Datena fora: saiba quem tenta ser o candidato de Bolsonaro ao Senado em SP


Saída do apresentador, que era líder nas pesquisas, intensificou disputa entre pré-candidatos de direita no Estado

Por Davi Medeiros
Atualização:

A saída de José Luiz Datena (PSC) da corrida eleitoral de São Paulo abriu uma lacuna no palanque estadual do bolsonarismo, que, por ora, deixou de ter um pré-candidato ao Senado na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). O apresentador, que tinha o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou nesta quinta-feira, 30, que decidiu seguir à frente de seu programa jornalístico na televisão, abrindo mão da vida política. Agora, sua ausência é vista como uma oportunidade para que outros nomes ligados à direita capturem os votos dos apoiadores do governo.

A chapa bolsonarista em São Paulo é palco de disputa desde o início do ano. Em janeiro, a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB), que pretende disputar o Senado, trocou farpas com os ex-ministros Abraham Weintraub e Ricardo Salles após sugerir uma “frente ampla de direita” para o Congresso, ela inclusa. À época, possivelmente mirando a formação de um palanque, ela fez uma série de elogios públicos a Tarcísio de Freitas, em quem disse ter identificado “inteligência diferenciada” e “agilidade de pensamento”.

O apresentador José Luiz Datena era o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como nome do bolsonarismo para o Senado em São Paulo. Na foto, além dele e do presidente, estão o ex-ministro Tarcísio de Freitas e o empresário Paulo Skaf.  Foto: Junior Ruiz
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Desde então, Paschoal, cuja relação com o presidente Bolsonaro é de vaivém, já fez críticas a Freitas e ao próprio presidente. No último domingo, 26, a deputada chamou a atenção do pré-candidato ao governo após ele fazer uma publicação sobre respeito às mulheres. Segundo ela, o ex-ministro disse à dirigente do PRTB que Janaina precisa “colaborar”. A parlamentar afirma com frequência ser “independente”, e não “submissa ao bolsonarismo”.

“Não adianta dizer que respeita as mulheres e ligar para a dirigente do meu partido dizendo que, apesar de eu ser a mais capacitada, preciso ‘colaborar’. Qual a diferença entre você e (Rodrigo) Garcia?”, provocou Janaina.

A deputada Janaina Paschoal (PRTB) em reunião na Alesp em 21/6/22. Foto: Larissa Navarro/Alesp
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Ao Estadão, a deputada afirmou não crer que vá ser a escolhida pelo presidente Bolsonaro para ter apoio ao Senado. Segundo ela, sua independência faz com que o presidente tenha “medo” de sua eleição. “Ele diz que sou independente demais”, disse. Em outra ocasião, no Twitter, a deputada criticou o chefe do Executivo por ele querer, segundo ela, um “Senado de pau mandado”.

A publicação era uma referência à deputada federal Carla Zambelli (PL-DF), que, oficialmente, se diz pré-candidata à reeleição na Câmara, mas vinha sendo aventada por Bolsonaro como segunda opção caso Datena desistisse. Assumindo a disputa, Zambelli disse, em entrevista ao programa Pânico, que ficou chateada por ter sido chamada de despreparada por Janaina, a quem considera uma “amiga”.

“O presidente me tem como soldada. Eu prefiro ser chamada de pau mandado do que oscilar. Eu sempre estou na mesma linha, desde o começo”, disse. No Twitter, completou: “É por essas e outras que me pedem para considerar o Senado”.

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em reunião na Câmara em 11/5/22. Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Sem muitas aparições públicas e evitando trocar farpas com outros pré-candidatos, o empresário Paulo Skaf também integra o tabuleiro da direita paulista para o Senado. Embora seja considerado um bom nome por ter perfil empresarial, bolsonaristas temem que ele não tenha peso para trazer votos para Tarcísio.

