Datafolha: ‘Efeito 7 de Setembro’ foi abaixo do esperado para Bolsonaro; leia análise


Apoiadores do presidente esperavam que a distância para Lula diminuísse significativamente, mas petista continua liderando nas mesmas bases das últimas semanas

Por Mario Vitor Rodrigues
Atualização:

Monopolizadas as atenções durante todo o feriado, e reunindo multidões em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, havia uma grande expectativa na campanha Jair Bolsonaro pela primeira pesquisa depois dos comícios realizados na esteira das comemorações pelos 200 anos de Independência. Tanto o presidente quanto seus apoiadores esperavam que a distância para Lula diminuísse significativamente. A realidade, contudo, foi madrasta.

Os resultados da consulta aplicada nos dias 8 e 9, portanto concluída ainda nesta sexta-feira, revelaram que Lula continua liderando as intenções de voto nas mesmas bases das últimas semana: 45%, contra 34% de Bolsonaro, 7% de Ciro Gomes e 5% de Simone Tebet. Há oito dias, quando da última pesquisa do mesmo instituto, Lula tinha 45% contra 32% de Bolsonaro.

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Vale lembrar que, para além das manifestações no dia 7, ao que tudo indica ilegais — partidos como PT, PDT, PV, Rede e União Brasil já se movimentam para barrar na Justiça o uso de imagens em propagandas de campanha, alegando uso indevido de dinheiro público —, o Datafolha também pinçou outros dois eventos significativos para ambos os polos da corrida presidencial: de um lado, a subida no tom contra Lula, inclusive usando o termo “ladrão”, de modo a relembrar os escândalos de corrupção nos governos do PT e assim reforçar o antipetismo; de outro, as notícias dando conta dos envolvimentos de filhos e familiares do presidente na compra de imóveis com dinheiro vivo. Um total de 51 propriedades em três décadas.

O presidente Jair Bolsonaro durante desfile militar no 7 de Setembro em Brasília Foto: Eraldo Peres/AP - 7/9/2022
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O Datafolha revelou ainda o grau de rejeição em relação aos candidatos e a preferência do eleitor no segundo turno. Nos dois casos, também não há motivo para comemoração por parte dos bolsonaristas: fosse hoje o segundo turno, Lula venceria com 53% dos votos, contra 39% do atual presidente. Enquanto Lula é rejeitado por 39%, Bolsonaro bate a marca de 51% – um patamar proibitivo para quem deseja se manter no cargo.

Como se pôde verificar, nenhuma cartada teve o condão de mudar drasticamente os parâmetros da disputa. Olhando especialmente para os eventos do dia da Independência, porém, o cenário que a pesquisa descortina não surpreende.

A Avenida Paulista, a praia de Copacabana e a Esplanada dos Ministérios ficaram lotadas, de fato, mas isso se deu porque cerca de 30% dos brasileiros apoiam Bolsonaro incondicionalmente. Por maior que seja esse clamor, todavia, ele se torna estéril se não é capaz de furar a própria bolha.

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Se ambos os candidatos se empenhassem tanto para reforçar a dicotomia, provavelmente ainda haveria tempo de buscar votos novos, de eleitores avessos a idolatrias e extremismos. No caso de Bolsonaro, atrás nas pesquisas, rejeitado pela maioria e correndo contra o tempo, uma urgência ainda maior.

MARIO VITOR RODRIGUES É JORNALISTA

Monopolizadas as atenções durante todo o feriado, e reunindo multidões em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, havia uma grande expectativa na campanha Jair Bolsonaro pela primeira pesquisa depois dos comícios realizados na esteira das comemorações pelos 200 anos de Independência. Tanto o presidente quanto seus apoiadores esperavam que a distância para Lula diminuísse significativamente. A realidade, contudo, foi madrasta.

