Debate Estadão: confira as propostas apresentadas pelos candidatos à Prefeitura de SP no encontro


Entre um embate e outro, trocas de farpas e acusações, candidatos debateram algumas propostas para principais temas que envolvem a população da cidade de São Paulo

Por Pedro Lima
Atualização:

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo se encontraram nesta quarta-feira, 14, para debater suas propostas para o futuro da capital paulista em debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em meio a indiretas, trocas de acusações e desentendimentos, os postulantes ao cargo de mandatário da maior cidade do País debateram suas principais propostas para a população paulistana.

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Com cerca de três horas de duração, o debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e com a Faap, nesta quarta-feira, 14, contou com a presença do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), dos deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), do apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), do empresário Pablo Marçal (PRTB) e da economista Marina Helena (Novo). Confira as principais propostas discutidas pelos candidatos durante o encontro.

Entre um embate e outro, candidatos discutiram suas principais propostas para o eleitor da cidade de São Paulo durante debate desta quarta, 14, organizado pelo 'Estadão', Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Ricardo Nunes (MDB)

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Durante o bloco que abordou o tema ‘educação’ no debate, respondendo à pergunta da mediadora Roseann Kennedy, jornalista do Estadão, sobre ser a favor da liberação de smartphones nas escolas paulistanas, ele reforçou que é contrário à medida, citando que a Prefeitura distribuiu tablets para os estudantes em sua gestão. “A gente entende que a tecnologia é fundamental para a educação”, respondeu Nunes.

Ricardo Nunes também citou sua proposta de ampliar a integração entre a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e as polícias civil e militar, que são de responsabilidade do governo do Estado, para melhorar os índices de segurança da cidade.

Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão
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Sobre a substituição da frota atual de ônibus, o atual prefeito disse que tem R$ 6 bilhões para fazer a mudança dos veículos por modelos elétricos. “O processo está caminhando, mas a indústria ainda não tem capacidade de fazer a produção necessária. O recurso está disponível.”

Guilherme Boulos (PSOL)

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Para a educação, Boulos reforçou sua proposta de ampliação do horário das aulas no ensino público municipal. “Vamos fazer um programa de educação integral que vai envolver reforço escolar. Depois da pandemia, não houve reforço adequado às crianças e adolescentes que fizeram EAD”. O psolista também deu detalhes sobre o ‘Mutirão Paulo Freire’ para alfabetizar jovens e adultos fora das escolas.

“Nós defendemos que a creche seja híbrida, tanto com a rede direta, quanto com a rede parceira. Foi isso que permitiu zerar a fila da creche”, afirmou. Sobre mobilidade, defendeu uma frota de ônibus elétricos para a cidade SP e disse que desenvolveu a ideia a partir de modelos de cidades do exterior. Em relação aos modelos atuais, o candidato do PSOL prometeu “passar a limpo” os contratos das empresas concessionárias do transporte público do município.

Ele também falou sobre mudanças na política de resíduos, promovendo medidas que envolvam sustentabilidade. Além disso, como resposta às mudanças climáticas, Boulos defendeu medidas como asfalto permeável e blocos de encaixe para as calçadas da cidade.

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Guilherme Boulos (PSOL) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Boulos também prometeu integrar a “patrulha guardiã Maria da Penha” com outros programas, como de casas de acolhida, para proteger as mulheres e reduzir taxas de feminicídio e de violência doméstica na capital.

Lembrando ser filho de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), o deputado federal disse que o principal problema da cidade é a saúde, e apresentou propostas para diminuir as filas, com contratação de mais médicos especialistas.

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José Luiz Datena (PSDB)

Para alfabetizar as crianças paulistanas, Datena reforçou que é obrigação “entregar a criança aos oito anos sabendo ler e escrever” ao comparar a educação de São Paulo com a do Ceará. O apresentador acresceu que as crianças devem direito a todas as refeições nas escolas e que esses ambientes devem ser “extensão do seu ambiente familiar”. O candidato também citou que os problemas educacionais da cidade podem ser resolvidos com boa remuneração e com escolas em período integral.

