Defensoria Pública da União cobra criação de gabinete de crise em Atalaia do Norte


Órgão que reúne advogados concursados quer participação da União Indígena do Javari, Funai, Forças Armadas, polícias e Defesa Civil na área do desaparecimento de Bruno Pereira e Dom Phillips

Por Manoela Bonaldo e Bibiana Borba
Atualização:

Devido ao difícil acesso entre a região oeste do Amazonas e a capital, Manaus, a Defensoria Pública da União (DPU) cobra do governo federal a instalação de um gabinete de crise na região. Foi lá, próximo à fronteira com o Peru, onde Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram na manhã do último domingo, 5. Até o momento, as autoridades não confirmaram o paradeiro do indigenista brasileiro e do jornalista britânico. Eles faziam uma expedição no Vale do Javari, perto do município de Atalaia do Norte, que fica a 1.136 quilômetros da capital amazonense.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a DPU afirma que é fundamental a presença de, no mínimo, um representante da Equipe de Vigilância da Unijava (União Indígena do Vale do Javari) em cada embarcação envolvida nas buscas, pois “os povos indígenas do Vale do Javari possuem um maior conhecimento empírico de toda a região”. O ofício com o pedido da Defensoria foi encaminhado à Polícia Federal.

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O único suspeito preso até agora pelas autoridades é Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”. Na lancha onde ele foi detido, foram encontrados vestígios de sangue encaminhados para perícia, em helicóptero, em Manaus. Não é possível chegar à região através de rodovias. As comunidades locais usam suas próprias embarcações para se deslocar na floresta, em área também alvo de disputas de terras e registros de crimes ambientais, como o garimpo ilegal, e tráfico internacional de armas e drogas.

Bruno já trabalhou na Funai (Fundação Nacional do Índio) e entende ao menos quatro das várias línguas indígenas das etnias locais. Dom, que é colaborador no Brasil do jornal inglês ‘The Guardian’, também já conhecia a Floresta Amazônica e é casado com uma brasileira. Os dois eram monitorados pela Unijava, que registrou o mais recente sinal telefônico da dupla na manhã do domingo.

Índigenas das etnias Mauruna, Matis e Canamari participam das buscas a Dom Phillips e Bruno Pereira no Vale do Javari Foto: João Laet/AFP
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Leia a nota divulgada pela DPU na íntegra:

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu a criação de um gabinete de crise para articulação dos atores governamentais envolvidos nas buscas pelo indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips. A sala de situação deve ser instaurada em Atalaia do Norte (AM), que concentra os trabalhos de busca dos dois desaparecidos desde o último domingo (5).

A solicitação está em ofício encaminhado para a Polícia Federal nesta sexta-feira (10). A sala de situação, de acordo com a DPU, deve reunir os órgãos, no mínimo, uma vez por dia, com o objetivo de informar como foram as buscas e alinhar estratégias de atuação. Devem estar presentes:

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O Exército Brasileiro;

A Marinha do Brasil;

A Polícia Federal;

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O 8ª Batalhão da Polícia Militar de Tabatinga;

O Batalhão Ambiental da Polícia Militar;

A Polícia Civil de Tabatinga, o Corpo de Bombeiros;

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A Fundação Nacional do Índio (FUNAI);

A Defesa Civil;

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).

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A instituição também aponta como fundamental a presença de “no mínimo, um indígena da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU)”, em cada embarcação envolvida nas buscas, já que “os povos indígenas do Vale do Javari possuem um maior conhecimento empírico de toda a região, assim, é muito importante que acompanhem as buscas com as autoridades”.

Reforço nas buscas

Na quarta-feira (8), a Justiça atendeu pedido da DPU e da Univaja e determinou que o Governo Federal efetivasse imediatamente a viabilização de reforços para auxiliar no resgate do jornalista e do indigenista. As instituições cobraram o uso de helicópteros, embarcações e equipes de buscas da Polícia Federal, das Forças de Segurança ou das Forças Armadas (Comando Militar da Amazônia).

Devido ao difícil acesso entre a região oeste do Amazonas e a capital, Manaus, a Defensoria Pública da União (DPU) cobra do governo federal a instalação de um gabinete de crise na região. Foi lá, próximo à fronteira com o Peru, onde Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram na manhã do último domingo, 5. Até o momento, as autoridades não confirmaram o paradeiro do indigenista brasileiro e do jornalista britânico. Eles faziam uma expedição no Vale do Javari, perto do município de Atalaia do Norte, que fica a 1.136 quilômetros da capital amazonense.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a DPU afirma que é fundamental a presença de, no mínimo, um representante da Equipe de Vigilância da Unijava (União Indígena do Vale do Javari) em cada embarcação envolvida nas buscas, pois “os povos indígenas do Vale do Javari possuem um maior conhecimento empírico de toda a região”. O ofício com o pedido da Defensoria foi encaminhado à Polícia Federal.

O único suspeito preso até agora pelas autoridades é Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”. Na lancha onde ele foi detido, foram encontrados vestígios de sangue encaminhados para perícia, em helicóptero, em Manaus. Não é possível chegar à região através de rodovias. As comunidades locais usam suas próprias embarcações para se deslocar na floresta, em área também alvo de disputas de terras e registros de crimes ambientais, como o garimpo ilegal, e tráfico internacional de armas e drogas.

Bruno já trabalhou na Funai (Fundação Nacional do Índio) e entende ao menos quatro das várias línguas indígenas das etnias locais. Dom, que é colaborador no Brasil do jornal inglês ‘The Guardian’, também já conhecia a Floresta Amazônica e é casado com uma brasileira. Os dois eram monitorados pela Unijava, que registrou o mais recente sinal telefônico da dupla na manhã do domingo.