Os resultados da consulta aplicada nos dias 8 e 9, portanto concluída ainda nesta sexta-feira, revelaram que Lula continua liderando as intenções de voto nas mesmas bases das últimas semana: 45%, contra 34% de Bolsonaro, 7% de Ciro Gomes e 5% de Simone Tebet. Há oito dias, quando da última pesquisa do mesmo instituto, Lula tinha 45% contra 32% de Bolsonaro.

Vale lembrar que, para além das manifestações no dia 7, ao que tudo indica ilegais — partidos como PT, PDT, PV, Rede e União Brasil já se movimentam para barrar na Justiça o uso de imagens em propagandas de campanha, alegando uso indevido de dinheiro público —, o Datafolha também pinçou outros dois eventos significativos para ambos os polos da corrida presidencial: de um lado, a subida no tom contra Lula, inclusive usando o termo “ladrão”, de modo a relembrar os escândalos de corrupção nos governos do PT e assim reforçar o antipetismo; de outro, as notícias dando conta dos envolvimentos de filhos e familiares do presidente na compra de imóveis com dinheiro vivo. Um total de 51 propriedades em três décadas.

O presidente Jair Bolsonaro durante desfile militar no 7 de Setembro em Brasília Foto: Eraldo Peres/AP - 7/9/2022

O Datafolha revelou ainda o grau de rejeição em relação aos candidatos e a preferência do eleitor no segundo turno. Nos dois casos, também não há motivo para comemoração por parte dos bolsonaristas: fosse hoje o segundo turno, Lula venceria com 53% dos votos, contra 39% do atual presidente. Enquanto Lula é rejeitado por 39%, Bolsonaro bate a marca de 51% – um patamar proibitivo para quem deseja se manter no cargo.

Como se pôde verificar, nenhuma cartada teve o condão de mudar drasticamente os parâmetros da disputa. Olhando especialmente para os eventos do dia da Independência, porém, o cenário que a pesquisa descortina não surpreende.

A Avenida Paulista, a praia de Copacabana e a Esplanada dos Ministérios ficaram lotadas, de fato, mas isso se deu porque cerca de 30% dos brasileiros apoiam Bolsonaro incondicionalmente. Por maior que seja esse clamor, todavia, ele se torna estéril se não é capaz de furar a própria bolha.

Se ambos os candidatos se empenhassem tanto para reforçar a dicotomia, provavelmente ainda haveria tempo de buscar votos novos, de eleitores avessos a idolatrias e extremismos. No caso de Bolsonaro, atrás nas pesquisas, rejeitado pela maioria e correndo contra o tempo, uma urgência ainda maior.

MARIO VITOR RODRIGUES É JORNALISTA

Monopolizadas as atenções durante todo o feriado, e reunindo multidões em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, havia uma grande expectativa na campanha Jair Bolsonaro pela primeira pesquisa depois dos comícios realizados na esteira das comemorações pelos 200 anos de Independência. Tanto o presidente quanto seus apoiadores esperavam que a distância para Lula diminuísse significativamente. A realidade, contudo, foi madrasta.

Os resultados da consulta aplicada nos dias 8 e 9, portanto concluída ainda nesta sexta-feira, revelaram que Lula continua liderando as intenções de voto nas mesmas bases das últimas semana: 45%, contra 34% de Bolsonaro, 7% de Ciro Gomes e 5% de Simone Tebet. Há oito dias, quando da última pesquisa do mesmo instituto, Lula tinha 45% contra 32% de Bolsonaro.

Vale lembrar que, para além das manifestações no dia 7, ao que tudo indica ilegais — partidos como PT, PDT, PV, Rede e União Brasil já se movimentam para barrar na Justiça o uso de imagens em propagandas de campanha, alegando uso indevido de dinheiro público —, o Datafolha também pinçou outros dois eventos significativos para ambos os polos da corrida presidencial: de um lado, a subida no tom contra Lula, inclusive usando o termo “ladrão”, de modo a relembrar os escândalos de corrupção nos governos do PT e assim reforçar o antipetismo; de outro, as notícias dando conta dos envolvimentos de filhos e familiares do presidente na compra de imóveis com dinheiro vivo. Um total de 51 propriedades em três décadas.

