Debate na Band entre Lula e Bolsonaro expõe calcanhar de Aquiles das candidaturas; leia análise


Petista segue com a tarefa de equilibrar a atração de votos entre indecisos e os eleitores da terceira via; o presidente, por sua vez, precisa atrair esse eleitor com tendência de e, especialmente, mobilizar quem se absteve no primeiro turno; leia análise de Rafael Cortez, sócio da Tendências Consultoria

Por Rafael Cortez*

Os efeitos de um debate presidencial precisam ser analisados à luz de dois tipos de fatores: 1) cenário eleitoral e 2) ambiente de campanha. O desempenho individual dos candidatos vale muito pouco se não forem atalhos para resolver os dilemas da campanha que se aproxima do fim com um paradoxo: enorme fluxo de informações e agenda e pouca alteração no quadro eleitoral, o que deve manter a disputa aberta.

As evidências mais recentes sugerem elevada cristalização das preferências do eleitor para a disputa presidencial. Assim, as pesquisas nesse segundo turno mostram um quadro, grosso modo, estável das pesquisas. Lula, então, segue com a tarefa de equilibrar a atração de votos entre indecisos e os eleitores da terceira via. O presidente Bolsonaro, por sua vez, precisa atrair esse eleitor com tendência de e, especialmente, mobilizar o eleitorado que se absteve no primeiro turno. As evidências sugerem que a maioria desse grupo de eleitores sinaliza preferência pelo petista, demandando uma participação nota 10 do presidente no debate para reverter a cena eleitoral.

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Jair Bolsonaro participa do primeiro debate do segundo turno. Foto: Marcelo Chello/AP

O ambiente de campanha dispensa maiores apresentações. O repertório de adjetivos e temas na tal da agenda de costumes é riquíssimo; de pedofilia a canibalismo, não faltaram expressões típicas de sociedades pré-modernas. A constante agenda negativa parece ter feito pouco para mudar a cena eleitoral. Algo como nove em dez brasileiros se sentem seguros com a escolha seja em Lula ou em Bolsonaro. Lulistas ficam mais lulistas, bolsonaristas mais bolsonaristas.

É lugar comum a leitura de que a eleição de segundo turno é feita pela “batalha de rejeições”. A competição entre dois chefes de governo torna peculiar a disputa de 2022: a comparação entre os candidatos se torna comparação entre governos. Aqui, a polarização é favorável ao petista; sua administração tem um histórico mais positivo.

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O componente pessoal dessa rejeição não deve ser afetado significativamente pelo debate. Os temas que são calcanhar de Aquiles de ambos os candidatos estiveram presentes, o que não deve trazer um fato novo para esse eleitor indeciso. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu controlar o temperamento na maior parte do debate, o que lhe permitiu expor os temas mobilizados para alimentar o temor da esquerda.

A radicalização da disputa política no Brasil, contudo, limita o efeito desempenho no debate. A tendência é que ambos saiam do debate do jeito que entraram.

*Rafael Cortez é sócio da Tendências Consultoria e doutor em ciência política

Os efeitos de um debate presidencial precisam ser analisados à luz de dois tipos de fatores: 1) cenário eleitoral e 2) ambiente de campanha. O desempenho individual dos candidatos vale muito pouco se não forem atalhos para resolver os dilemas da campanha que se aproxima do fim com um paradoxo: enorme fluxo de informações e agenda e pouca alteração no quadro eleitoral, o que deve manter a disputa aberta.

As evidências mais recentes sugerem elevada cristalização das preferências do eleitor para a disputa presidencial. Assim, as pesquisas nesse segundo turno mostram um quadro, grosso modo, estável das pesquisas. Lula, então, segue com a tarefa de equilibrar a atração de votos entre indecisos e os eleitores da terceira via. O presidente Bolsonaro, por sua vez, precisa atrair esse eleitor com tendência de e, especialmente, mobilizar o eleitorado que se absteve no primeiro turno. As evidências sugerem que a maioria desse grupo de eleitores sinaliza preferência pelo petista, demandando uma participação nota 10 do presidente no debate para reverter a cena eleitoral.

Jair Bolsonaro participa do primeiro debate do segundo turno. Foto: Marcelo Chello/AP

O ambiente de campanha dispensa maiores apresentações. O repertório de adjetivos e temas na tal da agenda de costumes é riquíssimo; de pedofilia a canibalismo, não faltaram expressões típicas de sociedades pré-modernas. A constante agenda negativa parece ter feito pouco para mudar a cena eleitoral. Algo como nove em dez brasileiros se sentem seguros com a escolha seja em Lula ou em Bolsonaro. Lulistas ficam mais lulistas, bolsonaristas mais bolsonaristas.

