Debate da Globo no Rio de Janeiro: candidatos bolsonaristas fazem dobradinha para atacar Paes


Cinco candidatos à prefeitura do Rio foram convidados pela TV Globo para o encontro que ocorreu nesta quinta-feira, 3

Por Rayanderson Guerra
Atualização:

RIO – Os dois candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro representantes do bolsonarismo na capital fluminense, Rodrigo Amorim (União Brasil) e Alexandre Ramagem (PL), fizeram uma dobradinha contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), líder nas pesquisas de intenção de voto, no debate promovido pela TV Globo na noite desta quinta-feira, 3. Para atacar Paes, a dupla usou temas recorrentes do grupo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como aborto e liberação de drogas; também insinuou a participação do prefeito em esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato.

As estratégias de campanha de Paes e Ramagem se mantiveram no último debate antes do primeiro turno. O atual prefeito voltou a associar o bolsonarista à política de segurança pública do governador Cláudio Castro (PL): “No dia em que foram divulgados os últimos índices de segurança publica, o senhor estava ao lado do seu padrinho, o governador Cláudio Castro, que é quem comanda a segurança pública, no Rock in Rio”, alfinetou Paes.

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Eduardo Paes (PSD) e Alexandre Ramagem (PL) no debate da TV Globo Foto: Pedro Kirios/Estadão

Ramagem rebateu e, pela primeira vez, minimizou o apoio de Castro e focou no apoio recebido do ex-presidente Bolsonaro. “Eu não tenho ‘padrinho Cláudio Castro’. Eu sou liderado por Jair Messias Bolsonaro”, disse, criticando em seguida a gestão do governador do Estado. ”É uma gestão medíocre. Tem muito a se fazer.”

Apoio de Lula também é alvo no debate

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Outro ponto tratado pelos dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas foi o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao atual prefeito. Segundo Ramagem, Paes “esconde Lula atrás do armário”. “É um presidente contra o povo.”

Seguindo a estratégia de campanha, Paes evitou a nacionalização do debate e relativizou o apoio do petista: “Eu sou aliado do presidente Lula, mas não somos iguais. Trabalhamos juntos”.

No segundo bloco, em que os candidatos fizeram perguntas de temas determinados pela produção do debate, Paes focou em avanços da gestão da prefeitura do Rio na saúde, como criação de clínicas da família e aumento de vagas de exames e consultas, enquanto Ramagem e Amorim, em uma nova dobradinha, prometeram retomar o projeto de implantação das escolas cívico-militares.

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“O primeiro gesto dessa atual prefeitura, que age como lacaio de Lula, foi extinguir as escolas cívico-militares”, afirmou Amorim ao responder a uma pergunta de Ramagem.

Cinco candidatos à Prefeitura do Rio foram convidados para debate na TV Globo Foto: Pedro Kirilos

‘Cavalo taradão’

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O candidato do União Brasil aproveitou o tema educação para relembrar o episódio do “cavalo taradão”, um espetáculo de dança apresentado para alunos do Ciep Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, com conteúdo considerado impróprio para crianças.

Ao som do funk “Olha os cavalo (sic) no cio”, que descreve um animal querendo se reproduzir, uma dançarina mascarada como se fosse um cavalo inicia a performance “galopando” em cima de um homem e depois continua dançando.

Segundo Amorim, Paes levou “lascívia e sexualidade para dentro da sala de aula”. Paes rebateu o ataque dizendo que a apresentação foi um caso isolado e que tomou as medidas cabíveis à época, como a demissão da diretora da unidade escolar.

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Eduardo Paes PSD e Alexandre Ramagem PL no debate do TV Globo, no Rio de Janeiro.  Foto: Pedro Kirilos

No quarto e último bloco, Ramagem e Paes voltaram a se confrontar. O candidato bolsonarista citou uma delação do ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto em que ele relatou pagamentos de mais de R$ 8 milhões em propinas ao prefeito do Rio. O ex-chefe da pasta, condenado a 76 anos de prisão, firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, em razão da citação a nomes de conselheiros de Contas. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal desde 2017 e aguarda um desfecho.

Em resposta, Paes diz que, assim como o ex-juiz Wilson Witzel, governador que sofreu impeachment após ser eleito em 2018 no Estado, Ramagem se desviava dos assuntos da cidade e fazia acusações infundadas.

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Nas considerações finais, os candidatos reforçaram a narrativa adotada ao longo do debate. Ramagem agradeceu a Bolsonaro e focou na segurança pública. Tarcísio Motta, do PSOL, afirmou que o objetivo da esquerda é derrotar os candidatos de extrema-direita, apoiados por Bolsonaro, e que o eleitor não deveria “escolher o mal menor”. Já Paes focou nas realizações de sua atual gestão.