“Nosso objetivo é tornar a periferia atrativa para as empresas”, disse o candidato sobre carga tributária. O candidato do PSDB prometeu incentivos fiscais e isenção de IPTU para a geração de empregos em novas regiões da cidade. No programa ‘Territórios do Emprego’, apresentado em seu plano de governo, ele cita que as áreas que receberão o incentivo também contarão com a construção de unidades habitacionais integradas a oportunidades de trabalho.

José Luiz Datena (PSDB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Dentro de segurança pública, sobre a revisão de licitações, Datena afirmou que, se eleito, pretende “moralizar” esse tipo de processo na cidade de São Paulo. Ao debater o tema da Cracolândia, o tucano afirmou ser contra a internação compulsória, e que “traficante tem que ser tratado com rigor”, e o dependente químico, “de acordo com as leis humanitárias”.

Pablo Marçal (PRTB)

Logo depois de afirmar ser professor, Marçal propôs uma adaptação do ensino às aptidões de cada aluno. “Tem crianças que aprendem mais no sistema visual, auditivo ou sinestésico”. Além disso, o candidato também voltou a prometer instalar teleféricos como solução de mobilidade para São Paulo e reduzir o trânsito da capital paulista.

Ainda dentro do tema ‘mobilidade’, Pablo Marçal propôs semáforos inteligentes para melhorar o trânsito da cidade. Em seu plano de governo, o candidato esclarece que a ideia é “criar uma central de tráfego integrada” que combine dados históricos e em tempo real dos deslocamentos pela metrópole.

Questionado sobre a tarifa zero nos ônibus municipais, o candidato do PRTB disse que é preciso “capilarizar o empreendedorismo da cidade”. Para ele, ao levar oportunidade para as periferias, o deslocamento em massa das pessoas não seria necessário.

Pablo Marçal (PRTB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Debatendo as licitações de contratos da Prefeitura de São Paulo, Marçal afirmou que a gestão municipal, se eleito, “cumprirá seus acordos, mas revisará todos (os contratos)”. O candidato também afirma que seu plano de governo contempla o uso de tecnologia na área de segurança pública, e propôs aumentar o efetivo da GCM para 21 mil agentes - o triplo do atual.

O influenciador também defendeu a construção de centros olímpicos nas periferias de São Paulo, por intermédio da iniciativa privada.

Tabata Amaral (PSB)

Em relação à política de cotas raciais, a candidata do PSB afirmou que tem “muito orgulho de ser uma das autoras da ampliação da lei de cotas no Congresso Nacional” e que 40% das pessoas que coordenaram o plano de seu governo são pessoas negras. A candidata falou que pretende implementar editais na cultura para a valorização da cultura negra, e um programa para capacitação de empreendedores e formação profissionalizante de pessoas negras.

Tabata prometeu, durante o encontro, dois parques tecnológicos na cidade. Um deles é o ‘distrito tecnológico da Santa Ifigênia’, região em que fica instalada a Cracolândia no centro de São Paulo. “Para que isso possa ocorrer na prática, devemos entender o problema que temos de baixa qualificação na área de tecnologia”, diz a candidata, propondo uma iniciativa de capacitação na área.

Tabata Amaral (PSB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Como uma de suas promessas, Tabata disse que vai combater a corrupção e cumprir as metas que o prefeito Ricardo Nunes não conseguiu cumprir. Além disso, a deputada também defendeu fortalecer a GCM, convocando mil concursados que já foram aprovados, mas que estariam apenas esperando a abertura das vagas.

Dentro de educação, ‘área-chefe’ de Tabata, a deputada defendeu implementar um critério de qualidade, com indicadores positivos, para renovar contratos de parceiros conveniados da Prefeitura com as creches municipais.

Marina Helena (Novo)

Marina Helena afirmou ser favorável à proibição do uso de aparelhos celulares nesses ambientes. “Vejo o perigo que temos, principalmente no ensino da creche ao fundamental”, disse. Ela acrescentou, ainda no tema ‘educação’, que uma de suas ideias é trazer “as melhores escolas particulares de São Paulo para a administração das escolas públicas. Elas custam menos e fazem muito melhor.”