É lugar comum a leitura de que a eleição de segundo turno é feita pela “batalha de rejeições”. A competição entre dois chefes de governo torna peculiar a disputa de 2022: a comparação entre os candidatos se torna comparação entre governos. Aqui, a polarização é favorável ao petista; sua administração tem um histórico mais positivo.

O componente pessoal dessa rejeição não deve ser afetado significativamente pelo debate. Os temas que são calcanhar de Aquiles de ambos os candidatos estiveram presentes, o que não deve trazer um fato novo para esse eleitor indeciso. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu controlar o temperamento na maior parte do debate, o que lhe permitiu expor os temas mobilizados para alimentar o temor da esquerda.

A radicalização da disputa política no Brasil, contudo, limita o efeito desempenho no debate. A tendência é que ambos saiam do debate do jeito que entraram.

*Rafael Cortez é sócio da Tendências Consultoria e doutor em ciência política

Os efeitos de um debate presidencial precisam ser analisados à luz de dois tipos de fatores: 1) cenário eleitoral e 2) ambiente de campanha. O desempenho individual dos candidatos vale muito pouco se não forem atalhos para resolver os dilemas da campanha que se aproxima do fim com um paradoxo: enorme fluxo de informações e agenda e pouca alteração no quadro eleitoral, o que deve manter a disputa aberta.

As evidências mais recentes sugerem elevada cristalização das preferências do eleitor para a disputa presidencial. Assim, as pesquisas nesse segundo turno mostram um quadro, grosso modo, estável das pesquisas. Lula, então, segue com a tarefa de equilibrar a atração de votos entre indecisos e os eleitores da terceira via. O presidente Bolsonaro, por sua vez, precisa atrair esse eleitor com tendência de e, especialmente, mobilizar o eleitorado que se absteve no primeiro turno. As evidências sugerem que a maioria desse grupo de eleitores sinaliza preferência pelo petista, demandando uma participação nota 10 do presidente no debate para reverter a cena eleitoral.

Jair Bolsonaro participa do primeiro debate do segundo turno. Foto: Marcelo Chello/AP

O ambiente de campanha dispensa maiores apresentações. O repertório de adjetivos e temas na tal da agenda de costumes é riquíssimo; de pedofilia a canibalismo, não faltaram expressões típicas de sociedades pré-modernas. A constante agenda negativa parece ter feito pouco para mudar a cena eleitoral. Algo como nove em dez brasileiros se sentem seguros com a escolha seja em Lula ou em Bolsonaro. Lulistas ficam mais lulistas, bolsonaristas mais bolsonaristas.

É lugar comum a leitura de que a eleição de segundo turno é feita pela “batalha de rejeições”. A competição entre dois chefes de governo torna peculiar a disputa de 2022: a comparação entre os candidatos se torna comparação entre governos. Aqui, a polarização é favorável ao petista; sua administração tem um histórico mais positivo.

O componente pessoal dessa rejeição não deve ser afetado significativamente pelo debate. Os temas que são calcanhar de Aquiles de ambos os candidatos estiveram presentes, o que não deve trazer um fato novo para esse eleitor indeciso. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu controlar o temperamento na maior parte do debate, o que lhe permitiu expor os temas mobilizados para alimentar o temor da esquerda.

A radicalização da disputa política no Brasil, contudo, limita o efeito desempenho no debate. A tendência é que ambos saiam do debate do jeito que entraram.

*Rafael Cortez é sócio da Tendências Consultoria e doutor em ciência política

Os efeitos de um debate presidencial precisam ser analisados à luz de dois tipos de fatores: 1) cenário eleitoral e 2) ambiente de campanha. O desempenho individual dos candidatos vale muito pouco se não forem atalhos para resolver os dilemas da campanha que se aproxima do fim com um paradoxo: enorme fluxo de informações e agenda e pouca alteração no quadro eleitoral, o que deve manter a disputa aberta.