Ao todo, cinco candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro foram convidados pela TV Globo para o encontro nos Estúdios Globo, na zona oeste da capital fluminense. Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Rodrigo Amorim (União Brasil), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP) estiveram no último debate antes do primeiro turno, que será no domingo, 6.

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RIO – Os dois candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro representantes do bolsonarismo na capital fluminense, Rodrigo Amorim (União Brasil) e Alexandre Ramagem (PL), fizeram uma dobradinha contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), líder nas pesquisas de intenção de voto, no debate promovido pela TV Globo na noite desta quinta-feira, 3. Para atacar Paes, a dupla usou temas recorrentes do grupo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como aborto e liberação de drogas; também insinuou a participação do prefeito em esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato.

As estratégias de campanha de Paes e Ramagem se mantiveram no último debate antes do primeiro turno. O atual prefeito voltou a associar o bolsonarista à política de segurança pública do governador Cláudio Castro (PL): “No dia em que foram divulgados os últimos índices de segurança publica, o senhor estava ao lado do seu padrinho, o governador Cláudio Castro, que é quem comanda a segurança pública, no Rock in Rio”, alfinetou Paes.

Eduardo Paes (PSD) e Alexandre Ramagem (PL) no debate da TV Globo Foto: Pedro Kirios/Estadão

Ramagem rebateu e, pela primeira vez, minimizou o apoio de Castro e focou no apoio recebido do ex-presidente Bolsonaro. “Eu não tenho ‘padrinho Cláudio Castro’. Eu sou liderado por Jair Messias Bolsonaro”, disse, criticando em seguida a gestão do governador do Estado. ”É uma gestão medíocre. Tem muito a se fazer.”

Apoio de Lula também é alvo no debate

Outro ponto tratado pelos dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas foi o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao atual prefeito. Segundo Ramagem, Paes “esconde Lula atrás do armário”. “É um presidente contra o povo.”

Seguindo a estratégia de campanha, Paes evitou a nacionalização do debate e relativizou o apoio do petista: “Eu sou aliado do presidente Lula, mas não somos iguais. Trabalhamos juntos”.

No segundo bloco, em que os candidatos fizeram perguntas de temas determinados pela produção do debate, Paes focou em avanços da gestão da prefeitura do Rio na saúde, como criação de clínicas da família e aumento de vagas de exames e consultas, enquanto Ramagem e Amorim, em uma nova dobradinha, prometeram retomar o projeto de implantação das escolas cívico-militares.

“O primeiro gesto dessa atual prefeitura, que age como lacaio de Lula, foi extinguir as escolas cívico-militares”, afirmou Amorim ao responder a uma pergunta de Ramagem.

Cinco candidatos à Prefeitura do Rio foram convidados para debate na TV Globo Foto: Pedro Kirilos

‘Cavalo taradão’

O candidato do União Brasil aproveitou o tema educação para relembrar o episódio do “cavalo taradão”, um espetáculo de dança apresentado para alunos do Ciep Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, com conteúdo considerado impróprio para crianças.

Ao som do funk “Olha os cavalo (sic) no cio”, que descreve um animal querendo se reproduzir, uma dançarina mascarada como se fosse um cavalo inicia a performance “galopando” em cima de um homem e depois continua dançando.

Segundo Amorim, Paes levou “lascívia e sexualidade para dentro da sala de aula”. Paes rebateu o ataque dizendo que a apresentação foi um caso isolado e que tomou as medidas cabíveis à época, como a demissão da diretora da unidade escolar.

Eduardo Paes PSD e Alexandre Ramagem PL no debate do TV Globo, no Rio de Janeiro.  Foto: Pedro Kirilos

No quarto e último bloco, Ramagem e Paes voltaram a se confrontar. O candidato bolsonarista citou uma delação do ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto em que ele relatou pagamentos de mais de R$ 8 milhões em propinas ao prefeito do Rio. O ex-chefe da pasta, condenado a 76 anos de prisão, firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, em razão da citação a nomes de conselheiros de Contas. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal desde 2017 e aguarda um desfecho.

Em resposta, Paes diz que, assim como o ex-juiz Wilson Witzel, governador que sofreu impeachment após ser eleito em 2018 no Estado, Ramagem se desviava dos assuntos da cidade e fazia acusações infundadas.

Nas considerações finais, os candidatos reforçaram a narrativa adotada ao longo do debate. Ramagem agradeceu a Bolsonaro e focou na segurança pública. Tarcísio Motta, do PSOL, afirmou que o objetivo da esquerda é derrotar os candidatos de extrema-direita, apoiados por Bolsonaro, e que o eleitor não deveria “escolher o mal menor”. Já Paes focou nas realizações de sua atual gestão.

Ao todo, cinco candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro foram convidados pela TV Globo para o encontro nos Estúdios Globo, na zona oeste da capital fluminense. Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Rodrigo Amorim (União Brasil), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP) estiveram no último debate antes do primeiro turno, que será no domingo, 6.