A candidata do Novo, ao ser questionada sobre economia e inovação, afirmou que toda a responsabilidade para fazer as melhorias necessárias para os cidadãos recai sobre o Estado. “Menos burocracia e menos imposto”, defendeu a postulante. Na tentativa de esvaziar a responsabilidade do Estado sobre os problemas sociais, Marina defendeu parcerias com o setor privado para “trazer de volta as oportunidades para a população.”

Ela defende uma ação integrada entre pastas do governo para respostas a mudanças climáticas. “Você tem que dar uma resposta rápida”, diz. A candidata também propõe desocupação de áreas de risco na tentativa de evitar tragédias envolvendo consequências dessas mudanças.

Marina Helena (Novo) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre a Cracolândia, Marina propõe três eixos de políticas públicas: tolerância zero contra drogas, internação compulsória e assistência social. Ao ser questionada sobre a intensidade das ações policiais na cidade de São Paulo, a candidata do Novo afirmou que defende “tolerância zero e lugar de bandido é na prisão.”

Em contraponto à posição anterior de Marçal, quando citou a iniciativa privada para seguir com projetos para a cidade, a economista fez uma ressalva sobre as concessões públicas. “Não adianta só conceder. Se não temos bons contratos, com os incentivos corretos, não funciona”, disse.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo se encontraram nesta quarta-feira, 14, para debater suas propostas para o futuro da capital paulista em debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em meio a indiretas, trocas de acusações e desentendimentos, os postulantes ao cargo de mandatário da maior cidade do País debateram suas principais propostas para a população paulistana.

Com cerca de três horas de duração, o debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e com a Faap, nesta quarta-feira, 14, contou com a presença do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), dos deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), do apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), do empresário Pablo Marçal (PRTB) e da economista Marina Helena (Novo). Confira as principais propostas discutidas pelos candidatos durante o encontro.

Entre um embate e outro, candidatos discutiram suas principais propostas para o eleitor da cidade de São Paulo durante debate desta quarta, 14, organizado pelo 'Estadão', Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Ricardo Nunes (MDB)

Durante o bloco que abordou o tema ‘educação’ no debate, respondendo à pergunta da mediadora Roseann Kennedy, jornalista do Estadão, sobre ser a favor da liberação de smartphones nas escolas paulistanas, ele reforçou que é contrário à medida, citando que a Prefeitura distribuiu tablets para os estudantes em sua gestão. “A gente entende que a tecnologia é fundamental para a educação”, respondeu Nunes.

Ricardo Nunes também citou sua proposta de ampliar a integração entre a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e as polícias civil e militar, que são de responsabilidade do governo do Estado, para melhorar os índices de segurança da cidade.

Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre a substituição da frota atual de ônibus, o atual prefeito disse que tem R$ 6 bilhões para fazer a mudança dos veículos por modelos elétricos. “O processo está caminhando, mas a indústria ainda não tem capacidade de fazer a produção necessária. O recurso está disponível.”

Guilherme Boulos (PSOL)

Para a educação, Boulos reforçou sua proposta de ampliação do horário das aulas no ensino público municipal. “Vamos fazer um programa de educação integral que vai envolver reforço escolar. Depois da pandemia, não houve reforço adequado às crianças e adolescentes que fizeram EAD”. O psolista também deu detalhes sobre o ‘Mutirão Paulo Freire’ para alfabetizar jovens e adultos fora das escolas.

“Nós defendemos que a creche seja híbrida, tanto com a rede direta, quanto com a rede parceira. Foi isso que permitiu zerar a fila da creche”, afirmou. Sobre mobilidade, defendeu uma frota de ônibus elétricos para a cidade SP e disse que desenvolveu a ideia a partir de modelos de cidades do exterior. Em relação aos modelos atuais, o candidato do PSOL prometeu “passar a limpo” os contratos das empresas concessionárias do transporte público do município.