Skaf migrou de partido em abril deste ano, confirmando sua disponibilidade para ser o candidato de Bolsonaro. Era um impeditivo ele ser filiado ao MDB, que deve estar no palanque do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Agora, ele é do Republicanos, legenda que abriga grande parte dos candidatos governistas este ano, incluindo Tarcísio de Freitas.

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Na mais recente pesquisa Exame/Ideia, Datena estava na liderança com 19% das intenções de voto para o Senado; Carla Zambelli (PL), 9%; Paulo Skaf (Republicanos), 8%; e Janaína Paschoal (PRTB), 6%. Vale lembrar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato. A opção de pulverizar o campo governista, porém, pode favorecer uma eventual candidatura de Márcio França (PSB), que teria a esquerda reunida em seu palanque.

Além de Janaína Paschoal, Carla Zambelli e Paulo Skaf, outros dois nomes de peso estão na disputa: o ex-ministro Ricardo Salles e o deputado Marco Feliciano, indicado pela bancada evangélica na Câmara. Salles tem ganhado destaque nas redes sociais e, recentemente, foi elogiado pelo presidente Bolsonaro em evento no Estado de São Paulo. Como mostrou o Estadão, a indicação de Feliciano é demanda antiga dos evangélicos.

A saída de José Luiz Datena (PSC) da corrida eleitoral de São Paulo abriu uma lacuna no palanque estadual do bolsonarismo, que, por ora, deixou de ter um pré-candidato ao Senado na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). O apresentador, que tinha o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou nesta quinta-feira, 30, que decidiu seguir à frente de seu programa jornalístico na televisão, abrindo mão da vida política. Agora, sua ausência é vista como uma oportunidade para que outros nomes ligados à direita capturem os votos dos apoiadores do governo.

A chapa bolsonarista em São Paulo é palco de disputa desde o início do ano. Em janeiro, a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB), que pretende disputar o Senado, trocou farpas com os ex-ministros Abraham Weintraub e Ricardo Salles após sugerir uma “frente ampla de direita” para o Congresso, ela inclusa. À época, possivelmente mirando a formação de um palanque, ela fez uma série de elogios públicos a Tarcísio de Freitas, em quem disse ter identificado “inteligência diferenciada” e “agilidade de pensamento”.

O apresentador José Luiz Datena era o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como nome do bolsonarismo para o Senado em São Paulo. Na foto, além dele e do presidente, estão o ex-ministro Tarcísio de Freitas e o empresário Paulo Skaf.  Foto: Junior Ruiz

Desde então, Paschoal, cuja relação com o presidente Bolsonaro é de vaivém, já fez críticas a Freitas e ao próprio presidente. No último domingo, 26, a deputada chamou a atenção do pré-candidato ao governo após ele fazer uma publicação sobre respeito às mulheres. Segundo ela, o ex-ministro disse à dirigente do PRTB que Janaina precisa “colaborar”. A parlamentar afirma com frequência ser “independente”, e não “submissa ao bolsonarismo”.

“Não adianta dizer que respeita as mulheres e ligar para a dirigente do meu partido dizendo que, apesar de eu ser a mais capacitada, preciso ‘colaborar’. Qual a diferença entre você e (Rodrigo) Garcia?”, provocou Janaina.

A deputada Janaina Paschoal (PRTB) em reunião na Alesp em 21/6/22. Foto: Larissa Navarro/Alesp

Ao Estadão, a deputada afirmou não crer que vá ser a escolhida pelo presidente Bolsonaro para ter apoio ao Senado. Segundo ela, sua independência faz com que o presidente tenha “medo” de sua eleição. “Ele diz que sou independente demais”, disse. Em outra ocasião, no Twitter, a deputada criticou o chefe do Executivo por ele querer, segundo ela, um “Senado de pau mandado”.

A publicação era uma referência à deputada federal Carla Zambelli (PL-DF), que, oficialmente, se diz pré-candidata à reeleição na Câmara, mas vinha sendo aventada por Bolsonaro como segunda opção caso Datena desistisse. Assumindo a disputa, Zambelli disse, em entrevista ao programa Pânico, que ficou chateada por ter sido chamada de despreparada por Janaina, a quem considera uma “amiga”.