O presidente Jair Bolsonaro durante desfile militar no 7 de Setembro em Brasília Foto: Eraldo Peres/AP - 7/9/2022

O Datafolha revelou ainda o grau de rejeição em relação aos candidatos e a preferência do eleitor no segundo turno. Nos dois casos, também não há motivo para comemoração por parte dos bolsonaristas: fosse hoje o segundo turno, Lula venceria com 53% dos votos, contra 39% do atual presidente. Enquanto Lula é rejeitado por 39%, Bolsonaro bate a marca de 51% – um patamar proibitivo para quem deseja se manter no cargo.

Como se pôde verificar, nenhuma cartada teve o condão de mudar drasticamente os parâmetros da disputa. Olhando especialmente para os eventos do dia da Independência, porém, o cenário que a pesquisa descortina não surpreende.

A Avenida Paulista, a praia de Copacabana e a Esplanada dos Ministérios ficaram lotadas, de fato, mas isso se deu porque cerca de 30% dos brasileiros apoiam Bolsonaro incondicionalmente. Por maior que seja esse clamor, todavia, ele se torna estéril se não é capaz de furar a própria bolha.

Se ambos os candidatos se empenhassem tanto para reforçar a dicotomia, provavelmente ainda haveria tempo de buscar votos novos, de eleitores avessos a idolatrias e extremismos. No caso de Bolsonaro, atrás nas pesquisas, rejeitado pela maioria e correndo contra o tempo, uma urgência ainda maior.

MARIO VITOR RODRIGUES É JORNALISTA

Monopolizadas as atenções durante todo o feriado, e reunindo multidões em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, havia uma grande expectativa na campanha Jair Bolsonaro pela primeira pesquisa depois dos comícios realizados na esteira das comemorações pelos 200 anos de Independência. Tanto o presidente quanto seus apoiadores esperavam que a distância para Lula diminuísse significativamente. A realidade, contudo, foi madrasta.

Os resultados da consulta aplicada nos dias 8 e 9, portanto concluída ainda nesta sexta-feira, revelaram que Lula continua liderando as intenções de voto nas mesmas bases das últimas semana: 45%, contra 34% de Bolsonaro, 7% de Ciro Gomes e 5% de Simone Tebet. Há oito dias, quando da última pesquisa do mesmo instituto, Lula tinha 45% contra 32% de Bolsonaro.

Vale lembrar que, para além das manifestações no dia 7, ao que tudo indica ilegais — partidos como PT, PDT, PV, Rede e União Brasil já se movimentam para barrar na Justiça o uso de imagens em propagandas de campanha, alegando uso indevido de dinheiro público —, o Datafolha também pinçou outros dois eventos significativos para ambos os polos da corrida presidencial: de um lado, a subida no tom contra Lula, inclusive usando o termo “ladrão”, de modo a relembrar os escândalos de corrupção nos governos do PT e assim reforçar o antipetismo; de outro, as notícias dando conta dos envolvimentos de filhos e familiares do presidente na compra de imóveis com dinheiro vivo. Um total de 51 propriedades em três décadas.

O presidente Jair Bolsonaro durante desfile militar no 7 de Setembro em Brasília Foto: Eraldo Peres/AP - 7/9/2022

O Datafolha revelou ainda o grau de rejeição em relação aos candidatos e a preferência do eleitor no segundo turno. Nos dois casos, também não há motivo para comemoração por parte dos bolsonaristas: fosse hoje o segundo turno, Lula venceria com 53% dos votos, contra 39% do atual presidente. Enquanto Lula é rejeitado por 39%, Bolsonaro bate a marca de 51% – um patamar proibitivo para quem deseja se manter no cargo.