Ele também falou sobre mudanças na política de resíduos, promovendo medidas que envolvam sustentabilidade. Além disso, como resposta às mudanças climáticas, Boulos defendeu medidas como asfalto permeável e blocos de encaixe para as calçadas da cidade.

Guilherme Boulos (PSOL) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Boulos também prometeu integrar a “patrulha guardiã Maria da Penha” com outros programas, como de casas de acolhida, para proteger as mulheres e reduzir taxas de feminicídio e de violência doméstica na capital.

Lembrando ser filho de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), o deputado federal disse que o principal problema da cidade é a saúde, e apresentou propostas para diminuir as filas, com contratação de mais médicos especialistas.

José Luiz Datena (PSDB)

Para alfabetizar as crianças paulistanas, Datena reforçou que é obrigação “entregar a criança aos oito anos sabendo ler e escrever” ao comparar a educação de São Paulo com a do Ceará. O apresentador acresceu que as crianças devem direito a todas as refeições nas escolas e que esses ambientes devem ser “extensão do seu ambiente familiar”. O candidato também citou que os problemas educacionais da cidade podem ser resolvidos com boa remuneração e com escolas em período integral.

“Nosso objetivo é tornar a periferia atrativa para as empresas”, disse o candidato sobre carga tributária. O candidato do PSDB prometeu incentivos fiscais e isenção de IPTU para a geração de empregos em novas regiões da cidade. No programa ‘Territórios do Emprego’, apresentado em seu plano de governo, ele cita que as áreas que receberão o incentivo também contarão com a construção de unidades habitacionais integradas a oportunidades de trabalho.

José Luiz Datena (PSDB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Dentro de segurança pública, sobre a revisão de licitações, Datena afirmou que, se eleito, pretende “moralizar” esse tipo de processo na cidade de São Paulo. Ao debater o tema da Cracolândia, o tucano afirmou ser contra a internação compulsória, e que “traficante tem que ser tratado com rigor”, e o dependente químico, “de acordo com as leis humanitárias”.

Pablo Marçal (PRTB)

Logo depois de afirmar ser professor, Marçal propôs uma adaptação do ensino às aptidões de cada aluno. “Tem crianças que aprendem mais no sistema visual, auditivo ou sinestésico”. Além disso, o candidato também voltou a prometer instalar teleféricos como solução de mobilidade para São Paulo e reduzir o trânsito da capital paulista.

Ainda dentro do tema ‘mobilidade’, Pablo Marçal propôs semáforos inteligentes para melhorar o trânsito da cidade. Em seu plano de governo, o candidato esclarece que a ideia é “criar uma central de tráfego integrada” que combine dados históricos e em tempo real dos deslocamentos pela metrópole.

Questionado sobre a tarifa zero nos ônibus municipais, o candidato do PRTB disse que é preciso “capilarizar o empreendedorismo da cidade”. Para ele, ao levar oportunidade para as periferias, o deslocamento em massa das pessoas não seria necessário.

Pablo Marçal (PRTB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Debatendo as licitações de contratos da Prefeitura de São Paulo, Marçal afirmou que a gestão municipal, se eleito, “cumprirá seus acordos, mas revisará todos (os contratos)”. O candidato também afirma que seu plano de governo contempla o uso de tecnologia na área de segurança pública, e propôs aumentar o efetivo da GCM para 21 mil agentes - o triplo do atual.

O influenciador também defendeu a construção de centros olímpicos nas periferias de São Paulo, por intermédio da iniciativa privada.

Tabata Amaral (PSB)

Em relação à política de cotas raciais, a candidata do PSB afirmou que tem “muito orgulho de ser uma das autoras da ampliação da lei de cotas no Congresso Nacional” e que 40% das pessoas que coordenaram o plano de seu governo são pessoas negras. A candidata falou que pretende implementar editais na cultura para a valorização da cultura negra, e um programa para capacitação de empreendedores e formação profissionalizante de pessoas negras.

