BRASÍLIA — O Ministério da Defesa está ampliando um projeto social que oferece atividades esportivas e pedagógicas para crianças em situação de vulnerabilidade social e que, até o início de 2022, será formalmente incluído no organograma da Escola Superior de Defesa (ESD), em Brasília. Na inauguração de mais uma etapa da expansão, a primeira-dama Michelle Bolsonaro foi escolhida, nesta quinta-feira, 25, como madrinha do Programa Forças no Esporte (Profesp).
Considerado o mais importante mecanismo de integração social das Forças Armadas, o Profesp foi implantado em 2003 e já atende 30,2 mil crianças em mais de duzentas unidades militares localizadas em 140 municípios. O presidente Jair Bolsonaro pretende alcançar 40 mil.
Um novo núcleo do projeto foi inaugurado nesta quinta, dentro do campus da ESD. A unidade, a 203ª, é a primeira ligada diretamente ao ministério, e não às três Forças. Ela começou a atender, em agosto, 147 crianças de 6 a 14 anos da Escola Classe Alto Interlagos, onde estudam meninos e meninas de uma região pobre do Distrito Federal. O governo distrital foi representado pela secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, e não pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). O ministro Walter Braga Netto também não compareceu.
A Escola Superior de Defesa foi oficialmente criada em 1º de outubro pelo presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de aproximar militares do centro do poder. Está no lugar do campus de Brasília da Escola Superior de Guerra, com sede no Rio de Janeiro.
A elaboração do regimento interno e do organograma da ESD deve ser concluída na próxima semana. Entre outras coisas, os documentos deverão destacar o Profesp.
"Defesa vai muito além das Forças Armadas pura e simplesmente. Isso envolve obrigatoriamente a parcela civil da sociedade. E essa Escola nasce com essa vocação", disse o vice-Almirante Paulo Renato Rohwer, comandante da ESD.
Michelle Bolsonaro não usou máscara facial no evento e posou para fotos com as crianças, todas protegidas. A primeira-dama já é presidente do Conselho do Pátria Voluntária, criado para fomentar o voluntariado. Como mostrou o Estadão, o programa gastou mais com publicidade do que com doações.
"Nós, do Pátria Voluntária, estamos alinhados com os objetivos do Profesp para desenvolver projetos que vão além do assistencialismo", discursou Michelle.