de São Paulo, houve uma tendência similar à observada na capital. O Estadão solicitou a prévia da lista de trocas aos Legislativos dos nove maiores municípios da região metropolitana e do interior do Estado na tarde de sexta-feira, 5. Até aquele momento, estavam consolidadas 34 trocas em seis municípios (Campinas, Osasco, Santo André, São José dos Campos, Sorocaba e São José do Rio Preto), que possuem juntos 133 vereadores. As mudanças atingem, portanto, ao menos 25% dos mandatos.

O PSDB e o Cidadania lideram a lista de baixas nas grandes cidades da região metropolitana e do interior. Somando os dois, foram nove desfiliações e dois novos membros. A situação da capital, ainda que em menor grau, com a bancada reduzida a zero, se repete em Campinas (2), Sorocaba (2) e São José do Rio Preto (1), onde os filiados sofreram assédio de Podemos, PSD, PRD, União Brasil e Avante.

As outras quatro baixas da federação ocorreram em São José dos Campos, onde o PSDB e o Cidadania tinham sete cadeiras antes da janela partidária. A lista inclui o presidente da Câmara, Roberto do Eleven, que escolheu disputar a nova eleição pelo PSD. Os tucanos diminuíram o prejuízo filiando um vereador na cidade, fato que também ocorreu em Osasco, nesse caso, com saldo até então positivo.

Por outro lado, a bancada dos partidos em Santo André, composta por seis parlamentares, permanecia intacta na prévia enviada ao Estadão. A cidade é governada por Paulo Serra, presidente estadual do PSDB-Cidadania. Com isso, a dupla segue tendo a maior representação entre todos os partidos.

A “dança das cadeiras” nas grandes cidades do interior paulista favoreceu partidos como Podemos, União Brasil e PSD e trouxe prejuízos para PDT e PV, duas siglas de esquerda. Nesse campo, quem mais ganhou adeptos foi o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, com dois novos filiados e nenhuma baixa detectada no levantamento.

O PV perdeu, por exemplo, o presidente da Câmara de Campinas, Luiz Rossini, para o Republicanos. O partido de Tarcísio, por sua vez, foi trocado pelo líder do Legislativo de Santo André, Carlos Ferreira, agora no MDB. Não houve mudanças no PT. Já o PL ganhou dois novos membros, mas perdeu Cláudio Sorocaba, que preside os trabalhos no município, para o PSD.

Atualização (8/4): após a publicação da reportagem, foram constatadas outras duas trocas de partido, envolvendo as vereadoras Sandra Tadeu (PL) e Ely Teruel (MDB). Os dados foram corrigidos.

O MDB do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ampliou a representação parlamentar antes das eleições de 2024 e, agora, responde pela maior bancada da Câmara Municipal de São Paulo. A janela partidária, como é conhecido o prazo de 30 dias que autoriza os vereadores a trocarem de legenda sem risco de perda de mandato em ano eleitoral, fechou na sexta-feira, 5. Foram 17 trocas ao todo, além do retorno de três ex-secretários ao cargo.

Os emedebistas ganharam o reforço de seis parlamentares e perderam a companhia de apenas uma, ampliando de seis para 11 o número de cadeiras. Com isso, superaram o PT, que tinha oito vereadores e passou para nove. As mudanças não afetam o equilíbrio de forças entre governo e oposição na Casa, que continua amplamente favorável ao atual prefeito, na ordem de 70% do total de membros.

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara; sigla passa a ter maior bancada após janela partidária de 2024. Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo

O desafio do MDB agora é eleger ao menos essa mesma quantidade de vereadores em outubro, o que demandaria em torno de 1 milhão de votos em seus candidatos ou na legenda (quando o eleitor escolhe apenas os dois primeiros números no momento de votar para vereador), em um cálculo raso que leva em conta o quociente eleitoral de 2020. Os 11 membros atuais fizeram pouco mais de 238 mil votos no pleito passado.

Presidente do diretório municipal do partido, Enrico Misasi, entende ser possível chegar a 9 ou 10 cadeiras e relata que os parlamentares de dentro da base foram atraídos pelo protagonismo nas eleições. “O MDB é a linha de frente da campanha majoritária, por ser o partido do prefeito. Essa atratividade é pela centralidade no projeto político”, avalia. A sigla deve ser reforçada nas urnas ainda pelas ex-secretárias municipais Aline Torres, de Cultura, e Elza Paulina, de Segurança Urbana, dispensadas dos cargos para cumprir as regras eleitorais e viabilizar as candidaturas.