Tabata prometeu, durante o encontro, dois parques tecnológicos na cidade. Um deles é o ‘distrito tecnológico da Santa Ifigênia’, região em que fica instalada a Cracolândia no centro de São Paulo. “Para que isso possa ocorrer na prática, devemos entender o problema que temos de baixa qualificação na área de tecnologia”, diz a candidata, propondo uma iniciativa de capacitação na área.

Tabata Amaral (PSB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Como uma de suas promessas, Tabata disse que vai combater a corrupção e cumprir as metas que o prefeito Ricardo Nunes não conseguiu cumprir. Além disso, a deputada também defendeu fortalecer a GCM, convocando mil concursados que já foram aprovados, mas que estariam apenas esperando a abertura das vagas.

Dentro de educação, ‘área-chefe’ de Tabata, a deputada defendeu implementar um critério de qualidade, com indicadores positivos, para renovar contratos de parceiros conveniados da Prefeitura com as creches municipais.

Marina Helena (Novo)

Marina Helena afirmou ser favorável à proibição do uso de aparelhos celulares nesses ambientes. “Vejo o perigo que temos, principalmente no ensino da creche ao fundamental”, disse. Ela acrescentou, ainda no tema ‘educação’, que uma de suas ideias é trazer “as melhores escolas particulares de São Paulo para a administração das escolas públicas. Elas custam menos e fazem muito melhor.”

A candidata do Novo, ao ser questionada sobre economia e inovação, afirmou que toda a responsabilidade para fazer as melhorias necessárias para os cidadãos recai sobre o Estado. “Menos burocracia e menos imposto”, defendeu a postulante. Na tentativa de esvaziar a responsabilidade do Estado sobre os problemas sociais, Marina defendeu parcerias com o setor privado para “trazer de volta as oportunidades para a população.”

Ela defende uma ação integrada entre pastas do governo para respostas a mudanças climáticas. “Você tem que dar uma resposta rápida”, diz. A candidata também propõe desocupação de áreas de risco na tentativa de evitar tragédias envolvendo consequências dessas mudanças.

Marina Helena (Novo) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre a Cracolândia, Marina propõe três eixos de políticas públicas: tolerância zero contra drogas, internação compulsória e assistência social. Ao ser questionada sobre a intensidade das ações policiais na cidade de São Paulo, a candidata do Novo afirmou que defende “tolerância zero e lugar de bandido é na prisão.”

Em contraponto à posição anterior de Marçal, quando citou a iniciativa privada para seguir com projetos para a cidade, a economista fez uma ressalva sobre as concessões públicas. “Não adianta só conceder. Se não temos bons contratos, com os incentivos corretos, não funciona”, disse.

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo se encontraram nesta quarta-feira, 14, para debater suas propostas para o futuro da capital paulista em debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em meio a indiretas, trocas de acusações e desentendimentos, os postulantes ao cargo de mandatário da maior cidade do País debateram suas principais propostas para a população paulistana.

Com cerca de três horas de duração, o debate promovido pelo Estadão, em parceria com o Portal Terra e com a Faap, nesta quarta-feira, 14, contou com a presença do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), dos deputados federais Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), do apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB), do empresário Pablo Marçal (PRTB) e da economista Marina Helena (Novo). Confira as principais propostas discutidas pelos candidatos durante o encontro.

Entre um embate e outro, candidatos discutiram suas principais propostas para o eleitor da cidade de São Paulo durante debate desta quarta, 14, organizado pelo 'Estadão', Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Ricardo Nunes (MDB)

Durante o bloco que abordou o tema ‘educação’ no debate, respondendo à pergunta da mediadora Roseann Kennedy, jornalista do Estadão, sobre ser a favor da liberação de smartphones nas escolas paulistanas, ele reforçou que é contrário à medida, citando que a Prefeitura distribuiu tablets para os estudantes em sua gestão. “A gente entende que a tecnologia é fundamental para a educação”, respondeu Nunes.

Ricardo Nunes também citou sua proposta de ampliar a integração entre a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e as polícias civil e militar, que são de responsabilidade do governo do Estado, para melhorar os índices de segurança da cidade.

