Ao chegar ao primeiro debate presidencial das eleições, o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, afirmou que não vai “apertar a mão de ladrão” - em referência ao seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência da República.
A partir das regras acordadas previamente, Bolsonaro e Lula ficariam lado a lado no debate. Duas horas antes do debate, no entanto, o candidato do PDT, Ciro Gomes, foi às redes sociais dizer que houve uma mudança repentina que separou os principais candidatos. A Band, organizadora do debate, ainda não confirma.
A informação que circulava quando a campanha de Lula chegou ao local era de que o GSI havia solicitado a troca.
Questionado se pediu a troca, Bolsonaro respondeu que “não interessa”. “Posso ficar do lado do Lula sem problema nenhum. Eu faço um pedido, se houve a troca, volta ao normal. Mas só uma coisa, não vou apertar a mão de ladrão”, declarou.
O presidente estendeu as críticas ao principal adversário, líder nas pesquisas de intenção de voto. “Tem um cara que saiu como o presidente mais corrupto da história do Brasil. Poderia ter botado o brasil lá em cima, optou por fazer um governo para se perpetuar no poder”, declarou.
‘É só recorrer ao Auxílio Brasil’
Após dizer que não há fome “para valer” no Brasil, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro afirmou neste domingo que quem está no nível da pobreza “é só recorrer ao Auxílio Brasil”. “Quem recebe até 1,9 dólares por dia está abaixo da linha da pobreza. Isso dá 10 reais por dia. O Auxilio Brasil dá 20. Quem está no nível da pobreza, é só recorrer ao Auxílio Brasil”, afirmou Bolsonaro ao chegar ao debate na Band. Do lado de fora, manifestantes gritavam “Fora, Bolsonaro”.