Depoimento de testemunha conta como homem carregando bombas tentou invadir STF


Polícia Civil indica em boletim de ocorrência que mensagens com conotação política podem ajudar a explicar ato violento na Praça dos Três Poderes

Por Vinícius Valfré
Atualização:

BRASÍLIA – Depoimento de um segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) relata como Francisco Wanderley Luiz, o catarinense de 59 anos, tentou invadir a Corte carregando bombas e acabou por se matar na frente do prédio público. Natanael da Silva Camelo foi ouvido pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira, 13, e revelou ter sido a última pessoa abordar o homem antes da explosão fatal.

O boletim de ocorrência da Polícia Civil traz o nome de Francisco Luiz, o identifica como ex-candidato e aponta que mensagens postadas por ele com cunho político podem ser a motivação para o ato violento. Segundo o registro policial, explosões na Praça dos Três Poderes ocorreram por volta das 19h30. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal.

Policiais fazem varredura no Palácio do Planalto depois que uma sequência de explosões na Praça dos Três Poderes fez o local ser isolado pela Polícia Militar. O corpo de um homem foi encontrado no local após os estrondos. Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, esse homem morreu em área próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). . Foto WIlton Junior/Estadão Foto: Wilton Junior/Estadão
continua após a publicidade

“Diligências preliminares foram realizadas, e, assim, identificou-se que o veículo, um KIA/SHUMA SL, cor bege, de placa MBD-5C76, em nome de Francisco Wanderley Luiz, teria explodido em via pública próxima a um dos anexos do STF. Outros dados a respeito da vítima foram obtidos, tendo sido possível identificar uma possível motivação, tendo em vista o conteúdo político de postagens no perfil de Francisco em suas redes sociais”, diz o BO da delegacia.

O registro policial aponta ainda que Francisco Luiz postou mensagens com “conteúdo que antecipavam o ocorrido no dia de hoje (quarta-feira,13), manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”.

continua após a publicidade

O BO contém ainda o depoimento de Natanael. A seguir como a testemunha descreve o que aconteceu próximo ao STF:

As explosões e o encontro com Francisco Luiz

continua após a publicidade

O segurança do Supremo relatou ter ouvido cerca de duas explosões vindas do estacionamento da Câmara dos Deputados. Logo a seguir viu um homem vindo em direção à estátua da Justiça, que fica na frente do prédio do STF. “O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua”.

Explosivos carregados na mochila

Segundo relato do segurança do STF, Francisco Luiz, cuja identidade que só foi confirmada mais tarde pela polícia, retirou da mochila “alguns artefatos”. Com a aproximação dos seguranças do STF, ele abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem. Natanael disse que por ver um objeto semelhante a um relógio digital e o segurança considerou que poderia ser uma bomba. “(Francisco Luiz) pegou um extintor, desistiu e o colocou no chão. Saiu com os artefatos para a lateral e lançou dois ou três artefatos, que estouraram.

continua após a publicidade

A morte de Francisco Luiz

O segurança disse que estava sozinho quando se aproximou do homem e ao ver os artefatos solicitou apoio de imediato. Natanael relatou que as explosões aconteceram em momentos bem próximos, “mas que em relação ao carro ouviu apenas o barulho e não visualizou detalhes”. Segundo o relato do segurança, depois de tentar explodir dois artefatos, Francisco Luiz se deitou no chão. “(Ele) acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”. Natanael disse saber que, após a morte de Francisco Luiz, ainda pode ver que havia “algo” atado a seu corpo, mas não soube precisar o que era. Também não soube informar se outras pessoas participaram da tentativa de explodir bombas no local.

As diligências da Polícia Civil

continua após a publicidade

Investigadores da Polícia Civil foram até a cidade de Ceilândia, na periferia de Brasília, onde Francisco Luiz teria alugado uma casa. No endereço da busca, foram informados por vizinhos que o homem tinha de fato passado por ali e que, além do carro, tinha um pequeno reboque também. Esse reboque foi encontrado próximo ao carro que estava na Praça dos Três Poderes.