“O presidente me tem como soldada. Eu prefiro ser chamada de pau mandado do que oscilar. Eu sempre estou na mesma linha, desde o começo”, disse. No Twitter, completou: “É por essas e outras que me pedem para considerar o Senado”.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em reunião na Câmara em 11/5/22. Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Sem muitas aparições públicas e evitando trocar farpas com outros pré-candidatos, o empresário Paulo Skaf também integra o tabuleiro da direita paulista para o Senado. Embora seja considerado um bom nome por ter perfil empresarial, bolsonaristas temem que ele não tenha peso para trazer votos para Tarcísio.

Skaf migrou de partido em abril deste ano, confirmando sua disponibilidade para ser o candidato de Bolsonaro. Era um impeditivo ele ser filiado ao MDB, que deve estar no palanque do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Agora, ele é do Republicanos, legenda que abriga grande parte dos candidatos governistas este ano, incluindo Tarcísio de Freitas.

Na mais recente pesquisa Exame/Ideia, Datena estava na liderança com 19% das intenções de voto para o Senado; Carla Zambelli (PL), 9%; Paulo Skaf (Republicanos), 8%; e Janaína Paschoal (PRTB), 6%. Vale lembrar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato. A opção de pulverizar o campo governista, porém, pode favorecer uma eventual candidatura de Márcio França (PSB), que teria a esquerda reunida em seu palanque.

Além de Janaína Paschoal, Carla Zambelli e Paulo Skaf, outros dois nomes de peso estão na disputa: o ex-ministro Ricardo Salles e o deputado Marco Feliciano, indicado pela bancada evangélica na Câmara. Salles tem ganhado destaque nas redes sociais e, recentemente, foi elogiado pelo presidente Bolsonaro em evento no Estado de São Paulo. Como mostrou o Estadão, a indicação de Feliciano é demanda antiga dos evangélicos.

A saída de José Luiz Datena (PSC) da corrida eleitoral de São Paulo abriu uma lacuna no palanque estadual do bolsonarismo, que, por ora, deixou de ter um pré-candidato ao Senado na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). O apresentador, que tinha o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou nesta quinta-feira, 30, que decidiu seguir à frente de seu programa jornalístico na televisão, abrindo mão da vida política. Agora, sua ausência é vista como uma oportunidade para que outros nomes ligados à direita capturem os votos dos apoiadores do governo.

A chapa bolsonarista em São Paulo é palco de disputa desde o início do ano. Em janeiro, a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB), que pretende disputar o Senado, trocou farpas com os ex-ministros Abraham Weintraub e Ricardo Salles após sugerir uma “frente ampla de direita” para o Congresso, ela inclusa. À época, possivelmente mirando a formação de um palanque, ela fez uma série de elogios públicos a Tarcísio de Freitas, em quem disse ter identificado “inteligência diferenciada” e “agilidade de pensamento”.

O apresentador José Luiz Datena era o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como nome do bolsonarismo para o Senado em São Paulo. Na foto, além dele e do presidente, estão o ex-ministro Tarcísio de Freitas e o empresário Paulo Skaf.  Foto: Junior Ruiz

Desde então, Paschoal, cuja relação com o presidente Bolsonaro é de vaivém, já fez críticas a Freitas e ao próprio presidente. No último domingo, 26, a deputada chamou a atenção do pré-candidato ao governo após ele fazer uma publicação sobre respeito às mulheres. Segundo ela, o ex-ministro disse à dirigente do PRTB que Janaina precisa “colaborar”. A parlamentar afirma com frequência ser “independente”, e não “submissa ao bolsonarismo”.

“Não adianta dizer que respeita as mulheres e ligar para a dirigente do meu partido dizendo que, apesar de eu ser a mais capacitada, preciso ‘colaborar’. Qual a diferença entre você e (Rodrigo) Garcia?”, provocou Janaina.