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RIO – Os dois candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro representantes do bolsonarismo na capital fluminense, Rodrigo Amorim (União Brasil) e Alexandre Ramagem (PL), fizeram uma dobradinha contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), líder nas pesquisas de intenção de voto, no debate promovido pela TV Globo na noite desta quinta-feira, 3. Para atacar Paes, a dupla usou temas recorrentes do grupo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como aborto e liberação de drogas; também insinuou a participação do prefeito em esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato.

As estratégias de campanha de Paes e Ramagem se mantiveram no último debate antes do primeiro turno. O atual prefeito voltou a associar o bolsonarista à política de segurança pública do governador Cláudio Castro (PL): “No dia em que foram divulgados os últimos índices de segurança publica, o senhor estava ao lado do seu padrinho, o governador Cláudio Castro, que é quem comanda a segurança pública, no Rock in Rio”, alfinetou Paes.

Eduardo Paes (PSD) e Alexandre Ramagem (PL) no debate da TV Globo Foto: Pedro Kirios/Estadão

Ramagem rebateu e, pela primeira vez, minimizou o apoio de Castro e focou no apoio recebido do ex-presidente Bolsonaro. “Eu não tenho ‘padrinho Cláudio Castro’. Eu sou liderado por Jair Messias Bolsonaro”, disse, criticando em seguida a gestão do governador do Estado. ”É uma gestão medíocre. Tem muito a se fazer.”

Apoio de Lula também é alvo no debate

Outro ponto tratado pelos dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas foi o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao atual prefeito. Segundo Ramagem, Paes “esconde Lula atrás do armário”. “É um presidente contra o povo.”

Seguindo a estratégia de campanha, Paes evitou a nacionalização do debate e relativizou o apoio do petista: “Eu sou aliado do presidente Lula, mas não somos iguais. Trabalhamos juntos”.

No segundo bloco, em que os candidatos fizeram perguntas de temas determinados pela produção do debate, Paes focou em avanços da gestão da prefeitura do Rio na saúde, como criação de clínicas da família e aumento de vagas de exames e consultas, enquanto Ramagem e Amorim, em uma nova dobradinha, prometeram retomar o projeto de implantação das escolas cívico-militares.

“O primeiro gesto dessa atual prefeitura, que age como lacaio de Lula, foi extinguir as escolas cívico-militares”, afirmou Amorim ao responder a uma pergunta de Ramagem.

Cinco candidatos à Prefeitura do Rio foram convidados para debate na TV Globo Foto: Pedro Kirilos

‘Cavalo taradão’

O candidato do União Brasil aproveitou o tema educação para relembrar o episódio do “cavalo taradão”, um espetáculo de dança apresentado para alunos do Ciep Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, com conteúdo considerado impróprio para crianças.

Ao som do funk “Olha os cavalo (sic) no cio”, que descreve um animal querendo se reproduzir, uma dançarina mascarada como se fosse um cavalo inicia a performance “galopando” em cima de um homem e depois continua dançando.

Segundo Amorim, Paes levou “lascívia e sexualidade para dentro da sala de aula”. Paes rebateu o ataque dizendo que a apresentação foi um caso isolado e que tomou as medidas cabíveis à época, como a demissão da diretora da unidade escolar.

Eduardo Paes PSD e Alexandre Ramagem PL no debate do TV Globo, no Rio de Janeiro.  Foto: Pedro Kirilos

No quarto e último bloco, Ramagem e Paes voltaram a se confrontar. O candidato bolsonarista citou uma delação do ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto em que ele relatou pagamentos de mais de R$ 8 milhões em propinas ao prefeito do Rio. O ex-chefe da pasta, condenado a 76 anos de prisão, firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, em razão da citação a nomes de conselheiros de Contas. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal desde 2017 e aguarda um desfecho.

Em resposta, Paes diz que, assim como o ex-juiz Wilson Witzel, governador que sofreu impeachment após ser eleito em 2018 no Estado, Ramagem se desviava dos assuntos da cidade e fazia acusações infundadas.

Nas considerações finais, os candidatos reforçaram a narrativa adotada ao longo do debate. Ramagem agradeceu a Bolsonaro e focou na segurança pública. Tarcísio Motta, do PSOL, afirmou que o objetivo da esquerda é derrotar os candidatos de extrema-direita, apoiados por Bolsonaro, e que o eleitor não deveria “escolher o mal menor”. Já Paes focou nas realizações de sua atual gestão.

Ao todo, cinco candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro foram convidados pela TV Globo para o encontro nos Estúdios Globo, na zona oeste da capital fluminense. Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Rodrigo Amorim (União Brasil), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP) estiveram no último debate antes do primeiro turno, que será no domingo, 6.