Ricardo Nunes (MDB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre a substituição da frota atual de ônibus, o atual prefeito disse que tem R$ 6 bilhões para fazer a mudança dos veículos por modelos elétricos. “O processo está caminhando, mas a indústria ainda não tem capacidade de fazer a produção necessária. O recurso está disponível.”

Guilherme Boulos (PSOL)

Para a educação, Boulos reforçou sua proposta de ampliação do horário das aulas no ensino público municipal. “Vamos fazer um programa de educação integral que vai envolver reforço escolar. Depois da pandemia, não houve reforço adequado às crianças e adolescentes que fizeram EAD”. O psolista também deu detalhes sobre o ‘Mutirão Paulo Freire’ para alfabetizar jovens e adultos fora das escolas.

“Nós defendemos que a creche seja híbrida, tanto com a rede direta, quanto com a rede parceira. Foi isso que permitiu zerar a fila da creche”, afirmou. Sobre mobilidade, defendeu uma frota de ônibus elétricos para a cidade SP e disse que desenvolveu a ideia a partir de modelos de cidades do exterior. Em relação aos modelos atuais, o candidato do PSOL prometeu “passar a limpo” os contratos das empresas concessionárias do transporte público do município.

Ele também falou sobre mudanças na política de resíduos, promovendo medidas que envolvam sustentabilidade. Além disso, como resposta às mudanças climáticas, Boulos defendeu medidas como asfalto permeável e blocos de encaixe para as calçadas da cidade.

Guilherme Boulos (PSOL) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Boulos também prometeu integrar a “patrulha guardiã Maria da Penha” com outros programas, como de casas de acolhida, para proteger as mulheres e reduzir taxas de feminicídio e de violência doméstica na capital.

Lembrando ser filho de médicos do Sistema Único de Saúde (SUS), o deputado federal disse que o principal problema da cidade é a saúde, e apresentou propostas para diminuir as filas, com contratação de mais médicos especialistas.

José Luiz Datena (PSDB)

Para alfabetizar as crianças paulistanas, Datena reforçou que é obrigação “entregar a criança aos oito anos sabendo ler e escrever” ao comparar a educação de São Paulo com a do Ceará. O apresentador acresceu que as crianças devem direito a todas as refeições nas escolas e que esses ambientes devem ser “extensão do seu ambiente familiar”. O candidato também citou que os problemas educacionais da cidade podem ser resolvidos com boa remuneração e com escolas em período integral.

“Nosso objetivo é tornar a periferia atrativa para as empresas”, disse o candidato sobre carga tributária. O candidato do PSDB prometeu incentivos fiscais e isenção de IPTU para a geração de empregos em novas regiões da cidade. No programa ‘Territórios do Emprego’, apresentado em seu plano de governo, ele cita que as áreas que receberão o incentivo também contarão com a construção de unidades habitacionais integradas a oportunidades de trabalho.

José Luiz Datena (PSDB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Dentro de segurança pública, sobre a revisão de licitações, Datena afirmou que, se eleito, pretende “moralizar” esse tipo de processo na cidade de São Paulo. Ao debater o tema da Cracolândia, o tucano afirmou ser contra a internação compulsória, e que “traficante tem que ser tratado com rigor”, e o dependente químico, “de acordo com as leis humanitárias”.

Pablo Marçal (PRTB)

Logo depois de afirmar ser professor, Marçal propôs uma adaptação do ensino às aptidões de cada aluno. “Tem crianças que aprendem mais no sistema visual, auditivo ou sinestésico”. Além disso, o candidato também voltou a prometer instalar teleféricos como solução de mobilidade para São Paulo e reduzir o trânsito da capital paulista.

Ainda dentro do tema ‘mobilidade’, Pablo Marçal propôs semáforos inteligentes para melhorar o trânsito da cidade. Em seu plano de governo, o candidato esclarece que a ideia é “criar uma central de tráfego integrada” que combine dados históricos e em tempo real dos deslocamentos pela metrópole.