A deputada Janaina Paschoal (PRTB) em reunião na Alesp em 21/6/22. Foto: Larissa Navarro/Alesp

Ao Estadão, a deputada afirmou não crer que vá ser a escolhida pelo presidente Bolsonaro para ter apoio ao Senado. Segundo ela, sua independência faz com que o presidente tenha “medo” de sua eleição. “Ele diz que sou independente demais”, disse. Em outra ocasião, no Twitter, a deputada criticou o chefe do Executivo por ele querer, segundo ela, um “Senado de pau mandado”.

A publicação era uma referência à deputada federal Carla Zambelli (PL-DF), que, oficialmente, se diz pré-candidata à reeleição na Câmara, mas vinha sendo aventada por Bolsonaro como segunda opção caso Datena desistisse. Assumindo a disputa, Zambelli disse, em entrevista ao programa Pânico, que ficou chateada por ter sido chamada de despreparada por Janaina, a quem considera uma “amiga”.

“O presidente me tem como soldada. Eu prefiro ser chamada de pau mandado do que oscilar. Eu sempre estou na mesma linha, desde o começo”, disse. No Twitter, completou: “É por essas e outras que me pedem para considerar o Senado”.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em reunião na Câmara em 11/5/22. Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Sem muitas aparições públicas e evitando trocar farpas com outros pré-candidatos, o empresário Paulo Skaf também integra o tabuleiro da direita paulista para o Senado. Embora seja considerado um bom nome por ter perfil empresarial, bolsonaristas temem que ele não tenha peso para trazer votos para Tarcísio.

Skaf migrou de partido em abril deste ano, confirmando sua disponibilidade para ser o candidato de Bolsonaro. Era um impeditivo ele ser filiado ao MDB, que deve estar no palanque do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Agora, ele é do Republicanos, legenda que abriga grande parte dos candidatos governistas este ano, incluindo Tarcísio de Freitas.

Na mais recente pesquisa Exame/Ideia, Datena estava na liderança com 19% das intenções de voto para o Senado; Carla Zambelli (PL), 9%; Paulo Skaf (Republicanos), 8%; e Janaína Paschoal (PRTB), 6%. Vale lembrar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato. A opção de pulverizar o campo governista, porém, pode favorecer uma eventual candidatura de Márcio França (PSB), que teria a esquerda reunida em seu palanque.

Além de Janaína Paschoal, Carla Zambelli e Paulo Skaf, outros dois nomes de peso estão na disputa: o ex-ministro Ricardo Salles e o deputado Marco Feliciano, indicado pela bancada evangélica na Câmara. Salles tem ganhado destaque nas redes sociais e, recentemente, foi elogiado pelo presidente Bolsonaro em evento no Estado de São Paulo. Como mostrou o Estadão, a indicação de Feliciano é demanda antiga dos evangélicos.

A saída de José Luiz Datena (PSC) da corrida eleitoral de São Paulo abriu uma lacuna no palanque estadual do bolsonarismo, que, por ora, deixou de ter um pré-candidato ao Senado na chapa do ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos). O apresentador, que tinha o apoio declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL), anunciou nesta quinta-feira, 30, que decidiu seguir à frente de seu programa jornalístico na televisão, abrindo mão da vida política. Agora, sua ausência é vista como uma oportunidade para que outros nomes ligados à direita capturem os votos dos apoiadores do governo.

A chapa bolsonarista em São Paulo é palco de disputa desde o início do ano. Em janeiro, a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB), que pretende disputar o Senado, trocou farpas com os ex-ministros Abraham Weintraub e Ricardo Salles após sugerir uma “frente ampla de direita” para o Congresso, ela inclusa. À época, possivelmente mirando a formação de um palanque, ela fez uma série de elogios públicos a Tarcísio de Freitas, em quem disse ter identificado “inteligência diferenciada” e “agilidade de pensamento”.