Em um cenário inverso, o período ficará marcado negativamente na história do PSDB como aquele em que a sigla — que detinha a maior bancada ao lado do PT, com oito vereadores — perdeu todos os seus representantes no Legislativo paulistano de uma só vez. Os tucanos entraram em confronto aberto com a direção nacional do partido, cobrando apoio à reeleição de Nunes, posição descartada ao longo das semanas. A falta de acordo resultou em uma debandada dos integrantes para siglas como MDB, PSD, PL e União Brasil.

Em entrevista ao Estadão, o ex-líder da bancada do PSDB, Gilson Barreto, agora no MDB, criticou as decisões tomadas de “cima para baixo” e afirmou que o partido será entregue “vazio” para a pré-candidata Tabata Amaral (PSB), referindo-se a uma preferência da militância por Nunes. José Aníbal, líder do diretório municipal, rebateu acusando a bancada de não querer “assumir a relevância e o protagonismo” do partido na cidade e justificando a rejeição ao prefeito pela sua aliança com o “golpismo” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além do MDB, outro partido que conseguiu atrair vereadores foi o PSD. A sigla comandada pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente secretário na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), dobrou a bancada, de três para seis parlamentares. Entre eles está Carlos Bezerra Júnior, ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social que estava há mais de 30 anos no PSDB. E outro que não está mais presente na Câmara é o Solidariedade, com a saída de Sidney Cruz. A sigla, no entanto, fechou apoio a Nunes e permanece administrando cargos na prefeitura.

PT e PL, partidos que rivalizam no plano federal, ampliaram os seus membros em uma e três cadeiras, respectivamente. Os petistas ganharam o reforço de Adriano Santos, antes no PSB. A outra troca na esquerda envolveu Jussara Basso, que deixou o PSOL rumo ao partido de Tabata. O PL perdeu Thammy Miranda, crítico de Bolsonaro, mas recebeu a ex-tucana Rute Costa, a vereadora Sandra Tadeu, do União Brasil, o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Social Gilberto Nascimento Júnior, que estava sem partido, e a bolsonarista Sonaira Fernandes, ex-secretária de Políticas para a Mulher do Estado, antes no Republicanos. Sonaira é uma das cotadas para vice na chapa de Nunes.

A expectativa é que a ampla maioria dos 55 vereadores de São Paulo disputem um novo mandato em 2024. Apenas dois parlamentares negaram essa intenção até o momento: o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), que faz jogo duro pela vaga de vice de Nunes, e Fernando Holiday (PL), ex-membro do MBL, que aderiu ao bolsonarismo; ele afirmou à CNN, em fevereiro, que pretende disputar as eleições apenas daqui a dois anos, para a Câmara dos Deputados.

Prévia das grandes cidades mostra tendência parecida

Nas cidades mais populosas de São Paulo, houve uma tendência similar à observada na capital. O Estadão solicitou a prévia da lista de trocas aos Legislativos dos nove maiores municípios da região metropolitana e do interior do Estado na tarde de sexta-feira, 5. Até aquele momento, estavam consolidadas 34 trocas em seis municípios (Campinas, Osasco, Santo André, São José dos Campos, Sorocaba e São José do Rio Preto), que possuem juntos 133 vereadores. As mudanças atingem, portanto, ao menos 25% dos mandatos.

O PSDB e o Cidadania lideram a lista de baixas nas grandes cidades da região metropolitana e do interior. Somando os dois, foram nove desfiliações e dois novos membros. A situação da capital, ainda que em menor grau, com a bancada reduzida a zero, se repete em Campinas (2), Sorocaba (2) e São José do Rio Preto (1), onde os filiados sofreram assédio de Podemos, PSD, PRD, União Brasil e Avante.

As outras quatro baixas da federação ocorreram em São José dos Campos, onde o PSDB e o Cidadania tinham sete cadeiras antes da janela partidária. A lista inclui o presidente da Câmara, Roberto do Eleven, que escolheu disputar a nova eleição pelo PSD. Os tucanos diminuíram o prejuízo filiando um vereador na cidade, fato que também ocorreu em Osasco, nesse caso, com saldo até então positivo.