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RIO – Os dois candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro representantes do bolsonarismo na capital fluminense, Rodrigo Amorim (União Brasil) e Alexandre Ramagem (PL), fizeram uma dobradinha contra o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), líder nas pesquisas de intenção de voto, no debate promovido pela TV Globo na noite desta quinta-feira, 3. Para atacar Paes, a dupla usou temas recorrentes do grupo liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como aborto e liberação de drogas; também insinuou a participação do prefeito em esquemas de corrupção investigados pela Lava Jato.

As estratégias de campanha de Paes e Ramagem se mantiveram no último debate antes do primeiro turno. O atual prefeito voltou a associar o bolsonarista à política de segurança pública do governador Cláudio Castro (PL): “No dia em que foram divulgados os últimos índices de segurança publica, o senhor estava ao lado do seu padrinho, o governador Cláudio Castro, que é quem comanda a segurança pública, no Rock in Rio”, alfinetou Paes.

Eduardo Paes (PSD) e Alexandre Ramagem (PL) no debate da TV Globo Foto: Pedro Kirios/Estadão

Ramagem rebateu e, pela primeira vez, minimizou o apoio de Castro e focou no apoio recebido do ex-presidente Bolsonaro. “Eu não tenho ‘padrinho Cláudio Castro’. Eu sou liderado por Jair Messias Bolsonaro”, disse, criticando em seguida a gestão do governador do Estado. ”É uma gestão medíocre. Tem muito a se fazer.”

Apoio de Lula também é alvo no debate

Outro ponto tratado pelos dois candidatos mais bem colocados nas pesquisas foi o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao atual prefeito. Segundo Ramagem, Paes “esconde Lula atrás do armário”. “É um presidente contra o povo.”

Seguindo a estratégia de campanha, Paes evitou a nacionalização do debate e relativizou o apoio do petista: “Eu sou aliado do presidente Lula, mas não somos iguais. Trabalhamos juntos”.

No segundo bloco, em que os candidatos fizeram perguntas de temas determinados pela produção do debate, Paes focou em avanços da gestão da prefeitura do Rio na saúde, como criação de clínicas da família e aumento de vagas de exames e consultas, enquanto Ramagem e Amorim, em uma nova dobradinha, prometeram retomar o projeto de implantação das escolas cívico-militares.

“O primeiro gesto dessa atual prefeitura, que age como lacaio de Lula, foi extinguir as escolas cívico-militares”, afirmou Amorim ao responder a uma pergunta de Ramagem.

Cinco candidatos à Prefeitura do Rio foram convidados para debate na TV Globo Foto: Pedro Kirilos

‘Cavalo taradão’

O candidato do União Brasil aproveitou o tema educação para relembrar o episódio do “cavalo taradão”, um espetáculo de dança apresentado para alunos do Ciep Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio, com conteúdo considerado impróprio para crianças.

Ao som do funk “Olha os cavalo (sic) no cio”, que descreve um animal querendo se reproduzir, uma dançarina mascarada como se fosse um cavalo inicia a performance “galopando” em cima de um homem e depois continua dançando.

Segundo Amorim, Paes levou “lascívia e sexualidade para dentro da sala de aula”. Paes rebateu o ataque dizendo que a apresentação foi um caso isolado e que tomou as medidas cabíveis à época, como a demissão da diretora da unidade escolar.

Eduardo Paes PSD e Alexandre Ramagem PL no debate do TV Globo, no Rio de Janeiro.  Foto: Pedro Kirilos

No quarto e último bloco, Ramagem e Paes voltaram a se confrontar. O candidato bolsonarista citou uma delação do ex-secretário municipal de Obras Alexandre Pinto em que ele relatou pagamentos de mais de R$ 8 milhões em propinas ao prefeito do Rio. O ex-chefe da pasta, condenado a 76 anos de prisão, firmou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República, homologado pelo Superior Tribunal de Justiça, em razão da citação a nomes de conselheiros de Contas. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal desde 2017 e aguarda um desfecho.

Em resposta, Paes diz que, assim como o ex-juiz Wilson Witzel, governador que sofreu impeachment após ser eleito em 2018 no Estado, Ramagem se desviava dos assuntos da cidade e fazia acusações infundadas.

Nas considerações finais, os candidatos reforçaram a narrativa adotada ao longo do debate. Ramagem agradeceu a Bolsonaro e focou na segurança pública. Tarcísio Motta, do PSOL, afirmou que o objetivo da esquerda é derrotar os candidatos de extrema-direita, apoiados por Bolsonaro, e que o eleitor não deveria “escolher o mal menor”. Já Paes focou nas realizações de sua atual gestão.

Ao todo, cinco candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro foram convidados pela TV Globo para o encontro nos Estúdios Globo, na zona oeste da capital fluminense. Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Rodrigo Amorim (União Brasil), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP) estiveram no último debate antes do primeiro turno, que será no domingo, 6.

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