Como se pôde verificar, nenhuma cartada teve o condão de mudar drasticamente os parâmetros da disputa. Olhando especialmente para os eventos do dia da Independência, porém, o cenário que a pesquisa descortina não surpreende.

A Avenida Paulista, a praia de Copacabana e a Esplanada dos Ministérios ficaram lotadas, de fato, mas isso se deu porque cerca de 30% dos brasileiros apoiam Bolsonaro incondicionalmente. Por maior que seja esse clamor, todavia, ele se torna estéril se não é capaz de furar a própria bolha.

Se ambos os candidatos se empenhassem tanto para reforçar a dicotomia, provavelmente ainda haveria tempo de buscar votos novos, de eleitores avessos a idolatrias e extremismos. No caso de Bolsonaro, atrás nas pesquisas, rejeitado pela maioria e correndo contra o tempo, uma urgência ainda maior.

MARIO VITOR RODRIGUES É JORNALISTA

Monopolizadas as atenções durante todo o feriado, e reunindo multidões em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, havia uma grande expectativa na campanha Jair Bolsonaro pela primeira pesquisa depois dos comícios realizados na esteira das comemorações pelos 200 anos de Independência. Tanto o presidente quanto seus apoiadores esperavam que a distância para Lula diminuísse significativamente. A realidade, contudo, foi madrasta.

Os resultados da consulta aplicada nos dias 8 e 9, portanto concluída ainda nesta sexta-feira, revelaram que Lula continua liderando as intenções de voto nas mesmas bases das últimas semana: 45%, contra 34% de Bolsonaro, 7% de Ciro Gomes e 5% de Simone Tebet. Há oito dias, quando da última pesquisa do mesmo instituto, Lula tinha 45% contra 32% de Bolsonaro.

Vale lembrar que, para além das manifestações no dia 7, ao que tudo indica ilegais — partidos como PT, PDT, PV, Rede e União Brasil já se movimentam para barrar na Justiça o uso de imagens em propagandas de campanha, alegando uso indevido de dinheiro público —, o Datafolha também pinçou outros dois eventos significativos para ambos os polos da corrida presidencial: de um lado, a subida no tom contra Lula, inclusive usando o termo “ladrão”, de modo a relembrar os escândalos de corrupção nos governos do PT e assim reforçar o antipetismo; de outro, as notícias dando conta dos envolvimentos de filhos e familiares do presidente na compra de imóveis com dinheiro vivo. Um total de 51 propriedades em três décadas.

O presidente Jair Bolsonaro durante desfile militar no 7 de Setembro em Brasília Foto: Eraldo Peres/AP - 7/9/2022

O Datafolha revelou ainda o grau de rejeição em relação aos candidatos e a preferência do eleitor no segundo turno. Nos dois casos, também não há motivo para comemoração por parte dos bolsonaristas: fosse hoje o segundo turno, Lula venceria com 53% dos votos, contra 39% do atual presidente. Enquanto Lula é rejeitado por 39%, Bolsonaro bate a marca de 51% – um patamar proibitivo para quem deseja se manter no cargo.

Como se pôde verificar, nenhuma cartada teve o condão de mudar drasticamente os parâmetros da disputa. Olhando especialmente para os eventos do dia da Independência, porém, o cenário que a pesquisa descortina não surpreende.

A Avenida Paulista, a praia de Copacabana e a Esplanada dos Ministérios ficaram lotadas, de fato, mas isso se deu porque cerca de 30% dos brasileiros apoiam Bolsonaro incondicionalmente. Por maior que seja esse clamor, todavia, ele se torna estéril se não é capaz de furar a própria bolha.

Se ambos os candidatos se empenhassem tanto para reforçar a dicotomia, provavelmente ainda haveria tempo de buscar votos novos, de eleitores avessos a idolatrias e extremismos. No caso de Bolsonaro, atrás nas pesquisas, rejeitado pela maioria e correndo contra o tempo, uma urgência ainda maior.

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