BRASÍLIA – Depoimento de um segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) relata como Francisco Wanderley Luiz, o catarinense de 59 anos, tentou invadir a Corte carregando bombas e acabou por se matar na frente do prédio público. Natanael da Silva Camelo foi ouvido pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira, 13, e revelou ter sido a última pessoa abordar o homem antes da explosão fatal.

O boletim de ocorrência da Polícia Civil traz o nome de Francisco Luiz, o identifica como ex-candidato e aponta que mensagens postadas por ele com cunho político podem ser a motivação para o ato violento. Segundo o registro policial, explosões na Praça dos Três Poderes ocorreram por volta das 19h30. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal.

Policiais fazem varredura no Palácio do Planalto depois que uma sequência de explosões na Praça dos Três Poderes fez o local ser isolado pela Polícia Militar. O corpo de um homem foi encontrado no local após os estrondos. Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, esse homem morreu em área próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). . Foto WIlton Junior/Estadão Foto: Wilton Junior/Estadão

“Diligências preliminares foram realizadas, e, assim, identificou-se que o veículo, um KIA/SHUMA SL, cor bege, de placa MBD-5C76, em nome de Francisco Wanderley Luiz, teria explodido em via pública próxima a um dos anexos do STF. Outros dados a respeito da vítima foram obtidos, tendo sido possível identificar uma possível motivação, tendo em vista o conteúdo político de postagens no perfil de Francisco em suas redes sociais”, diz o BO da delegacia.

O registro policial aponta ainda que Francisco Luiz postou mensagens com “conteúdo que antecipavam o ocorrido no dia de hoje (quarta-feira,13), manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”.

O BO contém ainda o depoimento de Natanael. A seguir como a testemunha descreve o que aconteceu próximo ao STF:

As explosões e o encontro com Francisco Luiz

O segurança do Supremo relatou ter ouvido cerca de duas explosões vindas do estacionamento da Câmara dos Deputados. Logo a seguir viu um homem vindo em direção à estátua da Justiça, que fica na frente do prédio do STF. “O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua”.

Explosivos carregados na mochila

Segundo relato do segurança do STF, Francisco Luiz, cuja identidade que só foi confirmada mais tarde pela polícia, retirou da mochila “alguns artefatos”. Com a aproximação dos seguranças do STF, ele abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem. Natanael disse que por ver um objeto semelhante a um relógio digital e o segurança considerou que poderia ser uma bomba. “(Francisco Luiz) pegou um extintor, desistiu e o colocou no chão. Saiu com os artefatos para a lateral e lançou dois ou três artefatos, que estouraram.

A morte de Francisco Luiz

O segurança disse que estava sozinho quando se aproximou do homem e ao ver os artefatos solicitou apoio de imediato. Natanael relatou que as explosões aconteceram em momentos bem próximos, “mas que em relação ao carro ouviu apenas o barulho e não visualizou detalhes”. Segundo o relato do segurança, depois de tentar explodir dois artefatos, Francisco Luiz se deitou no chão. “(Ele) acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”. Natanael disse saber que, após a morte de Francisco Luiz, ainda pode ver que havia “algo” atado a seu corpo, mas não soube precisar o que era. Também não soube informar se outras pessoas participaram da tentativa de explodir bombas no local.

As diligências da Polícia Civil

Investigadores da Polícia Civil foram até a cidade de Ceilândia, na periferia de Brasília, onde Francisco Luiz teria alugado uma casa. No endereço da busca, foram informados por vizinhos que o homem tinha de fato passado por ali e que, além do carro, tinha um pequeno reboque também. Esse reboque foi encontrado próximo ao carro que estava na Praça dos Três Poderes.

BRASÍLIA – Depoimento de um segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) relata como Francisco Wanderley Luiz, o catarinense de 59 anos, tentou invadir a Corte carregando bombas e acabou por se matar na frente do prédio público. Natanael da Silva Camelo foi ouvido pela Polícia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira, 13, e revelou ter sido a última pessoa abordar o homem antes da explosão fatal.