Por outro lado, a bancada dos partidos em Santo André, composta por seis parlamentares, permanecia intacta na prévia enviada ao Estadão. A cidade é governada por Paulo Serra, presidente estadual do PSDB-Cidadania. Com isso, a dupla segue tendo a maior representação entre todos os partidos.

A “dança das cadeiras” nas grandes cidades do interior paulista favoreceu partidos como Podemos, União Brasil e PSD e trouxe prejuízos para PDT e PV, duas siglas de esquerda. Nesse campo, quem mais ganhou adeptos foi o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, com dois novos filiados e nenhuma baixa detectada no levantamento.

O PV perdeu, por exemplo, o presidente da Câmara de Campinas, Luiz Rossini, para o Republicanos. O partido de Tarcísio, por sua vez, foi trocado pelo líder do Legislativo de Santo André, Carlos Ferreira, agora no MDB. Não houve mudanças no PT. Já o PL ganhou dois novos membros, mas perdeu Cláudio Sorocaba, que preside os trabalhos no município, para o PSD.

Atualização (8/4): após a publicação da reportagem, foram constatadas outras duas trocas de partido, envolvendo as vereadoras Sandra Tadeu (PL) e Ely Teruel (MDB). Os dados foram corrigidos.

O MDB do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, ampliou a representação parlamentar antes das eleições de 2024 e, agora, responde pela maior bancada da Câmara Municipal de São Paulo. A janela partidária, como é conhecido o prazo de 30 dias que autoriza os vereadores a trocarem de legenda sem risco de perda de mandato em ano eleitoral, fechou na sexta-feira, 5. Foram 17 trocas ao todo, além do retorno de três ex-secretários ao cargo.

Os emedebistas ganharam o reforço de seis parlamentares e perderam a companhia de apenas uma, ampliando de seis para 11 o número de cadeiras. Com isso, superaram o PT, que tinha oito vereadores e passou para nove. As mudanças não afetam o equilíbrio de forças entre governo e oposição na Casa, que continua amplamente favorável ao atual prefeito, na ordem de 70% do total de membros.

Prefeito Ricardo Nunes (MDB) na Câmara; sigla passa a ter maior bancada após janela partidária de 2024. Foto: André Bueno/Câmara Municipal de São Paulo

O desafio do MDB agora é eleger ao menos essa mesma quantidade de vereadores em outubro, o que demandaria em torno de 1 milhão de votos em seus candidatos ou na legenda (quando o eleitor escolhe apenas os dois primeiros números no momento de votar para vereador), em um cálculo raso que leva em conta o quociente eleitoral de 2020. Os 11 membros atuais fizeram pouco mais de 238 mil votos no pleito passado.

Presidente do diretório municipal do partido, Enrico Misasi, entende ser possível chegar a 9 ou 10 cadeiras e relata que os parlamentares de dentro da base foram atraídos pelo protagonismo nas eleições. “O MDB é a linha de frente da campanha majoritária, por ser o partido do prefeito. Essa atratividade é pela centralidade no projeto político”, avalia. A sigla deve ser reforçada nas urnas ainda pelas ex-secretárias municipais Aline Torres, de Cultura, e Elza Paulina, de Segurança Urbana, dispensadas dos cargos para cumprir as regras eleitorais e viabilizar as candidaturas.

Em um cenário inverso, o período ficará marcado negativamente na história do PSDB como aquele em que a sigla — que detinha a maior bancada ao lado do PT, com oito vereadores — perdeu todos os seus representantes no Legislativo paulistano de uma só vez. Os tucanos entraram em confronto aberto com a direção nacional do partido, cobrando apoio à reeleição de Nunes, posição descartada ao longo das semanas. A falta de acordo resultou em uma debandada dos integrantes para siglas como MDB, PSD, PL e União Brasil.

Em entrevista ao Estadão, o ex-líder da bancada do PSDB, Gilson Barreto, agora no MDB, criticou as decisões tomadas de “cima para baixo” e afirmou que o partido será entregue “vazio” para a pré-candidata Tabata Amaral (PSB), referindo-se a uma preferência da militância por Nunes. José Aníbal, líder do diretório municipal, rebateu acusando a bancada de não querer “assumir a relevância e o protagonismo” do partido na cidade e justificando a rejeição ao prefeito pela sua aliança com o “golpismo” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Além do MDB, outro partido que conseguiu atrair vereadores foi o PSD. A sigla comandada pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, atualmente secretário na gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), dobrou a bancada, de três para seis parlamentares. Entre eles está Carlos Bezerra Júnior, ex-secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social que estava há mais de 30 anos no PSDB. E outro que não está mais presente na Câmara é o Solidariedade, com a saída de Sidney Cruz. A sigla, no entanto, fechou apoio a Nunes e permanece administrando cargos na prefeitura.

