David Uip tem direito a sigilo sobre uso de cloroquina, dizem médicos


Infectologista confirmou que a receita de cloroquina atribuída a ele é verdadeira, mas não revelou se usou o medicamento

Por Bianca Gomes
Atualização:

O infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contigência para o novo coronavírus no Estado de São Paulo, agiu de acordo com a ética médica ao não revelar se fez uso da cloroquina para tratar a Covid-19, afirmam médicos ouvidos pelo Estado. Na última quarta-feira, 8, Uip confirmou que a foto que circulou nas redes sociais de uma receita médica de cloroquina atribuída a ele é verdadeira.

David Uip chefia o Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo Foto: GOVERNO SP
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Assim como os demais pacientes, Uip tem direito ao sigilo e à privacidade ao não divulgar se utilizou cloroquina em seu tratamento, segundo o infectologista Dirceu Greco, presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e professor da faculdade de medicina da UFMG.

“Qualquer pessoa em uma situação como a dele, em um momento em que não há ainda conhecimento técnico-científico e ético do real valor e eficácia desse tratamento, só pode divulgar tal informação quando os dados estiverem disponíveis”, disse o professor.

Greco reitera que não há comprovação de que o medicamento funciona o tratamento da Covid-19 e ainda não é possível estabelecer, com segurança, uma relação de “causa e efeito” entre uso da droga e cura da doença. “Situações de emergência não justificam passar por cima de questões bioéticas.”

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Ex-vice presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e hoje um dos conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Jecé Brandão afirma que Uip e todos os 460 mil médicos brasileiros têm o dever de apenas divulgar tratamentos médicos que sejam reconhecidos cientificamente. 

“É perfeitamente reconhecível que ele não queira expressar-se publicamente sobre um tratamento que não há nenhuma evidência concreta de que seja vantajoso ao paciente”, diz Brandão. Ele lembra que a cloroquina tem efeitos colaterais com potencial grave. “Inclusive, se a pessoa tem qualquer limitação cardíaca, ela pode até perder sua vida.” O remédio pode ter também outros efeitos adversos, hepáticos e visuais. 

Ele diz que há uma segurança ética de utilização do medicamento em casos graves da Covid-19, com autorização do paciente ou seu representante legal. “Quando os casos evoluem para a forma grave ou crítica parece que já há, apesar de não ter ensaios científicos que provem, um certo consenso em função de esses pacientes estarem em perigo de incorrer morte.”

O infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contigência para o novo coronavírus no Estado de São Paulo, agiu de acordo com a ética médica ao não revelar se fez uso da cloroquina para tratar a Covid-19, afirmam médicos ouvidos pelo Estado. Na última quarta-feira, 8, Uip confirmou que a foto que circulou nas redes sociais de uma receita médica de cloroquina atribuída a ele é verdadeira.

David Uip chefia o Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo Foto: GOVERNO SP

Assim como os demais pacientes, Uip tem direito ao sigilo e à privacidade ao não divulgar se utilizou cloroquina em seu tratamento, segundo o infectologista Dirceu Greco, presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e professor da faculdade de medicina da UFMG.

“Qualquer pessoa em uma situação como a dele, em um momento em que não há ainda conhecimento técnico-científico e ético do real valor e eficácia desse tratamento, só pode divulgar tal informação quando os dados estiverem disponíveis”, disse o professor.

Greco reitera que não há comprovação de que o medicamento funciona o tratamento da Covid-19 e ainda não é possível estabelecer, com segurança, uma relação de “causa e efeito” entre uso da droga e cura da doença. “Situações de emergência não justificam passar por cima de questões bioéticas.”

Ex-vice presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e hoje um dos conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Jecé Brandão afirma que Uip e todos os 460 mil médicos brasileiros têm o dever de apenas divulgar tratamentos médicos que sejam reconhecidos cientificamente. 

“É perfeitamente reconhecível que ele não queira expressar-se publicamente sobre um tratamento que não há nenhuma evidência concreta de que seja vantajoso ao paciente”, diz Brandão. Ele lembra que a cloroquina tem efeitos colaterais com potencial grave. “Inclusive, se a pessoa tem qualquer limitação cardíaca, ela pode até perder sua vida.” O remédio pode ter também outros efeitos adversos, hepáticos e visuais. 

Ele diz que há uma segurança ética de utilização do medicamento em casos graves da Covid-19, com autorização do paciente ou seu representante legal. “Quando os casos evoluem para a forma grave ou crítica parece que já há, apesar de não ter ensaios científicos que provem, um certo consenso em função de esses pacientes estarem em perigo de incorrer morte.”

O infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contigência para o novo coronavírus no Estado de São Paulo, agiu de acordo com a ética médica ao não revelar se fez uso da cloroquina para tratar a Covid-19, afirmam médicos ouvidos pelo Estado. Na última quarta-feira, 8, Uip confirmou que a foto que circulou nas redes sociais de uma receita médica de cloroquina atribuída a ele é verdadeira.

David Uip chefia o Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo Foto: GOVERNO SP

Assim como os demais pacientes, Uip tem direito ao sigilo e à privacidade ao não divulgar se utilizou cloroquina em seu tratamento, segundo o infectologista Dirceu Greco, presidente da Sociedade Brasileira de Bioética (SBB) e professor da faculdade de medicina da UFMG.

“Qualquer pessoa em uma situação como a dele, em um momento em que não há ainda conhecimento técnico-científico e ético do real valor e eficácia desse tratamento, só pode divulgar tal informação quando os dados estiverem disponíveis”, disse o professor.

Greco reitera que não há comprovação de que o medicamento funciona o tratamento da Covid-19 e ainda não é possível estabelecer, com segurança, uma relação de “causa e efeito” entre uso da droga e cura da doença. “Situações de emergência não justificam passar por cima de questões bioéticas.”

Ex-vice presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM) e hoje um dos conselheiros do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Jecé Brandão afirma que Uip e todos os 460 mil médicos brasileiros têm o dever de apenas divulgar tratamentos médicos que sejam reconhecidos cientificamente. 

“É perfeitamente reconhecível que ele não queira expressar-se publicamente sobre um tratamento que não há nenhuma evidência concreta de que seja vantajoso ao paciente”, diz Brandão. Ele lembra que a cloroquina tem efeitos colaterais com potencial grave. “Inclusive, se a pessoa tem qualquer limitação cardíaca, ela pode até perder sua vida.” O remédio pode ter também outros efeitos adversos, hepáticos e visuais. 

Ele diz que há uma segurança ética de utilização do medicamento em casos graves da Covid-19, com autorização do paciente ou seu representante legal. “Quando os casos evoluem para a forma grave ou crítica parece que já há, apesar de não ter ensaios científicos que provem, um certo consenso em função de esses pacientes estarem em perigo de incorrer morte.”

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