O apresentador José Luiz Datena era o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) como nome do bolsonarismo para o Senado em São Paulo. Na foto, além dele e do presidente, estão o ex-ministro Tarcísio de Freitas e o empresário Paulo Skaf.  Foto: Junior Ruiz

Desde então, Paschoal, cuja relação com o presidente Bolsonaro é de vaivém, já fez críticas a Freitas e ao próprio presidente. No último domingo, 26, a deputada chamou a atenção do pré-candidato ao governo após ele fazer uma publicação sobre respeito às mulheres. Segundo ela, o ex-ministro disse à dirigente do PRTB que Janaina precisa “colaborar”. A parlamentar afirma com frequência ser “independente”, e não “submissa ao bolsonarismo”.

“Não adianta dizer que respeita as mulheres e ligar para a dirigente do meu partido dizendo que, apesar de eu ser a mais capacitada, preciso ‘colaborar’. Qual a diferença entre você e (Rodrigo) Garcia?”, provocou Janaina.

A deputada Janaina Paschoal (PRTB) em reunião na Alesp em 21/6/22. Foto: Larissa Navarro/Alesp

Ao Estadão, a deputada afirmou não crer que vá ser a escolhida pelo presidente Bolsonaro para ter apoio ao Senado. Segundo ela, sua independência faz com que o presidente tenha “medo” de sua eleição. “Ele diz que sou independente demais”, disse. Em outra ocasião, no Twitter, a deputada criticou o chefe do Executivo por ele querer, segundo ela, um “Senado de pau mandado”.

A publicação era uma referência à deputada federal Carla Zambelli (PL-DF), que, oficialmente, se diz pré-candidata à reeleição na Câmara, mas vinha sendo aventada por Bolsonaro como segunda opção caso Datena desistisse. Assumindo a disputa, Zambelli disse, em entrevista ao programa Pânico, que ficou chateada por ter sido chamada de despreparada por Janaina, a quem considera uma “amiga”.

“O presidente me tem como soldada. Eu prefiro ser chamada de pau mandado do que oscilar. Eu sempre estou na mesma linha, desde o começo”, disse. No Twitter, completou: “É por essas e outras que me pedem para considerar o Senado”.

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em reunião na Câmara em 11/5/22. Foto: Billy Boss/Câmara dos Deputados

Sem muitas aparições públicas e evitando trocar farpas com outros pré-candidatos, o empresário Paulo Skaf também integra o tabuleiro da direita paulista para o Senado. Embora seja considerado um bom nome por ter perfil empresarial, bolsonaristas temem que ele não tenha peso para trazer votos para Tarcísio.

Skaf migrou de partido em abril deste ano, confirmando sua disponibilidade para ser o candidato de Bolsonaro. Era um impeditivo ele ser filiado ao MDB, que deve estar no palanque do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Agora, ele é do Republicanos, legenda que abriga grande parte dos candidatos governistas este ano, incluindo Tarcísio de Freitas.

Na mais recente pesquisa Exame/Ideia, Datena estava na liderança com 19% das intenções de voto para o Senado; Carla Zambelli (PL), 9%; Paulo Skaf (Republicanos), 8%; e Janaína Paschoal (PRTB), 6%. Vale lembrar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que partidos de uma mesma coligação podem lançar mais de um candidato. A opção de pulverizar o campo governista, porém, pode favorecer uma eventual candidatura de Márcio França (PSB), que teria a esquerda reunida em seu palanque.

Além de Janaína Paschoal, Carla Zambelli e Paulo Skaf, outros dois nomes de peso estão na disputa: o ex-ministro Ricardo Salles e o deputado Marco Feliciano, indicado pela bancada evangélica na Câmara. Salles tem ganhado destaque nas redes sociais e, recentemente, foi elogiado pelo presidente Bolsonaro em evento no Estado de São Paulo. Como mostrou o Estadão, a indicação de Feliciano é demanda antiga dos evangélicos.

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