O boletim de ocorrência da Polícia Civil traz o nome de Francisco Luiz, o identifica como ex-candidato e aponta que mensagens postadas por ele com cunho político podem ser a motivação para o ato violento. Segundo o registro policial, explosões na Praça dos Três Poderes ocorreram por volta das 19h30. O caso também está sendo investigado pela Polícia Federal.

Policiais fazem varredura no Palácio do Planalto depois que uma sequência de explosões na Praça dos Três Poderes fez o local ser isolado pela Polícia Militar. O corpo de um homem foi encontrado no local após os estrondos. Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, esse homem morreu em área próxima ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF). . Foto WIlton Junior/Estadão Foto: Wilton Junior/Estadão

“Diligências preliminares foram realizadas, e, assim, identificou-se que o veículo, um KIA/SHUMA SL, cor bege, de placa MBD-5C76, em nome de Francisco Wanderley Luiz, teria explodido em via pública próxima a um dos anexos do STF. Outros dados a respeito da vítima foram obtidos, tendo sido possível identificar uma possível motivação, tendo em vista o conteúdo político de postagens no perfil de Francisco em suas redes sociais”, diz o BO da delegacia.

O registro policial aponta ainda que Francisco Luiz postou mensagens com “conteúdo que antecipavam o ocorrido no dia de hoje (quarta-feira,13), manifestando previamente a intenção do autor em praticar o autoextermínio e o atentado a bomba contra pessoas e instituições”.

O BO contém ainda o depoimento de Natanael. A seguir como a testemunha descreve o que aconteceu próximo ao STF:

As explosões e o encontro com Francisco Luiz

O segurança do Supremo relatou ter ouvido cerca de duas explosões vindas do estacionamento da Câmara dos Deputados. Logo a seguir viu um homem vindo em direção à estátua da Justiça, que fica na frente do prédio do STF. “O indivíduo trazia consigo uma mochila e estava em atitude suspeita em frente à estátua, colocou a mochila no chão, tirou um extintor, tirou uma blusa de dentro da mochila e a lançou contra a estátua”.

Explosivos carregados na mochila

Segundo relato do segurança do STF, Francisco Luiz, cuja identidade que só foi confirmada mais tarde pela polícia, retirou da mochila “alguns artefatos”. Com a aproximação dos seguranças do STF, ele abriu a camisa os advertiu para não se aproximarem. Natanael disse que por ver um objeto semelhante a um relógio digital e o segurança considerou que poderia ser uma bomba. “(Francisco Luiz) pegou um extintor, desistiu e o colocou no chão. Saiu com os artefatos para a lateral e lançou dois ou três artefatos, que estouraram.

A morte de Francisco Luiz

O segurança disse que estava sozinho quando se aproximou do homem e ao ver os artefatos solicitou apoio de imediato. Natanael relatou que as explosões aconteceram em momentos bem próximos, “mas que em relação ao carro ouviu apenas o barulho e não visualizou detalhes”. Segundo o relato do segurança, depois de tentar explodir dois artefatos, Francisco Luiz se deitou no chão. “(Ele) acendeu o último artefato, colocou na cabeça com um travesseiro e aguardou a explosão”. Natanael disse saber que, após a morte de Francisco Luiz, ainda pode ver que havia “algo” atado a seu corpo, mas não soube precisar o que era. Também não soube informar se outras pessoas participaram da tentativa de explodir bombas no local.

As diligências da Polícia Civil

Investigadores da Polícia Civil foram até a cidade de Ceilândia, na periferia de Brasília, onde Francisco Luiz teria alugado uma casa. No endereço da busca, foram informados por vizinhos que o homem tinha de fato passado por ali e que, além do carro, tinha um pequeno reboque também. Esse reboque foi encontrado próximo ao carro que estava na Praça dos Três Poderes.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.