Índigenas das etnias Mauruna, Matis e Canamari participam das buscas a Dom Phillips e Bruno Pereira no Vale do Javari Foto: João Laet/AFP

Leia a nota divulgada pela DPU na íntegra:

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu a criação de um gabinete de crise para articulação dos atores governamentais envolvidos nas buscas pelo indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips. A sala de situação deve ser instaurada em Atalaia do Norte (AM), que concentra os trabalhos de busca dos dois desaparecidos desde o último domingo (5).

A solicitação está em ofício encaminhado para a Polícia Federal nesta sexta-feira (10). A sala de situação, de acordo com a DPU, deve reunir os órgãos, no mínimo, uma vez por dia, com o objetivo de informar como foram as buscas e alinhar estratégias de atuação. Devem estar presentes:

O Exército Brasileiro;

A Marinha do Brasil;

A Polícia Federal;

O 8ª Batalhão da Polícia Militar de Tabatinga;

O Batalhão Ambiental da Polícia Militar;

A Polícia Civil de Tabatinga, o Corpo de Bombeiros;

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI);

A Defesa Civil;

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).

A instituição também aponta como fundamental a presença de “no mínimo, um indígena da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU)”, em cada embarcação envolvida nas buscas, já que “os povos indígenas do Vale do Javari possuem um maior conhecimento empírico de toda a região, assim, é muito importante que acompanhem as buscas com as autoridades”.

Reforço nas buscas

Na quarta-feira (8), a Justiça atendeu pedido da DPU e da Univaja e determinou que o Governo Federal efetivasse imediatamente a viabilização de reforços para auxiliar no resgate do jornalista e do indigenista. As instituições cobraram o uso de helicópteros, embarcações e equipes de buscas da Polícia Federal, das Forças de Segurança ou das Forças Armadas (Comando Militar da Amazônia).

Devido ao difícil acesso entre a região oeste do Amazonas e a capital, Manaus, a Defensoria Pública da União (DPU) cobra do governo federal a instalação de um gabinete de crise na região. Foi lá, próximo à fronteira com o Peru, onde Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram na manhã do último domingo, 5. Até o momento, as autoridades não confirmaram o paradeiro do indigenista brasileiro e do jornalista britânico. Eles faziam uma expedição no Vale do Javari, perto do município de Atalaia do Norte, que fica a 1.136 quilômetros da capital amazonense.

Em nota divulgada nesta sexta-feira, a DPU afirma que é fundamental a presença de, no mínimo, um representante da Equipe de Vigilância da Unijava (União Indígena do Vale do Javari) em cada embarcação envolvida nas buscas, pois “os povos indígenas do Vale do Javari possuem um maior conhecimento empírico de toda a região”. O ofício com o pedido da Defensoria foi encaminhado à Polícia Federal.

O único suspeito preso até agora pelas autoridades é Amarildo da Costa de Oliveira, conhecido como “Pelado”. Na lancha onde ele foi detido, foram encontrados vestígios de sangue encaminhados para perícia, em helicóptero, em Manaus. Não é possível chegar à região através de rodovias. As comunidades locais usam suas próprias embarcações para se deslocar na floresta, em área também alvo de disputas de terras e registros de crimes ambientais, como o garimpo ilegal, e tráfico internacional de armas e drogas.

Bruno já trabalhou na Funai (Fundação Nacional do Índio) e entende ao menos quatro das várias línguas indígenas das etnias locais. Dom, que é colaborador no Brasil do jornal inglês ‘The Guardian’, também já conhecia a Floresta Amazônica e é casado com uma brasileira. Os dois eram monitorados pela Unijava, que registrou o mais recente sinal telefônico da dupla na manhã do domingo.

Índigenas das etnias Mauruna, Matis e Canamari participam das buscas a Dom Phillips e Bruno Pereira no Vale do Javari Foto: João Laet/AFP

Leia a nota divulgada pela DPU na íntegra:

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu a criação de um gabinete de crise para articulação dos atores governamentais envolvidos nas buscas pelo indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira e pelo jornalista britânico Dom Phillips. A sala de situação deve ser instaurada em Atalaia do Norte (AM), que concentra os trabalhos de busca dos dois desaparecidos desde o último domingo (5).

A solicitação está em ofício encaminhado para a Polícia Federal nesta sexta-feira (10). A sala de situação, de acordo com a DPU, deve reunir os órgãos, no mínimo, uma vez por dia, com o objetivo de informar como foram as buscas e alinhar estratégias de atuação. Devem estar presentes:

O Exército Brasileiro;

A Marinha do Brasil;

A Polícia Federal;

O 8ª Batalhão da Polícia Militar de Tabatinga;

O Batalhão Ambiental da Polícia Militar;

A Polícia Civil de Tabatinga, o Corpo de Bombeiros;

A Fundação Nacional do Índio (FUNAI);

A Defesa Civil;

A União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).

A instituição também aponta como fundamental a presença de “no mínimo, um indígena da Equipe de Vigilância da UNIVAJA (EVU)”, em cada embarcação envolvida nas buscas, já que “os povos indígenas do Vale do Javari possuem um maior conhecimento empírico de toda a região, assim, é muito importante que acompanhem as buscas com as autoridades”.

Reforço nas buscas

Na quarta-feira (8), a Justiça atendeu pedido da DPU e da Univaja e determinou que o Governo Federal efetivasse imediatamente a viabilização de reforços para auxiliar no resgate do jornalista e do indigenista. As instituições cobraram o uso de helicópteros, embarcações e equipes de buscas da Polícia Federal, das Forças de Segurança ou das Forças Armadas (Comando Militar da Amazônia).

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