PT e PL, partidos que rivalizam no plano federal, ampliaram os seus membros em uma e três cadeiras, respectivamente. Os petistas ganharam o reforço de Adriano Santos, antes no PSB. A outra troca na esquerda envolveu Jussara Basso, que deixou o PSOL rumo ao partido de Tabata. O PL perdeu Thammy Miranda, crítico de Bolsonaro, mas recebeu a ex-tucana Rute Costa, a vereadora Sandra Tadeu, do União Brasil, o ex-secretário estadual de Desenvolvimento Social Gilberto Nascimento Júnior, que estava sem partido, e a bolsonarista Sonaira Fernandes, ex-secretária de Políticas para a Mulher do Estado, antes no Republicanos. Sonaira é uma das cotadas para vice na chapa de Nunes.

A expectativa é que a ampla maioria dos 55 vereadores de São Paulo disputem um novo mandato em 2024. Apenas dois parlamentares negaram essa intenção até o momento: o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), que faz jogo duro pela vaga de vice de Nunes, e Fernando Holiday (PL), ex-membro do MBL, que aderiu ao bolsonarismo; ele afirmou à CNN, em fevereiro, que pretende disputar as eleições apenas daqui a dois anos, para a Câmara dos Deputados.

Prévia das grandes cidades mostra tendência parecida

Nas cidades mais populosas de São Paulo, houve uma tendência similar à observada na capital. O Estadão solicitou a prévia da lista de trocas aos Legislativos dos nove maiores municípios da região metropolitana e do interior do Estado na tarde de sexta-feira, 5. Até aquele momento, estavam consolidadas 34 trocas em seis municípios (Campinas, Osasco, Santo André, São José dos Campos, Sorocaba e São José do Rio Preto), que possuem juntos 133 vereadores. As mudanças atingem, portanto, ao menos 25% dos mandatos.

O PSDB e o Cidadania lideram a lista de baixas nas grandes cidades da região metropolitana e do interior. Somando os dois, foram nove desfiliações e dois novos membros. A situação da capital, ainda que em menor grau, com a bancada reduzida a zero, se repete em Campinas (2), Sorocaba (2) e São José do Rio Preto (1), onde os filiados sofreram assédio de Podemos, PSD, PRD, União Brasil e Avante.

As outras quatro baixas da federação ocorreram em São José dos Campos, onde o PSDB e o Cidadania tinham sete cadeiras antes da janela partidária. A lista inclui o presidente da Câmara, Roberto do Eleven, que escolheu disputar a nova eleição pelo PSD. Os tucanos diminuíram o prejuízo filiando um vereador na cidade, fato que também ocorreu em Osasco, nesse caso, com saldo até então positivo.

Por outro lado, a bancada dos partidos em Santo André, composta por seis parlamentares, permanecia intacta na prévia enviada ao Estadão. A cidade é governada por Paulo Serra, presidente estadual do PSDB-Cidadania. Com isso, a dupla segue tendo a maior representação entre todos os partidos.

A “dança das cadeiras” nas grandes cidades do interior paulista favoreceu partidos como Podemos, União Brasil e PSD e trouxe prejuízos para PDT e PV, duas siglas de esquerda. Nesse campo, quem mais ganhou adeptos foi o PSB, do vice-presidente Geraldo Alckmin, com dois novos filiados e nenhuma baixa detectada no levantamento.

O PV perdeu, por exemplo, o presidente da Câmara de Campinas, Luiz Rossini, para o Republicanos. O partido de Tarcísio, por sua vez, foi trocado pelo líder do Legislativo de Santo André, Carlos Ferreira, agora no MDB. Não houve mudanças no PT. Já o PL ganhou dois novos membros, mas perdeu Cláudio Sorocaba, que preside os trabalhos no município, para o PSD.

Atualização (8/4): após a publicação da reportagem, foram constatadas outras duas trocas de partido, envolvendo as vereadoras Sandra Tadeu (PL) e Ely Teruel (MDB). Os dados foram corrigidos.

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