De Lula a Sérgio Cabral: relembre outros relatórios do Coaf


Conselho de Controle de Atividades Financeiras é responsável por 'seguir o caminho do dinheiro' e já foi decisivo em operações como a Lava Jato

Por Redação

Após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)o Estado elencou políticos de destaque no cenário nacional e investigações que tiveram participação decisiva do órgão. 

Com o objetivo de produzir "inteligência financeira" e evitar crimes como lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e financiamento de ações criminosas, o Coaf, na prática, "examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades". Em geral, são valores fora do padrão da conta de uma pessoa ou incompatíveis com os bens e salários dela. Depois dessa primeira averiguação, as informações podem ser enviadas para órgãos como o Ministério Público e a Receita Federal. 

Luiz Inácio Lula da Silva era o presidente do Brasil em 2007. Foto: Alex Silva/ Estadão
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Uma das contribuições do Coaf, criado em 1998, foi apontar "transações suspeitas" que terminaram com a delação do doleiro e corretor Lúcio Funaro no esquema do Mensalão. Questionado com as informações do Coaf, Funaro explicou que a empresa Garanhuns Empreendimentos e sua conta pessoal receberam cerca de R$ 6,5 milhões que tinham como destino o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, do PR.

Posteriormente, os dados serviram de base para investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo, e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB). Especificamente em relação a Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma, o Coaf identificou movimentação de R$ 216 milhões entre os anos de 2008 e 2015. A sua empresa de palestras, chamada Projeto, foi a principal responsável pelas suspeitas.

Além disso, na Operação Lava Jato, o Coaf identificou em 2015 que empreiteiras pagaram quase R$ 10 milhões por palestras do ex-presidente Lula. O ex-presidente nega que tenha beneficiado empreiteiras ilegalmente e afirma que todos os ganhos com palestras foram declarados à Receita Federal. 

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Ao redor do Brasil, irregularidades são comuns

Em reportagem no domingo, 20, o Estado mostrou que deputados de pelo menos 16 assembleias legislativas são ou foram alvo de investigações sobre irregularidades cometidas nos últimos 16 anos relacionadas a salários e gratificações de servidores dos gabinetes. A maioria dos procedimentos, segundo levantamento feito pelo Estado, corre sob sigilo e apura suspeitas ou denúncias de repasse de parte dos salários ou benefícios a parlamentares e da contratação de “funcionários fantasmas”.

Após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)o Estado elencou políticos de destaque no cenário nacional e investigações que tiveram participação decisiva do órgão. 

Com o objetivo de produzir "inteligência financeira" e evitar crimes como lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e financiamento de ações criminosas, o Coaf, na prática, "examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades". Em geral, são valores fora do padrão da conta de uma pessoa ou incompatíveis com os bens e salários dela. Depois dessa primeira averiguação, as informações podem ser enviadas para órgãos como o Ministério Público e a Receita Federal. 

Luiz Inácio Lula da Silva era o presidente do Brasil em 2007. Foto: Alex Silva/ Estadão

Uma das contribuições do Coaf, criado em 1998, foi apontar "transações suspeitas" que terminaram com a delação do doleiro e corretor Lúcio Funaro no esquema do Mensalão. Questionado com as informações do Coaf, Funaro explicou que a empresa Garanhuns Empreendimentos e sua conta pessoal receberam cerca de R$ 6,5 milhões que tinham como destino o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, do PR.

Posteriormente, os dados serviram de base para investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo, e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB). Especificamente em relação a Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma, o Coaf identificou movimentação de R$ 216 milhões entre os anos de 2008 e 2015. A sua empresa de palestras, chamada Projeto, foi a principal responsável pelas suspeitas.

Além disso, na Operação Lava Jato, o Coaf identificou em 2015 que empreiteiras pagaram quase R$ 10 milhões por palestras do ex-presidente Lula. O ex-presidente nega que tenha beneficiado empreiteiras ilegalmente e afirma que todos os ganhos com palestras foram declarados à Receita Federal. 

Ao redor do Brasil, irregularidades são comuns

Em reportagem no domingo, 20, o Estado mostrou que deputados de pelo menos 16 assembleias legislativas são ou foram alvo de investigações sobre irregularidades cometidas nos últimos 16 anos relacionadas a salários e gratificações de servidores dos gabinetes. A maioria dos procedimentos, segundo levantamento feito pelo Estado, corre sob sigilo e apura suspeitas ou denúncias de repasse de parte dos salários ou benefícios a parlamentares e da contratação de “funcionários fantasmas”.

Após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta no nome de um ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ)o Estado elencou políticos de destaque no cenário nacional e investigações que tiveram participação decisiva do órgão. 

Com o objetivo de produzir "inteligência financeira" e evitar crimes como lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio e financiamento de ações criminosas, o Coaf, na prática, "examina e identifica ocorrências suspeitas de atividade ilícita e comunica às autoridades". Em geral, são valores fora do padrão da conta de uma pessoa ou incompatíveis com os bens e salários dela. Depois dessa primeira averiguação, as informações podem ser enviadas para órgãos como o Ministério Público e a Receita Federal. 

Luiz Inácio Lula da Silva era o presidente do Brasil em 2007. Foto: Alex Silva/ Estadão

Uma das contribuições do Coaf, criado em 1998, foi apontar "transações suspeitas" que terminaram com a delação do doleiro e corretor Lúcio Funaro no esquema do Mensalão. Questionado com as informações do Coaf, Funaro explicou que a empresa Garanhuns Empreendimentos e sua conta pessoal receberam cerca de R$ 6,5 milhões que tinham como destino o ex-deputado Valdemar da Costa Neto, do PR.

Posteriormente, os dados serviram de base para investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ex-ministros Antonio Palocci e Paulo Bernardo, e o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (MDB). Especificamente em relação a Palocci, ex-ministro de Lula e Dilma, o Coaf identificou movimentação de R$ 216 milhões entre os anos de 2008 e 2015. A sua empresa de palestras, chamada Projeto, foi a principal responsável pelas suspeitas.

Além disso, na Operação Lava Jato, o Coaf identificou em 2015 que empreiteiras pagaram quase R$ 10 milhões por palestras do ex-presidente Lula. O ex-presidente nega que tenha beneficiado empreiteiras ilegalmente e afirma que todos os ganhos com palestras foram declarados à Receita Federal. 

Ao redor do Brasil, irregularidades são comuns

Em reportagem no domingo, 20, o Estado mostrou que deputados de pelo menos 16 assembleias legislativas são ou foram alvo de investigações sobre irregularidades cometidas nos últimos 16 anos relacionadas a salários e gratificações de servidores dos gabinetes. A maioria dos procedimentos, segundo levantamento feito pelo Estado, corre sob sigilo e apura suspeitas ou denúncias de repasse de parte dos salários ou benefícios a parlamentares e da contratação de “funcionários fantasmas”.

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