O deputado federal Rogério Correia, do PT, aproveitou a reeleição de Rodrigo Pacheco para provocar os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: ‘Pacheco ganhou com voto impresso e Bolsonaro vai querer anular pedindo voto em urna eletrônica?’, ironizou o petista. O senador Renan Calheiros, também aliado do presidente Lula, aproveitou a oportunidade para destacar o momento político vivido pelo país: ‘o Senado é o santuário da democracia, da verdade, da vida, da ciência, da paz e equilíbrio. Por isso reelegeu Rodrigo Pacheco por mais dois anos no comando da casa e fez sua parte na desbolsonarização do país’, disse.
Com voto declarado em Rogério Marinho, o senador Alessandro Vieira parabenizou o vencedor, desejou sucesso na missão, e, a exemplo de Calheiros, ponderou que derrotas fazem parte da ‘lógica da democracia’. Outras oposicionistas, contudo, não se esforçaram para disfarçar o incômodo com a derrota. O deputado federal Marcel van Hattem chamou a vitória de Pacheco de ‘derrota do Brasil’, e argumentou que ‘a manobra para impedir senadores de abrirem seus votos é um golpe na vontade dos eleitores que cobraram posição transparente de seus representantes’. O deputado federal General Girão também reclamou do voto secreto: ‘Sem votação aberta, os eleitores não conseguem cobrar seus parlamentares’.
O deputado federal Ricardo Salles disse que o resultado da eleição no Senado era ‘triste, mas não surpreendente’. Para o ex-ministro do governo Bolsonaro, ‘não foi apenas Marinho quem perdeu. A derrota maior foi do parlamento como um todo, da democracia e do futuro do Brasil’.
O presidente Lula escreveu que ligou para os dois presidentes reeleitos, Lira e Pacheco, e desejou a ambos uma “boa gestão”.