As evidências mais recentes sugerem elevada cristalização das preferências do eleitor para a disputa presidencial. Assim, as pesquisas nesse segundo turno mostram um quadro, grosso modo, estável das pesquisas. Lula, então, segue com a tarefa de equilibrar a atração de votos entre indecisos e os eleitores da terceira via. O presidente Bolsonaro, por sua vez, precisa atrair esse eleitor com tendência de e, especialmente, mobilizar o eleitorado que se absteve no primeiro turno. As evidências sugerem que a maioria desse grupo de eleitores sinaliza preferência pelo petista, demandando uma participação nota 10 do presidente no debate para reverter a cena eleitoral.

Jair Bolsonaro participa do primeiro debate do segundo turno. Foto: Marcelo Chello/AP

O ambiente de campanha dispensa maiores apresentações. O repertório de adjetivos e temas na tal da agenda de costumes é riquíssimo; de pedofilia a canibalismo, não faltaram expressões típicas de sociedades pré-modernas. A constante agenda negativa parece ter feito pouco para mudar a cena eleitoral. Algo como nove em dez brasileiros se sentem seguros com a escolha seja em Lula ou em Bolsonaro. Lulistas ficam mais lulistas, bolsonaristas mais bolsonaristas.

É lugar comum a leitura de que a eleição de segundo turno é feita pela “batalha de rejeições”. A competição entre dois chefes de governo torna peculiar a disputa de 2022: a comparação entre os candidatos se torna comparação entre governos. Aqui, a polarização é favorável ao petista; sua administração tem um histórico mais positivo.

O componente pessoal dessa rejeição não deve ser afetado significativamente pelo debate. Os temas que são calcanhar de Aquiles de ambos os candidatos estiveram presentes, o que não deve trazer um fato novo para esse eleitor indeciso. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu controlar o temperamento na maior parte do debate, o que lhe permitiu expor os temas mobilizados para alimentar o temor da esquerda.

A radicalização da disputa política no Brasil, contudo, limita o efeito desempenho no debate. A tendência é que ambos saiam do debate do jeito que entraram.

*Rafael Cortez é sócio da Tendências Consultoria e doutor em ciência política

Os efeitos de um debate presidencial precisam ser analisados à luz de dois tipos de fatores: 1) cenário eleitoral e 2) ambiente de campanha. O desempenho individual dos candidatos vale muito pouco se não forem atalhos para resolver os dilemas da campanha que se aproxima do fim com um paradoxo: enorme fluxo de informações e agenda e pouca alteração no quadro eleitoral, o que deve manter a disputa aberta.

As evidências mais recentes sugerem elevada cristalização das preferências do eleitor para a disputa presidencial. Assim, as pesquisas nesse segundo turno mostram um quadro, grosso modo, estável das pesquisas. Lula, então, segue com a tarefa de equilibrar a atração de votos entre indecisos e os eleitores da terceira via. O presidente Bolsonaro, por sua vez, precisa atrair esse eleitor com tendência de e, especialmente, mobilizar o eleitorado que se absteve no primeiro turno. As evidências sugerem que a maioria desse grupo de eleitores sinaliza preferência pelo petista, demandando uma participação nota 10 do presidente no debate para reverter a cena eleitoral.

Jair Bolsonaro participa do primeiro debate do segundo turno. Foto: Marcelo Chello/AP

O ambiente de campanha dispensa maiores apresentações. O repertório de adjetivos e temas na tal da agenda de costumes é riquíssimo; de pedofilia a canibalismo, não faltaram expressões típicas de sociedades pré-modernas. A constante agenda negativa parece ter feito pouco para mudar a cena eleitoral. Algo como nove em dez brasileiros se sentem seguros com a escolha seja em Lula ou em Bolsonaro. Lulistas ficam mais lulistas, bolsonaristas mais bolsonaristas.

É lugar comum a leitura de que a eleição de segundo turno é feita pela “batalha de rejeições”. A competição entre dois chefes de governo torna peculiar a disputa de 2022: a comparação entre os candidatos se torna comparação entre governos. Aqui, a polarização é favorável ao petista; sua administração tem um histórico mais positivo.

O componente pessoal dessa rejeição não deve ser afetado significativamente pelo debate. Os temas que são calcanhar de Aquiles de ambos os candidatos estiveram presentes, o que não deve trazer um fato novo para esse eleitor indeciso. Bolsonaro, por sua vez, conseguiu controlar o temperamento na maior parte do debate, o que lhe permitiu expor os temas mobilizados para alimentar o temor da esquerda.

A radicalização da disputa política no Brasil, contudo, limita o efeito desempenho no debate. A tendência é que ambos saiam do debate do jeito que entraram.

*Rafael Cortez é sócio da Tendências Consultoria e doutor em ciência política

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