Questionado sobre a tarifa zero nos ônibus municipais, o candidato do PRTB disse que é preciso “capilarizar o empreendedorismo da cidade”. Para ele, ao levar oportunidade para as periferias, o deslocamento em massa das pessoas não seria necessário.

Pablo Marçal (PRTB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Debatendo as licitações de contratos da Prefeitura de São Paulo, Marçal afirmou que a gestão municipal, se eleito, “cumprirá seus acordos, mas revisará todos (os contratos)”. O candidato também afirma que seu plano de governo contempla o uso de tecnologia na área de segurança pública, e propôs aumentar o efetivo da GCM para 21 mil agentes - o triplo do atual.

O influenciador também defendeu a construção de centros olímpicos nas periferias de São Paulo, por intermédio da iniciativa privada.

Tabata Amaral (PSB)

Em relação à política de cotas raciais, a candidata do PSB afirmou que tem “muito orgulho de ser uma das autoras da ampliação da lei de cotas no Congresso Nacional” e que 40% das pessoas que coordenaram o plano de seu governo são pessoas negras. A candidata falou que pretende implementar editais na cultura para a valorização da cultura negra, e um programa para capacitação de empreendedores e formação profissionalizante de pessoas negras.

Tabata prometeu, durante o encontro, dois parques tecnológicos na cidade. Um deles é o ‘distrito tecnológico da Santa Ifigênia’, região em que fica instalada a Cracolândia no centro de São Paulo. “Para que isso possa ocorrer na prática, devemos entender o problema que temos de baixa qualificação na área de tecnologia”, diz a candidata, propondo uma iniciativa de capacitação na área.

Tabata Amaral (PSB) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Como uma de suas promessas, Tabata disse que vai combater a corrupção e cumprir as metas que o prefeito Ricardo Nunes não conseguiu cumprir. Além disso, a deputada também defendeu fortalecer a GCM, convocando mil concursados que já foram aprovados, mas que estariam apenas esperando a abertura das vagas.

Dentro de educação, ‘área-chefe’ de Tabata, a deputada defendeu implementar um critério de qualidade, com indicadores positivos, para renovar contratos de parceiros conveniados da Prefeitura com as creches municipais.

Marina Helena (Novo)

Marina Helena afirmou ser favorável à proibição do uso de aparelhos celulares nesses ambientes. “Vejo o perigo que temos, principalmente no ensino da creche ao fundamental”, disse. Ela acrescentou, ainda no tema ‘educação’, que uma de suas ideias é trazer “as melhores escolas particulares de São Paulo para a administração das escolas públicas. Elas custam menos e fazem muito melhor.”

A candidata do Novo, ao ser questionada sobre economia e inovação, afirmou que toda a responsabilidade para fazer as melhorias necessárias para os cidadãos recai sobre o Estado. “Menos burocracia e menos imposto”, defendeu a postulante. Na tentativa de esvaziar a responsabilidade do Estado sobre os problemas sociais, Marina defendeu parcerias com o setor privado para “trazer de volta as oportunidades para a população.”

Ela defende uma ação integrada entre pastas do governo para respostas a mudanças climáticas. “Você tem que dar uma resposta rápida”, diz. A candidata também propõe desocupação de áreas de risco na tentativa de evitar tragédias envolvendo consequências dessas mudanças.

Marina Helena (Novo) durante debate promovido pelo 'Estadão', portal Terra e Faap. Foto: Werther Santana/Estadão

Sobre a Cracolândia, Marina propõe três eixos de políticas públicas: tolerância zero contra drogas, internação compulsória e assistência social. Ao ser questionada sobre a intensidade das ações policiais na cidade de São Paulo, a candidata do Novo afirmou que defende “tolerância zero e lugar de bandido é na prisão.”

Em contraponto à posição anterior de Marçal, quando citou a iniciativa privada para seguir com projetos para a cidade, a economista fez uma ressalva sobre as concessões públicas. “Não adianta só conceder. Se não temos bons contratos, com os incentivos corretos, não funciona”, disse.

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